Em 'trio dos excluídos', Marcos do Val e Carla Zambelli radicalizam contra Moraes

Política
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Um trio nas proximidades do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, reuniu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e até Allan dos Santos. Este, que está foragido nos Estados Unidos, por telefone.

O grupo esta em um trio distante do principal, que reúne o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia. Zambelli se afastou do clã Bolsonaro diante de divergências nos últimos anos. Do Val também não tem das relações mais próximas com Bolsonaro e já havia sido barrado no trio do evento de 25 de fevereiro.

Os discursos inflamados se destacaram por pedidos de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Zambelli, por exemplo, estava com uma camiseta com a frase: "Fora, Moraes".

Em seu discurso, o senador do Val, investigado no STF por tentativa de golpe, afirmou que espera a prisão do ministro Alexandre de Moraes.

"Podem gravar o que estou falando. Em dois anos, Alexandre de Moraes estará preso", disse. Ele afirmou que o ministro da Suprema Corte brasileira será levado para Guantánamo, destino prisional de terroristas.

Do Val afirmou ter acessado diversos documentos sobre supostas ilegalidades de Moraes no comando de inquéritos na Corte, sem apresentar qualquer prova. "Muitos acham que não estou falando coisa com coisa. Mas acessei os documentos. Vocês nem imaginam", disse.

Sebastião Coelho, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), afirmou do trio que Moraes cometeu diversos crimes. Ele disse que se o Senado Federal não colocar o pedido de impeachment em tramitação, o Brasil deve parar para exigir o ato.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 22, que conversou por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em publicação na Truth Social, Trump disse que os dois abordaram vários assuntos, incluindo comércio e relações com o Irã.

"A ligação correu muito bem - estamos do mesmo lado em todas as questões", escreveu o presidente dos EUA.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, reafirmaram nesta terça-feira, 22, o compromisso de aprofundar a cooperação bilateral, em meio a críticas conjuntas a práticas unilaterais que, segundo eles, ameaçam a estabilidade global. A conversa ocorreu por telefone.

O diálogo acontece em um contexto de crescente tensão no comércio internacional. Wang Yi destacou os esforços da China para "manter as regras internacionais" frente ao avanço de medidas protecionistas. "Os EUA, usando tarifas como arma, estão atacando indiscriminadamente vários países, violando abertamente as regras da OMC e prejudicando os direitos legítimos das nações", afirmou. "Essa regressão à lei da selva nas relações entre países é um retrocesso histórico, insustentável e cada vez mais rejeitada."

Segundo comunicado do governo chinês, Wang ressaltou que, desde o início do ano, Pequim e Londres vêm ampliando o diálogo estratégico em áreas como economia, energia e segurança. Estão previstas ainda novas conversas sobre inteligência artificial, tecnologia, mudança climática e educação. "A China está disposta a trabalhar com o Reino Unido para superar interferências e focar em cooperação mútua."

Lammy, por sua vez, afirmou que o Reino Unido "apoia firmemente o livre comércio e o sistema multilateral baseado na OMC".

O chanceler britânico também manifestou interesse em "aprofundar o intercâmbio de alto nível" com a China e em buscar soluções conjuntas para desafios globais.

Além das questões comerciais, os dois diplomatas trataram da guerra na Ucrânia. O comunicado não mencionou eventuais convergências, e o tema continua sendo um ponto sensível: o Reino Unido integra o bloco ocidental que apoia Kiev, enquanto a China mantém uma postura de neutralidade, defendendo negociações de paz, segundo o texto.

A Universidade de Harvard entrou com uma ação federal contra o governo de Donald Trump na segunda-feira, 21, argumentando que ele violou os direitos constitucionais da universidade ao congelar bilhões de dólares em financiamento federal e colocar em risco sua independência acadêmica.

O processo estabelece um confronto legal entre a universidade mais proeminente dos EUA e o presidente Trump, que está em uma campanha crescente para reordenar o ensino superior de elite.

"As consequências do exagero do governo serão graves e duradouras", disse o presidente de Harvard, Alan Garber, em uma mensagem comunitária anunciando a ação judicial.

As pesquisas em risco, devido aos cortes de verbas, incluem trabalhos sobre câncer infantil, surtos de doenças infecciosas e alívio da dor de soldados feridos em batalha, afirma Garber.

Harvard argumenta que o governo cortou os fundos "como parte de sua campanha de pressão" para forçar a universidade "a se submeter ao controle de seus programas acadêmicos".

A ação pede que o tribunal suspenda o congelamento do financiamento e declare ilegais tanto o congelamento quanto as exigências feitas à universidade. Fonte: Dow Jones Newswires.