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Campos Neto recebe homenagem na Alesp com elogios de políticos e falas sobre legado ao Brasil

Política
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, recebeu na noite desta segunda-feira, 10, a "Medalha do Mérito Legislativo" na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Em uma solenidade que contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e dos ex-governadores João Doria e Rodrigo Garcia, dois ex-tucanos, além de uma série de políticos e empresários, o banqueiro central fez acenos a "quem faz o País andar", falando que trabalha para dar previsibilidade ao setor privado.

A presença de profissionais do mercado financeiro no evento também foi destacada pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), presente na solenidade, que brincou com a plateia. "Hoje está para arrumar um empréstimo aqui", afirmou o prefeito.

Com o mandato de Campos Neto perto do fim, Nunes disse ser uma "pena" que ele deixe o BC. "Você deixa um legado para o seu País, um orgulho para a sua esposa, os seus filhos, e para cada um dos brasileiros", disse.

Tarcísio, que ofereceu um jantar a Campos Neto, também reforçou os elogios ao banqueiro, que descreve como seu amigo pessoal. De acordo com o governador, a homenagem é "mais que justa".

Destacando o perfil técnico de Campos Neto, o governador afirmou que para o presidente do BC "não tem esquerda, não tem direita, tem Brasil".

Com a gestão Campos Neto à frente do Banco Central perto do fim, sua proximidade com a gestão paulista tem colocado no radar a possibilidade de um ingresso de Campos Neto na política, junto com Tarcísio.

A homenagem a Campos Neto teve a presença até de um parlamentar petista: o deputado estadual Eduardo Suplicy. "Em algumas ocasiões em que tenho visto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tendo um diálogo respeitoso e produtivo com a sua pessoa, eu me sinto bem e feliz", afirmou.

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A Coreia do Sul realizará uma eleição presidencial antecipada em 3 de junho para escolher o sucessor de Yoon Suk Yeol, após o conservador ter sido deposto por sua imposição de lei marcial no final do ano passado.

O anúncio do presidente em exercício, Han Duck-soo, veio quatro dias depois do Tribunal Constitucional remover Yoon do cargo por unanimidade. O próximo presidente cumprirá um mandato completo de 5 anos.

A profunda polarização política provavelmente moldará a eleição em um confronto entre o Partido do Poder Popular, de Yoon, e seu principal rival liberal, o Partido Democrata, que detém a maioria na Assembleia Nacional.

A maioria dos venezuelanos enviados pelos Estados Unidos para a prisão de segurança máxima de El Salvador em março não possui antecedentes criminais, de acordo com a investigação do programa jornalístico 60 Minutes, do canal americano CBS.

O 60 Minutes afirmou ter obtido a identidade dos deportados em documentos internos do governo, que decidiu não divulgar os nomes. Dos 238 enviados para El Salvador, 179 não possuem antecedentes criminais encontrados dentro e fora dos EUA. Esse número corresponde a 75% do grupo.

Os jornalistas encontraram antecedentes para 53 deportados (22%) e não puderam determinar o histórico de 5 (3%).

Dos deportados com antecedentes criminais, a maioria é por crimes não violentos, como roubo, furto em lojas e invasão de propriedade. Cerca de 12 pessoas são acusadas de crimes como assassinato, estupro, agressão e sequestro.

Em resposta à reportagem do 60 Minutes, que foi ao ar no dia 6, o governo americano disse que os deportados sem antecedentes criminais "são na verdade terroristas". "Eles simplesmente não têm ficha criminal nos EUA", afirmou o Departamento de Segurança Interna dos EUA.

O grupo de deportados para El Salvador foi enviado para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), a prisão de segurança máxima do país construída pelo governo de Nayib Bukele. Diversas imagens mostram os acusados chegando ao local e raspando o cabelo, como parte do protocolo de prisão.

Segundo o 60 Minutes, as fotos ajudaram a identificar parte dos deportados. Entre eles, o venezuelano Andry Hernandez Romero, de 31 anos. Lindsay Toczylowski, advogada do Centro de Direito dos Defensores de Imigrantes, reconheceu o cliente em uma das fotos divulgadas.

A advogada afirma que Andry Romero é maquiador e ator. Ele emigrou para os EUA após ser alvo de homofobia e perseguição política na Venezuela, entrou nos EUA pela fronteira com o México e solicitou asilo. "Ele tinha bons argumentos para o pedido de asilo", disse Toczylowski ao 60 Minutes.

Mas em março Romero faltou uma audiência judicial. "Nosso cliente, que estava no meio de uma busca por asilo, simplesmente desapareceu", acrescentou a advogada.

Quando Andry apareceu preso no Cecot através das fotos, a advogada o reconheceu por causa das tatuagens. Segundo o 60 Minutes, a única evidência que o governo americano apresentou ao tribunal de imigração de que ele era criminoso era uma das tatuagens, de uma coroa. Para as autoridades de imigração, trata-se de um símbolo do Tren de Aragua.

Ao contrário do que deveria ser feito, Andy e outros deportados não tiveram processos legais concluídos antes de serem enviados para El Salvador.

Pelo menos um outro venezuelano do grupo, Jerce Reyes Barrios, também foi preso por causa de tatuagens. Jogador de futebol na Venezuela, ele tatuou o desenho de uma bola com uma coroa em cima. Segundo seu advogado, a tatuagem é uma homenagem ao Real Madrid.

Desde que foram deportados, à despeito de decisões judiciais, os advogados não tiveram contato com os clientes. O Cecot ficou conhecido como uma das prisões mais rígidas da América Latina, com relatos de tortura, desaparecimentos e outras violações aos direitos humanos. Os EUA fizeram um acordo de US$ 6 milhões (equivalente a R$ 35,6 milhões) com El Salvador para enviar os prisioneiros.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse nesta terça-feira, 8, que o Canal do Panamá enfrenta ameaças contínuas da China, mas que juntos, os EUA e o Panamá o manterão seguro.

"Os Estados Unidos e o Panamá fizeram mais nas últimas semanas para fortalecer nossa cooperação em defesa e segurança do que fizemos em décadas", afirmou ele.

Hegseth fez alusão aos portos em cada extremidade do canal que são controlados por um consórcio de Hong Kong, o qual está em processo de vender sua participação para outro consórcio, incluindo a BlackRock Inc.