Nunes tem 26,9% e Boulos, 24,7% das intenções de voto em SP, diz Paraná Pesquisas

Política
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) permanecem à frente nas intenções de voto à Prefeitura da capital paulista, segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado na sexta-feira, 19.

No principal cenário estimulado do levantamento, com a presença de todos os pré-candidatos, Nunes tem 26,9% e Boulos, 24,7%. Apesar da vantagem numérica de Nunes, os dois pré-candidatos estão empatados tecnicamente, dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,6 pontos porcentuais.

Em um cenário estagnado, Nunes e Boulos despontam em relação aos demais pré-candidatos apresentados como opções de voto aos eleitores da cidade. O terceiro colocado é o apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), que figura com 11,6% de menções. Ele é seguido pelo empresário e ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que tem 10,9%. A quinta colocada é a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), com 6,4%. Os três pré-candidatos estão empatados tecnicamente. Entre Datena e Tabata, o empate ocorre no limite da margem de erro.

A pré-candidata do Novo, Marina Helena, tem 3,6% das intenções de voto, enquanto o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), 2,4%. João Pimenta (PCO) tem 0,9% e Altino (PSTU) e Ricardo Senese (UP), 0,3% cada. Fernando Fantauzzi (DC) tem 0,2%. Votos brancos, nulos ou em nenhum pré-candidato foram 6,7%. Não sabem ou não souberam responder 4,9% dos entrevistados.

O instituto Paraná Pesquisas ouviu 1.500 eleitores paulistanos dos dias 14 a 17 de julho. A margem de erro é de 2,6 pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06862/2024.

Na modalidade estimulada, as opções de pré-candidatos são apresentadas aos entrevistados pelo agente da pesquisa. Como os pré-candidatos ainda precisam obter um aval das siglas nas convenções partidárias, que terão início a partir deste sábado, 20, ainda não se sabe quais nomes, de fato, estarão na campanha eleitoral, que começa em agosto.

O Paraná Pesquisas testou outros cenários estimulados, um dos quais buscou avaliar como seria a campanha eleitoral sem as presenças de José Luiz Datena e Kim Kataguiri. Tratam-se das principais incógnitas para a disputa na capital paulista: enquanto o apresentador de TV acumula um histórico de desistências em campanhas políticas, Kataguiri, mesmo sem apoio dentro de seu partido, ainda se apresenta como pré-candidato à Prefeitura.

Sem Datena e Kim, Nunes tem 31,9% das intenções de voto, e Boulos, 27,5%. Pablo Marçal passa a ter 12,2%, enquanto Tabata registra 7,7% de menções. Marina Helena figura com 4,4%.

Rejeição aos pré-candidatos

O levantamento também mostrou a rejeição aos pré-candidatos a prefeito da capital. O mais rejeitado é Guilherme Boulos: 31% dos entrevistados disseram ao Paraná Pesquisas que não votariam no deputado federal do PSOL "de jeito nenhum".

No questionário, que é estimulado e permite mais de uma resposta, o segundo colocado é Pablo Marçal, com 24,6% de menções negativas. Datena aparece na terceira posição, com 21,6% de rejeição.

Para 6,7%, todos os pré-candidatos são opções de voto, enquanto 9,7% não sabem ou não quiseram responder.

Simulação de segundo turno

Em um segundo turno entre Nunes e Boulos, o prefeito venceria por 50,5% a 35%. Nesse cenário, 9,1% votariam em branco ou em nenhum dos dois, enquanto 5,4% não souberam ou não quiseram responder.

Nunes também venceria Datena em uma eventual disputa de segundo turno: neste caso, o emedebista teria 47,7% e o apresentador de TV, 29,3%. São 17,3% os que dizem que não votariam em nenhum ou em branco ou anulariam o voto, enquanto 5,7% não souberam ou não quiseram responder.

Boulos venceria Marçal em um hipotético segundo turno. O deputado federal teria 44,8% das intenções de voto e o ex-coach, 33,7%. Para 14,6% dos entrevistados, nenhum deles é opção de voto, enquanto 6,9% não souberam ou não quiseram responder.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite deste domingo, 20, esperar que Rússia e Ucrânia farão um acordo "nesta semana". "Ambos começarão a fazer grandes negócios com os Estados Unidos, que está prosperando, e farão uma fortuna", escreveu na rede social Truth Social.

