Melhores momentos do debate SBT: 'Jogo do tigrinho', 'máfia das creches' e passaporte de vacina

Política
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O debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido por SBT, Terra e Novabrasil na manhã desta sexta-feira, 20, foi marcado por um tom menos hostil do que os demais encontros entre os postulantes a prefeito desde o início da campanha eleitoral. Apesar do caráter mais propositivo, o programa também proporcionou embates rígidos entre os candidatos à Prefeitura da capital paulista. O principal alvo das críticas foi o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB).

Durante o primeiro bloco, os candidatos puderam escolher a qual oponente dirigiriam questionamentos. Nessa dinâmica, Pablo Marçal (PRTB) foi isolado por seus adversários. O candidato do PRTB só realizou sua primeira participação ao final do primeiro bloco, em um embate com Tabata Amaral (PSB). Durante o confronto, Marçal foi comparado ao caça-níquel virtual Fortune Tiger, o "Jogo do Tigrinho", o que lhe rendeu um direito de resposta.

Nos demais blocos, o principal alvo de críticas foi Ricardo Nunes. O prefeito foi provocado pelos adversários em temas como a mudança de opinião sobre o passaporte vacinal, o envolvimento com a "máfia das creches" e o suposto elo do crime organizado com concessionárias de ônibus.

'Marçal é como o jogo do Tigrinho', diz Tabata; ex-coach reage

Durante um bloco de perguntas e respostas entre Tabata Amaral e Pablo Marçal, a deputada federal comparou o ex-coach ao "Jogo do Tigrinho". Tabata encabeçou o bloco questionando ao candidato do PRTB sua opinião sobre o programa "Pé de Meia".

Marçal, em resposta, afirmou que faria a população "prosperar" com a inclusão de disciplinas escolares sobre educação financeira. Na réplica, a candidata do PSB realizou a comparação com o caça-níquel virtual.

"Quero dar os parabéns para a Tabata, que começou a abaixar o nível do debate", disse Marçal, que solicitou um direito de resposta na sequência. A reivindicação do candidato do PRTB foi concedida. No minuto extra, Marçal voltou a criticar a parlamentar do PSB. "Em todos os debates, eu nunca fui o palhaço, sempre debati com palhaços", disse o ex-coach.

Boulos questiona Nunes sobre arrependimento por 'passaporte de vacinas'

Nesta semana, durante entrevista ao canal "Te Atualizei", Nunes criticou o passaporte vacinal, classificando-o como "ação errada e equivocada". O novo posicionamento foi reiterado ao jornalista Paulo Figueiredo, na qual o prefeito também criticou a obrigatoriedade da imunização, citando como exemplo a campanha de vacinação contra a pandemia de covid-19.

As novas opiniões do prefeito contrariam as recomendações de infectologistas e da comunidade científica. Além disso, vão de encontro à sua própria gestão, durante a qual medidas do tipo estiveram em vigor.

Boulos provocou Nunes sobre o tema durante um bloco de perguntas e respostas sobre mortes no trânsito. O candidato do PSOL afirmou que a postura de Nunes "varia de acordo com a eleição", exemplificando com a mudança de posicionamento quanto ao passaporte vacinal.

Nunes, em resposta, criticou a fuga ao tema proposto pela pergunta da jornalista Luciana Pioto, do portal Terra. "O nível está tão bom e aí você vai querer baixar. Poderia respeitar a pergunta da Luciana (Pioto)", disse Nunes.

Marçal voltar a provocar Nunes com 'máfia das creches'

Durante um bloco de perguntas e respostas com Tabata, Marçal provocou Nunes ao dizer que o prefeito da capital paulista "envolvido com mais de cem pessoas na máfia das creches". Durante a fala, o ex-coach também criticou o prefeito mencionando um boletim de ocorrência registrado em 2011 por sua esposa, Regina Nunes.

A menção ao envolvimento com a "máfia das creches" rendeu um direito de resposta a Nunes. "Nós temos observado que o Pablo Henrique (Marçal), que tanto ataca e fala mentira, é o que tem maior rejeição", disse o prefeito. "Eu tenho uma vida absolutamente limpa, nunca tive um indiciamento, nenhuma condenação."

Nunes não respondeu diretamente sobre o envolvimento com o esquema investigado pela Polícia Federal, mas afirmou que o candidato do PRTB tinha "dor de cotovelo" por sua gestão ter zerado a fila de espera por vaga em creche no município.

Marçal se referia a um inquérito da Polícia Federal que apura um suposto desvio de verbas públicas destinadas ao atendimento de crianças de zero a três anos na cidade de São Paulo. Nunes não consta entre os 117 indiciados pela PF, ainda que seja implicado pelo relatório da investigação por possuir relações com uma das empresas envolvidas.

