Relembre os principais papéis de Ney Latorraca

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O ator Ney Latorraca, que morreu nesta quinta-feira, 26, aos 80 anos, marcou a teledramaturgia brasileira com papéis cômicos e vilanescos nas novelas Vamp e O Beijo do Vampiro, além do velhinho Barbosa, da TV Pirata. No teatro e no cinema, o artista protagonizou o sucesso de bilheteria O Mistério de Irma Vap, no palco, e Irma Vap - O Retorno, na telona.

Novelas na Globo

O ator estreou na TV em 1968, na Rede Tupi. Ele passou também pela emissora Record e pela RTC antes de chegar à TV Globo. Lá, Ney estreou na novela Escalada, de 1975. No ano seguinte, participou de Estúpido Cupido, interpretando o playboy Mederiquis. O personagem era fã de Elvis Presley e líder do grupo de rock Personélitis Bóis.

"Eu estava com 33 anos e interpretava um cara de 17. Queria abandonar, não ia mais fazer", ele contou ao site Memória Globo. O ator lembrou que pediu à produção para escolher o próprio figurino e uma lambreta preta para compor o personagem.

"Comecei a falar coisas assim: 'Vamos lá, rapazes, não temos tempo a perder'. E para dizer que eu era jovem, andava com um gingado característico. Virou um grande sucesso, estourou mesmo. Fizeram história em quadrinhos, chiclete, figurinha - e eu era uma das figurinhas mais difíceis", recordou.

Vlad, em Vamp

Outro sucesso na Globo veio em 1984, com o mulherengo Quequé da minissérie Rabo de Saia. Mas foi em 1991 que Ney interpretou um de seus personagens mais marcantes da telinha, o vampiro Vlad. Foi na novela Vamp, do autor Antônio Calmon e do diretor Jorge Fernando.

A trama se passava na cidadezinha de Armação dos Anjos. Cláudia Ohana vivia a vampira cantora Natasha, que fez um pacto com o vampiro de Ney Latorraca para fazer sucesso. A novela misturava trechos de videoclipes e histórias em quadrinhos; uma cena marcante é de Vlad dançando Thriller, sucesso de Michael Jackson.

Em 2017, o ator reprisou o papel de Vlad no musical Vamp, reunindo-se com Cláudia Ohana.

Em 2002, Ney viveu outra criatura da noite na novela O Beijo do Vampiro. Ele era o conde Nosferatu e contracenava com o duque Bóris de Tarcísio Meira.

Entre 2000 e 2001, ele esteve no ar em O Cravo e a Rosa.

A última novela de Latorraca na Globo foi Novo Mundo, de 2017. Ele interpretou Sir Millann, pai de Anna (Isabelle Drummond).

Humor e seriados na telinha

Também na Globo, Ney Latorraca fez parte do elenco do humorístico TV Pirata, grande sucesso dos anos 1980. Seu personagem mais marcante foi o velhinho Barbosa. "Era um velho tarado, de cabeça branca, com um pouco de bico", o ator relatou ao site Memória Globo.

"Mas eu comecei a aumentar o bico, tanto que, meses depois, só dava Barbosa e todo mundo imitava. Foi um baita sucesso. Até hoje me pedem na rua para fazer o Barbosa", contou.

Ney também esteve em seriados de sucesso da Globo, como Malu Mulher (1979), O Bem-Amado (1980), A Grande Família (2011) e Cine Holliúdy (2019). Este último seriado, aliás, foi seu último papel na TV - Ney reapareceu como o vampiro Vlad.

Sucessos no teatro e no cinema

Ney estreou no teatro em 1965, em Reportagem de Um Tempo Mau. Depois, ele integrou o elenco dos musicais Hair (1970) e Jesus Cristo Superstar (1972). Em 1983, participou de uma montagem de Shakespeare, O Rei Lear.

Foi em 1986 que estreou seu maior sucesso no palco: O Mistério de Irma Vap. A peça era uma produção de Marília Pêra em que Ney contracenava com Marco Nanini. Irma Vap ficou em cartaz durante 11 anos em São Paulo e resultou na adaptação Irma Vap: O Retorno (2006) no cinema.

A trama era adaptada do texto em inglês de Charles Ludlam e satirizava diferentes gêneros. "Vendo esse hospício, Marília Pera, que é minha madrinha, pensou em montar a peça com Nanini e eu vestidos de mulher e trocando de roupa. Na Broadway, a peça ficou em cartaz por oito meses. Aqui, 11 anos", contou Ney ao site Memória Globo.

Na telona, Ney integrou as adaptações de O Beijo no Asfalto (1981), Ópera do Malandro (1985) e Carlota Joaquina, Princesa do Brasil (1995).

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Um casal morreu após a formação de uma cabeça d'água em uma cachoeira em Conceição do Mato Dentro, interior de Minas Gerais. Os corpos de Thássia Almeida e do marido, Leone Barbosa, foram localizados pelo Corpo de Bombeiros no início da tarde deste domingo, 20, cerca de 15 horas após o acionamento da corporação. Oito pessoas foram resgatadas com vida.

Os bombeiros receberam um chamado por volta das 19 horas de sábado, 19, para realizar o resgate de um grupo de dez pessoas impactadas por uma ocorrência de cabeça d'água próximo ao Cânion do Peixe Tolo, na Cachoeira Bocaina, no Parque Estadual Serra do Intendente.

O fenômeno consiste em um aumento repentino do nível da água de um rio ou cachoeira, geralmente causado por fortes chuvas.