A declaração foi feita em meio a um cessar-fogo de Páscoa marcado por acusações de violação de ambos os lados.

Ainda na rede social, o republicano citou o "Dia da Libertação", como batizou 2 de abril que foi a data em que anunciou uma série de tarifas.

Segundo ele, muitos líderes mundiais e executivos de empresas pediram alívio das imposições tarifárias desde a ocasião. "É bom ver que o mundo sabe que estamos falando sério, porque ESTAMOS! Eles devem corrigir os erros de décadas de abuso, mas isso não será fácil para eles", reforçou ao chamar quem quiser "o caminho mais fácil" para "construir na América".

Ele classificou como "traição não tarifária" questões que chamou de "manipulação cambial", subsídios para exportação, padrões agrícolas protecionista citando como exemplo a proibição de milho geneticamente modificado na União Europeia, entre outros.

Trump também voltou a criticar a discussão a respeito da deportação de Kilmar Armando Abrego Garcia, que foi deportado por engano para uma prisão em El Salvador.

Embora o governo do republicano tenha admitido um "erro administrativo", o republicano disse que Garcia está sendo tratado como uma "pessoa muito doce e inocente, o que é uma mentira total, flagrante e perigosa", voltando a citar sua ligação com a gangue MS-13. Os advogados de Garcia negam.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, condenou o ataque feito à usina hidrelétrica Rucalhue, que está sendo construída no rio Biobío, na região centro-sul do país, na madrugada deste domingo, 20, quando 52 veículos foram incendiados no local.

"Assim como fizemos em outros casos, perseguiremos e encontraremos os responsáveis que deverão responder perante a justiça. Continuaremos trabalhando sem recuar para erradicar todas as formas de violência", disse o mandatário em publicação na rede social X.

De acordo com o adido de Polícia do Chile, Renzo Miccono, indivíduos armados invadiram a localidade por volta das 2h30 da madrugada, ameaçaram quatro guardas de segurança e depois atearam fogo a máquinas.

O empreendimento terá 90 megawatts (MW) de capacidade e enfrenta resistência de povos originários locais e de ambientalistas. No último dia 03 de abril, a Corte de Apelações de Concepción negou dois recursos que pediam a paralisação das obras.

De acordo com a Associated Press, a região do Biobío já havia sido palco de outro ataque incendiário no último dia 7 de abril, quando duas residências e um galpão foram destruídos. Segundo autoridades, o ataque foi reivindicado pela Resistência Mapuche Lafkenche (RML).

A empresa responsável pelo projeto, Rucalhue Energía SpA, controlada da China International Water & Electric Corp (CWE), afirmou que está colaborando com as autoridades para encontrar os responsáveis e reforçar as medidas de segurança.

"Por sorte, não houve feridos graves. No entanto, os danos materiais são significativos. Uma avaliação completa das perdas está sendo feita", disse a companhia em comunicado, acrescentando que o projeto segue toda a regulamentação ambiental, social e técnica.

*Com informações da Associated Press.

O Exército de Israel afirmou que errou ao matar 15 socorristas na Faixa de Gaza. De acordo com relatório sobre o incidente, que ocorreu em 23 de março, foram identificadas "várias falhas profissionais, violações de ordens e uma falha em relatar completamente o incidente", informou a autoridade militar neste domingo, 20.

Na ocasião, uma ambulância em busca de pessoas feridas por um ataque aéreo israelense foi alvo de tiros em um bairro na cidade de Rafah, que fica na fronteira com o Egito. Quando outras ambulâncias chegaram para procurar a equipe desaparecida, também foram alvo de tiros.

"A investigação determinou que o fogo nos dois primeiros incidentes resultou de um mal-entendido operacional pelas tropas, que acreditavam enfrentar uma ameaça tangível por parte das forças inimigas", disse o exército israelense em referência a um possível veículo policial do Hamas.

Israel disse que demitiu o comandante adjunto do Batalhão de Reconhecimento Golani, por fornecer "um relatório incompleto e impreciso durante o debriefing" e repreendeu o oficial comandante da 14ª Brigada, citando sua responsabilidade geral.

Para Jonathan Whittall, chefe do escritório humanitário das Nações Unidas em Gaza e na Cisjordânia, a investigação militar israelense careceu de responsabilização. "Corremos o risco de continuar assistindo a atrocidades se desenrolarem, e as normas destinadas a nos proteger, se erodindo". Fonte: Dow Jones Newswires.