Prefeitura de Manaus tem três candidatos em empate técnico, aponta pesquisa AtlasIntel

Política
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A disputa pela Prefeitura de Manaus tem três candidatos tecnicamente empatados dentro da margem de erro e uma dissolução de votos entre candidatos que apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é o que aponta a pesquisa AtlasIntel divulgada neste sábado, 27.

O atual prefeito, David Almeida (Avante), tem 23% das intenções de voto, enquanto Capitão Alberto Neto (PL) tem 21,9% e Amom Mandel (Cidadania) 21,3%. 1% dos entrevistados não sabem responder ou dizem que votarão branco ou nulo.

A pesquisa AtlasIntel foi realizada entre 20 e 25 de julho, entrevistou 1.200 pessoas e tem uma margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

O apoio de Bolsonaro, aliás, é tema de divergência entre o próprio ex-presidente e o atual governador do Estado, Wilson Lima (União). Havia um acordo entre os dois para indicar apenas um candidato para o pleito deste ano, mas nenhum dos dois chegou a um denominador comum.

O União indicou o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Roberto Cidade, que aparece com 14%, tecnicamente empatado com Marcelo Ramos (PT), que tem 14,3% das intenções de voto. Bolsonaro, por sua vez, apoia o deputado federal Capitão Alberto Neto.

Nos bastidores, integrantes do União Brasil tentaram trabalhar pela retirada de candidatura de Alberto Neto, apontam figuras ligadas à campanha do deputado federal. A iniciativa, porém, acabou frustrada. Nem o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, nem Bolsonaro cogitam neste momento retirar o apoio.

Integrantes da equipe da candidatura de Alberto Neto apostam na polarização para trazer o destaque ao candidato e assegurar pelo menos uma posição no segundo turno.

A pesquisa AtlasIntel aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apenas 35% de aprovação dos cidadãos de Manaus ante 59% de rejeição e 7% de pessoas que dizem não saber.

O cenário é ainda mais desconfortável para o governador. Wilson Lima tem 29% de aprovação e 66% de rejeição. 5% dos entrevistados não sabem avaliar. David Almeida, que apoiou Bolsonaro em 2022, tem 40% de aprovação e 51% de rejeição enquanto 9% não souberam responder.

A pesquisa também perguntou se figuras políticas têm ou não imagem positiva ou negativa. Em contraste ao cenário de rejeição a Lula, Bolsonaro apareceu com a avaliação favorável de 50% dos manauaras. 49% dos entrevistados discordam, enquanto 1% não sabe responder ao questionamento.

Como outra empreitada, Alberto Neto anunciou que indicará a empresária Maria do Carmo Seffair como vice. Ela era a candidata do Novo para a Prefeitura de Manaus e apareceu com 3,3% das intenções de voto.

Em comparação com a última pesquisa feita pela AtlasIntel, quase todos os candidatos oscilaram dentro da margem de erro. David Almeida oscilou dois pontos porcentuais para cima, Amom Mandel manteve a mesma porcentagem, enquanto Marcelo Ramos e Roberto Cidade oscilaram um ponto porcentual para cima e para baixo, respectivamente.

Apesar de ter vencido no Estado do Amazonas em 2022, o presidente Lula amargou uma derrota na capital, onde teve 38,72% dos votos no segundo turno.

Como mostrou a Coluna do Estadão, ainda que Marcelo Ramos não apareça à frente, integrantes do PT veem a possibilidade de resgatar voz para a legenda na capital amazonense.

Já o deputado federal Amom Mandel, o terceiro no cenário de empate técnico, aposta em ser a figura de fora dessa polarização. Ele se posiciona como o candidato nem Lula e nem Bolsonaro. Ele faz repetidas críticas ao governo Lula e compôs a oposição durante o governo Bolsonaro.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta quinta-feira, 1, impor sanções a qualquer pessoa que compre petróleo iraniano, um alerta feito após o adiamento das negociações planejadas sobre o programa nuclear de Teerã.