Datena cita a Nunes elo do PCC com empresas de ônibus

Em uma pergunta a Ricardo Nunes sobre a substituição da frota de ônibus por modelos elétricos, José Luiz Datena (PSDB) fez menção ao suposto elo do Primeiro Comando da Capital (PCC) com empresas concessionárias contratadas pelo poder público da capital paulista, para fins de lavagem de dinheiro. O tucano se referia às suspeitas da Operação Fim da Linha, que cumpriu, em abril, 52 mandados de busca e apreensão contra os elos do crime organizado nas concessionárias.

Em resposta ao candidato do PSDB, o emedebista prometeu "rigor total" diante das suspeitas e disse que tanto ele quanto o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) "combatem o crime todos os dias". "Fui eu que pedi para ser assistente de acusação nesta investigação", afirmou o prefeito.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta segunda-feira, 28, que ofereceu apoio técnico à Espanha para lidar com a emergência de hoje no sistema energético do país. A Espanha e outros países europeus passam por um apagão desde o início do dia, e a energia elétrica ainda não foi totalmente restaurada. Em conversa com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, Zelensky destacou a experiência ucraniana em resistir a ataques à infraestrutura energética, embora as causas da interrupção ainda não tenham sido identificadas, segundo o governo espanhol.

"Ao longo dos anos de guerra e dos ataques russos contra o nosso sistema energético, a Ucrânia adquiriu uma experiência significativa em enfrentar qualquer desafio energético, incluindo os blecautes", disse Zelensky em comunicado.

O líder ucraniano ressaltou que especialistas do país estão disponíveis para colaborar com os esforços de recuperação na Espanha. "Nossos especialistas podem contribuir para os trabalhos de recuperação. Ofereci essa ajuda à Espanha", disse.

Zelensky também determinou ação imediata de seu governo: "Instruí o ministro de Energia da Ucrânia a agir com a máxima rapidez."

O Conselho de Estado da China aprovou no fim de semana o desenvolvimento de dez novos reatores nucleares no país, a um custo estimado combinado de 200 bilhões de yuans (US$ 27 bilhões). Este é o quarto ano consecutivo em que o Conselho de Estado da China aprova pelo menos dez novas unidades de reatores nucleares.

Atualmente, o país tem 30 reatores nucleares em construção, o que representa quase metade de todos os projetos nucleares em andamento no mundo.

Espera-se que a China ultrapasse os Estados Unidos como maior produtor de energia atômica até o fim desta década.

A meta do país é atingir 200 gigawatts de capacidade nuclear até 2035.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Em resposta ao anúncio de um cessar-fogo de três dias feito pela Rússia para marcar o aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou nesta segunda-feira, 28, o Kremlin de manipulação e exigiu um fim imediato e duradouro à guerra Rússia-Ucrânia.

"Agora, mais uma vez, vemos uma nova tentativa de manipulação: por alguma razão, todos deveriam esperar até 8 de maio e apenas então cessar o fogo, para garantir silêncio para Putin durante o desfile de comemoração do fim da Segunda Guerra", afirmou Zelensky. "Nós valorizamos a vida das pessoas, não desfiles."

O líder ucraniano destacou que qualquer trégua deve ser incondicional e prolongada, não apenas simbólica. "O fogo deve ser interrompido não por alguns dias, para depois voltar a matar, mas sim de forma imediata, completa e incondicional. E por no mínimo 30 dias, para que seja garantido e confiável. Só assim será possível criar uma base para uma diplomacia real", disse.

Zelensky também denunciou novos ataques russos contra civis, mesmo diante dos apelos internacionais pelo fim da guerra. "Mais uma vez, a Rússia atacou um alvo que não tem relação com a guerra, mas com as pessoas. E isso aconteceu em meio às exigências do mundo para que a Rússia encerre esta guerra", afirmou. "Cada novo dia é uma nova e clara prova de que é necessário aumentar a pressão sobre a Rússia, pressionar de forma significativa, para que, em Moscou, sejam obrigados a pôr fim a esta guerra, uma guerra que apenas a própria Rússia quer."

O presidente ucraniano reiterou a disposição do país em buscar a paz, mas acusou a Rússia de sabotar os esforços diplomáticos. "Sempre deixamos claro que estamos prontos para trabalhar o mais rapidamente possível com todos os parceiros que possam ajudar a estabelecer a paz e garantir a segurança. A Rússia rejeita constantemente essas iniciativas, manipula o mundo e tenta enganar os Estados Unidos", afirmou.