MP-SP investiga denúncia de 'rachadinha' em gabinete de deputada do PSL na Alesp

Política
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu inquérito para apurar se a deputada estadual paulista Letícia Aguiar (PSL) operou um esquema de "rachadinhas", "funcionários fantasmas" e "laranjas" em seu gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). As suspeitas de irregularidades vieram à tona no final do ano passado, quando o órgão recebeu uma denúncia de desvios de salários envolvendo cinco funcionários em cargos comissionados. Na ocasião, um pedido formal de esclarecimentos foi enviado ao gabinete da deputada.

Com base nas informações prestadas e nos dados colhidos em uma análise preliminar do caso, o promotor Paulo Destro, da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social de São Paulo, decidiu instaurar uma investigação na quarta-feira, 10.

A hipótese é a de que funcionários em exercício nos cargos de auxiliar, secretário e assessor parlamentar, incluindo o então chefe de gabinete da deputada, se descompatibilizaram para disputar as eleições municipais e foram substituídos por indicados sem experiência nas funções - três deles com idades entre 63 e 72 anos, diz o MP.

Os sucessores estariam repassando parte dos salários, que somados chegavam a R$ 38 mil mensais, enquanto trabalhariam como "cabos eleitorais" dos antigos funcionários durante o expediente. "Atendendo, possivelmente, os interesses pessoais da parlamentar", registra o promotor.

O chefe de gabinete, Anderson Senna (PSL), deixou o cargo para disputar a prefeitura de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, cidade natal da deputada. Outros dois funcionários, Carlos Alberto Favaro e Aurinho da Zona Sul, tentaram se eleger vereadores no município e um último, Lino de Jacareí, tentou vaga na Câmara Municipal de Jacareí, na mesma região. Todos foram lançados pelo PSL e acabaram derrotados nas urnas. Passada a eleição, três deles voltaram, ainda no início de dezembro, aos cargos, como informa no site da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Na portaria que instaurou o inquérito, Paulo Destro determinou que o presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), apresente em até 15 dias a identificação e qualificação dos funcionários que passaram pelo gabinete da deputada desde o início da legislatura, a folha de frequência dos cinco empregados no período eleitoral e informações sobre suas atribuições.

Defesa

A reportagem entrou em contato com o gabinete da deputada e aguarda resposta. No final do ano passado, quando a denúncia foi tornada pública, ela enviou a seguinte nota:

"A parlamentar desenvolve um trabalho honesto, transparente e é totalmente contrária à quaisquer práticas ilegais, sejam das chamadas 'rachadinhas', atos de corrupção ou denunciação caluniosa.

Qualquer acusação sobre esse fato é totalmente infundada e sem lastro probatório. Todos os seus assessores são funcionários que efetivamente trabalham e estão presentes diariamente exercendo suas funções, seja no gabinete central na Assembleia Legislativa ou no gabinete regional em São José dos Campos.

Frise-se, mais uma vez, que a Deputada Leticia Aguiar repudia toda e qualquer ilicitude dentro de seu gabinete, priorizando a honestidade do seu mandato e honrando cada voto e pessoa que confiou essa missão a ela."

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O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, reafirmaram nesta terça-feira, 22, o compromisso de aprofundar a cooperação bilateral, em meio a críticas conjuntas a práticas unilaterais que, segundo eles, ameaçam a estabilidade global. A conversa ocorreu por telefone.

O diálogo acontece em um contexto de crescente tensão no comércio internacional. Wang Yi destacou os esforços da China para "manter as regras internacionais" frente ao avanço de medidas protecionistas. "Os EUA, usando tarifas como arma, estão atacando indiscriminadamente vários países, violando abertamente as regras da OMC e prejudicando os direitos legítimos das nações", afirmou. "Essa regressão à lei da selva nas relações entre países é um retrocesso histórico, insustentável e cada vez mais rejeitada."

Segundo comunicado do governo chinês, Wang ressaltou que, desde o início do ano, Pequim e Londres vêm ampliando o diálogo estratégico em áreas como economia, energia e segurança. Estão previstas ainda novas conversas sobre inteligência artificial, tecnologia, mudança climática e educação. "A China está disposta a trabalhar com o Reino Unido para superar interferências e focar em cooperação mútua."

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O chanceler britânico também manifestou interesse em "aprofundar o intercâmbio de alto nível" com a China e em buscar soluções conjuntas para desafios globais.

Além das questões comerciais, os dois diplomatas trataram da guerra na Ucrânia. O comunicado não mencionou eventuais convergências, e o tema continua sendo um ponto sensível: o Reino Unido integra o bloco ocidental que apoia Kiev, enquanto a China mantém uma postura de neutralidade, defendendo negociações de paz, segundo o texto.

A Universidade de Harvard entrou com uma ação federal contra o governo de Donald Trump na segunda-feira, 21, argumentando que ele violou os direitos constitucionais da universidade ao congelar bilhões de dólares em financiamento federal e colocar em risco sua independência acadêmica.

O processo estabelece um confronto legal entre a universidade mais proeminente dos EUA e o presidente Trump, que está em uma campanha crescente para reordenar o ensino superior de elite.

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As pesquisas em risco, devido aos cortes de verbas, incluem trabalhos sobre câncer infantil, surtos de doenças infecciosas e alívio da dor de soldados feridos em batalha, afirma Garber.

Harvard argumenta que o governo cortou os fundos "como parte de sua campanha de pressão" para forçar a universidade "a se submeter ao controle de seus programas acadêmicos".

A ação pede que o tribunal suspenda o congelamento do financiamento e declare ilegais tanto o congelamento quanto as exigências feitas à universidade. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 21, que há uma "boa chance" de que a Rússia e a Ucrânia cheguem a um acordo nesta semana para acabar com a guerra. O conflito já dura três anos.

"Há uma boa chance", declarou Trump quando perguntado se ele achava que Moscou e Kiev poderiam selar um acordo até sexta-feira, acrescentando que teve boas reunião com os dois lados.

Durante o evento anual Easter Egg Roll realizado na Casa Branca, o republicano também disse que teve "reuniões muito boas sobre o Irã" e expressou confiança de que uma solução comercial seria alcançada com a União Europeia. "No final das contas, teremos um acordo com qualquer um", afirmou ele.