Quem é Luciana Curtis, modelo internacional sequestrada em SP com marido e filha de 14 anos

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Na noite da última quarta-feira, 27, a modelo Luciana Curtis foi sequestrada com o marido, o fotógrafo Henrique Gendre, e a filha de 14 anos em São Paulo. A família foi abordada quando saía de um restaurante de comida japonesa no Alto da Lapa, na zona oeste da capital paulista. Segundo a polícia, eles foram levados para um cativeiro em Parada de Taipas, onde passaram a noite e foram obrigados a fazer transferências bancárias.

Aos 47 anos, Luciana Curtis é dona de uma das carreiras mais longevas do mundo da moda. Filha de um corretor de seguros inglês e uma professora potiguar, Luciana foi descoberta quando tinha 14 anos por um olheiro da Agência Ford. Em 1993, aos 17, ganhou a final brasileira do concurso Supermodel of the World e terminou a jornada entre as quatro primeiras colocadas na fase global.

Hoje, 31 anos depois, ela segue com contratos ativos com a Ford Models para trabalhos internacionais e com a agência Way Model, no Brasil. Luciana já foi capa de revistas como L'Officiel, Vogue e Elle e tem no seu portfólio trabalhos para marcas como a Victoria's Secret, Ander B e para a Revlon, que garantiu à modelo um contrato que mudou a sua vida.

"Não gosto de falar sobre valores, mas o cachê foi excelente e mudou a minha vida. Comprei, inclusive, um apartamento em Manhattan", disse em entrevista publicada em 2019 pelo jornal O Globo. Luciana, que morava em Nova York, voltou para o Brasil na pandemia, onde vive com a família.

Além da sua atuação nas passarelas e estúdios de fotografia, Luciana Curtis mantém uma luta ecológica. Ela ajuda a reflorestar uma área de mata atlântica, em São José do Barreiro, no lado paulista da Serra da Bocaina. Em entrevista ao Estadão, em 2019, falou sobre o projeto e criticou o abuso ambiental no mundo da moda. "O mercado da moda ainda tem muito a melhorar, sendo responsável por 20% do lixo do mundo e 8% da emissão de carbono global", pontuou a modelo.

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O papa Francisco não esperou sair do hospital para fazer um gesto de gratidão aos médicos que cuidaram da sua saúde. O pontífice de 88 anos ficou internado por 38 dias no Hospital Gemelli, em Roma, para tratar de uma pneumonia bilateral. Na sua última semana de hospitalização, já se sentindo melhor, ele pediu para que comprassem pizzas para distribuir entre profissionais que o trataram.

A história foi relatada pelo médico italiano Sergio Alfieri ao jornal Corriere della Sera, em entrevista publicada na quarta-feira, 25. Alfieri cuidou do líder da Igreja Católica nesta última longa estadia no Gemelli e também em outras passagens do papa pelo hospital, em 2021 e 2023.

"Assim que começou a sentir-se melhor, o papa pediu para dar uma volta pela enfermaria. Perguntamos se ele queria que fechássemos os quartos dos pacientes, mas em vez disso ele olhou ao redor em busca do olhar dos outros pacientes. Ele se movimentava em uma cadeira de rodas e um dia saiu do quarto cinco vezes, talvez até mais", disse o médico.

"E então teve a noite da pizza. Ele deu o dinheiro a um dos colaboradores e ofereceu pizza a quem o tinha assistido naquele dia. Foi uma melhora contínua", acrescentou Alfieri.

O gesto de agradecimento de Francisco aconteceu quando ele já dava sinais de recuperação, dias depois de apresentar episódios graves de crises respiratórias e regurgitação, que colocaram a sua vida em risco. Foram os momentos mais críticos do período de internação, segundo o médico italiano.

"Pela primeira vez, vi lágrimas nos olhos de algumas pessoas ao seu redor. Estávamos todos cientes de que a situação havia piorado ainda mais e que havia o risco de ele não sobreviver", disse Alfieri. "Posso dizer que por duas vezes a situação foi perdida e, então, (a recuperação) aconteceu como um milagre."

Os médicos até cogitaram interromper o tratamento para não correr o risco lesar outros órgãos do papa, que já tem a saúde debilitada. A equipe decidiu insistir nas intervenções médicas e conseguiram recuperar a saúde de Francisco. Ele teve alta no domingo, 23.

