Assembleia Legislativa do Maranhão aprova lei que dobra salário do governador do Estado

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A Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) aprovou nesta terça-feira, 21, um projeto de lei que aumenta em 107% o salário do governador do Estado, Carlos Brandão (PSB). Em votação simbólica, os parlamentares aprovaram a mudança do valor, que hoje é de R$ 15.915,40, e passará para R$ 33.006,39 a partir do dia 1º de junho, caso seja sancionado.

Ao Estadão, o governo do Maranhão afirmou que o texto ainda será analisado pelo chefe do Executivo. "O governo do Maranhão informa que a proposta de reajuste salarial para o governador do Estado, aprovada pela Assembleia Legislativa do Maranhão nesta terça-feira ainda não foi sancionada. Atualmente, o chefe do executivo estadual recebe a menor remuneração entre os governadores dos Estados da federação. Desde 2014, o valor fixado pela lei estadual 10.184 é de R$ 15.915,40", disse, em nota.

A reportagem também procurou a presidente do Legislativo estadual, deputada Iracema Vale (PSB), mas não obteve retorno até o fechamento deste texto.

Além do aumento do salário de Brandão, a proposta, de autoria da Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle da Assembleia, aumenta o salário do vice-governador Felipe Camarão (PT), de R$ 14.198,18 para R$ 31.289,17, um acréscimo de 120%.

Os secretários do governo de Brandão, que atualmente ganham R$ 11.154,24, vão passar a receber R$ 28.245,23. O incremento é de 153%.

A comissão justifica que o aumento dos salários busca "compatibilizar o padrão salarial com o grau de responsabilidade dos cargos e com a necessidade de estimular a produtividade no campo da gestão pública" do Maranhão.

"Reconhecendo-se o relevante trabalho demonstrado pelos gestores do Poder Executivo no atual cenário nacional em que o Estado do Maranhão se destaca, com exemplo de boas práticas, tendo sido destaque na captação de recursos junto ao Programa de Aceleração do Crescimento, no total de R$ 93,9 bilhões em razão dos projetos de qualidade apresentados pelas diversas Secretarias de Estado", diz o texto.

O comando da comissão autora do projeto é composto por parlamentares aliados de Brandão. O projeto é capitaneado pelo vice-presidente do colegiado, o deputado Zé Inácio (PT).

O Estadão tentou contato com o parlamentar, mas não obteve retorno.

Antes de ser aprovada simbolicamente, a proposta foi apreciada pelos parlamentares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que apresentou um parecer favorável ao aumento salarial da cúpula do governo maranhense.

O relatório foi aprovado por seis votos a um, sendo Yglésio Moyses (PRTB) o único parlamentar contrário à medida.

Entre 2014 e 2022, Carlos Brandão foi vice do então governador do Maranhão Flávio Dino, que atualmente é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Brandão está à frente do governo maranhense desde abril de 2022, quando Dino deixou o cargo para se candidadar ao Senado. Em outubro daquele ano, ele foi eleito para o Executivo do Estado com 1.769.187 votos (51,3% dos votos válidos).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão é o Estado que possui o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, com 0,676.

O IDH é uma medida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. A escala vai de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo o índice estiver de 1, melhor é a qualidade de vida.

O IBGE também calculou que o Maranhão possui a menor renda per capita do País, R$ 945 por pessoa. Ou seja, o salário médio no Estado é 35 vezes menor do que o do chefe do Executivo estadual.

Em comparação, a renda média do cidadão paulista é de R$ 2.492, enquanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ganha R$ 34.572,89, um valor 14 vezes maior.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.