Atriz de 'Friends' relata dores por esclerose múltipla: 'Eu me deito na cama gritando'

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Christina Applegate revelou em seu podcast, MeSsy, ter dificuldades para lidar com a esclerose múltipla (MS) na sua rotina. Ela, que interpretou a irmã de Rachel Greene em Friends, expressou ter problemas com a coordenação motora e com dores agudas.

"Eu me deito na cama gritando, com dores agudas. [Com] muita dor", disse na terça-feira, 5, com relação às crises de dor advindas da esclerose. "Eu mal consigo segurar meu celular algumas vezes. Eu vou tentar pegar meu celular, ou ligar a televisão, ou qualquer outra coisa, e não consigo. Às vezes, eu não consigo segurar [os objetos]. Não consigo nem abrir garrafas agora."

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune crônica que, segundo a Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), faz com que o sistema imunológico ataque as células do próprio corpo.

Os sintomas variam a depender da área afetada, mas a falta de coordenação, as crises de dor, a fadiga e as alterações de humor são comuns na maior parte dos pacientes.

Sobre os sintomas, a atriz também relatou, em outro episódio do podcast, que possui alterações de humor constantes: "Eu estou muito depressiva agora [...] Sinto que estou presa nessa escuridão, que eu não sentia há uns 20 anos."

A atriz foi diagnosticada em 2021, ao mostrar que utilizava uma bengala para andar. Vencedora do Emmy, ela também foi protagonista de séries como Disque Amiga Para Matar e Samanta Who?.

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Uma árvore de grande atingiu ao menos dois carros que estavam estacionados no Parque do Carmo, localizado na zona leste de São Paulo, na terça-feira, 4. Um deles é um Renault Sandero da cor preta que foi atingido no teto por um tronco. Os vidros também estouraram com o impacto. O mesmo ocorreu com o Honda Fit da cor cinza, que estava parado ao lado. Ninguém ficou ferido.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente disse que a equipe de manejo e de técnicos responsáveis estiveram no local do incidente, dentro do Parque do Carmo. "Prestaram todo o apoio necessário para a remoção da árvore e orientação aos proprietários dos veículos atingidos", disse a pasta. A secretaria acrescenta que está investigando o motivo da queda árvore e o laudo técnico está em elaboração.

Na madrugada de segunda-feira, 3, caiu uma árvore plantada pela arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992) no jardim do Teatro Oficina, na Bela Vista, região central de São Paulo, em função das chuvas que atingiram a capital no fim de semana.

Na queda, a árvore quebrou alguns vidros do janelão do teatro. Ninguém se feriu. A queda, ocorrida por volta das 3h15, foi anunciada pelo perfil do teatro nas redes sociais.

Em razão das chuvas, o Corpo de Bombeiros também informou que registrou ao menos 24 chamados para queda de árvores entre a meia-noite e a tarde de terça-feira. Outras ocorrências também foram registradas na segunda.

Uma operação deflagrada nesta terça-feira, 4, pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo apreendeu 23 telefones celulares no presídio destinado a policiais civis, no Carandiru (zona norte da capital). Atualmente, 69 agentes estão presos lá.

A operação, chamada Video Vocacionis (Videochamada, em adaptação livre em latim), foi motivada por uma investigação sobre dois policiais civis que estão nesse presídio. A Corregedoria concluiu que os investigadores Valdenir Paulo de Almeida, o Xixo, e Valmir Pinheiro, cujo apelido é Bolsonaro, usaram celulares para fazer videochamadas de dentro do presídio e pressionar pelo menos um comparsa a omitir informações a respeito deles durante depoimentos à polícia e à Justiça. Eles tiveram o auxílio de dois familiares, segundo a investigação. O Estadão não localizou as defesas de Xixo e Bolsonaro.

Os dois policiais foram presos preventivamente pela Polícia Federal em setembro do ano passado, acusados por crimes contra a administração pública, usura, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), eles receberam R$ 800 mil em propina para arquivar investigação de tráfico de drogas. Os dois teriam ligações com Antônio Vinícius Gritzbach, delator da facção criminosa PCC morto no Aeroporto de Guarulhos no ano passado.

A maioria dos celulares estava enterrada em um jardim situado em área comum do presídio, segundo pessoas que acompanharam a operação. Além dos 23 aparelhos, foram apreendidos:

- 14 carregadores

- 26 fones de ouvido

- 11 smartwatchs (relógios com acesso à internet)

- R$ 21.672,15

- dólares

- euros

- notebook

- roteador

- pequena quantidade de droga

Paralelamente à busca de objetos proibidos realizada no presídio, a operação desta terça-feira também cumpriu mandado de busca e apreensão contra um delegado da Polícia Civil que não está preso, mas é investigado por suspeita de participação no esquema para arquivar investigação sobre tráfico de drogas. Ele não teve o nome divulgado, mas também teria ligações com Gritzbach.

A operação teve o apoio com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP, da secretaria estadual da Administração Penitenciária, da Controladoria-Geral do Estado, da Polícia Científica e da Guarda Civil Metropolitana.

O Ministério Público (MP) deu dez dias para a Prefeitura de São Paulo rescindir o contrato das obras referentes ao túnel na Avenida Sena Madureira, na Vila Mariana, na zona sul da capital, sob o risco do prefeito Ricardo Nunes (MDB) ser alvo de uma ação civil pública por improbidade administrativa. A recomendação é resultado de um dos três inquéritos abertos no MP para investigar a obra. Questionada, a Prefeitura disse que irá acatar.

"Essa licitação está completamente contaminada por crimes. Não tem o menor cabimento dar continuidade nessas obras", disse o promotor Silvio Marques ao Estadão.

As construções começaram em setembro de 2024, com um custo estimado em R$ 531 milhões, mas foram paralisadas após diversas determinações judiciais. Para além das irregularidades na licitação, a obra também é investigada pelos impactos ambientais por conta do corte de árvores. No ano passado, ativistas e moradores da região realizaram inúmeros protestos no local.

"Já comuniquei a empresa que não tem possibilidade de acordo. Eu quero só a rescisão. Caso a Prefeitura queira, ela pode fazer uma nova licitação e adequar, inclusive, as exigências ambientais", explicou o promotor.

No documento, Silvio Marques afirma que o contrato firmado com a construtora Álya Construtora S.A., antiga construtora Queiroz Galvão S.A., "decorre de fraude da qual a empresa participou e que envolve outras licitações do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo, sob a responsabilidade da Dersa - Desenvolvimento Rodoviário S.A., antiga empresa do governo de São Paulo."

No ano passado, a promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital já havia pedido esclarecimentos à Prefeitura sobre a motivação para ter seguido o projeto, que foi anunciado inicialmente na gestão Gilberto Kassab (2006-2012) e embargado durante a Lava Jato, com a mesma construtora, a antiga Queiroz Galvão, rebatizada como Áyla. Na ocasião, o MP destacou que a empresa foi demandada em ação civil de improbidade administrativa do Ministério Público Federal e ação civil pública do MP-SP.

No ofício, Silvio Marques ainda afirma que a manutenção da Áyla como contratada decorreu de parecer de um assessor jurídico, que posteriormente admitiu à Promotoria ter errado "ao não verificar as fraudes e crimes contra a Administração Pública nas licitações do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Estratégico Metropolitano de São Paulo".

Segundo o promotor, a responsabilidade desse assessor não está excluída. Já a do secretário municipal e do prefeito ainda será analisada. "O parecer é absolutamente irregular. Esse não tem como deixar fora. Com relação as outras, tenho que ver."

O que exatamente prevê a obra?

Segundo a Prefeitura, o projeto prevê a construção de dois túneis com duas faixas cada, em sentidos contrários no cruzamento da Rua Sena Madureira com a Rua Domingos de Morais. A gestão diz que a obra "beneficiará mais de 800 mil pessoas" que circulam na região da Vila Mariana diariamente para acessar a Avenida Ricardo Jafet, que faz ponte com a Rodovia dos Imigrantes e a região do Ipiranga.

A conexão com a Ricardo Jafet ocorrerá pelas ruas Vergueiro e Embuaçu, que devem receber "adequações viárias de sinalização". Os túneis terminam a cerca de 1,2 quilômetros da avenida.

Um deles terá início na Rua Souza Ramos e desemboque na Rua Sena Madureira, na altura da Rua Botucatu, totalizando 977 metros de túnel, intervenções de emboque e desemboque e galerias.

Já o outro sairá da Rua Sena Madureira, próximo à Rua Mairinque, e desembocará na área pública municipal próximo à Rua Sousa Ramos, na Chácara Klabin. São 674 metros no total.

Quais as críticas dos moradores e ambientalistas?

Além da derrubada de árvores centenárias que compõem hoje um corredor verde na Rua Sena Madureira, os manifestantes criticam as intervenções em uma área que, conforme a nova versão do Plano Diretor, de 2023, é de interesse social para moradia popular e de proteção ambiental. Cerca de 200 famílias que vivem uma comunidade na Rua Sousa Ramos terão que sair para dar lugar aos túneis.

Conforme o mapa de áreas do novo Plano Diretor, parte das construções passa por zonas especiais de Proteção Ambiental (ZEPAM) e de Interesse Social 1 (ZEIS-1). Mas na época em que o projeto dos túneis foi criado e o contrato assinado, há mais de dez anos, essas marcações ainda não existiam.

Parte das obras de túneis na Vila Mariana será na Zona Especial de Proteção Ambiental que fica entre as ruas Maurício Francisco Klabin, Afonso Celso, Coronel Luis Alves e Souza Ramos. Ali, passa o córrego Embuaçu, que está sendo canalizado pela Prefeitura, além de dezenas de árvores. Esse tipo de zona, segundo o Plano Diretor, "possui vegetação significativa" e é "destinada à preservação e proteção ambiental";

Ao lado da área de vegetação, está a comunidade Souza Ramos, cuja área é considerada no Plano Diretor como Zona Especial de Interesse Social 1, quando há "ocupações irregulares aptas à regularização fundiária". Pelo tempo em que vivem ali, boa parte dos moradores têm direito à usucapião. A obra dos túneis envolveria a retirada de população desta comunidade.