Bancada do agro avança em compromisso de apoiar candidato de Lira na sucessão da Câmara

Política
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A bancada do agronegócio avançou no compromisso com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em apoiar o seu candidato para a sucessão na Casa. A promessa foi reiterada em reunião de Lira com a diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na manhã desta segunda-feira, 2. Ainda não há, contudo, um acordo fechado porque a FPA aguarda a definição do escolhido pelo deputado alagoano para apresentação da pauta da bancada e aval ao nome.

Lira pediu "paciência" à FPA. "Nesta semana, ele deve dizer quem será o candidato dele e apresentará o candidato definido", disse o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), ao Broadcast. "Falamos que queremos um candidato independente do governo", acrescentou.

Os principais candidatos à sucessão de Lira são o líder do PSD, Antonio Brito (BA), o primeiro-vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), e o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), considerado o favorito de Lira. A tendência é que o atual mandatário escolha entre estes três nomes. A avaliação interna da bancada do agro é que os três principais candidatos não são assíduos na agenda da frente, mas já demonstraram apoio e "sensibilidade" às pautas do agro.

Lira busca firmar consenso com seu grupo político para evitar dissidências internas. Ele também já consultou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre os nomes.

Um acordo entre Lira e a bancada do agro para apoio ao seu candidato já era dado como certo nos bastidores, como mostrou o Broadcast ainda em junho. Isso porque desde o início da sua gestão o presidente da Câmara se mostrou favorável e pautou com celeridade a tramitação de projetos ligados ao setor. "Entendemos que devemos isso a ele. O presidente Lira é da bancada e tem compromisso conosco", afirmou Lupion. A FPA, maior bancada da Câmara com 290 deputados, deu apoio unânime à reeleição dele em 2023.

A avaliação é de que Lira entregou o que prometeu à bancada durante seus dois mandatos no comando da Casa, inclusive em temas sensíveis, como o projeto do marco temporal para demarcação de terras indígenas e o projeto de novas regras para defensivos agrícolas. E, por isso, terá em princípio um voto de confiança para seu candidato.

A bancada do agronegócio espera a indicação do candidato referendado por Lira para apresentar a pauta do setor na Câmara ao possível sucessor do atual mandatário. Líderes da bancada têm dito a interlocutores que a frente vai avalizar e orientar o nome endossado por Lira, se o candidato também mantiver compromissos com a pauta setorial. "Ele vai indicar o candidato, apresentaremos a nossa pauta a esse candidato e Lira será avalista do compromisso do candidato conosco", pontuou o presidente da FPA à reportagem. A agenda do setor agropecuário na Câmara será apresentada também aos demais postulantes à presidência da Casa, segundo Lupion.

A eleição que renovará o comando das duas Casas do Congresso ocorrerá em fevereiro do ano que vem. A expectativa era de que a indicação de Lira ocorresse em agosto. Depois de intensas negociações nos bastidores na semana passada, contudo, o deputado alagoano não conseguiu fechar consenso para uma candidatura única articulada apoiada por ele.

Aliados dizem que Lira deve declarar apoio a Elmar. Mas os outros dois principais candidatos, Brito e Pereira, mantiveram suas candidaturas. Esse cenário torna a eleição mais incerta. A avaliação entre deputados é que o presidente da Câmara ainda não tem certeza da viabilidade de Elmar.

O melhor cenário para Lira seria conseguir convencer os demais candidatos a desistir de disputar a presidência da Casa e apoiar o nome escolhido por ele. De acordo com um aliado, o deputado alagoano não quer deixar ninguém insatisfeito. Se a eleição for decidida no voto, Lira corre o risco de ver seu candidato derrotado, como ocorreu com o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.

Elmar sofre resistência de petistas por atritos com o PT na Bahia, além de já ter se referido ao partido como "organização criminosa" e de ter chamado Lula de "ladrão". Em conversas privadas, Lula já demonstrou incômodo com a relação entre o líder do União e o empresário Carlos Suarez, conhecido como "rei do gás".

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre Rússia e Venezuela foi "totalmente acordado" e está pronto para ser assinado. A declaração foi feita durante uma videoconferência com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em comemoração aos 80 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

"Estou satisfeito em anunciar que o Acordo de Parceria Estratégica e Cooperação entre nossos países foi totalmente acordado", afirmou Putin. Segundo o líder russo, o pacto "criará uma base sólida para a expansão de nossos laços multifacetados a longo prazo" e poderá ser formalizado durante uma visita de Maduro à Rússia, em data ainda a ser definida.

