63% acham que Lula não está cumprindo as promessas de campanha, mostra pesquisa Quaest

Política
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Pesquisa do instituto Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 8, mostra que 63% dos brasileiros avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está cumprindo aquilo que prometeu na campanha presidencial de 2022. O estudo aponta ainda que 32% acham que o petista está entregando o que se comprometeu a fazer no comando do País.

A Quaest ouviu 2.045 eleitores presencialmente em 120 municípios, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro é 2,2 pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.

Os brasileiros que vivem no Sudeste são os que mais acreditam que Lula não está conseguindo cumprir o que prometeu durante a campanha (74%). Os que vivem no Nordeste, reduto petista, são os que mais consideram que ele está entregando o que garantiu que faria na disputa contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), 50%.

Há dois meses, quando pesquisas de avaliação atestaram uma queda da popularidade do petista, Lula admitiu que não estava cumprindo aquilo que prometeu na campanha eleitoral. "Eu falei: 'Tudo bem'. É porque eu estou aquém do que o povo esperava que eu estivesse (fazendo), não estou cumprindo aquilo que eu prometi. E eu tenho consciência que não estou cumprindo", disse o presidente, durante um evento realizado no Rio Grande do Sul em 15 de março.

Lula justificou que o não cumprimento daquilo que prometeu na campanha presidencial se dá pelo pouco tempo de mandato. "Quando eu planto um pé de jabuticaba, eu não chupo a jabuticaba no dia seguinte. Tenho que esperar ela crescer, ela brotar", afirmou.

A Quaest também perguntou aos entrevistados se eles acham que Lula governa para o Brasil inteiro. Mais da metade (52%) das pessoas acredita que ele está fazendo um governo que busca atender às necessidades de todos os brasileiros. Outros 35% acham que o petista está trabalhando apenas para quem votou nele em 2022. Outros 13% não souberam responder.

População se divide sobre avaliação do governo, aponta Quaest

A Quaest também mostrou que a população brasileira está dividida sobre a avaliação do governo Lula. Consideram positiva a gestão petista 33% dos entrevistados, enquanto 33% avaliam o trabalho como negativo. Na última pesquisa feita pelo instituto, em fevereiro, os índices eram de 35% e 34%, respectivamente. Os que julgam a gestão como regular eram 28% há dois meses e, agora, são 31%.

A pesquisa é a terceira de avaliação de governo divulgada nesta semana. A CNT/MDA apontou que a avaliação positiva do governo caiu 5,3 pontos porcentuais na comparação com janeiro, mês do levantamento anterior. O instituto AtlasIntel, por sua vez, mostrou que a avaliação melhorou cinco pontos porcentuaiss em relação ao mês de março. As pesquisas não são diretamente comparáveis pois tem métodos distintos e períodos diferentes.

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Mais 135 brasileiros repatriados dos Estados Unidos chegaram neste sábado, 15, ao País. Em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o quarto voo com imigrantes deportados desde o começo do ano pousou em Fortaleza e depois desembarcou no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.

Minas Gerais costumava ser o destino dos voos com deportados dos Estados Unidos, mas o governo decidiu mudar a rota para reduzir o tempo que os brasileiros passam algemados depois que o tratamento dado aos imigrantes abriu uma crise diplomática entre Brasília e Washington. As algemas foram retiradas já na parada em Fortaleza.

De volta à Casa Branca, Donald Trump fechou o certo contra os 11 milhões de imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos e intensificou as prisões como parte da operação para deportação em massa. Estima-se que 230 mil brasileiros estão em situação irregular nos Estados Unidos. Desses, 38 mil estão sob ordem de deportação, sem possibilidade de recurso.

No primeiro voo de deportação da era Trump, as imagens de brasileiros algemados em território nacional e as denúncias de maus tratos por parte das autoridades americanas levaram o governo a pedir explicações sobre o tratamento considerado degradante.

Depois do episódio, o chefe da embaixada americana, Gabriel Escobar, pediu desculpas em reunião a portas fechadas. E autoridades dos dois países se reuniram para discutir os próximos voos com deportados.

José Maria Ferreira da Costa, um dos deportados, afirmou que a tentativa de imigrar para os Estados Unidos não valeu a pena. Ele ficou detido por quatro meses após cruzar a fronteira. "A gente nos Estados Unidos é tratado muito mal dentro da prisão. Passa muita fome, é muito maltratado. É uma situação muito desagradável para um pai de família, uma mãe de família, com suas crianças. Não desejo para ninguém", relatou no desembarque em Minas Gerais.

Em Fortaleza, os deportados receberam os primeiros atendimentos antes de seguir para Minas Gerais, origem de boa parte dos imigrantes. A operação envolve os ministérios de Direitos Humanos e Cidadania, Relações Exteriores, Justiça e Segurança Pública e Defesa, além da Polícia Federal.

