Deputada que sofre ameaças se encontra com Cármen Lúcia para discutir violência nas eleições

Política
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A deputada federal Talíria Petrone se reuniu nesta quinta-feira, 12, com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, para falar sobre as ameaças que sofre há 8 anos. A ex-deputada, Manuela D'ávila e a produtora cultural e fundadora do Movimento 342, Paula Lavigne acompanharam o encontro. A reunião foi uma iniciativa da deputada que buscou a ministra por ela estar "empenhada em combater a violência política de gênero e raça".

Segundo a Manuela, "os casos [de ameaça contra Talíria] não são apurados da maneira mais adequada". Mesmo registrando ameaças desde que foi eleita vereadora, o principal motivador do encontro foi a ameaça que Talíria sofreu durante o pleito de 2024.

No dia 29 de julho, a deputada relatou que recebeu e-mails a atacando com termos racistas e machistas a ameaçando de morte. O criminoso ainda exigia que ela renunciasse de seu mandato na Câmara Federal e de sua candidatura à prefeitura de Niterói (RJ). As ameaças de morte eram seguidas de detalhes de sua vida pessoal e sua rotina, inclusive citações a seus filhos.

Segundo a deputada, ela não recuará diante das ameaças e terá "duas vezes mais forças". A parlamentar classificou o episódio como um "ataque a toda a democracia".

Segundo dados do TSE, dos 155,9 milhões, 81,8 milhões são mulheres, o que representa 52%. Por outro lado, das 462 mil candidaturas deste ano, apenas 34% delas, equivalentes a 158 mil, são de candidatas mulheres. Atualmente, 674 prefeituras tem administração feminina, de um total superior a 5,5 mil municípios.

Cármen Lúcia cria Observatório de Direitos Políticos Fundamentais da Mulher

Durante a sessão plenária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a presidente da corte, Cármen Lúcia, criou o Grupo de Trabalho (GT) Observatório de Direitos Políticos Fundamentais da Mulher. Durante o anúncio, Cármen Lúcia ressaltou a gravidade dos episódios de violência política contra mulheres.

"É inadmissível por todas as formas. Se a violência não se admite em casa, não se admite no espaço doméstico, também é crime chegar às praças e na participação das mulheres [na política]. É crime e é inaceitável. Nós teremos mais da metade da população brasileira com baixa representatividade nos espaços de poder e, neste caso, nas câmaras municipais e nas prefeituras", disse.

O Observatório deverá assegurar a efetividade dos direitos constitucionais das mulheres na política. O GT realizará estudos, monitoramentos, pesquisas e desenvolverá programas, projetos e campanhas.

Uma das principais funções do grupo será compilar e divulgar dados sobre fraudes à cota de gênero, orientando o Judiciário sobre o julgamento desses casos. As atividades serão divididas em três núcleos: direitos políticos e eleitorais; direitos à privacidade e à igualdade contra violências digitais; e direitos políticos fundamentais à igualdade de oportunidades.

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Caças britânicos interceptaram duas aeronaves russas voando perto do espaço aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido. As interceptações marcam o primeiro voo da Força Aérea Real (RAF, na sigla em inglês) como parte da Operação "CHESSMAN" e ocorrem poucas semanas após o início da defesa britânica, junto à Suécia, do flanco leste da Otan.

O comunicado diz que dois Typhoons da RAF foram enviados da Base Aérea de Malbork, na Polônia, na última terça-feira, dia 15, para interceptar uma aeronave de inteligência russa Ilyushin Il-20M "Coot-A" que sobrevoava o Mar Báltico.

Depois, na quinta-feira, dia 17, outros dois Typhoons partiram da base para interceptar uma aeronave desconhecida que deixava o espaço aéreo de Kaliningrado e se aproximava do espaço aéreo da Otan.

Ainda segundo o documento, a medida segue o compromisso do governo britânico de aumentar os gastos com defesa para 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

"O Reino Unido é inabalável em seu compromisso com a Otan. Com a crescente agressão russa e o aumento das ameaças à segurança, estamos nos mobilizando para tranquilizar nossos Aliados, dissuadir adversários e proteger nossa segurança nacional por meio do nosso Plano para a Mudança", disse o ministro das Forças Armadas, Luke Pollard, em nota.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira, 21, que o Brasil é o País da paz e que por isso continuará tentando ajudar no diálogo pelo fim das guerras, como a que ocorre na faixa de Gaza. Alckmin foi questionado em entrevista à CNN Brasil sobre o resultado de esforços de lideranças como o Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, para pacificar regiões.

"O Brasil é o país da paz, e exatamente por não ter litígio com ninguém, ele pode ajudar, ajudar nesse diálogo. É mais demorado infelizmente, mas o Brasil é sempre um protagonista importante, e o presidente Lula é um protagonista importante da paz e do diálogo, vamos continuar nesse trabalho", disse o vice-presidente.

Alckmin contou também que ainda conversará com Lula sobre a presença do Brasil no enterro do pontífice, e lembrou que o presidente já decretou luto oficial de sete dias pela morte do papa. "Para nós católicos, nosso líder, o Papa, sua santidade. Para toda a humanidade, a figura maravilhosa da paz, da concórdia, do diálogo entre as religiões, da inclusão, do respeito, é uma vida de exemplos que fica para todos nós. E o Brasil tinha um enorme carinho com o Papa", disse Alckmin sobre o papa Francisco.

O ministro também foi perguntado sobre a agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que encontrou o líder da igreja católica em audiência reservada no ano passado, no contexto de conversas sobre a agenda de tributação de super-ricos - que atualmente é a proposta de compensação fiscal para o governo ampliar a faixa de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Sobre o tema, Alckmin disse ser importante que o País tenha boas políticas públicas para ajudar a vida dos que mais necessitam. "E levar essa verdadeira mensagem de fraternidade, de diálogo, não de prepotência, de força, mas do diálogo e da compaixão", afirmou.

"Amar ao próximo não é discurso. Amar ao próximo são atitudes, são propostas, são ações, que a fé sem obras é morta", disse o vice-presidente.

A China irá impor sanções a algumas autoridades dos Estados Unidos e chefes de organizações não governamentais (ONGs) por comportamentos flagrantes relacionados a Hong Kong, informou o Ministério das Relações Exteriores. As sanções são uma resposta às penalidades impostas pelos Estados Unidos em março contra seis autoridades chinesas e de Hong Kong, afirmou o porta-voz do ministério, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 21.

Pequim irá impor sanções a vários membros do Congresso americano, autoridades governamentais e chefes de ONGs por terem "se comportado mal em questões relacionadas a Hong Kong", disse Jiakun, sem revelar os nomes.

O porta-voz alertou que os Estados Unidos não têm permissão para interferir nos assuntos de Hong Kong. Pequim considera Hong Kong uma parte inalienável da China. "Quaisquer ações equivocadas tomadas pelos EUA em questões relacionadas a Hong Kong serão respondidas com firmes contra-ataques e medidas recíprocas da China", disse Guo.

A medida ocorre semanas após o Departamento de Estado dos EUA impor sanções a autoridades chinesas e de Hong Kong, citando a repressão política contínua em Hong Kong - e os esforços para estender essa repressão a cidadãos dos EUA - e as restrições ao acesso ao Tibete.

As seis autoridades citadas pelos EUA incluem Raymond Siu, comissário de polícia de Hong Kong, e Paul Lam, secretário de Justiça da cidade. Fonte: Dow Jones Newswires