Lula recicla slogan de JK com promessa de obras de infraestrutura

Política
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Em visita às obras de duplicação da BR-101, em Maruim, Sergipe, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou sua promessa de acelerar a entrega de obras de infraestrutura no País. "O Brasil não para mais. Vão ser quatro anos que vão valer por 40, de tanto que a gente vai trabalhar", afirmou.

A máxima "40 anos em 4" foi utilizada em momentos da última campanha eleitoral e faz alusão ao lema "50 anos em 5", slogan que elegeu Juscelino Kubitschek presidente da República em 1955. O Plano de Metas de JK previa grandes investimentos na infraestrutura nacional e se desdobrou, inclusive, na construção de Brasília e na transferência da capital para o interior do Brasil.

Sob o sol do Nordeste, Lula fez a visita às obras utilizando um boné do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Ele estava acompanhado pelos ministros Renan Filho (Transportes), Rui Costa (Casa Civil), Márcio Macêdo (Secretaria-geral da Presidência) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

Em rápida conversa com a imprensa, Lula voltou a dizer que vai andar pelo País anunciando obras de infraestrutura, saneamento básico e habitação. Na terça-feira, o presidente esteve em Santo Amaro, na Bahia, para o relançamento do programa Minha Casa, Minha Vida. "A roda gigante da economia vai voltar a funcionar. O País vai voltar a crescer", declarou o presidente.

Lula agradeceu ao Congresso Nacional pela aprovação da chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição, que abriu espaço fiscal de R$ 198 bilhões no orçamento deste ano. E brincou que, se faltar verba para concluir as obras paradas, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), presente à visita, vai aprová-la no Senado.

Ao longo da visita, Lula afirmou ainda que o governo estuda "com carinho" como colocar em funcionamento o Canal do Xingó, em Sergipe, para garantir o abastecimento de água. "O ministro Waldez (Goés, da Integração Nacional) já preparou toda a parte técnica do canal do Xingó"", acrescentou Macêdo.

Renan Filho afirmou que o objetivo é entregar todos os trechos da BR-101, visitada nesta quarta por Lula, até o fim do governo. O trecho norte da rodovia, até dezembro. "Hoje é um marco simbólico, porque estamos retomando todas as obras do País", disse o ministro dos Transportes, que ainda acenou com a duplicação da BR-235. "É uma necessidade do povo sergipano".

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.