Boulos registra candidatura a prefeito de SP e declara patrimônio de R$ 199 mil

Política
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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) registrou nesta sexta-feira, 2, sua candidatura a prefeito de São Paulo. O candidato do PSOL declarou um patrimônio de R$ 199.596,87 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A maior parte do patrimônio do candidato corresponde ao valor venal de sua residência, que está avaliada em R$ 171.758,00. Quanto aos bens financeiros, Boulos declarou ter R$ 11.876,87 investidos em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) do Santander, além de R$ 816 em depósito na conta corrente de uma conta da Caixa Econômica Federal.

O patrimônio declarado do candidato é complementado pelo seu "Celtinha", o apelido que o próprio Boulos dá ao seu Celta ano 2010. O veículo foi declarado com o valor de R$ 15.146,00 e viralizou durante a campanha de Boulos à Prefeitura de São Paulo em 2020.

Também chamado de "famoso Celtinha prata", o carro popular se tornou símbolo político e um dos motes da campanha do candidato do PSOL. Como forma de reforçar uma imagem de humilde, o "Celtinha" virou jingle e apareceu em propagandas na internet e na televisão.

O patrimônio de Boulos em 2024 está 847,9% maior em relação à última vez em que ele fez declarações do gênero à Justiça Eleitoral. Em 2022, o patrimônio declarado então candidato a deputado federal foi de R$ 21.055,07. O aumento ocorre pois, na ocasião, Boulos não declarou possuir um imóvel próprio.

Por outro lado, o "Celtinha" desvalorizou em relação a 2022, quando foi declarado com o valor de R$ 20.004,00. O restante do patrimônio declarado de Boulos naquela eleição corresponde a um depósito em conta corrente.

Patrimônio de Marta Suplicy

Já a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), candidata a vice na chapa de Boulos, declarou ao TSE um patrimônio de R$ 14.142.428,81. A maior parte do valor declarado corresponde a participações em empresas, que totalizam R$ 6.542.948,90 na declaração da candidata.

A petista também declarou possuir R$ 2.510.792,53 em ações, além de uma casa com valor venal de R$ 1.838.500,00. Marta também declarou possuir R$ 1.207.089,92 em aplicações de renda fixa.

Na categoria "outros bens e direitos", a ex-ministra diz possuir um conjunto de cinco quadros, dois tapetes, cinco faqueiros, três esculturas, quatro aparelhos de jantar, dois anéis e um brinco de brilhantes. Os itens, somados, foram declarados no valor de R$ 60 mil.

Quem é Guilherme Boulos?

Guilherme Castro Boulos, de 41 anos, está em seu primeiro mandato como deputado federal por São Paulo. Formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), é professor e ganhou projeção política ao atuar como coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

Será a terceira vez de Boulos na disputa a um cargo do Executivo. A estreia foi em 2018, quando tentou a Presidência. Obteve 617.122 votos, ficando em 10º lugar entre os 13 candidatos do pleito. Em 2020, se candidatou a prefeito em chapa com Luiza Erundina, recebendo 40,62% dos votos válidos no segundo turno contra Bruno Covas, do PSDB, que tinha Ricardo Nunes (MDB) como vice.

A companheira de chapa de Boulos, Marta Suplicy, estava no MDB até janeiro deste ano e, para retornar ao PT e ser a vice do candidato do PSOL, precisou renunciou ao cargo de secretária municipal de Relações Internacionais. Na prática, ela debandou da gestão de Nunes em prol de quem desponta como o principal adversário nas urnas do atual prefeito.

Segundo pesquisa Datafolha divulgada em 5 de julho, Nunes tem 24% de intenções de voto e Boulos, 23%. Apesar da vantagem numérica de Nunes, eles estão em empate técnico, dentro da margem de erro do levantamento.

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O futuro chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, chegou a um acordo para que os Verdes retirem o veto à proposta de flexibilizar as rígidas regras contra o endividamento e aumentar os gastos com defesa. O anúncio ocorre no momento em que o compromisso dos Estados Unidos com a segurança dos aliados europeus é cada vez mais incerto, dada a aproximação entre Donald Trump e Vladimir Putin.

O debate sobre o acordo, que uniu conservadores, sociais democratas e verdes, destacou a urgência de expandir os gastos em defesa. A proposta deve ser levada à votação na Câmara Baixa do Parlamento alemão na próxima terça-feira.

Ignorando décadas de ortodoxia orçamentária, a União Democrata-Cristã, de Friedrich Merz, e o Partido Social Democrata, prováveis aliados no próximo governo propõem flexibilizar o chamado "freio da dívida", que só permite novos empréstimos equivalentes a 0,35% do PIB. O plano é aumentar os gastos com defesa e criar um fundo especial de 500 bilhões de euros (R$ 3,1 trilhão) para renovar a infraestrutura alemã nos próximos 12 anos.

