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Datena bloqueia Marçal no WhatsApp após mensagem na madrugada: 'você fraturou minha costela'

Política
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Após ser agredido com uma cadeira pelo apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) durante o debate promovido pela TV Cultura, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) enviou uma mensagem no WhatsApp ao jornalista. Os dois estão entre os dez candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo nestas eleições. "Você fraturou minha costela, cara", diz a mensagem, enviada durante a madrugada de segunda-feira, 16. Datena não respondeu e, em seguida, bloqueou o número do empresário.

A captura de tela com a mensagem foi obtida pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo. A informação foi confirmada pelo Estadão. Após a agressão, o tucano foi expulso do debate, enquanto o candidato do PRTB, em um primeiro momento, comunicou ao mediador Leão Serva que gostaria de permanecer no programa. Minutos depois, mudou de ideia e optou por sair do debate. Naquele momento, o posicionamento da assessoria do empresário foi de que Marçal resolveu não participar mais do confronto após sentir dificuldades para respirar. O influenciador confirmou a versão em entrevista a jornalistas na manhã de segunda, após receber alta hospitalar.

Traumatismo 'sem maiores complicações', diz hospital

Após comunicar que deixaria o programa, o ex-coach foi levado ao hospital Sírio-Libanês em uma ambulância e permaneceu sob cuidados da equipe médica durante a madrugada de segunda, quando enviou a mensagem a Datena.

Uma fotografia publicada pelo perfil do influenciador no Instagram indica que ele recebeu uma pulseira verde durante a permanência no local. A cor, segundo a classificação médica denominada "protocolo de Manchester", indica que o atendimento ao paciente é "pouco urgente".

Em boletim médico divulgado na manhã de segunda-feira, o hospital afirmou que o ex-coach teve um "traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas".

Convite para 'tomar um café'

Na fala que antecedeu a cadeirada, Datena fez referência a outras mensagens enviadas por Marçal a ele. "O que você fez comigo hoje foi terrível, espero que Deus lhe perdoe", disse o tucano sobre a menção do ex-coach a uma ação de abuso sexual feita por uma funcionária da TV Bandeirantes contra o apresentador. O processo foi extinto. "Você me pediu perdão anteontem, eu te perdoei", prosseguiu Datena.

Após ser expulso do debate, Datena detalhou que, antes do debate da TV Cultura, Marçal havia lhe chamado para "tomar um café".

As mensagens a que o apresentador se referia vieram a público durante a madrugada de segunda. "Oi, Datena. Me perdoe pelas palavras pesadas contra você. Meu coração tem ficado muito triste em relação a esses ataques que estamos fazendo uns aos outros", escreveu Marçal ao tucano, antes do debate na Cultura. "Tenho sentido que somos animais num zoológico e todos querem ver agressões gratuitas."

Proposta de 'dobradinha'

Em 1º de setembro, no debate do MyNews em parceria com a TV Gazeta, em um direito de resposta com ofensas contundentes ao ex-coach, Datena se referiu a um suposto convite de Marçal para que ambos fizessem uma "dobradinha" contra os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) durante o confronto entre candidatos à Prefeitura promovido pela TV Bandeirantes em 8 de agosto.

"Me ligou um dia antes do debate da Band para tentar armar comigo: eu atacando o Ricardo Nunes, ele atacando o Boulos. Eu falei: 'Rapaz, isto não é ético'. Só que eu não sabia o vagabundo, sem vergonha, ladrão condenado e estelionatário de internet que você é. Se não, eu nem teria atendido nem a primeira nem a segunda ligação sua. E não quero atender nunca mais", disse o jornalista.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, desembarcou na manhã desta terça-feira, 13, na Arábia Saudita, sua primeira parada em uma passagem de quatro dias pelo Golfo, a primeira grande viagem ao exterior de seu segundo mandato.

