'Estadão', Terra e Faap promovem debate entre concorrentes à Prefeitura de São Paulo

Política
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O Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), realizará no próximo dia 14 de agosto seu primeiro debate entre pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.

O debate, agendado para a véspera do registro final das candidaturas, será realizado no Teatro da FAAP, a partir das 10h, e seguirá o modelo do Vodcast Dois Pontos, do Estadão. Serão cinco blocos transmitidos ao vivo, exclusivamente pelos canais digitais do Estadão, do Terra e da FAAP. Cada bloco abordará um tema de interesse do eleitorado, sorteado na abertura de cada bloco, que será ancorado pela jornalista Roseann Kennedy, com a participação de convidados.

"O debate terá sido um sucesso se conseguirmos tirar dos candidatos planos concretos e viáveis para os problemas urbanos reais em que se enredam todos os dias os moradores da cidade", afirma o diretor de jornalismo do Estadão, Eurípedes Alcântara. "Nosso objetivo é tentar fazer com que essas eleições encurtem o caminho para se chegar a soluções que façam de São Paulo uma metrópole mais acolhedora, segura, sustentável e eficiente", acrescentou.

Roseann fará a primeira pergunta de cada bloco. As demais questões serão dirigidas aos candidatos pelos convidados. Cada bloco contará com a participação de seis pré-candidatos, divididos em três duplas, que serão trocadas ao longo do evento. A troca garantirá que todos debatam entre si.

Além das perguntas de Roseann e convidados, os pré-candidatos poderão debater entre si. Quem fizer a primeira pergunta terá direito à réplica. Ao final do primeiro, terceiro e quinto blocos, dois candidatos responderão individualmente a uma pergunta gravada previamente do público.

As regras foram acordadas com representantes das pré-campanhas de Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Kim Kataguiri (União Brasil), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

Segundo a head de conteúdo do Terra, Manoela Pereira, a promoção de debates será uma das iniciativas do portal na cobertura das eleições deste ano. "Faremos uma cobertura eleitoral imparcial, pautada no combate à desinformação e em questões fundamentais para o futuro das cidades, como as mudanças climáticas e seus impactos. Promover esse encontro já na largada da campanha faz com que o eleitor comece a conhecer melhor os candidatos e suas propostas para a maior cidade do Brasil", disse.

Participarão do debate os seis pré-candidatos cujos partidos tenham representação no Congresso Nacional ou eventual destaque nas pesquisas eleitorais divulgadas até a semana anterior por institutos nacionais julgados confiáveis pelos organizadores do debate.

O CEO da FAAP, Luís Sobral, explica que o debate é uma evolução das sabatinas individuais com candidatos realizadas anteriormente pela faculdade em parceria com o Estadão. "Como fundação educacional, acreditamos que o debate é essencial para conhecermos melhor nossos futuros governantes. A FAAP já promove reflexão sobre candidatos de várias formas e, agora, oferece um debate em parceria com o Estadão para garantir que essa reflexão seja o mais democrática possível, alcançando o maior número de pessoas."

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A Coreia do Sul realizará uma eleição presidencial antecipada em 3 de junho para escolher o sucessor de Yoon Suk Yeol, após o conservador ter sido deposto por sua imposição de lei marcial no final do ano passado.

O anúncio do presidente em exercício, Han Duck-soo, veio quatro dias depois do Tribunal Constitucional remover Yoon do cargo por unanimidade. O próximo presidente cumprirá um mandato completo de 5 anos.

A profunda polarização política provavelmente moldará a eleição em um confronto entre o Partido do Poder Popular, de Yoon, e seu principal rival liberal, o Partido Democrata, que detém a maioria na Assembleia Nacional.

A maioria dos venezuelanos enviados pelos Estados Unidos para a prisão de segurança máxima de El Salvador em março não possui antecedentes criminais, de acordo com a investigação do programa jornalístico 60 Minutes, do canal americano CBS.

O 60 Minutes afirmou ter obtido a identidade dos deportados em documentos internos do governo, que decidiu não divulgar os nomes. Dos 238 enviados para El Salvador, 179 não possuem antecedentes criminais encontrados dentro e fora dos EUA. Esse número corresponde a 75% do grupo.

Os jornalistas encontraram antecedentes para 53 deportados (22%) e não puderam determinar o histórico de 5 (3%).

Dos deportados com antecedentes criminais, a maioria é por crimes não violentos, como roubo, furto em lojas e invasão de propriedade. Cerca de 12 pessoas são acusadas de crimes como assassinato, estupro, agressão e sequestro.

Em resposta à reportagem do 60 Minutes, que foi ao ar no dia 6, o governo americano disse que os deportados sem antecedentes criminais "são na verdade terroristas". "Eles simplesmente não têm ficha criminal nos EUA", afirmou o Departamento de Segurança Interna dos EUA.

O grupo de deportados para El Salvador foi enviado para o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), a prisão de segurança máxima do país construída pelo governo de Nayib Bukele. Diversas imagens mostram os acusados chegando ao local e raspando o cabelo, como parte do protocolo de prisão.

Segundo o 60 Minutes, as fotos ajudaram a identificar parte dos deportados. Entre eles, o venezuelano Andry Hernandez Romero, de 31 anos. Lindsay Toczylowski, advogada do Centro de Direito dos Defensores de Imigrantes, reconheceu o cliente em uma das fotos divulgadas.

A advogada afirma que Andry Romero é maquiador e ator. Ele emigrou para os EUA após ser alvo de homofobia e perseguição política na Venezuela, entrou nos EUA pela fronteira com o México e solicitou asilo. "Ele tinha bons argumentos para o pedido de asilo", disse Toczylowski ao 60 Minutes.

Mas em março Romero faltou uma audiência judicial. "Nosso cliente, que estava no meio de uma busca por asilo, simplesmente desapareceu", acrescentou a advogada.

Quando Andry apareceu preso no Cecot através das fotos, a advogada o reconheceu por causa das tatuagens. Segundo o 60 Minutes, a única evidência que o governo americano apresentou ao tribunal de imigração de que ele era criminoso era uma das tatuagens, de uma coroa. Para as autoridades de imigração, trata-se de um símbolo do Tren de Aragua.

Ao contrário do que deveria ser feito, Andy e outros deportados não tiveram processos legais concluídos antes de serem enviados para El Salvador.

Pelo menos um outro venezuelano do grupo, Jerce Reyes Barrios, também foi preso por causa de tatuagens. Jogador de futebol na Venezuela, ele tatuou o desenho de uma bola com uma coroa em cima. Segundo seu advogado, a tatuagem é uma homenagem ao Real Madrid.

Desde que foram deportados, à despeito de decisões judiciais, os advogados não tiveram contato com os clientes. O Cecot ficou conhecido como uma das prisões mais rígidas da América Latina, com relatos de tortura, desaparecimentos e outras violações aos direitos humanos. Os EUA fizeram um acordo de US$ 6 milhões (equivalente a R$ 35,6 milhões) com El Salvador para enviar os prisioneiros.

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse nesta terça-feira, 8, que o Canal do Panamá enfrenta ameaças contínuas da China, mas que juntos, os EUA e o Panamá o manterão seguro.

"Os Estados Unidos e o Panamá fizeram mais nas últimas semanas para fortalecer nossa cooperação em defesa e segurança do que fizemos em décadas", afirmou ele.

Hegseth fez alusão aos portos em cada extremidade do canal que são controlados por um consórcio de Hong Kong, o qual está em processo de vender sua participação para outro consórcio, incluindo a BlackRock Inc.