Putin também convidou Maduro para as celebrações do 80º aniversário da Vitória na Grande Guerra Patriótica, em 9 de maio, em Moscou. O presidente russo destacou que a Venezuela apoiou a União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, fornecendo combustíveis e outros materiais essenciais para o esforço de guerra.

Além disso, Putin ressaltou a convergência de posições entre os dois países em temas internacionais. "Juntos, nos opomos a qualquer manifestação de neonazismo e neocolonialismo. Agradecemos que a Venezuela apoie as iniciativas russas relevantes em fóruns multilaterais", afirmou. Ele acrescentou que ambos os países buscam "construir uma ordem mundial mais justa" e promover "a igualdade soberana dos Estados e a cooperação mutuamente benéfica sem interferência externa".

O presidente russo reafirmou ainda o compromisso de Moscou com Caracas. "A Rússia fará e continuará fazendo tudo o que for possível para tornar nossos esforços conjuntos nas esferas comercial, econômica, científica, técnica, cultural e humanitária ainda mais próximos e abrangentes", declarou.

Um grupo de democratas, liderado pelo líder da minoria do Senado, Chuck Schumer, ajudou os republicanos para que projeto de lei para financiar o governo até setembro avançasse, evitando uma paralisação, mas deixando os democratas desanimados e profundamente divididos sobre como resistir à agenda agressiva do presidente Trump.

O parlamentar de Nova York e outros nove membros da bancada democrata romperam com a maioria de seu partido em uma votação processual para uma medida de financiamento de US$ 1,7 trilhão, levando a um placar de 62 a 38, acima do limite necessário de 60 votos para que um projeto de lei passe pelo Senado. Um republicano, o senador Rand Paul de Kentucky, votou não. Uma votação final é esperada para o final do dia.

Na votação final subsequente que exigiu apenas uma maioria simples, o Senado aprovou o projeto de lei por 54-46, em grande parte de acordo com as linhas partidárias. Agora, ele segue para sanção do presidente Donald Trump.

O resultado no Senado, onde os republicanos têm uma maioria de 53-47, ressaltou o quão pouco poder os democratas têm para resistir aos planos de Trump e alimentou a crescente frustração nas fileiras do partido sobre sua diretriz e liderança. Em seus primeiros 50 dias de mandato, Trump se moveu para cortar drasticamente a força de trabalho federal e controlar a ajuda externa, ao mesmo tempo em que preparava o cenário para um pacote de cortes de impostos, reduções de gastos e gastos maiores com defesa da fronteira.

Schumer, que enfrentou duras críticas de seu próprio partido ao longo do dia, disse que o projeto de lei do Partido Republicano era a melhor de duas escolhas ruins. Ele argumentou que bloquear a medida e arriscar uma paralisação teria permitido que Trump e o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), comandado por Elon Musk, acelerassem a reestruturação de agências federais, citando o poder da administração durante um gap de financiamento para determinar quais funcionários e serviços são essenciais ou não essenciais.

O Hamas disse nesta sexta-feira, 14, que aceitou uma proposta dos mediadores para libertar um refém americano-israelense vivo e os corpos de quatro pessoas de dupla nacionalidade que morreram em cativeiro. O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, lançou dúvidas sobre a oferta, acusando o Hamas de tentar manipular as negociações em andamento no Catar sobre a próxima etapa do cessar-fogo em Gaza.

O grupo não especificou imediatamente quando a libertação do soldado Edan Alexander e dos quatro corpos aconteceria - ou o que espera receber em troca. Também não é claro quais mediadores propuseram o que o Hamas estava discutindo. O Egito, Catar e EUA têm orientado as negociações, e nenhum deles confirmou ter feito a sugestão até a noite de sexta-feira.

Autoridades dos EUA, incluindo o enviado Steve Witkoff, disseram que apresentaram uma proposta na quarta-feira para estender o cessar-fogo por mais algumas semanas enquanto os lados negociam uma trégua permanente. O gabinete de Netanyahu declarou que Israel "aceitou o esboço de Witkoff e mostrou flexibilidade", mas que o Hamas se recusou a fazê-lo.