Paes desiste de vez de Pedro Paulo e escolhe Eduardo Cavalieri como vice para disputa no Rio

Política
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O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), escolheu o deputado estadual e ex-secretário da Casa Civil da capital Eduardo Cavaliere (PSD) como vice para a disputa à reeleição no pleito municipal deste ano. Com a decisão, Paes põe fim às especulações e pressões de partidos aliados e investe em uma chapa "puro-sangue" de olho na eleição ao governo do Estado em 2026.

Cavaliere é um dos subordinados mais próximos do prefeito e trabalhou como ajudante de ordens na campanha de Paes ao governo do Estado, em 2018. Formado em Direito na Fundação Getulio Vargas (FGV), esteve à frente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Rio entre 2021 e 2023.

O nome do ex-secretário ganhou força e despontou como favorito ao posto após o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) pedir que não fosse mais considerado como possível vice para as eleições municipais devido à suposta existência de um vídeo íntimo dele que poderia ser explorado durante a campanha eleitoral.

Em nota, Paes elogia Pedro Paulo e diz que o "amigo e aliado há 30 anos" decidiu preservar a família da possível exploração de episódios pessoais "que nada têm a ver com o debate da cidade". De acordo com o pré-candidato à reeleição, Cavaliere "é um jovem político que, desde cedo, demonstra seu comprometimento com o Rio".

"A nossa aliança de partidos tinha à disposição da candidatura quadros muito qualificados, tanto do ponto de vista político quanto administrativo. O PSD, em especial, contava com excelentes nomes que têm trabalhado para melhorar a cidade do Rio e transformar a vida dos cariocas. Entre eles, o deputado federal Pedro Paulo, meu amigo e aliado há 30 anos e gestor preparado para o desafio, que decidiu preservar a família da possível exploração de episódios pessoais que nada têm a ver com o debate da cidade. Sua atitude - de colocar a família em primeiro lugar - faz crescer ainda mais a minha admiração e o meu respeito por ele", diz Paes.

"O deputado estadual Eduardo Cavaliere, eleito pela cidade do Rio de Janeiro, é um jovem político que, desde cedo, demonstra seu comprometimento com o Rio. Tenho certeza de que Cavaliere, que já ocupou com excelência os cargos de secretário de Meio Ambiente e chefe da Casa Civil na Prefeitura, reúne todas as qualidades para dividir comigo a missão de governar a cidade, se a população nos conceder a honra de um novo mandato", afirma, na nota.

Como mostrou o Estadão, Cavaliere é visto como um político pragmático, leal e severo. Aliados do prefeito não descartavam uma reviravolta na chapa de Paes e a manutenção de Pedro Paulo, mas avaliam que a decisão de escolher Cavaliere é a mais "conservadora e segura". Os partidos têm até o dia 6 de agosto para apresentar as chapas, e até o dia 15 para registrá-las na Justiça Eleitoral.

Favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto e com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes definiu a chapa à reeleição deste ano de olho nas eleições ao governo do Estado em 2026. Caso eleito para o quarto mandato em outubro, o prefeito do Rio deve deixar a prefeitura para disputar o Palácio Guanabara e seu vice, o comando do Executivo municipal.

Paes se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira, 1º, em Brasília, para comunicar a escolha de Cavaliere como vice. O petista cobrava a indicação de um nome do PT para a vaga. O posto é considerado estratégico para as pretensões petistas de fortalecimento da sigla no Estado. Por outro lado, o PSD - comandado por Gilberto Kassab - não cedeu às pressões e manteve um nome do partido no posto.

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Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo à comunidade internacional, especialmente aos Estados Unidos, para pressionar a Rússia e forçar o fim da guerra. "Vladimir Putin não terminará a guerra por conta própria, mas o poder dos Estados Unidos é suficiente para forçá-lo a fazer isso", afirmou Zelensky em comunicado, destacando que "são necessárias medidas fortes" para que o conflito chegue ao fim.

O líder ucraniano ressaltou que a pressão internacional "deve ser direcionada sobre a Rússia", a única parte que não quer a paz. "Somente ações decisivas podem pôr fim a essa guerra", disse ele, alertando que a Rússia não tem interesse em cessar-fogo e só busca prolongar o conflito.

Zelensky também fez um apelo aos Estados Unidos, pedindo que o país tome "medidas fortes" para ajudar a alcançar a paz. "Faço um apelo firme a todos que têm influência sobre a Rússia, especialmente os Estados Unidos, para tomarem medidas fortes que possam ajudar", afirmou.

Ele se mostrou confiante na capacidade dos Estados Unidos em exercer uma pressão eficaz sobre o Kremlin, enfatizando que a Ucrânia está "pronta para agir de forma rápida e construtiva" para avançar nas negociações.

O presidente ucraniano afirmou que o país está "perto do primeiro passo para a paz, um cessar-fogo", destacando que a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo incondicional é um avanço importante. "A parte americana propôs iniciar com um cessar-fogo incondicional. Depois, durante o período de silêncio, poderíamos preparar um plano de paz confiável", disse.

Zelensky ainda criticou a postura de Putin, dizendo que ele "não pode sair desta guerra porque ficaria sem nada". "Putin faz tudo o que pode para sabotar a diplomacia", destacou, apontando que o líder russo tenta "envolver todos em discussões intermináveis" e impõe condições "inaceitáveis" para garantir que a guerra continue. Segundo o presidente ucraniano, "Putin não quer cessar-fogo" e sua única estratégia tem sido "bloquear qualquer diplomacia".