Trump foi recebido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que governa de fato o país. O presidente pretende usar a viagem para pressionar os países ricos do Golfo a injetar bilhões em novos investimentos nos Estados Unidos.

Trump revelou a assessores que pretende chegar a acordos de U$ 1 trilhão.

O príncipe Mohammed já prometeu investir US$ 600 bilhões nos Estados Unidos nos próximos quatro anos, um valor que, segundo economistas, é altamente improvável de se concretizar, já que a Arábia Saudita enfrenta uma crise de liquidez. Os Emirados prometeram US$ 1,4 trilhão em investimentos nos EUA ao longo de 10 anos.

Além das questões comerciais, Trump se vê enfrentando uma série de crises geopolíticas que devem ser tratadas durante a viagem.

A portas fechadas, o príncipe herdeiro, o emir do Catar, Sheik Tamim al-Thani, e o presidente dos Emirados, Mohammed bin Zayed, tentarão entender como Trump pretende prosseguir na resolução da guerra em Gaza, lidar com o rápido progresso do programa nuclear do Irã e abordar as tensões entre a Índia e o Paquistão.

Trump também deve discursar na tarde de terça-feira em um fórum de investimentos organizado pelo governo saudita. O czar das criptomoedas da Casa Branca, David Sacks, e outros líderes empresariais americanos, incluindo os presidentes-executivos da IBM, BlackRock, Citigroup, Palantir e Qualcomm, uma empresa de semicondutores, devem comparecer. (com agências internacionais).

Em visita à China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o que chamou de "insensatez dos conflitos armados" e citou os casos das guerras ocorridas na Palestina e na Ucrânia. O líder brasileiro defendeu que acabar com esses conflitos "é precondição para o desenvolvimento" e disse que entendimentos firmados entre Brasil e China "para uma resolução política para a crise na Ucrânia oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa".

"A humanidade se apequena diante das atrocidades cometidas em Gaza. Não haverá paz sem um Estado da Palestina independente e viável, vivendo lado a lado com o Estado de Israel. Somente uma ONU reformada poderá cumprir os ideais de paz, direitos humanos e progresso social consagrados em 1945 na Carta de São Francisco", afirmou o presidente, que voltou a defender que o Conselho de Segurança das Nações Unidas reflita uma maior diversidade.

Lula proferiu o discurso nesta terça-feira, 13, ao lado do presidente da China, Xi Jinping.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 13, em Pequim, que o futuro da América Latina e do Caribe não depende do presidente da China, Xi Jinping, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou da União Europeia. "Ou nos juntamos entre nós e procuramos quem queira construir um mundo compartilhado ou vamos seguir sendo a região que representa a pobreza no mundo", disse Lula, durante o Fórum China-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Ao lado de líderes como os presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e do Chile, Gabriel Boric, o brasileiro exaltou a colaboração dos países da região com a China e criticou as tarifas impostas pelos Estados Unidos. "Por séculos, recursos da América Latina e do Caribe enriqueceram outras partes do mundo. Sempre existiram distorções no comércio internacional", disse Lula. "A imposição de tarifas arbitrarias só agrava as distorções."

O presidente afirmou que a América Latina e o Caribe não querem "ser palco de disputas hegemônicas" e nem encenar uma "nova Guerra Fria". Lula ainda lamentou a desarticulação da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e disse que "a solução para a crise do multilateralismo não é abandoná-lo, mas aperfeiçoá-lo".

Segundo Lula, a demanda chinesa foi propulsora do crescimento brasileiro no início do século. Os investimentos do país asiático ajudaram a "tirar rodovias e portos do papel" no Brasil. "E, na pandemia da covid-19, vacinas e insumos chineses ajudaram a proteger a população", afirmou.

O brasileiro também defendeu o acesso à tecnologia, inclusive para que seja possível realizar a transição para uma economia de baixo carbono, e fez um aceno à COP30, que de acordo com Lula deve ser "o ponto de virada para os compromissos climáticos".