Gatos fazem mapa astral em livro japonês para guiar clientes

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"O Café da Lua Cheia não tem endereço fixo. Ele surge cada hora em um lugar: às vezes no centro comercial que você frequenta, na estação final da linha de trem ou até às margens calmas de um rio. E o nosso estabelecimento não aceita pedidos dos clientes. Nós preparamos uma bebida, um doce ou um prato exclusivo para você. Quem sabe, talvez tudo não passe de um sonho... - disse o gato tricolor, sorrindo com os olhos quase fechados".

Imagine que você não está muito contente com o resultado de algumas decisões que tomou na vida e não sabe o que fazer a partir de então. Agora, imagine que, ao caminhar perdido durante uma noite de lua cheia, um café misterioso apareça, de repente, à sua frente. Você é convidado a se sentar, mas não por qualquer funcionário e sim por um gato tricolor de dois metros! Essa é a premissa de Os Gatos do Café da Lua Cheia, romance de estreia da japonesa Mai Mochizuki, que já vendeu mais de 300 mil exemplares no Japão e teve os direitos vendidos para mais de 20 países.

No decorrer da história, a autora nos apresenta os desafios enfrentados por uma roteirista de jogo de videogame ansiosa e insegura, de uma ambiciosa e rigorosa diretora de um canal de TV, de uma jovem atriz em ascensão, de um sério e reservado profissional de T.I. e de uma cabelereira amigável e simpática, bem como seus respectivos encontros com os gatos falantes do Café da Lua Cheia. Pode até parecer que estas quatro pessoas foram escolhidas ao acaso, mas, na verdade, o leitor acabará descobrindo que todas estão ligadas por uma inesquecível e inspiradora memória de infância.

Embalados por música clássica e um cardápio recheado de apetitosas comidas e bebidas inspiradas pelo Sistema Solar, os quatro personagens principais são atendidos por gatos com nomes de planetas e especialistas em Astrologia, que leem seus mapas astrais e dão conselhos valiosos para que essas pessoas continuem seus caminhos mais sintonizadas com suas próprias personalidades, de forma mais consciente e promissora.

Ao final, você aprenderá que nossos problemas não são tão difíceis de resolver quanto imaginamos e que se nos dedicarmos, com uma ajudinha dos astros e dos felinos, somos capazes de seguir a trilha certa, alcançando com tranquilidade e sucesso os objetivos que almejamos.

Leia trecho de Os Gatos do Café da Lua Cheia

Estávamos no comecinho de abril. Uma brisa fresca entrou pela janela que eu havia deixado escancarada e trouxe o aroma da primavera, além de uma bela melodia de piano. A música era Saudação do Amor, de Elgar.

De repente, como que atraído pela música, um gato surgiu no solar da varanda. O prédio não proibia animais de estimação, então o bichano devia ser de algum vizinho. Era um tricolor, com pelos brancos, marrons e pretos.

Parei de picar o que estava preparando na cozinha e fiquei simplesmente olhando para ele. Era fascinante a forma como desfilava pela superfície estreita do batente sem se desequilibrar, com tanta elegância. Com o céu azul sem nuvens e a cerejeira ao fundo, a cena até parecia uma pintura.

Em contrapartida, eu não ostentava nem um pingo de senso artístico. Estava cozinhando - ou quase isso - um almoço nada elegante: picava cebolinha para o lámen instantâneo e me preparava para refogar cenoura, brotos de feijão e espinafre no óleo de gergelim.

O gato parou no meio do batente e semicerrou os olhos, parecendo deliciado com o som do piano. O rabo longo balançava como um pêndulo.

Meu apartamento era pequeno, de um cômodo só, o que significava que a distância da cozinha até a varanda era bem curta. Talvez por ter sentido o meu olhar, o felino se virou e miou. Não foi a "Saudação do Amor", mas foi a saudação do gato.

Sorri, lavei as mãos e fui até lá. Ao abrir a tela mosquiteira, percebi que o bichano não estava mais no solar. Procurei em volta e não o achei. Como moro no terceiro andar, fiquei preocupada com a possibilidade de ele ter escorregado e caído. Olhei lá para baixo, mas também não o encontrei. Sorri, aliviada. Gatos não caem desse jeito, pensei, e apoiei as mãos no batente.

A Saudação do Amor já havia acabado. Agora tocava o Estudo Opus 10, nº 3, de Chopin, conhecido também como Tristesse, a música do adeus.

O adeus... Soltei um longo suspiro e abaixei a cabeça. Dizer adeus a quem se ama afeta qualquer um, ainda mais uma mulher de 40 anos que sonha ardentemente em se casar e acredita ter encontrado a pessoa certa. Havíamos ficado juntos por tanto tempo que a presença dele se tornara algo muito natural para mim. Mas a verdade é que não existem coisas "naturais". Bem, sendo assim, então talvez gatos pudessem escorregar e cair.

Tomada de novo por essa preocupação, olhei para baixo mais uma vez, porém nem sombra do animal. Ele devia de fato estar bem. Fui só eu mesma quem levou um tombo.

Onde será que eu errei?, me questionei.

Ouvi vozes infantis vindo lá de baixo e olhei na direção do barulho. Havia crianças caminhando por ali, que deviam estar de férias. A tensão foi substituída pela nostalgia: será que os alunos de quem cuidara naquela época estavam bem?

