André Ceciliano é reeleito para presidência da Alerj

Política
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O deputado estadual André Ceciliano (PT) foi reeleito na tarde desta terça-feira, 2, para a presidência da Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj. O voto era apenas "sim" ou "não", já que não havia chapa concorrente. Apenas três deputados - bolsonaristas - foram contrários à recondução, mas não fizeram discursos no plenário. Alexandre Freitas e Adriana Balthazar, do Novo, se abstiveram, apesar de terem elogiado Ceciliano.

"Eu não tenho vergonha de ser político. A gente trabalha, e muito, aqui no parlamento. Muito menos (vergonha) de pertencer ao Partido dos Trabalhadores, do qual tenho orgulho", disse após a vitória, chorando, o presidente.

Após assumir o cargo em 2017 para um mandato-tampão, em meio a doenças e prisões de deputados à frente dele na linha sucessória, Ceciliano conduziu sua gestão como uma espécie de antítese de Jorge Picciani (MDB), o ex-cacique emedebista que comandou a Casa por anos e foi preso no âmbito dos esquemas envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).

Deputados de diferentes posições no espectro político elogiam a abertura ao diálogo criada nos últimos anos. Ceciliano se dá bem, inclusive, com bolsonaristas, o que vai na contramão da relação entre o presidente da República e o PT na esfera nacional.

Na sessão da tarde desta terça, houve até elogios ao partido de esquerda e seus "inegáveis avanços" por parte do deputado do PSL Alexandre Knoploc.

Esse perfil pragmático chega a incomodar os petistas mais à esquerda. Gerou insatisfação no partido, por exemplo, o fato dele ter aberto as portas da Alerj para um encontro entre o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e deputados federais fluminenses que o apoiavam. Lira era o candidato de Jair Bolsonaro na disputa.

Ceciliano é investigado pelo Ministério Público do Rio com base no mesmo relatório de inteligência financeira que deu origem às apurações contra o hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). No caso dele, a investigação não teve grandes avanços, como o cumprimento de medidas cautelares. Ela ainda não foi, contudo, arquivada - movimento que é a expectativa de aliados do deputado.

No discurso de abertura do ano legislativo, o governador em exercício, Cláudio Castro (PSC), falou que estava ali por três motivos: respeito pelo parlamento, gratidão e vontade de firmar um "pacto" pela recuperação do Estado. Ao falar, por exemplo, em metas que pretende cumprir até o final do ano, deixou claro que já considera impossível o retorno do afastado Wilson Witzel (PSC).

Tirado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Witzel já foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O prazo do afastamento temporário acaba no fim de fevereiro. Ele também passa por um processo de impeachment, mas um imbróglio jurídico retardou o andamento do julgamento.

Ao agradecer Castro pela presença, Ceciliano ilustrou a boa relação entre os dois Poderes, em contraponto ao que acontecia no governo Witzel. "Poucos governadores vieram aqui e fizeram discurso, e nenhum aguardou a votação", apontou.

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O presidente Donald Trump quer restringir a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de pelo menos 43 países. O plano tem uma lista preliminar com o veto total de entrada a cidadãos de 11 países: Afeganistão, Butão, Cuba, Irã, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Sudão, Síria, Venezuela e Iêmen. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Grande parte da população de Cuba ficou sem energia entre sexta-feira, 14 e sábado, dia 15, após a ilha sofrer o quarto apagão em seis meses. Autoridades informaram que a queda foi provocada por uma avaria em uma subestação em Havana. O fornecimento começou a ser restabelecido lentamente no sábado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, defendeu neste sábado, 15, manter a pressão para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, aceite um cessar-fogo na Ucrânia. O premiê promoveu uma reunião virtual com 25 líderes dispostos a garantir uma eventual trégua no conflito.

Starmer reafirmou o compromisso de apoiar a Ucrânia na luta contra invasão russa e assegurar o cumprimento de um cessar-fogo, que tem sido negociado pelos EUA. Céticos sobre qualquer promessa de Putin, os europeus têm discutido como garantir a segurança dos ucranianos no cenário de trégua, mas os russos apresentam resistências.

PRESSÃO

"Concordamos em continuar a pressão sobre a Rússia, manter a ajuda militar para a Ucrânia e continuar a restringir a economia russa, para enfraquecer a máquina de guerra de Putin e levá-lo à mesa de negociações", disse o premiê.

Starmer convocou o encontro virtual após afirmar que o Putin "não leva a paz a sério". A Ucrânia aceitou uma proposta de trégua dos EUA, mas a Rússia disse que era preciso discutir os termos do acordo e exigiu um série de concessões ucranianas.

"A ideia, em si, é correta, e certamente a apoiamos. Mas há questões que precisamos discutir", disse Putin. A resposta foi interpretada como uma forma de atrasar o cessar-fogo, sem desagradar Donald Trump.

O encontro de sábado reuniu líderes de 25 países da Europa, além de Comissão Europeia, Canadá Austrália, Nova Zelândia e Ucrânia. A ideia, segundo Londres é criar uma coalizão disposta a apoiar uma "paz justa e duradoura".

"Minha sensação é que, mais cedo ou mais tarde, Putin terá de sentar à mesa e negociar", disse Starmer. "Se Putin não negociar, devemos fazer todo o possível para aumentar a pressão sobre a Rússia, para que ela acabe com esta guerra."

MACRON

Starmer e o presidente francês, Emmanuel Macron, lideram os esforços por garantias de segurança para Ucrânia desde que Trump abriu negociações diretas com a Rússia, no mês passado. As primeiras conversas, sem a participação dos ucranianos, acenderam o alerta na Europa, preocupada com a guinada na política externa americana.

Sob Trump, os EUA votaram com a Rússia contra uma resolução da ONU que condenava a guerra. O presidente americano repetiu falsas alegações de Putin sobre o conflito e chegou a suspender o apoio militar e o compartilhamento de informações da inteligência americana com a Ucrânia.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse que discutiu com Macron os aspectos técnicos sobre como o cessar-fogo poderia ser aplicado. "Nossas equipes continuam trabalhando em garantias de segurança claras, e estarão prontas em breve", afirmou Zelenski.

Starmer e Macron, que conversaram por telefone na véspera da reunião virtual deste sábado, expressaram a disposição de enviar tropas britânicas e francesas à Ucrânia, mas não está claro se outros países estão dispostos a fazer o mesmo e, mais importante, se Putin aceitará. (Com agências internacionais).