'Lula me pediu para colocar o bloco na rua', afirma Haddad

Política
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O ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse que recebeu orientação de Luiz Inácio Lula da Silva para "rodar o País" e se apresentar como potencial candidato do PT à Presidência em 2022, caso ex-presidente não restitua seus direitos políticos.

"Ele (Lula) me chamou para uma conversa no último sábado (30) e disse que não temos mais tempo para esperar", disse Haddad em entrevista ao site Brasil 247 na noite de quinta-feira, 4. "Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei."

Lula está inelegível pela Lei da Ficha Limpa por causa de duas condenações penais, nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, ambos em São Paulo.

A defesa do petista, porém, aguarda o julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), que vai decidir se o ex-juiz Sérgio Moro agiu com parcialidade nos casos - o que, em tese, pode levar à anulação das condenações e restabelecer os direitos políticos do ex-presidente.

A pressão sobre a atuação de Moro ganhou força nesta semana. Na segunda-feira, 1º, o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski derrubou o sigilo da ação em que garantiu à defesa de Lula acesso à íntegra do material apreendido na Operação Spoofing - que investiga a invasão a celulares de autoridades, entre elas Moro e procuradores da Operação Lava Jato.

O material reúne trocas de mensagens atribuídas ao ex-juiz e a procuradores, entre eles o ex-coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, e reforça os argumentos da defesa de Lula de que a atuação de Moro nos casos relacionados ao petista foi parcial.

Haddad relatou que Lula avalia haver pouco tempo hábil para aguardar a decisão do Supremo, e que é necessário debater os problemas do País. "Lula recuperando os direitos políticos, evidentemente que a discussão fica de outro nível", disse ontem Haddad à CNN Brasil.

O petista afirmou que pretende fazer agendas nos fins de semana. As viagens têm objetivo de aumentar o grau de conhecimento entre os eleitores. O ex-ministro concorreu à Presidência em 2018 e foi para o segundo turno com Jair Bolsonaro - derrotado, o petista obteve pouco mais de 47 milhões de votos (44,7% dos votos válidos). Procurado pelo Estadão, Haddad não quis comentar.

Boulos

Candidato do PSOL à Presidência em 2018, Guilherme Boulos criticou o movimento feito pelo PT. Em mensagem publicada no Twitter, Boulos disse que, antes de se pensar em nomes, é necessário definir um projeto como alternativa à tentativa de reeleição de Bolsonaro. "Defendo que a esquerda busque unidade pra enfrentar Bolsonaro. Para isso, antes de lançar nomes, devemos discutir projeto."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.