STJ enterra em 3 minutos pena de ex-gerente da Petrobras por propinas da Odebrecht

Política
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Por unanimidade, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça anulou uma ação penal da Operação Lava Jato em menos de três minutos. A decisão foi tomada nesta terça, 11, após a relatora, ministra Daniela Teixeira, receber um ofício sobre a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que anulou as provas derivadas dos sistemas do antigo departamento de propinas da Odebrecht.

O julgamento do caso teve início às 14h16m48s e terminou às 14h19m10s. Daniela Teixeira leu a ementa de seu voto e seu posicionamento foi acompanhado pelos ministros Reynaldo Soares da Fonseca e Ribeiro Dantas. O ministro Joel Paciornik estava impedido para analisar o caso.

Ao chamar o recurso a julgamento, a ministra apontou que o tema a ser enfrentado pelo colegiado seria 'nulidade declarada pelo STF e seus efeitos'.

"Remessa de ofício comunicando decisão emanada pelo STF relativa a nulidade do material processual utilizado na ação penal importa na superveniência de matéria de ordem pública a ser analisada em embargos de declaração", indicou Daniela.

Ela apontou que a denúncia em face dos réus da ação penal da Lava Jato teria como base elementos do sistema Drousys, um dos utilizados pelo antigo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - a máquina de propinas da empreiteira.

A ministra, então, destacou que, 'na esteira do entendimento do STF, o reconhecimento da nulidade no material probatório em análise deve ser tido por absoluto, infundando de maneira estrutural o teor da denúncia'.

"Merece não só ser extirpado dos autos, mas também determinar o reinício da análise da peça inaugural com retorno 'ab initio' (desde o início) da demanda penal", anotou a ministra, ao votar pela 'nulidade probatória e dos atos processuais posteriores'.

A decisão foi proferida a pedido de um ex-gerente da Petrobras Glauco Colepicolo Legatti, que se insurgiu contra sua condenação na esteira da 46ª fase da Operação Lava Jato por supostas propinas recebidas da Odebrecht no bojo de contratos de duas subsidiárias da estatal. A denúncia da Procuradoria da República diz que ele recebeu R$ 2 milhões entre 2011 e 2014 em transferências no exterior.

Em outubro de 2019, o Tribunal Federal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre (Tribunal de apelação da Lava Jato), confirmou a condenação de Glauco e outros oito réus por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na ocasião, a pena do ex-gerente da petrolífera ficou em 6 anos, 11 meses e 9 dias de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, além do pagamento de 73 dias-multa.

Em agosto de 2022, a Quinta Turma do STJ negou um recurso em que a defesa de Glauco pedia sua absolvição. Os advogados alegavam que o acórdão do TRF-4 foi baseado em 'especulações de delator e uma planilha, unilateralmente produzida, extraída do sistema de contabilidade paralela Drousys, da Odebrecht'.

Os embargos de declaração de Glauco foram apresentados no bojo de um procedimento que inicialmente também foi ajuizado por outro ex-gerente da Petrobras, Maurício de Oliveira Guedes, e ex-diretores da Petroquisa - Djalma Rodrigues de Souza e Paulo Cezar Amaro Aquino.

Por unanimidade, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça anulou uma ação penal da Operação Lava Jato em menos de três minutos. A decisão foi tomada nesta terça, 11, após a relatora, ministra Daniela Teixeira, receber um ofício sobre a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que anulou as provas derivadas dos sistemas do antigo departamento de propinas da Odebrecht.

O julgamento do caso teve início às 14h16m48s e terminou às 14h19m10s. Daniela Teixeira leu a ementa de seu voto e seu posicionamento foi acompanhado pelos ministros Reynaldo Soares da Fonseca e Ribeiro Dantas. O ministro Joel Paciornik estava impedido para analisar o caso.

Ao chamar o recurso a julgamento, a ministra apontou que o tema a ser enfrentado pelo colegiado seria 'nulidade declarada pelo STF e seus efeitos'.

"Remessa de ofício comunicando decisão emanada pelo STF relativa a nulidade do material processual utilizado na ação penal importa na superveniência de matéria de ordem pública a ser analisada em embargos de declaração", indicou Daniela.

Ela apontou que a denúncia em face dos réus da ação penal da Lava Jato teria como base elementos do sistema Drousys, um dos utilizados pelo antigo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht - a máquina de propinas da empreiteira.

A ministra, então, destacou que, 'na esteira do entendimento do STF, o reconhecimento da nulidade no material probatório em análise deve ser tido por absoluto, infundando de maneira estrutural o teor da denúncia'.

"Merece não só ser extirpado dos autos, mas também determinar o reinício da análise da peça inaugural com retorno 'ab initio' (desde o início) da demanda penal", anotou a ministra, ao votar pela 'nulidade probatória e dos atos processuais posteriores'.

A decisão foi proferida a pedido de um ex-gerente da Petrobras Glauco Colepicolo Legatti, que se insurgiu contra sua condenação na esteira da 46ª fase da Operação Lava Jato por supostas propinas recebidas da Odebrecht em contratos de duas subsidiárias da estatal. A denúncia da Procuradoria da República diz que ele recebeu R$ 2 milhões entre 2011 e 2014 em transferências no exterior.

Em outubro de 2019, o Tribunal Federal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre (Tribunal de apelação da Lava Jato), confirmou a condenação de Glauco e outros oito réus por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Na ocasião, a pena do ex-gerente da petrolífera ficou em 6 anos, 11 meses e 9 dias de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, além do pagamento de 73 dias-multa.

Em agosto de 2022, a Quinta Turma do STJ negou um recurso em que a defesa de Glauco pedia sua absolvição. Os advogados alegavam que o acórdão do TRF-4 foi baseado em 'especulações de delator e uma planilha, unilateralmente produzida, extraída do sistema de contabilidade paralela Drousys, da Odebrecht'.

Os embargos de declaração de Glauco foram apresentados no bojo de um procedimento que inicialmente também foi ajuizado por outro ex-gerente da Petrobras, Maurício de Oliveira Guedes, e ex-diretores da Petroquisa - Djalma Rodrigues de Souza e Paulo Cezar Amaro Aquino.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

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"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.