Como concessão aos Verdes, o acordo inclui ainda 100 bilhões de euros (R$ 624 bilhões) do fundo de investimentos para gastos relacionados ao clima - o dobro dos 50 bilhões que estavam previstos. Essenciais para aprovação, eles resistiram ao plano e aumentaram suas demandas nos últimos dias.

Durante o debate parlamentar, na quinta-feira, a bancada criticou Merz por rejeitar repetidamente suas recomendações anteriores de reformar a "freio da dívida" para facilitar investimentos na economia e no combate às mudanças climáticas.

As negociações envolveram a expansão do escopo dos gastos em defesa e a inclusão de dispositivos para garantir que o fundo especial seja usado para novos investimentos e não apenas para financiar projetos já aprovados - preocupação expressada pelos Verdes.

Agora, com aval da bancada ambientalista, Friedrich Merz pode contar com a maioria de dois terços necessária para aprovar as mudanças constitucionais que permitirão o programa de gastos sem precedentes.

O acordo de defesa, declarou Merz , foi "uma mensagem clara para nossos parceiros e amigos, mas também para nossos oponentes, os inimigos da nossa liberdade, de que somos capazes de nos defender e estamos totalmente preparados para isso". E acrescentou: "Não faltarão recursos financeiros para defender a liberdade e a paz em nosso continente".

Vencedor das eleições, Merz negocia a formação do novo governo com o Partido Social Democrata, do chanceler, Olaf Scholz. Mesmo antes de assumir como chefe do governo alemão, o conservador está pressionado a aprovar o plano de defesa no Parlamento atual.

Isso porque os partidos de extrema direita e extrema esquerda terão uma minoria de veto quando a próxima legislatura assumir, em 25 de março.

Os opositores ao aumento do "freio da dívida" para gastos com defesa, como o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha, que emergiu como a segunda maior força da Bundestag nas últimas eleições, afirmam que o debate deveria ocorrer após a posse do novo Parlamento.

A ideia de flexibilizar as regras fiscais para expandir os gastos em defesa foi apresentada pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em cúpula convocada às pressas em meio aos sinais de aproximação entre EUA e Rússia. A proposta, aprovada pelos 27 líderes do bloco, prevê a liberação de 800 bilhões de euros para rearmar a Europa. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou que o cenário geopolítico atual "pode facilmente levar à Terceira Guerra Mundial", mas garantiu que "estamos em uma boa posição para evitar" a "provável" eclosão do conflito. Para o republicano, uma nova grande guerra seria "como nenhuma outra", devido ao possível uso de armas nucleares.

Em discurso no Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês), Trump destacou as dificuldades para negociar um cessar-fogo na Ucrânia. "Não é fácil" dialogar com a Rússia, afirmou, mas garantiu que "estamos fazendo um bom trabalho com os russos". "Tive ótimas conversas com a Rússia e a Ucrânia hoje. Vamos conversar com Vladimir Putin para fecharmos um acordo de cessar-fogo de uma vez", acrescentou.

O presidente também assegurou que os EUA irão recuperar os recursos enviados à Ucrânia para financiamento militar por meio de futuros acordos, incluindo o de exploração de minerais. Apesar do apoio militar americano, "que fazem os melhores equipamentos militares do mundo", Trump ressaltou que "muitos soldados ucranianos ainda estão em perigo".

O republicano também prometeu manter as tarifas contra México, Canadá e China até que "a entrada de drogas nos EUA seja interrompida". "Não vamos descansar até combater a entrada de fentanil nos EUA", afirmou.

Trump ainda disse que o governo federal e o DoJ, sob sua gestão, "serão os órgãos que mais combaterão crimes no mundo". Em seguida, agradeceu aliados na Justiça americana, como Pam Bondi, procuradora-geral dos EUA, e Kash Patel, diretor do FBI.

Ele também voltou a criticar Joe Biden e os democratas. "Nossos predecessores transformaram o Departamento de Justiça no 'Departamento de Injustiça'. Estou aqui hoje para declarar que esses dias acabaram e nunca mais voltarão", afirmou.

Sobre as eleições, Trump acusou os democratas de tentarem impedir seu retorno à Casa Branca. "Falharam. Ganhei todos os swing states, ganhei no voto popular. O mapa dos Estados Unidos estava todo vermelho. Mas pelos republicanos, não pelo comunismo. Eles democratas queriam vermelho pelo comunismo", disse.

O Senado norte-americano aprovou definitivamente um projeto de lei que pode aumentar as penalidades para traficantes de fentanil, com 84 votos a favor e 16 contra, todos esses últimos de democratas. A proposta teve forte apoio dos democratas na Câmara, onde muitos estão determinados a combater a distribuição de fentanil após uma eleição em que o presidente dos EUA, Donald Trump, destacou o problema.

Em 2023, quando os republicanos da Câmara aprovaram um projeto de lei semelhante, ele ficou parado no Senado, que era controlado pelos democratas.

Críticos apontam que a proposta repete os erros da "guerra às drogas", que resultou na prisão de milhões de pessoas viciadas, especialmente afro-americanos. Fonte: Dow Jones Newswires.