Segundo a corporação, a equipe que se dirigiu até o local precisou enfrentar outra cabeça d'água durante o percurso para subir o rio - a rota de acesso pelas margens foi tomada.

Os bombeiros continuaram no trajeto, considerado de difícil acesso, e localizaram um grupo de oito pessoas já por volta de 1h45 da madrugada do domingo. Informações preliminares indicam que eles estavam bem quando as equipes os encontraram, embora assustados pela situação.

Por questões de segurança, os bombeiros passaram a madrugada com as pessoas encontradas, aguardando o dia amanhecer e a melhora de visibilidade na região.

Para sair de lá, eles fizeram o mesmo caminho por dentro do rio, pela parte mais rasa, por não haver mais passagem seca pela margem. As oito pessoas agora se encontram em local seguro, conforme a corporação.

Buscas por casal contaram com helicóptero

Os bombeiros relatam que, assim que fez contato, o grupo relatou que, ainda durante o sábado, um casal que estava com eles foi arrastado pela correnteza, que se formou subitamente. As buscas pelos dois, com a aeronave Arcanjo, se iniciaram na manhã do domingo.

A escolha pela operação aérea se deu porque o acesso terrestre só era possível por dentro do rio até aquele momento.

Os corpos foram localizados pelas equipes terrestres por volta do meio-dia. Eles foram levadas a um local seguro para que fossem repassados a um veículo de apoio.

Thássia Almeida se dizia "sempre em busca de destinos inéditos" nas redes sociais.

Ela tinha um perfil no Instagram para compartilhar dicas de viagens, muitas delas em Minas, e mostrar experiências ao lado do marido.

A publicação mais recente é uma foto na Cachoeira do Tabuleiro, também em Conceição do Mato Dentro.

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida, no interior de São Paulo, pediu respeito ao papa Francisco durante a missa solene das 8 horas deste domingo de Páscoa, 20, realizada no Santuário Nacional, na cidade do interior paulista.

O pontífice argentino, de 88 anos, passou mais de um mês internado recentemente por conta de uma grave pneumonia bilateral. Neste domingo, ele fez uma breve aparição para abençoar milhares de fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano.

"Vamos respeitar o Papa Francisco. Porque a igreja, ela sim, é a encarregada de continuar, até o fim do mundo, a grande alegria da ressurreição", afirmou Dom Orlando Brandes, em solenidade transmitida no Youtube. "É assim, irmãos e irmãs, que nós estamos também vivendo esta Páscoa. E Páscoa, Ressurreição tem tudo a ver com vida, nada com morte. Pelo contrário, é a superação da morte", acrescentou, durante a missa.

A fala de Dom Orlando Brites sobre o Papa Francisco se deu após o arcebispo relembrar uma atitude do discípulo João com o discípulo Pedro em uma passagem bíblica. "Pedro e João correram para ver o túmulo vazio. João chegou antes, porque ele é o discípulo amado, quem ama vai na frente. Pedro é a instituição, é a norma, é a organização da Igreja, aí vai mais devagar. Mas João respeitou Pedro e esperou para que Pedro entrasse primeiro no túmulo. Depois, João entrou. Isso é amar a Igreja. João quer respeitar a igreja", disse.

A longa hospitalização de Francisco, com pelo menos dois momentos críticos em que o pontífice ficou perto da morte, reacendeu o debate sobre a sucessão no Vaticano. Na mesma época, também circularam na internet notícias falsas que apontavam para o agravamento do estado de saúde ou até o óbito do papa.

Mensagem ecológica

O arcebispo também aproveitou a ocasião para transmitir uma mensagem sobre preservação ao meio ambiente, uma das prioridades de Francisco à frente da Igreja Católica. "Vida no útero materno, vida humana, vida espiritual, e agora preste bem atenção: vida ecológica", disse.

Ele acrescentou que quem é testemunha da ressurreição "respeita a criação do jardim do Senhor". "É assim que a própria natureza, o próprio cosmos, é testemunha de Jesus ressuscitado", afirmou durante sermão.

Um repórter da Band TV sofreu uma tentativa de assalto na noite do sábado, 19, enquanto estava posicionado para fazer uma entrada ao vivo no Jornal da Band. O jornalista Igor Calian trabalhava na Avenida Faria Lima, em São Paulo, quando um assaltante passou de bicicleta e tentou furtar o celular do repórter, que conseguiu desviar.

O momento em que o homem se aproxima para furtar o aparelho foi flagrado pelo cinegrafista e exibido durante o telejornal.

Ele se aproxima de bicicleta, quando Calian desvia e xinga o criminoso, acrescentando: "Sabia que você ia tentar pegar. Não conseguiu, né, bichão?!"

Os apresentadores do telejornal comentaram sobre a tentativa de assalto.

"Sem o menor medo. Ele viu que estava sendo filmado, microfone posicionado, o Igor também, e simplesmente foi ali tentar pegar", comentou a apresentadora Thais Dias. "Zero constrangimento", completou o âncora Eduardo Oinegue.

Taxa alta de roubos na capital

Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgados no ano passado, mostram que o Brasil tem dois celulares levados por ladrões a cada minuto.

As estatísticas mostram que São Paulo tem a terceira maior taxa de furtos ou roubos de celulares entre as cidades com mais de 100 mil habitantes.

A capital paulista registra índice 1.781,6 celulares subtraídos dentro desse grupo, ficando atrás apenas de Manaus (2.096,3) e Teresina (1.866).

O Radar da Criminalidade do Estadão, que permite monitorar os índices de roubos de celulares nos diferentes pontos da cidade, mostra uma alta de crimes patrimoniais em Pinheiros, um dos bairros cortados pela avenida.