Com X suspenso no País, Musk defende 'democracia' e 'Brasil livre' em post em português

Política
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O bilionário e empresário Elon Musk voltou a fazer comentários sobre o Brasil nesta segunda-feira, 2, após o bloqueio do X (antigo Twitter) no País. A mensagem foi escrita em português e chegou a ser fixada em seu perfil na plataforma por alguns minutos. "Viva a Democracia! Viva o Brasil Livre!", escreveu Musk.

Nesta manhã, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu o X no Brasil e fixou multa diária de R$ 50 mil para quem usar VPN para burlar o bloqueio. Musk não fez comentários diretos sobre a decisão.

Musk também disse que concorda 100% com uma mensagem que crítica o silêncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da vice-presidente Kamala Harris por estarem em silêncio sobre a "proibição ilegal" do X no Brasil.

Em outro comentário, o bilionário celebra os brasileiros que estão conseguindo acessar o X no Brasil a despeito da ordem de suspensão da rede no Brasil após o empresário descumprir a ordem de nomear um representante responsável pela empresa no País. "Bravo, brasileiros!", disse ele, sobre a manutenção do acesso à rede no País.

Há relatos de diversos usuários brasileiros no X que têm conseguido acessar a plataforma por meio de wi-fi ou ainda através de sinal de operadoras no interior de estados como São Paulo, Pará, Tocantins, dentre outros. Alguns também têm mantido os seus perfis atualizados por meio de ferramentas como o VPN como uma maneira de contornar a suspensão, apesar da multa fixada pelo STF.

"É muito fácil usar uma VPN se um site for restrito à sua localização", escreveu Musk, em seu perfil no X.

O empresário voltou a criticar Alexandre de Moraes e disse que ele "merece prisão por seus crimes" ao comentar um post que diz que haverá manifestações na Av. Paulista, em São Paulo, no Dia da Independência do Brasil, celebrado no próximo sábado, 7 de setembro, pedindo pelo impeachment do ministro. "É só uma questão de tempo até que este criminoso esteja atrás das grades", disse.

E os ataques não se restringiram a Moraes. Musk também repostou uma foto do ministro Flávio Dino com uma mensagem irônica: "Parece legítimo", afirmou. O STF é formado pelos ministros Moraes, Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Por outro lado, Musk teceu elogios ao governo do presidente argentino Javier Milei. "O mercado livre funciona incrivelmente bem", escreveu o bilionário, repostando um comentário sobre o término de controles e regulamentações no setor imobiliário da Argentina. "O presidente @JMilei está fazendo um trabalho incrível restaurando a Argentina à grandeza!", escreveu em outra mensagem.

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Em comunicado conjunto divulgado após reunião nesta sexta-feira, 14, os ministros das Relações Exteriores do G7 destacaram que o grupo "não está tentando prejudicar a China ou frustrar seu crescimento econômico". O bloco afirmou que "uma China crescente, que jogue de acordo com as regras e normas internacionais, seria de interesse global". No entanto, o G7 expressou preocupação com as "políticas e práticas não comerciais da China", que estão levando a "capacidade excessiva prejudicial e distorções de mercado".

O grupo também pediu que a China "se abstenha de adotar medidas de controle de exportação que possam levar a interrupções significativas nas cadeias de suprimentos".

Coreia do Norte

Além das críticas à China, o G7 voltou sua atenção para a Coreia do Norte, exigindo que o país "abandone todas as suas armas nucleares e quaisquer outras armas de destruição em massa, bem como programas de mísseis balísticos, de acordo com todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU".

O grupo também expressou "sérias preocupações" com os roubos de criptomoedas realizados pelo regime norte-coreano e pediu a resolução imediata do problema dos sequestros de cidadãos estrangeiros.

América Latina

Em relação à América Latina, o G7 reiterou seu "apelo pela restauração da democracia na Venezuela", alinhado com as "aspirações do povo venezuelano que votou pacificamente por mudanças".

O grupo condenou a "repressão e detenções arbitrárias ou injustas de manifestantes pacíficos, incluindo jovens, pelo regime de Nicolás Maduro", e exigiu a "libertação incondicional e imediata de todos os presos políticos".

O comunicado também destacou que as ações de navios venezuelanos que ameaçam embarcações comerciais da Guiana são "inaceitáveis" e uma "violação dos direitos soberanos internacionalmente reconhecidos da Guiana".

Questionado sobre a possibilidade da adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ter sido "retirada da mesa", o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, confirmou a informação e afirmou que as relações com a Rússia devem ser normalizadas após o fim da guerra na Ucrânia. No entanto, ele destacou a necessidade de manter a pressão sobre Moscou.

"É normal que, se a guerra parar de alguma forma, tanto para a Europa quanto para os EUA, gradualmente se restaurarem relações normais com a Rússia. Mas ainda não chegamos lá, precisamos manter a pressão sobre eles", disse Rutte em entrevista à Bloomberg, enfatizando a importância de garantir que Moscou leve a sério as negociações para um cessar-fogo.

Rutte também afirmou que seria "difícil" para a Otan se envolver diretamente em um possível cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, mas destacou que a organização poderia "oferecer conselhos" às partes envolvidas nas conversas.

Ele se declarou "cautelosamente otimista" de que a paz possa ser alcançada ainda neste ano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo à comunidade internacional, especialmente aos Estados Unidos, para pressionar a Rússia e forçar o fim da guerra. "Vladimir Putin não terminará a guerra por conta própria, mas o poder dos Estados Unidos é suficiente para forçá-lo a fazer isso", afirmou Zelensky em comunicado, destacando que "são necessárias medidas fortes" para que o conflito chegue ao fim.

O líder ucraniano ressaltou que a pressão internacional "deve ser direcionada sobre a Rússia", a única parte que não quer a paz. "Somente ações decisivas podem pôr fim a essa guerra", disse ele, alertando que a Rússia não tem interesse em cessar-fogo e só busca prolongar o conflito.

Zelensky também fez um apelo aos Estados Unidos, pedindo que o país tome "medidas fortes" para ajudar a alcançar a paz. "Faço um apelo firme a todos que têm influência sobre a Rússia, especialmente os Estados Unidos, para tomarem medidas fortes que possam ajudar", afirmou.

Ele se mostrou confiante na capacidade dos Estados Unidos em exercer uma pressão eficaz sobre o Kremlin, enfatizando que a Ucrânia está "pronta para agir de forma rápida e construtiva" para avançar nas negociações.

O presidente ucraniano afirmou que o país está "perto do primeiro passo para a paz, um cessar-fogo", destacando que a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo incondicional é um avanço importante. "A parte americana propôs iniciar com um cessar-fogo incondicional. Depois, durante o período de silêncio, poderíamos preparar um plano de paz confiável", disse.

Zelensky ainda criticou a postura de Putin, dizendo que ele "não pode sair desta guerra porque ficaria sem nada". "Putin faz tudo o que pode para sabotar a diplomacia", destacou, apontando que o líder russo tenta "envolver todos em discussões intermináveis" e impõe condições "inaceitáveis" para garantir que a guerra continue. Segundo o presidente ucraniano, "Putin não quer cessar-fogo" e sua única estratégia tem sido "bloquear qualquer diplomacia".