Será que eu deveria mesmo ter desistido de ser professora? Ah, mas se eu ainda desse aula, os pestinhas continuariam a me fazer perguntas invasivas como "Professora, a senhora não é casada?", e se me perguntassem isso naquele momento eu provavelmente acabaria caindo no choro na frente da turma. Tinha sido melhor assim. Assenti como que tentando convencer a mim mesma disso.

Voltei para dentro do apartamento e fechei a tela mosquiteira. Só então percebi que já não se ouvia mais o som do piano.

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Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, no interior de São Paulo, pediu respeito ao papa Francisco durante a missa solene das 8 horas deste domingo de Páscoa, 20, realizada no Santuário Nacional, na cidade do interior paulista.

O pontífice argentino, de 88 anos, passou mais de um mês internado recentemente por conta de uma grave pneumonia bilateral. Neste domingo, ele fez uma breve aparição para abençoar milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano.

"Vamos respeitar o Papa Francisco. Porque a igreja, ela sim, é a encarregada de continuar, até o fim do mundo, a grande alegria da ressurreição", afirmou Dom Orlando Brandes, em solenidade transmitida no Youtube. "É assim, irmãos e irmãs, que nós estamos também vivendo esta Páscoa. E Páscoa, Ressurreição tem tudo a ver com vida, nada com morte. Pelo contrário, é a superação da morte", acrescentou, durante a missa.

A fala de Dom Orlando Brites sobre o Papa Francisco se deu após o arcebispo relembrar uma atitude do discípulo João com o discípulo Pedro em uma passagem bíblica. "Pedro e João correram para ver o túmulo vazio. João chegou antes, porque ele é o discípulo amado, quem ama vai na frente. Pedro é a instituição, é a norma, é a organização da Igreja, aí vai mais devagar. Mas João respeitou Pedro e esperou para que Pedro entrasse primeiro no túmulo. Depois, João entrou. Isso é amar a Igreja. João quer respeitar a igreja", disse.

A longa hospitalização de Francisco, com pelo menos dois momentos críticos em que o pontífice ficou perto da morte, reacendeu o debate sobre a sucessão no Vaticano. Na mesma época, também circularam na internet notícias falsas que apontavam para o agravamento do estado de saúde ou até o óbito do papa.

Mensagem ecológica

O arcebispo também aproveitou a ocasião para transmitir uma mensagem sobre preservação ao meio ambiente, uma das prioridades de Francisco à frente da Igreja Católica. "Vida no útero materno, vida humana, vida espiritual, e agora preste bem atenção: vida ecológica", disse.

Ele acrescentou que quem é testemunha da ressurreição "respeita a criação do jardim do Senhor". "É assim que a própria natureza, o próprio cosmos, é testemunha de Jesus ressuscitado", afirmou durante sermão.

Um repórter da Band TV sofreu uma tentativa de assalto na noite do sábado, 19, enquanto estava posicionado para fazer uma entrada ao vivo no Jornal da Band. O jornalista Igor Calian trabalhava na Avenida Faria Lima, em São Paulo, quando um assaltante passou de bicicleta e tentou furtar o celular do repórter, que conseguiu desviar.

O momento em que o homem se aproxima para furtar o aparelho foi flagrado pelo cinegrafista e exibido durante o telejornal.

Ele se aproxima de bicicleta, quando Calian desvia e xinga o criminoso, acrescentando: "Sabia que você ia tentar pegar. Não conseguiu, né, bichão?!"

Os apresentadores do telejornal comentaram sobre a tentativa de assalto.

"Sem o menor medo. Ele viu que estava sendo filmado, microfone posicionado, o Igor também, e simplesmente foi ali tentar pegar", comentou a apresentadora Thais Dias. "Zero constrangimento", completou o âncora Eduardo Oinegue.

Taxa alta de roubos na capital

Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgados no ano passado, mostram que o Brasil tem dois celulares levados por ladrões a cada minuto.

As estatísticas mostram que São Paulo tem a terceira maior taxa de furtos ou roubos de celulares entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

A capital paulista registra índice 1.781,6 celulares subtraídos dentro desse grupo, ficando atrás apenas de Manaus (2.096,3) e Teresina (1.866).

O Radar da Criminalidade do Estadão, que permite monitorar os índices de roubos de celulares nos diferentes pontos da cidade, mostra uma alta de crimes patrimoniais em Pinheiros, um dos bairros cortados pela avenida.

Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam neste domingo, 20, três homens suspeitos de planejar o assassinato de um indivíduo em situação de rua. O ataque seria transmitido ao vivo pela internet.

Os mandados foram cumpridos em Vicente de Carvalho, na Zona Norte da cidade, e em Bangu, na Zona Oeste, depois de os agentes identificarem a existência de um grupo de jovens que utilizava a plataforma Discord para divulgar atos criminosos. Entre as ações propagadas constam maus-tratos a animais, indução à automutilação, estupro virtual e racismo.

"O grupo também promovia ataques de ódio contra negros, mulheres e adolescentes, em uma escalada de violência digital com graves consequências no mundo real", informou a corporação em nota.

Segundo a polícia, o ataque ao homem em situação de rua estava previsto para acontecer neste domingo e seria transmitido em troca de dinheiro. O plano foi descoberto em uma ação conjunta com o Ciberlab da Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

"Com base em informações precisas e atuação cirúrgica, foi possível não só impedir a consumação de um assassinato, como também desestruturar um grupo que operava à margem da lei, protegendo adolescentes, animais e grupos vulneráveis", ressaltou a Polícia Civil, que segue investigando outros membros do bando.