Lucélia Santos é indicada ao Prêmio Shell pela primeira vez e reage: 'Estupefata'

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Nesta terça-feira, 17, o Prêmio Shell de Teatro divulgou os indicados da sua edição do segundo semestre de 2024 . Pela primeira vez, a atriz Lucélia Santos concorre, na categoria Melhor Atriz pela sua atuação em Vestido de Noiva, peça de Nelson Rodrigues, com direção de Helena Ignez.

A veterana usou as redes sociais para celebrar a indicação. "Estupefata! Assim estou ao receber a notícia da minha indicação ao Prêmio Shell. A vida é surpreendente!", disse a atriz.

Lucélia Santos agradeceu aos profissionais que dividem o palco e a coxia com ela. "Os rumos são a impermanência e a fé. A arte, o palco, a entrega e a disciplina, física e moral. Obrigada aos meus colegas de cena tão magníficos que me suportaram, a todos e todas da técnica e do palco. Viva o teatro brasileiro!", completou.

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Lucélia concorre com Adriana Lessa, por A Partilha, de Miguel Falabella.

Lucélia Santos, uma atriz rodrigueana

Vestido de Noiva encerrou a sua temporada no Sesc Consolação no último domingo, 15. Para a montagem, Helena Ignez buscou atualizar o texto escrito por Nelson Rodrigues na década de 1940.

Lucélia é uma atriz rodrigueana. Nas telas, interpretou papéis de quatro textos de Nelson Rodrigues: Maria Cecília, em Bonitinha Mas Ordinária; Glória, em Álbum de Família, o papel-título de Engraçadinha e Guida e Lígia, em A Serpente.

Na produção que lhe rendeu a indicação ao Shell, Lucélia interpreta Madame Clessi, uma mulher livre e sem pudores que, no passado, foi vítima de feminicídio.

No plano da alucinação, a cortesã serve de guia para Alaíde (interpretada por Djin Sganzerla), uma jovem em coma, que procura decifrar os segredos da relação do seu marido, Pedro (papel de Jiddu Pinheiro), com a irmã e rival, Lúcia (papel de Simone Spoladore). Clarisse Abujamra, Luciano Chirolli, Tuna Dwek, Michele Matalon, Luciana Fróes e Luiza Barros completam o elenco.

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Uma falha na Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo provocou transtornos aos usuários na manhã desta terça-feira, 25, durante o horário de pico. Um dos trens precisou ser esvaziado e todas as pessoas tiveram que descer na Estação Sé. Nas redes sociais, passageiros relataram caos nas estações, com plataformas lotadas e dificuldade para embarcar. Na Estação Artur Alvim, as plataformas também estavam lotadas por volta das 7h30. A viagem demorava o dobro do tempo.

"Além das plataformas cheias, também há filas perto das escadas. Muitos passageiros e nenhuma informação do Metrô. Ao chegar na Sé, depois de quase 1 hora dentro do vagão, tivemos que descer do trem, sem qualquer justificativa. Ele não seguiu a viagem no sentido da Barra Funda, com isso não consegui chegar até a Estação República. Eu preciso pegar a Linha 4-Amarela, mas estou vendo que terei que buscar outra alternativa. Provavelmente, pegar a Linha 1-Azul até a Luz e seguir para a Linha 4-Amarela", disse o passageiro Fábio Alcides.

"Os trens da Linha 3-Vermelha do Metrô estão circulando normalmente. Das 8h10 às 8h14, houve restrição de velocidade na linha por conta de um trem que apresentou falha de tração na Estação Sé e teve que ser esvaziado", disse o Metrô. Passageiros, no entanto, ainda citam que é grande o número de pessoas nas estações e as dificuldades para utilizar o transporte sobre trilhos.

Mais cedo, segundo a companhia, das 7h14 às 7h18, um trem ficou retido na Estação Arthur Alvim por conta de uma falha no fechamento da porta. A situação também foi normalizada, de acordo com o Metrô.

Os ferroviários aprovaram uma greve a partir da meia-noite de quarta-feira, 26, em protesto contra a privatização das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A decisão, no entanto, ainda passará por referendo da categoria a ser realizado às 20 horas desta terça-feira, 25, em nova assembleia.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil em São Paulo, que representa as linhas, o objetivo da paralisação é tentar pressionar o governo a recuar da proposta de privatização das linhas. "Privatizar a CPTM é transformar tudo em linhas 8 e 9", disse.

Caso a greve seja aprovada, a partir da zero hora, quem está de serviço bate o cartão de ponto. Já a turma das 5 e 6 horas não entra para trabalhar.

SP realiza leilão das linhas de trens 11, 12 e 13

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), informou que realizará na próxima sexta-feira, 28, o leilão do Lote Alto Tietê, que contempla a concessão das Linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade de trens.

"A sessão pública ocorrerá na B3, em São Paulo, e prevê um investimento de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos da futura concessão, com melhorias significativas para os passageiros e ampliação dos serviços prestados", de acordo com comunicado do governo estadual.