"Entendi que ele havia decidido retornar para Santa Marta (residência do papa) quando, uma manhã, ele me disse: 'Ainda estou vivo, quando voltamos para casa?'. No dia seguinte, ele olhou pela janela, procurou o microfone e se dirigiu à senhora com as flores amarelas", se referindo a Carmela Mancuso, mulher de 79 anos que visitava o hospital com flores amarelas para desejar recuperação ao pontífice.

"Pareceu-me um sinal claro de que ele estava de volta e totalmente recuperado", completou o médico.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publique informações detalhadas sobre o uso de doações privadas recebidas para execução de projetos para "permitir o adequado controle social dos recursos geridos". A decisão tomada pela 1ª Câmara da Corte, por unanimidade, atende a uma representação da bancada do partido Novo no Congresso Nacional.

De acordo com a decisão do TCU, publicada no último dia 18, a universidade deverá divulgar documentos que permitam "verificar o cumprimento dos encargos assumidos e a execução do objeto pactuado, em consonância com os princípios da transparência e da publicidade e com o disposto na Lei de Acesso à Informação". A Corte também exige que a UFRJ implemente "mecanismos de controle e governança adequados nos casos de execução de projetos oriundos de doações", citando como exemplo a doação da Ford Foundation (Grant 146233).

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) comemorou a decisão do TCU e afirmou que a medida representa "uma vitória da transparência e da boa governança". Segundo ele, o NetLab "tentou esconder por muito tempo os compromissos assumidos com financiadores internacionais, como a Open Society e a Ford Foundation".

"É inadmissível que laboratórios vinculados a universidades públicas se recusem a prestar contas e tentem burlar regras básicas de transparência", afirmou.

A decisão ocorre em meio à análise de outros contratos da UFRJ com recursos públicos. Como revelou o Estadão, o Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab) recebeu R$ 2,3 milhões do governo federal para desenvolver uma pesquisa de "estratégia eleitoral".

O grupo entrou na mira do TCU após a celebração de um convênio com o Ministério da Justiça para estudar anúncios políticos nas redes sociais e seus impactos em campanhas eleitorais de 2018 a 2024. Em outubro do ano passado, a Corte determinou a abertura de uma investigação preliminar, com o envio de informações e depoimentos de gestores. A Corte apontou "possibilidade de ocorrência de desvio de finalidade", ao questionar se a verba pública foi usada para estudos com viés político-eleitoral.

Entre 2020 e 2022, o NetLab arrecadou R$ 1,2 milhão, sendo R$ 50 mil do CNPq e o restante de ONGs internacionais. Com a mudança de governo, a receita cresceu. De janeiro de 2023 até o primeiro semestre deste ano, o grupo recebeu R$ 8,3 milhões, dos quais R$ 2 milhões vieram do Ministério da Justiça, R$ 300 mil do Ministério das Mulheres e R$ 6 milhões de entidades como a Open Society Foundation, a OAK Foundation e a Ford Foundation.

Conhecido por produzir relatórios sobre redes de desinformação associadas à direita, o NetLab também se destacou na defesa do PL das Fake News, que propõe regras para plataformas digitais e big techs.

O comandante de um voo vindo de Paris, na França, acionou a Polícia Federal nesta quarta-feira, 26, após um passageiro tentar, horas após a decolagem, abrir a porta da aeronave. O brasileiro havia viajado para a França, mas não foi admitido pela imigração do país europeu e estava em viagem de retorno.

Ele teve de ser contido pela tripulação, que contou com a ajuda de outros passageiros, e ficou algemado ao assento até o pouso e chegada dos policiais federais ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Foi instaurado inquérito policial pelo crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo.

Na mesma data, também no Aeroporto de Cumbica, a PF realizou outras três ações, em que foram presos um brasileiro e dois estrangeiros. Na primeira, o brasileiro de 20 anos foi flagrado com mais de um quilo de cocaína fixados às suas coxas. Ele pretendia embarcar em voo para a França.

A outra prisão foi de um homem da Suécia que pretendia embarcar para Portugal, com conexão posterior para a França, transportando mais de sete quilos de cocaína dentro de embalagens para lençóis e bolsas.

Ambas as prisões por tráfico de drogas foram realizadas com o auxílio de cães farejadores, aparelhos de raios x, espectrômetro de massa e escâner corporal, junto aos pórticos migratórios.

Na última ação, um homem de 26 anos da República Dominicana foi preso ao apresentar passaporte peruano falso. Ele já havia tentado ingressar em território italiano, apresentando também um documento peruano falsificado. O homem foi preso por falsificação.