BNDES apoia cinco projetos de patrimônio cultural com R$ 25,2 milhões via Lei Rouanet

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta quinta-feira, 28, ter aprovado um apoio de R$ 25,2 milhões em recursos incentivados pela lei federal de incentivo à cultura, a Lei Rouanet, a cinco projetos de patrimônio cultural brasileiro. Entre os contemplados estão a revitalização e restauração da Cinemateca Brasileira, o restauro em 4K de filmes de Glauber Rocha e os acervos vicariatos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Os valores, não reembolsáveis, são concedidos mediante a dedução fiscal. Os projetos foram selecionados na 1ª etapa do ciclo de apoio pelo Comitê de Patrimônio Cultural e Economia da Cultura do banco de fomento. Houve 34 projetos inscritos nas categorias Patrimônio Material, Patrimônio Imaterial e Acervos Memoriais. O valor máximo de apoio do BNDES era de R$ 10 milhões por projeto.

No segmento de acervos memoriais, as três propostas selecionadas foram: Cinemateca Brasileira, com R$ 10 milhões; Acervos Vicariatos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, com R$ 4,5 milhões; e restauro em 4K (alta definição) de filmes da Coleção Glauber Rocha, com R$ 2 milhões.

Outros dois projetos foram selecionados na categoria patrimônio material: Restauração do imóvel da Ladeira do Castelo - Acervos do Estado do Pará, com R$ 5,4 milhões; e Edificação do Clube União Lyra Serrano, do século XIX, localizado na vila histórica de Paranapiacaba (SP), com R$ 3,3 milhões.

"As cinco propostas selecionadas passarão agora pelas etapas finais de análise técnica, jurídica e orçamentária", frisou o banco, em nota.

Segundo o banco de fomento, podem receber o apoio no âmbito do BNDES Fundo Cultural os projetos de entes públicos ou instituições privadas sem fins lucrativos, "que se destinem à preservação e revitalização de patrimônio material, acervos memoriais e patrimônio imaterial que atendam a critérios formais de reconhecimento".

"Além da capacidade de execução do proponente, as propostas são avaliadas quanto à valorização do uso e ampliação do acesso da sociedade ao patrimônio cultural; quanto à sustentabilidade do patrimônio cultura; quanto à estratégia e proposta de governança e sustentabilidade financeira de longo prazo da instituição responsável pelo patrimônio cultural e instituição proponente; quanto ao estímulo à cadeia produtiva da cultura e suas externalidades", explicou o BNDES, em nota distribuída à imprensa.

O BNDES informou que apoia o patrimônio cultural brasileiro há mais de 25 anos, contabilizando mais de 400 diferentes patrimônios contemplados em todas as regiões do país, somando R$ 1,6 bilhão em valores correntes.

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Um turista morreu na manhã deste domingo, 16, após passar mal na escadaria do Complexo do Alto Corcovado, que dá acesso ao monumento do Cristo Redentor, na zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde do Rio, foram deslocadas duas "motolâncias" e uma ambulância avançada do serviço. As equipes chegaram ao local às 8h04. Após tentativas de reanimação sem sucesso, foi constatado o óbito. O turista brasileiro era oriundo do Rio Grande do Sul. Não há informações sobre as causas da morte.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou o atendimento de 16 pessoas que relataram ter sido vítimas de 'agulhadas' durante o Carnaval. Os incidentes ocorreram no Recife e na região metropolitana.

Segundo a SES, as vítimas foram encaminhadas ao Hospital Correia Picanço, referência estadual para o tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

"Os pacientes foram avaliados clinicamente e receberam a devida assistência, além das medidas de profilaxia conforme o risco de exposição de cada um", disse o órgão em nota.

O modo como os ferimentos aconteceram não foi esclarecido. Os festejos de carnaval na capital pernambucana e na vizinha Olinda, já tiveram relatos de ataques por agulhas em anos anteriores, o que resultou em registros de boletim de ocorrência naquelas oportunidades. Em 2024, Pernambuco registrou 29 casos, sendo 16 mulheres e 13 homens.

O fóssil de parte da face de um ancestral humano é o mais antigo já encontrado na Europa Ocidental, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica Nature. Os ossos fossilizados de parte da bochecha esquerda e do trecho superior da mandíbula foram encontrados no norte da Espanha em 2022 e, calcula-se, teriam de 1,1 a 1,4 milhões de anos.

"A descoberta é emocionante", afirmou Eric Delson, paleontólogo do Museu de História Natural dos EUA, que não participou do estudo. "É a primeira vez que encontramos remanescentes tão significativos com mais de um milhão de anos na Europa Ocidental."

A coleção de fósseis mais antiga já encontrada na Europa até agora tem 1,8 milhão de anos e foi achada na Geórgia, perto da fronteira entre a Europa Oriental e a Ásia. A nova descoberta abre caminho para mais estudos sobre as rotas migratórias dos ancestrais humanos.

O fóssil espanhol é a primeira evidência que demonstra claramente que "ancestrais humanos já andavam pela Europa" naquela época, segundo Rick Potts, diretor do Programa das Origens Humanas do Museu Smithsonian, que tampouco participou do novo estudo.

Ainda não há comprovação, no entanto, de que esses primeiros ancestrais teriam ficado na Europa desde então:

"Um grupo pode ter ido a um local específico e depois desaparecido."

Os ossos fossilizados encontrados na Espanha guardam muitas semelhanças com os do Homo erectus, mas há também algumas diferenças anatômicas, de acordo com a co-autora do novo trabalho, Rosa Huguet, arqueóloga do Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social, em Tarragona, na Espanha.

O Homo erectus surgiu há cerca de dois milhões de anos na África e, posteriormente, alcançou partes da Ásia e da Europa. Segundo Potts, os últimos remanescentes dessa espécie morreram há aproximadamente 100 mil anos.

Não é simples identificar a que grupo de ancestrais humanos um fóssil pertence a partir de poucos fragmentos. É diferente quando são encontrados muitos ossos com diferentes características, afirmou o paleoantropólogo Chsristoph Zollikofer, da Universidade de Zurique, que também não participou do novo trabalho.

No mesmo complexo de grutas nas Montanhas Atapuerca, na Espanha, onde os novos fósseis foram desenterrados, especialistas já fizeram outras importantes descobertas sobre o passado dos ancestrais humanos. Na mesma região, foram achados fósseis mais recentes de neandertais e dos primeiros Homo sapiens.