De acordo com o governo brasileiro, os repatriados recebem alimentação, água, orientações para regularizar os documentos e apoio logístico para retornar a suas cidades de origem. No aeroporto de Confins, uma equipe multidisciplinar com assistentes sociais e psicólogos estava à disposição dos deportados.

Com o voo deste sábado, o total de repatriados dos Estados Unidos desde o começo do ano chega a 498, segundo informações do governo. O País tem recebido deportados com frequência desde 2018, em acordo com os EUA para reduzir o tempo que os brasileiros ficam detidos por imigração ilegal.

Dentre os deportados, dois foram presos pela Polícia Federal já na parada em Fortaleza por estarem com mandado de prisão em aberto no Brasil: um, de Rondonópolis (MT), foi condenado por homicídio e porte ilegal de arma; outro, de Contagem (MG), cometeu um roubo e havia fugido da prisão.

Uma forte tempestade atingiu várias regiões dos Estados Unidos neste fim de semana, provocando tornados, incêndios e ventos extremos. Pelo menos 17 pessoas morreram e centenas de casas foram destruídas. O Estado mais afetado foi o Missouri, onde 11 mortes foram confirmadas após tornados durante a madrugada deste sábado, 15. Em Arkansas, três pessoas morreram e 29 ficaram feridas em oito condados. No Texas, três pessoas morreram em colisões causadas por uma tempestade de poeira.

Os ventos chegaram a 130 quilômetros por hora, causando incêndios em Oklahoma, Texas, Kansas, Missouri e Novo México. Mais de 130 focos de fogo foram registrados apenas em Oklahoma, onde 300 casas foram danificadas ou destruídas. O governador Kevin Stitt afirmou que 266 mil hectares já foram queimados. Em Texas e Oklahoma, milhares de pessoas ficaram sem energia após os ventos derrubarem linhas de transmissão e tombarem caminhões em rodovias.

O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu alertas para tornados, incêndios e nevascas. Em Estados do norte, como Minnesota e Dakota do Sul, a previsão é de nevascas com ventos de 100 quilômetros por hora e acúmulo de até 30 centímetros de neve. Fonte: Associated Press.

Os bombardeios americanos contra alvos dos rebeldes houthis no Iêmen mataram pelo menos nove civis e feriram outros nove em Sanaa, capital do país, segundo informou neste sábado, 15, Anees al-Asbahi, porta-voz do ministério da saúde controlado pelo grupo.

Imagens que circulam na internet mostram colunas de fumaça preta sobre a área do complexo do aeroporto de Sanaa, que inclui uma extensa instalação militar. Moradores relataram que pelo menos quatro ataques aéreos atingiram o bairro Eastern Geraf, no distrito de Shouab, ao norte da capital. "As explosões foram muito fortes", disse Abdallah al-Alffi, morador da região. "Foi como um terremoto."

Nasruddin Amer, vice-chefe do escritório de mídia dos houthis, afirmou que os bombardeios não vão dissuadir o grupo, que promete retaliar contra os Estados Unidos. "Sanaa continuará sendo o escudo e o apoio de Gaza e não a abandonará, não importam os desafios", acrescentou em mensagem nas redes sociais.

O presidente Donald Trump anunciou a operação enquanto passava o dia no Trump International Golf Club em West Palm Beach, Flórida. O ataque foi realizado exclusivamente pelos EUA, segundo uma autoridade americana, sem participação de Israel ou do Reino Unido, países que também já bombardearam alvos houthis no passado.

A operação ocorre poucos dias depois de os houthis anunciarem que retomariam ataques contra embarcações israelenses em águas próximas ao Iêmen, em resposta ao bloqueio de Israel a Gaza. Segundo o grupo, as ameaças valem para o Mar Vermelho, o Golfo de Áden, o Estreito de Bab el-Mandeb e o Mar Arábico.

O escritório de mídia dos houthis afirmou que os ataques americanos atingiram "um bairro residencial" no distrito de Shouab. Para os houthis, as agressões elevam seu perfil em um momento em que enfrentam problemas econômicos e intensificam a repressão aos dissidentes e trabalhadores humanitários em meio à guerra civil que há uma década desestrutura o país mais pobre do mundo árabe.

Os bombardeios acontecem duas semanas após Trump enviar uma carta aos líderes iranianos oferecendo um caminho para retomar conversas bilaterais sobre o programa nuclear do Irã. Ao mesmo tempo, o presidente americano adotou uma postura mais dura ao reinstituir a designação de "organização terrorista estrangeira" para os houthis e prometeu responsabilizar Teerã pelas ações do grupo rebelde, como parte de sua estratégia de "pressão máxima" contra o regime iraniano. Fonte: Associated Press.