Trump fez a ameaça de sanções secundárias em uma postagem nas redes sociais. "Todas as compras de petróleo iraniano ou produtos petroquímicos devem parar agora!". Ele disse que qualquer país ou pessoa que compre esses produtos do Irã não poderá fazer negócios com os EUA "de nenhuma forma".

Não ficou claro como Trump implementaria tal proibição. Mas sua declaração corre o risco de agravar ainda mais as tensões com a China - principal cliente do Irã - em um momento em que o relacionamento está tenso devido às tarifas do presidente americano.

Com base em dados de rastreamento de petroleiros, a Administração de Informação de Energia dos EUA concluiu em um relatório publicado em outubro que "a China absorveu quase 90% das exportações de petróleo bruto e condensado do Irã em 2023". Trump, separadamente, impôs tarifas de 145% à China dentro de sua guerra comercial ao país.

Negociações adiadas

A ameaça de Trump nas redes sociais ocorreu após Omã anunciar que as negociações nucleares planejadas para o próximo fim de semana haviam sido adiadas.

O ministro das Relações Exteriores de Omã, Badr al-Busaidi, fez o anúncio em uma publicação na plataforma social X. "Por razões logísticas, estamos remarcando a reunião EUA-Irã, provisoriamente planejada para sábado, 3 de maio", escreveu ele. "Novas datas serão anunciadas quando mutuamente acordadas."

Al-Busaidi, que mediou as negociações em três rodadas até o momento, não deu mais detalhes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, emitiu um comunicado descrevendo as negociações como "adiadas a pedido do ministro das Relações Exteriores de Omã". Ele disse que o Irã continua comprometido em chegar a "um acordo justo e duradouro".

Acordo nuclear

As negociações entre EUA e Irã buscam limitar o programa nuclear iraniano em troca do relaxamento de algumas das sanções econômicas que Washington impôs a Teerã. As negociações foram lideradas pelo Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, e pelo enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Trump ameaçou repetidamente lançar ataques aéreos contra o programa iraniano se um acordo não for alcançado. Autoridades iranianas alertam cada vez mais que poderiam buscar uma arma nuclear com seu estoque de urânio enriquecido a níveis próximos aos de armas nucleares.

O acordo nuclear do Irã com potências mundiais, firmado em 2015, limitou o programa iraniano. No entanto, Trump retirou-se unilateralmente do acordo em 2018, desencadeando um maior enriquecimento de urânio por parte do Irã./Com Associated Press

O vice-presidente dos EUA, JD Vance, afirmou nesta quinta-feira que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, não foi demitido, mas sim realocado para ser o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Waltz fez o trabalho que ele precisava fazer e o presidente Donald Trump achou melhor um novo cargo pra ele", disse Vance em entrevista à Fox News.

Segundo o vice, a saída de Waltz do cargo não teve a ver com escândalo do Signal. Em março, o conselheiro passou a ser investigado pela criação de um grupo de mensagens no software e incluir, por engano, o jornalista Jeffrey Goldberg. "Waltz tem minha completa confiança", acrescentou Vance.

Sobre a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA na quarta-feira, ele reiterou que "isso é a economia de Joe Biden".

Vance ainda comentou que a Índia tirou proveito do país por muito tempo, mas que o governo Trump irá rebalancear o comércio e que

a Rússia e a Ucrânia têm que dar o último passo para acordo de paz. "Chega um momento que não depende mais dos EUA".

Itália, Croácia, Espanha, França, Ucrânia e Romênia enviaram, nesta quinta-feira, aviões para ajudar a combater um incêndio florestal que fechou uma importante rodovia que liga Tel-Aviv a Jerusalém, em Israel. As chamas, iniciadas por volta do meio-dia (horário local) da quarta-feira, são alimentadas pelo calor, seca e ventos fortes no local e já queimaram cerca de 20 quilômetros quadrados.

A Macedônia do Norte e o Chipre também enviaram aeronaves de lançamento de água. Autoridades israelenses informaram que 10 aviões de combate a incêndios estavam operando durante a manhã, com outras oito aeronaves chegando ao longo do dia. Fonte: Associated Press.