Ainda de acordo com a gestão estadual, a concessão trará melhorias operacionais, estruturais e tecnológicas para os passageiros, incluindo a requalificação das três linhas e a ampliação da rede ferroviária. "Serão construídas oito novas estações e reformadas 24 já existentes, além da eliminação de todas as passagens em nível, que serão substituídas por passarelas, viadutos ou passagens subterrâneas, garantindo mais segurança para os passageiros e maior fluidez no trânsito urbano."

Até 2040, a previsão é que as três linhas transportem juntas 1,3 milhão de passageiros por dia em média útil. "A concessão permitirá a redução do intervalo entre trens, garantindo uma operação mais eficiente nas diferentes linhas", segundo o governo estadual.

As linhas 8 - Diamante e 9 - Esmeralda são operadas pela ViaMobilidade desde janeiro de 2022. Ao longo dos últimos anos, porém, ambas registraram inúmeras falhas e o Ministério Público de SP chegou a recomendar que o contrato fosse rompido. Em agosto de 2023, a concessionária assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MP se comprometendo a implementar melhorias.

O sindicato que representa os ferroviários também programou uma manifestação em frente a B3 nesta terça-feira, 25, às 9 horas, em protesto contra a privatização das três linhas da CPTM.

Um bebê brasileiro levado ainda recém-nascido para Portugal, no final de 2023, foi repatriado para o Brasil nesta segunda-feira, 24, em uma operação da Polícia Federal. Na chegada ao País, a criança, que agora tem 1 ano e 4 meses de idade, foi entregue aos cuidados de uma instituição de acolhimento familiar de Valinhos, no interior de São Paulo. O destino foi determinado pela Justiça.

De acordo com a PF, o bebê foi vítima de tráfico internacional de pessoas. O recém-nascido foi levado para Portugal com documentos falsificados. Na época, a Promotoria de Justiça de Valinhos havia recebido denúncias de um esquema de tráfico de crianças da região de Campinas para a Europa.

Uma investigação policial iniciada pela Delegacia da Polícia Federal em Campinas, também no interior paulista, apontou o paradeiro da criança brasileira em uma cidade portuguesa. O trabalho conjunto da Polícia Federal brasileira com a Polícia Judiciária de Portugal, ainda no ano de 2023, permitiu que o bebê fosse encaminhado pelos órgãos de Assistência Social de Portugal para uma família acolhedora daquele país.

A criança permaneceu com a família portuguesa até que se confirmasse que efetivamente se tratava da criança brasileira, que teve seus documentos falsificados. Por meio de uma cooperação jurídica internacional provocada pelo Ministério Público Federal de Campinas, após confirmada a nacionalidade brasileira do bebê, foi expedida ordem judicial portuguesa reconhecendo a necessidade de repatriação para o Brasil.

Para o deslocamento de volta, foi deflagrada a Operação Pérola, com a designação de policiais federais que permaneceram alguns dias em contato e cuidados com a criança em Portugal, juntamente com a família acolhedora naquele país. Foram adotados todos os cuidados para a mudança de país, já que a criança, em sua idade atual, compreende e reconhece pessoas e lugares.

Segundo a PF, o vínculo criado nesse período será respeitado e as famílias continuarão em comunicação, mantendo o elo que visa o melhor interesse da criança. "A família que acolheu a criança em Portugal está em contato com a família acolhedora no Brasil para compartilhar informações essenciais e garantir uma transição cuidadosa", diz a PF, em nota.

O resgate objetivou o cumprimento do Protocolo de Palermo, um marco internacional que consolida e orienta a estratégia global de prevenção, repressão e punição do tráfico de pessoas. O Brasil ratificou o protocolo com a publicação do Decreto n. 5.017, de 12 de março de 2004, comprometendo-se a adotar as medidas necessárias para prevenir o tráfico internacional de pessoas, punindo traficantes, protegendo as vítimas e respeitando plenamente os direitos humanos.

Empresário português preso

Em dezembro de 2023, a PF prendeu um empresário de nacionalidade portuguesa, quando se preparava para sair do Brasil levando uma menina recém-nascida para seu país. A criança havia sido abandonada pela mãe em um hospital de Valinhos e foi registrada em seu nome. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do empresário.

A investigação da Operação Deverra apurou que, três semanas antes, ele já havia saído do Brasil com outra criança brasileira nas mesmas condições. Os bebês eram de mães diferentes. Segundo a PF, os registros de paternidade se deram com o uso de documentos falsos.

Os procedimentos concediam ao português a guarda unilateral das crianças, o que permitia a saída do País sem a anuência da mãe. O investigado havia feito anteriormente, entre 2015 e 2012, outras viagens entre Brasil e Portugal. Ele passou a ser investigado por tráfico internacional de crianças. O processo ainda tramita em segredo de justiça.