Lula defende Estado contra 'imediatismo da Bolsa de Valores' e defende FA estruturada

Política
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil não pode ficar desprovido de Forças Armadas bem estruturadas, em meio aos recentes anúncios de congelamentos do governo federal. Ao enaltecer a importância do Estado na indústria naval, Lula defendeu a importância de se desenvolver projetos de longo prazo, sem o "imediatismo das Bolsas de Valores".

"A gente não pode ficar desprovido de ter Forças Armadas bem estruturada, com muita inteligência e preparadas para uma insinuosa tentativa de nos atacar", afirmou o petista, durante lançamento da primeira de quatro fragatas previstas no programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), executado pela Marinha, nesta sexta-feira, 9, em Itajaí (SC).

"Se um país quer ser competitivo e soberano, ele precisa ter o Estado. Uma presença que serve para reduzir a importância das empresas privadas, mas sim para desenvolver projetos de longo prazo para construir o futuro sem ficar preso ao pensamento imediatista das Bolsas de Valores", comentou.

Segundo Lula, o Brasil não teria acesso ao pré-sal "se fôssemos dependentes dos humores do mercado sem poder contar com a Petrobras, que sempre olha para o futuro".

A declaração ocorre um mês após o ministro da Defesa, José Múcio, ter defendido a preservação do orçamento da pasta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), em julho, Múcio destacou o orçamento represado da Defesa e defendeu que os atuais recursos da pasta já não estão alinhados com a real necessidade do ministério.

De acordo com Lula, o lançamento da Fragata faz parte de uma iniciativa estratégica de diferentes pontos de vista: defesa, economia, tecnologia e cooperação internacional. Diante disso, Lula disse que "o poder de compra do Estado brasileiro pode e deve ser usado para fortalecer essa estrutura produtiva e estimular a geração de novas tecnologias e empregos."

O chefe do Executivo classificou a indústria naval como "indispensável" à soberania nacional e, em sua avaliação, o Brasil caminha para fortalecer sua força.

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O Vaticano disse ter tido uma "troca de opiniões" a respeito de "países afetados por guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, com atenção particular a migrantes, refugiados e prisioneiros" com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance em agenda neste sábado, 19.

Em comunicado, a Santa Sé disse que o norte-americano foi recebido na Secretaria de Estado pelo Secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo arcebispo Paul Richard Gallagher, secretário de Relações com Estados e Organizações Internacionais. Não foi relatado nenhum encontro entre Vance e o Papa Francisco.

O comunicado pós-encontro afirmou ainda que "expressou-se a esperança por uma colaboração serena entre o Estado e a Igreja Católica nos Estados Unidos, cujo valioso serviço às pessoas mais vulneráveis foi reconhecido".

De acordo com a Associated Press, a declaração foi vista como uma referência à afirmação de Vance de que a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA estava reassentando "imigrantes ilegais" para receber financiamento federal. A fala causou reação de altos cardeais dos EUA.

Vance é católico, mas já apresentou posições opostas às expressadas pelo Papa Francisco em assuntos como o tratamento dado a imigrantes ilegais.

O político está em Roma, onde assistiu aos serviços da Sexta-feira Santa na Basílica de São Pedro com a família após se encontrar com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. De lá, segue para a Índia. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky publicou no X neste sábado, 18, que o país agirá em conformidade com as ações da Rússia, que ordenou uma trégua nos ataques durante o fim de semana de Páscoa. "Se a Rússia estiver agora subitamente disposta a empenhar-se verdadeiramente num formato de silêncio total e incondicional, a Ucrânia agirá em conformidade", escreveu Zelensky, que também defendeu prolongar o cessar-fogo por mais 30 dias.

Ele ressaltou que "a proposta correspondente de um cessar-fogo total e incondicional de 30 dias ficou sem resposta por parte da Rússia durante 39 dias. Os Estados Unidos fizeram esta proposta, a Ucrânia respondeu positivamente, mas a Rússia ignorou-a".

"Se um cessar-fogo total for realmente estabelecido, a Ucrânia propõe que seja prolongado para além do dia de Páscoa, 20 de abril. É isso que revelará as verdadeiras intenções da Rússia - porque 30 horas são suficientes para fazer manchetes, mas não para medidas genuínas de criação de confiança. Trinta dias poderiam dar uma oportunidade à paz", acrescentou Zelensky na publicação.

O presidente ucraniano escreveu ainda que as operações russas continuam no país ucraniano, de acordo com relatórios do comandante chefe,Oleksandr Syrskyi. "Espero que o comandante chefe Oleksandr Syrskyi apresente atualizações pormenorizadas às 21h30 e às 22h, na sequência das suas conversas com os comandantes de brigada e outras unidades na linha da frente sobre a situação em direções específicas", finalizou.

O empresário e chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos (DOGE, na sigla em inglês), Elon Musk, afirmou que pretende visitar a Índia ainda este ano depois de conversar com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.

"Foi uma honra falar com o primeiro-ministro Modi. Estou ansioso para visitar a Índia ainda este ano", escreveu em sua rede social, o X, ao compartilhar o comentário de Modi sobre a conversa.

Segundo o primeiro-ministro, ambos discutiram vários assuntos incluindo "o imenso potencial para colaboração nas áreas de tecnologia e inovação", disse citando reunião realizada em Washington, nos EUA, no início do ano. "A Índia permanece comprometida em avançar nossas parcerias com os EUA nesses domínios", completou.

As mensagens ocorrem às vésperas de o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, visitar o país asiático onde se encontrará com Modi e passará pelas cidades de Nova Délhi, Jaipur e Agra. No momento, o vice-presidente está na Itália. De acordo com o governo norte-americano, ele discutirá "prioridades econômicas e geopolíticas compartilhadas" com os dois países.