Liam Payne: polícia argentina prende três suspeitos envolvidos na morte do cantor

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Autoridades argentinas prenderam na quinta-feira, 7, três pessoas suspeitas de envolvimento na morte de Liam Payne, em decorrência de politraumatismos e hemorragia interna e externa. O cantor morreu no final de outubro, após cair da sacada do terceiro andar do hotel onde estava hospedado em Buenos Aires, Argentina.

Segundo o promotor Andrés Esteban Madrea, em entrevista ao portal Sky News, os suspeitos responderão por "abandono de pessoa seguido de morte, fornecimento e facilitação de entorpecentes". A autópsia realizada no corpo de Payne revelou traços de crack, cocaína e outras drogas.

Entre os acusados estão um assistente pessoal do músico, um funcionário do hotel e o fornecedor das drogas. Andrés destacou que Payne "não estava totalmente consciente ou experimentava um estado de diminuição ou perda de consciência perceptível no momento da queda".

A investigação também revisou mais de 800 horas de gravações das câmeras de segurança e realizou uma busca no quarto do cantor. Com as evidências, a hipótese é de que Payne não tinha a intenção de se machucar. "No estado em que ele se encontrava, ele não sabia o que estava fazendo nem podia compreender", concluiu o promotor.

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Duas mulheres de 56 e 26 anos foram presas em Milão, no norte da Itália, ao deixarem o Brasil no dia 18 de dezembro do ano passado. Trata-se de Rosalia Falletta e Rita Siria Assisi, respectivamente mulher e filha de Nicola Assisi, apontado como um dos chefes da máfia calabresa 'Ndrangheta, que está preso no Brasil por tráfico internacional e associação ao tráfico. Ele seria um dos responsáveis pelo transporte de cocaína na rota Brasil-Itália.

De acordo com a sucursal do Corriere della Sera em Turim, os procuradores Livia Locci e Francesco Pelosi afirmam que as duas mulheres tomaram frente dos negócios criminosos após a prisão de Nicola e do outro filho do casal - Patrick Assisi. PAra a Rai News, a defesa afirmou que os encontros eram de natureza emocional entre familiares e negaram que as duas tiveram alguma atuação criminosa. As duas estão em um presídio de Turim, também no Norte italiano.

No processo de extradição de Nicola e Patrick no Supremo Tribunal Federal (STF), o relator do pedido, ministro Edson Fachin, citou uma suposta participação de Rosalia Falletta nos crimes envolvendo o grupo.

"Como participante da associação, administrou e manteve os contatos entre os familiares e os outros associados também quando os primeiros se encontravam no exterior; administrou a contabilidade dos proveitos da atividade ilícita; verificou a correta distribuição dos lucros; cuidou, com a colaboração de Doriano Storino, da ocultação - em habitações que estavam na disponibilidade da família ou na disponibilidade de terceiros - do dinheiro efetivo recebido como contrapartida pelo entorpecente; administrou o patrimônio familiar de origem ilícita financiando as despesas para transferências aéreas, contatos e comunicações entre os associados", citou em documento de 2019.

As duas mulheres são investigadas na operação batizada de "Samba" pelos investigadores italianos. De acordo com o Departamento de Segurança Público, vinculado ao Ministério do Interior da Itália, no dia 10 de dezembro último, 23 traficantes internacionais de drogas foram presos na operação. Destes, 18 no Brasil e cinco na Itália. No Brasil, a Polícia Federal chamou a operação de "Mafiusi". A operação investiga o modus operandi do tráfico de drogas na rota Brasil-Itália.

De acordo com nota publicada pelo governo italiano, o trabalho investigativo em cooperação com autoridades brasileiras ocorre desde 2019, quando Nicola Assisi e Patrick Assisi foram presos na Praia Grande, litoral paulista, no dia 8 de julho.

Durante os últimos anos, de acordo com o departamento antidrogas da Itália, foi possível "identificar conexões consolidadas" com participação da máfia 'Ndrangheta no Brasil. Ainda segundo a nota, os grupos criminosos eram capazes de enviar quantidade significativa de drogas para a Europa por meio de um porto no Paraná.

A operação de dezembro último, segundo governo italiano, foi capaz de identificar ainda atuação da 'Ndrangheta no Estado de Piemonte, Norte da Itália, na negociação de transporte de drogas na rota entre Brasil e a Itália.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira, 7, uma nota oficial sobre o aumento de infecções respiratórias no Hemisfério Norte e os relatos de alta de casos de metapneumovírus humano (hMPV) na China.

Segundo a entidade, os números estão dentro da faixa esperada para o inverno nessa região. "Em climas temperados, epidemias sazonais de patógenos respiratórios comuns, incluindo influenza, ocorrem frequentemente durante os períodos de inverno", afirmou.

Em relação à situação na China, a OMS informou que está em contato com autoridades de saúde locais e não recebeu "nenhum relato de padrões incomuns de surtos".

Dados publicados até 29 de dezembro de 2024 indicam que as infecções respiratórias agudas aumentaram nas últimas semanas, incluindo o hMPV, particularmente nas províncias do norte do País - mas esse crescimento é esperado nesta época do ano.

