Zema e Kalil oficializam apoio ao mesmo candidato para Prefeitura de BH

Política
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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o ex-prefeito Alexandre Kalil (que vai se filiar ao Republicanos) estiveram juntos na manhã deste sábado, 3, para o lançamento da candidatura do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) para a Prefeitura de Belo Horizonte. Zema e Kalil foram rivais na disputa pelo governo do Estado em 2022.

Zema e Tramonte participaram primeiro da convenção do Novo, que vai indicar Luísa Barreto (Novo), ex-secretária de Planejamento do governador, como vice na chapa. Na sequência, os três seguiram para a convenção do Republicanos, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Foi lá que Zema e Kalil se reencontraram - agora como aliados de um mesmo candidato. Vídeo publicado nas redes sociais mostram os dois se cumprimentando num aperto de mãos e sentando no mesmo palanque.

Zema e Kalil têm histórico de divergências. Em 2022, quando os dois disputaram o governo de Minas Gerais, Zema levou a melhor, com 56% dos votos válidos no segundo turno, ante 35% de Kalil. Depois do pleito, o ex-prefeito afirmou, em entrevista ao jornal O Tempo, que foi derrotado "por um rio de mentiras que foi jogado contra" ele.

Apesar de dividir o palanque com Zema, Kalil já deixou claro que suas críticas ao governador se mantêm. "Não sou inimigo, sou adversário do governador e não mudo minha opinião sobre o governo dele", disse o ex-prefeito de Belo Horizonte em entrevista à rádio Bandnews FM na última quarta-feira, 31. "A Luísa é um grande quadro e eu dei parabéns para o pessoal por estar trazendo um quadro como ela", acrescentou, ao ser questionado se a aliança lhe causa incômodo.

Candidato dos adversários que se uniram, Tramonte é deputado estadual e apresenta programa policial nas tardes da Record Minas. Ele lidera a disputa com 25% das intenções de voto, segundo pesquisa Quaest divulgada no dia 16 de julho. O bolsonarista Bruno Engler (PL) tem 12% e João Leite (PSDB), 11%.

Ex-colegas de partido de Kalil no PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, apoiarão o prefeito e candidato à reeleição Fuad Noman, que aparece no levantamento da Quaest com 9%, mesma pontuação da deputada federal Duda Salabert (PDT). O senador Carlos Viana (Podemos), com 8%, e o deputado federal Rogério Correia (PT), com 7%, estão tecnicamente empatados com eles.

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O governo de Donald Trump iniciou amplos cortes de pessoal no Departamento de Saúde e Serviços Humanos, deixando alguns funcionários fora dos prédios federais e transferindo outros para novas agências, incluindo o Serviço de Saúde Indígena.

Os e-mails notificando os funcionários sobre os cortes e remanejamentos inundaram as caixas de entrada na noite de segunda-feira e na manhã de hoje. A medida faz parte da estratégia do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., de reduzir e remodelar os órgãos de saúde do país.

Os cortes se estendem por toda parte, desde a Administração de Alimentos e Medicamentos e os Institutos Nacionais de Saúde até os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

Na plataforma de mídia social X, Kennedy disse que o que o governo anterior vinha fazendo não estava funcionando: "Precisamos mudar de rumo. Essas mudanças não afetarão o Medicare, o Medicaid ou outros serviços essenciais de saúde".

O senador democrata de Nova Jersey Cory Booker ocupou o plenário do Senado americano com um discurso de quase um dia inteiro, em uma demonstração de resistência para evidenciar o que ele chamou de "crise" enfrentada pelos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump.

Booker foi ao plenário do Senado na noite de segunda-feira, 31, e começou a falar às 19h. Mais de 22 horas depois, no começo da noite desta terça-feira, o senador, claramente exausto, continuava falando, criticando os cortes do governo Trump nos serviços governamentais e sua repressão aos imigrantes.

O discurso foi parte de um esforço dos democratas para retomar a iniciativa e se opor mais assertivamente ao presidente Trump. Booker dividiu seus comentários em seções focadas em um aspecto das políticas da administração, incluindo assistência médica, educação, imigração e segurança nacional.

"Estes não são tempos normais em nossa nação", disse ao iniciar seu discurso. "E eles não devem ser tratados como tal no Senado dos Estados Unidos. As ameaças ao povo americano e à democracia americana são graves e urgentes, e todos nós devemos fazer mais para enfrentá-las."

Na tarde de terça-feira, Booker parecia estar determinado a quebrar um recorde estabelecido pelo senador Strom Thurmond, que em 1957 falou por 24 horas e 18 minutos se opondo a uma parte da legislação de direitos civis.

Às 16h20 no horário local, o discurso já havia ultrapassado a memorável arenga do senador Ted Cruz sobre a Lei de Assistência Médica Acessível do presidente Barack Obama em 2013, que durou 21 horas e 19 minutos.

Sem pausas para ir ao banheiro, mas fazendo pausas ocasionais para perguntas de seus colegas democratas, Booker leu um fichário de notas e acenou com uma pequena cópia da Constituição dos EUA. Com o passar das horas, sua voz ficou rouca. Não ficou claro se ele se alimentou ao longo da maratona, e apenas alguns copos de água foram vistos no púlpito.

Andando de um lado para o outro, às vezes se inclinando, Booker protestou por horas contra os cortes nos escritórios da Previdência Social liderados pelo Departamento de Eficiência Governamental do conselheiro de Trump, Elon Musk.

Ele listou os impactos das ordens iniciais de Trump e falou sobre as preocupações de que cortes mais amplos na rede de segurança social poderiam estar chegando, embora os legisladores republicanos digam que o programa não será tocado.

Musk estava ativo no X ativo nesta terça-feira, mas não fez menção a Booker ou seu discurso a noite toda. Nem Trump no Truth Social.

Booker está no seu segundo mandato no Senado. Ele tentou se candidatar à presidência em 2020, mas desistiu e perdeu a nomeação para Joe Biden. (Com agências internacionais)

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, disse nesta terça-feira, 1º, que orientou os promotores a buscar a pena de morte contra Luigi Mangione pelo assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson.

É a primeira vez que o Departamento de Justiça tenta aplicar a pena de morte desde que Donald Trump retornou à presidência em janeiro, prometendo retomar as execuções federais depois de terem sido interrompidas durante o governo anterior.

"O assassinato de Brian Thompson - um homem inocente e pai de duas crianças pequenas - por Luigi Mangione foi um ato premeditado e a sangue frio que chocou os EUA", disse Bondi em um comunicado. Ela descreveu o assassinato de Thompson como "um ato de violência política".

Mangione, formado em uma universidade Ivy League e pertencente a uma importante família do setor imobiliário de Maryland, enfrenta acusações separadas de homicídio federal e estadual depois que as autoridades afirmam que ele matou o CEO do lado de fora de um hotel de Manhattan em 4 de dezembro. Fonte: