Janja volta a Brasília após viagem a Paris; saiba como foi a ida da primeira-dama às Olimpíadas

Política
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A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, retornou ao Brasil após quatro dias em Paris, capital da França, onde representou o governo brasileiro na abertura dos Jogos Olímpicos. A socióloga desembarcou na Cidade Luz na última quinta-feira, 25, com uma comitiva de sete assessores.

Além dos compromissos relacionados aos esportes e da presença em competições com atletas brasileiros, a primeira-dama também participou de agendas com ministros brasileiros, prefeitos de cidades de diversos países, bancos e financiadores. Janja foi escalada para representar o País após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisar que não poderia comparecer à edição deste ano.

Esta foi a primeira vez na história das Olimpíadas que o governo brasileiro foi representado por uma primeira-dama. Janja conseguiu a credencial de representante do governo brasileiro fora do prazo estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para o envio dos nomes dos chefes de Estado.

Reunião sobre finanças urbanas para ODS

Em sua primeira agenda em Paris, Janja participou da reunião da Comissão Global para Finanças Urbanas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a convite da prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo. No encontro, a primeira-dama discursou sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada por Lula um dia antes, em encontro do G20, no Rio. Estiveram presentes no evento prefeitos, bancos e financiadores do tema.

Havia expectativa de que ela participasse da Conferência de Prefeitos da Rede C-40, que reúne prefeitos de cidades espalhadas pelo mundo que se unem para combater a crise climática. A participação da primeira-dama, no entanto, foi por meio de uma mensagem em vídeo, em que ela comentou sobre a erradicação da fome e da pobreza.

Jantar oficial

Na noite de quinta, Janja participou de um jantar no Museu do Louvre com o presidente do COI, Thomas Bach. O evento foi oferecido pelo Comitê e pelo governo francês para as comitivas e delegações dos países participantes.

Recepção de Macron e Brigitte

Na sexta-feira, 26, Janja participou da recepção oficial do presidente da França, Emmanuel Macron, e da primeira-dama do país, Brigitte Macron. Em publicação no X (antigo Twitter), a primeira-dama brasileira citou Brigitte como "querida amiga". "Me sinto muito honrada por representar o meu marido, presidente Lula, na Cerimônia de abertura das Olimpíadas", disse.

Abertura dos Jogos

De uma arquibancada de frente para o rio Sena, a primeira-dama assistiu à passagem do barco com a delegação brasileira. Em vídeo postado também no X, Janja é uma das poucas pessoas sem capa de chuva. Grande parte da cerimônia ocorreu debaixo de chuva.

Reunião com a prefeita Anne Hidalgo

Janja começou as atividades no sábado, 27, em uma reunião com a prefeita da capital francesa, Anne Hidalgo, para falar sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que apresentou dias antes no primeiro evento que participou.

"Falamos também sobre democracia, o papel importante e necessário das mulheres nos espaços de decisão e poder, e sobre como a desinformação e as fake news são desafios globais que exigem soluções que envolvem todas e todos", escreveu em seu perfil no X, em publicação com fotos do encontro.

No mesmo dia, Janja esteve na Vila Olímpica com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Paulo Wanderley, e do ministro do Esporte, André Fufuca. A primeira-dama prendeu um cadeado numa grade, como na tradição francesa sobre o rio Sena, com a mensagem "muitas e muitas medalhas, Brasil". Nas instalações, Janja posou para fotos com atletas das seleções femininas de handebol e futebol.

Acompanhada de Fufuca, do ministro Turismo, Celso Sabino, do embaixador brasileiro na França, Ricardo Neiva Tavares, e do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ela também esteve na Casa Brasil em Paris, espaço do Comitê Olímpico do Brasil (COB) no evento. A primeira-dama falou outra vez sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, quando nomeou Raí, ex-jogador de futebol e tetra-campeão com a seleção brasileira, como "embaixador internacional" da Aliança.

Jogos das brasileiras

No domingo, 28, Janja assistiu ao jogo da seleção brasileira feminina de futebol acompanhada do ministro do Esporte e do embaixador do Brasil na França. A vitória foi das japonesas, por 2 a 1. "Independente do resultado, me sinto feliz por ter visto de perto o jogo de número 200 da nossa Marta com a camisa da seleção", escreveu a primeira-dama no X.

No mesmo dia, ela acompanhou o jogo da dupla brasileira de vôlei de praia Carol Solberg e Bárbara Seixas. Elas venceram a dupla japonesa por 2 sets a 0.

Como mostrou o Estadão, foram pelo menos 7,7 quilômetros de andança da primeira-dama pela capital francesa, ao lado de uma comitiva de sete assessores com diárias que variaram de R$ 6,5 mil a R$ 23,6 mil.

Na volta ao Brasil, Janja postou uma foto em frente a Torre Eiffel, símbolo da capital francesa, em que segura bandeira do Brasil e afirmou que "com medalha ou sem medalha todos já são vitoriosos", em referência aos atletas brasileiros.

Em outra categoria

Um motorista atropelou uma multidão durante um festival de rua em Vancouver, no Canadá, na madrugada deste domingo, 27 (pelo horário de Brasília). A polícia local confirmou que há pelo menos nove mortos, mas não informou ainda o número de feridos.