Além disso, as autoridades chinesas afirmaram à OMS que o sistema de saúde não está sobrecarregado. Indicaram ainda que a taxa de ocupação hospitalar atual é inferior à do mesmo período do ano passado e que não houve declarações ou respostas de emergência.

Ministério monitora casos

O Ministério da Saúde afirmou que está acompanhando o surto de hMPV na China e que a vigilância epidemiológica brasileira está em constante comunicação com autoridades sanitárias da OMS e de diferentes países para trocar informações.

A pasta lembrou que o risco de uma pandemia é considerado baixo pelos especialistas e salientou a importância das medidas de prevenção e controle de infecções respiratórias, principalmente a vacinação.

"A imunização contra a covid-19 e a gripe é uma das maneiras mais eficazes de prevenção, especialmente para grupos prioritários como idosos, gestantes, crianças e pessoas com comorbidades", disse em nota o coordenador-geral de Vigilância da Covid-19, Influenza e outros Vírus Respiratórios do ministério, Marcelo Gomes.

"Além disso, o uso de máscaras por pessoas com sintomas gripais e resfriados ajuda a diminuir a transmissão de todos os vírus respiratórios, inclusive o metapneumovírus", enfatizou.

O que é hMPV?

O hMPV é um dos vários patógenos que circulam anualmente em todo o mundo causando doenças respiratórias. Em países com meses de clima frio, ele pode apresentar uma temporada anual, semelhante ao que ocorre com o vírus da gripe. Já em locais próximos ao Equador, ele circula em níveis mais baixos durante todo o ano.

O hMPV é semelhante ao vírus sincicial respiratório (VSR), com sintomas como tosse, febre, congestão nasal e chiado no peito. A maioria das infecções é leve, lembrando resfriados comuns. No entanto, casos graves podem resultar em bronquite ou pneumonia, especialmente em bebês, idosos e pessoas imunocomprometidas. Indivíduos com doenças pulmonares preexistentes, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou enfisema também têm maior risco de complicações.

Em países de alta renda, o vírus raramente é fatal. Já em países de baixa renda, com sistemas de saúde frágeis e vigilância limitada, as mortes são mais comuns.

O governo federal publicou nesta terça-feira, 8, a resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) com diretrizes para o aborto legal em vítimas de violência sexual menores de 14 anos.

O documento aborda os direitos das vítimas de violência e dá orientações sobre acolhimento e encaminhamento dos casos, com o objetivo de agilizar o acesso à interrupção da gestação nas situações permitidas por lei. A resolução não muda a legislação de aborto no Brasil.

O Conanda havia aprovado as normas em 23 de dezembro, em votação com diferença de dois votos - 15 favoráveis e 13 contrários. Mas a resolução foi suspensa no dia seguinte, após pedido da senadora Damares Alves (Republicanos - DF), de forma provisória.

O governo federal havia votado contra a resolução, afirmando que as diretrizes deveriam ser definidas em lei pelo Congresso Nacional. Mas a proposta avançou com apoio de outros segmentos do colegiado.

Na segunda-feira, 6, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), suspendeu a decisão que havia derrubado a resolução e autorizou a sua publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O que diz o documento

A resolução do Conanda aponta diretrizes para os órgãos do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) no atendimento a casos de gravidez de menores de 14 anos decorrentes de estupro, em situação de risco de vida ou com diagnóstico de anencefalia.

Segundo o texto, deve-se garantir o acesso à interrupção da gestação nos casos previstos em lei o mais rápido possível. "Sem a imposição de barreiras sem previsão legal", diz o documento.

Entre as diretrizes, está definida que, em caso de divergência entre a vontade da criança/adolescente e dos pais ou responsáveis, deve ser priorizada a vontade expressa da criança.

Além disso, caso a vítima procure o serviço sem a presença dos responsáveis legais, os profissionais envolvidos devem consultá-la sobre a possibilidade de contatar o adulto de referência.

Se a presença dos pais puder causar danos físicos, mentais ou sociais à criança, o profissional deve assegurar que os tratamentos ocorram sem impedimentos, se ela for capaz de tomar decisões.

Ainda segundo o documento, a criança ou adolescente vítima de violência sexual deve ser informada sobre o direito ao aborto legal de forma clara e adequada à sua idade, para tomar decisões.

Conforme apurado pelo Estadão Verifica, a resolução não amplia as hipóteses permitidas para o aborto legal e não propõe qualquer alteração na legislação brasileira sobre o tema.

No País, de acordo com o Código Penal, a interrupção da gestação é permitida em casos de estupro, de risco à vida da grávida e em situações em que é constatada, por meio de parecer médico, a anencefalia do feto: ausência parcial do encéfalo e da calota craniana.

Quanto à idade gestacional, a resolução estabelece que "o limite de tempo gestacional para a realização do aborto não possui previsão legal, não devendo ser utilizado pelos serviços como instrumento de óbice (obstáculo) para realização do procedimento".

O Conanda é um órgão colegiado vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ele é formado por representantes do governo federal e da sociedade civil, e tem a atribuição de definir as diretrizes para a Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes.

Já o SGDCA foi instituído em 2006, pela Resolução nº 113 do Conanda, para fortalecer a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e garantir a proteção integral à infância e adolescência. O sistema é formado por conselhos tutelares, juízes, promotores, policiais e profissionais que trabalham nas políticas públicas de educação, saúde e assistência social.