Tabata nega ter 'empurrado' Datena para o PSDB e diz que jornalista é 'grandinho'

Política
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A deputada Tabata Amaral (PSB), pré-candidata a prefeita de São Paulo, disse que não forçou José Luiz Datena a trocar o PSB pelo PSDB em uma articulação para ser o vice dela na eleição. O apresentador trocou de partido como ela queria, mas não cumpriu o desenho inicial e aceitou ser pré-candidato tucano à Prefeitura da capital paulista.

"Eu vi a fala do Datena e achei engraçada porque ele é bem grandinho para ser empurrado ou colocado no colo de alguém. Ele pode responder pelas próprias escolhas", afirmou Tabata nesta sexta-feira, 19, em sabatina promovida pelo portal UOL.

Datena negou no início da semana ter traído a deputada e afirmou que foi ela quem pediu para que ele se filiasse ao PSDB. "Ela insistiu, eu fui para o PSDB. Se o PSDB me convidou para ser prefeito, o problema é entre ela e o PSDB", declarou o apresentador, que ainda acrescentou. "Foi a Tabata que me jogou no colo do PSDB, e não o contrário."

Tabata ainda evita classificar o movimento do ex-aliado como traição e afirma que vai esperar até o dia 27 de julho para que o PSDB honre o acordo feito com ela e indique o vice. Além de Datena, ela citou como possíveis companheiros de chapa os tucanos José Aníbal, Mário Covas Neto e Ricardo Tripoli. "A gente mantém nossa palavra e não volta atrás. Eles [PSDB] é que têm que explicar por que recuaram e se vão continuar recuando", declarou, acrescentando que sua candidatura não depende do apoio do PSDB.

Diante da aliança cada vez mais improvável, o PSB passou a considerar a formação de uma chapa pura, conforme mostrado pelo Estadão. Entre os nomes cotados para a solução "caseira" estão Lu Alckmin, esposa do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Lúcia França (PSB), esposa de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo, e o ex-deputado federal Luciano Pesaro (PSB), também ligado a Alckmin e que já participa da elaboração do plano de governo.

Tabata elogiou os companheiros de partido, mas disse que não vai adiantar o debate sobre chapa pura neste momento. Ela reafirmou ser a única pré-candidata à prefeitura de São Paulo, entre homens e mulheres, capaz de dialogar tanto com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto com o presidente Lula (PT). "Essa é uma coisa que eu sei fazer muito bem: desmontar palanque, colocar de lado as diferenças e focar no que importa", disse ela.

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Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 21, que o Brasil é o País da paz e que por isso continuará tentando ajudar no diálogo pelo fim das guerras, como a que ocorre na faixa de Gaza. Alckmin foi questionado em entrevista à CNN Brasil sobre o resultado de esforços de lideranças como o Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, para pacificar regiões.

"O Brasil é o país da paz, e exatamente por não ter litígio com ninguém, ele pode ajudar, ajudar nesse diálogo. É mais demorado infelizmente, mas o Brasil é sempre um protagonista importante, e o presidente Lula é um protagonista importante da paz e do diálogo, vamos continuar nesse trabalho", disse o vice-presidente.

Alckmin contou também que ainda conversará com Lula sobre a presença do Brasil no enterro do pontífice, e lembrou que o presidente já decretou luto oficial de sete dias pela morte do papa. "Para nós católicos, nosso líder, o Papa, sua santidade. Para toda a humanidade, a figura maravilhosa da paz, da concórdia, do diálogo entre as religiões, da inclusão, do respeito, é uma vida de exemplos que fica para todos nós. E o Brasil tinha um enorme carinho com o Papa", disse Alckmin sobre o papa Francisco.

O ministro também foi perguntado sobre a agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que encontrou o líder da igreja católica em audiência reservada no ano passado, no contexto de conversas sobre a agenda de tributação de super-ricos - que atualmente é a proposta de compensação fiscal para o governo ampliar a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Sobre o tema, Alckmin disse ser importante que o País tenha boas políticas públicas para ajudar a vida dos que mais necessitam. "E levar essa verdadeira mensagem de fraternidade, de diálogo, não de prepotência, de força, mas do diálogo e da compaixão", afirmou.

"Amar ao próximo não é discurso. Amar ao próximo são atitudes, são propostas, são ações, que a fé sem obras é morta", disse o vice-presidente.

A China irá impor sanções a algumas autoridades dos Estados Unidos e chefes de organizações não governamentais (ONGs) por comportamentos flagrantes relacionados a Hong Kong, informou o Ministério das Relações Exteriores. As sanções são uma resposta às penalidades impostas pelos Estados Unidos em março contra seis autoridades chinesas e de Hong Kong, afirmou o porta-voz do ministério, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 21.

Pequim irá impor sanções a vários membros do Congresso americano, autoridades governamentais e chefes de ONGs por terem "se comportado mal em questões relacionadas a Hong Kong", disse Jiakun, sem revelar os nomes.

O porta-voz alertou que os Estados Unidos não têm permissão para interferir nos assuntos de Hong Kong. Pequim considera Hong Kong uma parte inalienável da China. "Quaisquer ações equivocadas tomadas pelos EUA em questões relacionadas a Hong Kong serão respondidas com firmes contra-ataques e medidas recíprocas da China", disse Guo.

A medida ocorre semanas após o Departamento de Estado dos EUA impor sanções a autoridades chinesas e de Hong Kong, citando a repressão política contínua em Hong Kong - e os esforços para estender essa repressão a cidadãos dos EUA - e as restrições ao acesso ao Tibete.

As seis autoridades citadas pelos EUA incluem Raymond Siu, comissário de polícia de Hong Kong, e Paul Lam, secretário de Justiça da cidade. Fonte: Dow Jones Newswires