O motorista está sob custódia. O suspeito é um homem 30 anos e cidadão de Vancouver; ele foi preso no local.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram pessoas e destroços espalhados por uma longa rua. Um SUV preto com a parte frontal amassada podia ser visto em fotos do local.

O incidente ocorreu enquanto membros da comunidade filipina se reuniam para celebrar o Dia de Lapu Lapu, festival que homenageia um líder anticolonial filipino do século XVI.

O prefeito de Vancouver, Ken Sim, lamentou a situação. "Confirmamos que há vários mortos e feridos. Nossos pensamentos estão com todos os afetados e com a comunidade filipina de Vancouver neste momento incrivelmente difícil", escreveu Sim em publicação no X.

A polícia de Vancouver descarta "de momento" que o atropelamento tenha sido um ato terrorista.

"De momento, estamos convencidos de que este incidente não foi um ato terrorista", publicou a polícia da cidade na rede social X.

Carro acelerou, as pessoas corriam e gritavam

James Cruzat, um empresário de Vancouver, estava no evento e ouviu um carro acelerar o motor e depois "um barulho alto, como um estouro forte", que inicialmente pensou que poderia ser um tiro.

"Vimos pessoas na rua chorando, outras corriam, gritavam ou até pediam ajuda. Então tentamos ir até lá só para verificar o que realmente estava acontecendo, até que encontramos alguns corpos no chão. Alguns estavam sem vida, e outros, feridos", disse Cruzat.

"Foi terrível ver esse tipo de incidente, essa situação. Foi de partir o coração", disse Cruzat. "Eu nem conseguia imaginar que realmente estava acontecendo na vida real, porque normalmente vemos isso na televisão ou nos filmes. Mas quando você está naquele tipo de situação, realmente foi chocante. Você meio que não conseguia pensar muito bem. Não conseguia fazer nada além de rezar por eles."

Vancouver tinha mais de 38.600 residentes de ascendência filipina em 2021, o que representava 5,9% da população total da cidade, de acordo com a Statistics Canada, a agência que realiza o censo nacional.

Festival homenageia chefe indígena filipino que lutou contra colonizadores

O Dia de Lapu Lapu comemora Datu Lapu-Lapu, um chefe indígena que enfrentou os colonizadores espanhóis que chegaram às Filipinas no século XVI.

Os organizadores do evento em Vancouver disseram que ele "representa a alma da resistência nativa, uma força poderosa que ajudou a moldar a identidade filipina frente à colonização".

Políticos canadenses expressam solidariedade

O primeiro-ministro, Mark Carney, e outros políticos canadenses importantes publicaram mensagens expressando choque pela violência, condolências às vítimas e apoio à comunidade que celebrava sua herança cultural no festival.

"Ofereço minhas mais profundas condolências aos entes queridos dos falecidos e feridos, à comunidade filipino-canadense e a todos em Vancouver. Estamos de luto com vocês. Estamos monitorando a situação de perto e agradecemos aos nossos socorristas pela rápida ação", escreveu Carney.

"Enquanto esperamos para saber mais, nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias, e com a comunidade filipina de Vancouver, que se reunia hoje para celebrar a resiliência", escreveu Jagmeet Singh, líder do Novo Partido Democrático, que havia estado no festival mais cedo naquele dia.

"Meus pensamentos estão com a comunidade filipina e todas as vítimas deste ataque sem sentido. Obrigado aos serviços de emergência que estão na cena enquanto esperamos para saber mais", escreveu Pierre Poilievre, líder do Partido Conservador.

David Eby, o primeiro-ministro da Colúmbia Britânica, a província onde Vancouver está localizada, disse que estava chocado e com o coração partido. "Estamos em contato com a cidade de Vancouver e forneceremos qualquer apoio necessário", escreveu Eby.

(Com agências internacionais)

O presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu neste sábado a passagem "gratuita" de navios americanos pelos canais do Panamá e de Suez, afirmando que eles "não existiriam sem os EUA".

"Os navios americanos, tanto militares quanto comerciais, devem ter permissão para viajar, gratuitamente, pelos canais do Panamá e de Suez!", escreveu Trump na rede Truth.

Ele também pediu ao secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que cuidasse imediatamente da situação.

O Hamas afirmou neste sábado que enviou uma delegação de alto nível ao Cairo para tentar retomar o cessar-fogo - rompido no mês passado por bombardeios israelenses -, acrescentando que o grupo poderia concordar com uma trégua de cinco a sete anos em troca do fim da guerra. A paz permitiria a reconstrução de Gaza, a libertação dos palestinos presos e o retorno de todos os reféns.

"A ideia de uma trégua ou de sua duração não é rejeitada por nós, e estamos prontos para discuti- la no âmbito das negociações. Estamos abertos a qualquer proposta séria para acabar com a guerra", disse Taher Al-Nono, assessor da liderança do Hamas, no primeiro sinal claro de que o grupo esta aberto a um acordo de longo prazo.

No entanto, Nono descartou a principal exigência israelense de que o Hamas deponha suas armas.

Na semana passada, o grupo palestino rejeitou uma proposta de Israel que previa um cessar-fogo de 45 dias em troca do retorno de dez reféns vivos.

*Com informações da Associated Press