Kim Kataguiri pede que TCU investigue aquisição sem licitação de móveis no Alvorada

Política
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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) encaminhou, ao Tribunal de Contas da União (TCU), um pedido de auditoria para apurar os gastos realizados na aquisição de mobiliário para o Palácio da Alvorada. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adquiriu os móveis sem licitação, alegando que bens teriam sumido com saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No requerimento, Kataguiri também cobrar esclarecimento sobre a localização dos itens previamente declarados como não encontrados.

Na justificativa do deputado, é apresentado que foram gastos quase R$ 197 mil em compras de onze itens para o Alvorada, seguido pela aquisição emergencial de mobiliário que somou quase R$ 380 mil sem licitações. Segundo ele, a compra levanta sérias questões sobre a aderência aos princípios que regem a administração pública brasileira.

"É preciso questionar a conduta do Presidente da República, que criticou o estado do Palácio da Alvorada de maneira veemente, alegando falta de mobiliário adequado e condições precárias de conservação, o que suscita dúvidas quanto à possível instrumentalização dessas críticas para justificar compras dispendiosas e sem licitação", diz Kataguiri no requerimento.

O deputado ainda pede que a investigação do TCU identifique qual destino que será dado aos móveis, agora, encontrados e se a ausência foi "convenientemente" utilizada para justificar a aquisição de novos itens de luxo, "atendendo a caprichos pessoais do presidente e da primeira-dama, em detrimento de princípios de economicidade e racionalidade no uso dos recursos públicos".

O 261 móveis "perdidos" estavam espalhados dentro da própria residência oficial do presidente da República. Os bens foram localizados até setembro do ano passado, dez meses depois da primeira inspeção no local. Durante a transição de governo, no final de 2022, Lula e a primeira-dama, Rosângela da Silva (Janja), reclamaram das condições da residência oficial, em Brasília, e apontaram que os bens estavam faltando após Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deixarem de usar o Alvorada.

Em nota, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência afirmou que os móveis foram encontrados em "dependências diversas" dentro do Palácio da Alvorada. Ao ser questionada sobre quais seriam esse locais, a pasta informou que os objetos estavam "espalhados" no imóvel, sem detalhar sobre eles.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu neste sábado a passagem "gratuita" de navios americanos pelos canais do Panamá e de Suez, afirmando que eles "não existiriam sem os EUA".

"Os navios americanos, tanto militares quanto comerciais, devem ter permissão para viajar, gratuitamente, pelos canais do Panamá e de Suez!", escreveu Trump na rede Truth.

Ele também pediu ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que cuidasse imediatamente da situação.

O Hamas afirmou neste sábado que enviou uma delegação de alto nível ao Cairo para tentar retomar o cessar-fogo - rompido no mês passado por bombardeios israelenses -, acrescentando que o grupo poderia concordar com uma trégua de cinco a sete anos em troca do fim da guerra. A paz permitiria a reconstrução de Gaza, a libertação dos palestinos presos e o retorno de todos os reféns.

"A ideia de uma trégua ou de sua duração não é rejeitada por nós, e estamos prontos para discuti- la no âmbito das negociações. Estamos abertos a qualquer proposta séria para acabar com a guerra", disse Taher Al-Nono, assessor da liderança do Hamas, no primeiro sinal claro de que o grupo esta aberto a um acordo de longo prazo.

No entanto, Nono descartou a principal exigência israelense de que o Hamas deponha suas armas.

Na semana passada, o grupo palestino rejeitou uma proposta de Israel que previa um cessar-fogo de 45 dias em troca do retorno de dez reféns vivos.

*Com informações da Associated Press

O governo da China isentou de suas tarifas retaliatórias algumas importações dos EUA que o país teria dificuldade em obter imediatamente de outros países para proteger seus interesses nacionais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Entre os produtos, estão alguns semicondutores, equipamentos para fabricação de chips, produtos médicos e peças de aviação.

O esforço chinês envolveu vários órgãos governamentais, com a coordenação supervisionada pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado, o gabinete do país. Segundo uma das fontes, Pequim se absteve de anunciar publicamente suas isenções tarifárias para não revelar suas vulnerabilidades estruturais, deixando espaço para ajustes e negociações futuras.

Dois comerciantes de semicondutores disseram que a alfândega chinesa suspendeu as tarifas sobre oito categorias de chips fabricados nos EUA, incluindo unidades centrais de processamento, a partir de 24 de abril. As autoridades chinesas não removeram as tarifas sobre chips de memória dos EUA. Muitos chips desenvolvidos pela Intel e Texas Instruments estão isentos das tarifas, enquanto alguns produtos americanos da fabricante de chips de memória Micron Technology continuarão sujeitos às tarifas.

Pequim preparou uma lista de importações dos EUA das quais planeja remover as tarifas, disseram algumas das fontes. Os produtos em consideração também incluem alguns produtos químicos industriais, como quartzo e etano, bem como máquinas de litografia, helicópteros e vacinas. As fontes alertaram que a lista pode mudar à medida que as discussões prosseguem.

Já o órgão regulador da aviação da China instruiu algumas companhias aéreas a suspenderem o recebimento de aeronaves e componentes dos EUA. A isenção para peças de aeronaves, como motores, permitirá que o país continue com a manutenção e a fabricação de aeronaves. A China possui uma fabricante nacional de aviões, a Comac, que continua dependente de cadeias de suprimentos estrangeiras. Autoridades chinesas também estão avaliando a isenção de tarifas para companhias aéreas chinesas que alugam jatos dos EUA, disse uma das pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.