Ernesto Paglia vira caçador de tempestades no Fantástico

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No dia 5 de janeiro, a série documental Caça Tempestades na Amazônia estreia no Fantástico, capitaneada pelo repórter Ernesto Paglia, pelo cientista Osmar Pinto Jr. e pela cineasta Iara Cardoso.

A série em dois episódios acompanha uma expedição inédita no Brasil, dedicada a desvendar os segredos das tempestades na maior floresta tropical do mundo, que registra, em média, cerca de 500 mil tempestades e 50 milhões de descargas atmosféricas por ano.

As altas temperaturas e a umidade típicas da Amazônia criam o cenário ideal para os super-raios. Um dos fenômenos naturais mais impressionantes do planeta, os super-raios têm brilho até mil vezes mais intenso que um raio comum. Com temperaturas altíssimas, os super-raios podem chegar a ter uma corrente equivalente a mais de dez mil vezes a do chuveiro elétrico.

Registrar este fenômeno meteorológico é a missão do primeiro episódio da série que vai ao ar no dia 5 de janeiro. Para isso, eles utilizam equipamentos modernos, incluindo uma câmera rápida, drones e estações meteorológicas.

No segundo episódio, que vai ao ar no dia 12 de janeiro, a expedição vai passar pelo arquipélago de Anavilhanas, em Novo Airão, onde caem mais raios no país (68 descargas por km²/ano), e observam como as tormentas influenciam a cultura local dos povos indígenas.

Ernesto Paglia e sua equipe vão conhecer também a história do povo Kinjá, que possui uma relação especial com os trovões. Os caçadores buscam compreender essa conexão com os temporais entre os indígenas que foram dizimados durante a construção da BR 174. Os Kinjá veem nas tempestades uma mensagem de esperança. Para eles, os trovões são sinais de que Mawa, seu deus, está vivo e um dia retornará.

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Os pais de uma menina negra de 12 anos de idade denunciaram à Polícia Civil ofensas racistas proferidas por uma criança de 11 anos, filha do síndico do condomínio onde moram na Vila Maria, zona norte de São Paulo.

Nos vídeos a que o Estadão teve acesso, com cerca de 14 minutos de duração, a menina fala para a câmera, conversando com uma outra criança que não aparece nas imagens: "Pretos são burros", "preto é feio, parece um macaco", "ser racista é bom".

As falas racistas, xenofóbicas e gordofóbicas, que seriam direcionadas à vizinha de 12 anos e a outras crianças do condomínio, continuam: "Acho que eles deviam esfolar a pele deles até eles ficarem mais branquinhos, mais bonitos". "Pretos deviam todos morrer, o sangue deles deve ser mais escuro que o nosso". "Tenho nojo de gente escura". "Boliviano fede", diz a garota, entre outras afirmações.

Segundo o boletim de ocorrência registrado em 19 de dezembro, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), a vítima relatou à mãe sobre os vídeos que circulavam em um grupo de WhatsApp. A mulher então procurou o síndico, pai da menina nas imagens. De acordo com o documento, o homem primeiro se exaltou, dizendo estar ocupado e com problemas, e posteriormente enviou um áudio pedindo desculpas.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que o caso é investigado pelo 19º Distrito Policial (Vila Maria), responsável pela área dos fatos, como injúria racial.

"Já comunicamos ao Conselho Tutelar, que poderá avaliar a situação e aplicar medidas protetivas, como orientação psicológica, encaminhamento a programas de conscientização ou outras ações educativas e medidas que julgar necessárias", diz o advogado da família, Diego Moreiras, sobre a menina dos vídeos.

Os pais da autora das imagens não foram localizados pela reportagem e, até o momento, não constituíram advogado. Em mensagem divulgada no grupo do condomínio, o pai da menina pede desculpas e diz que a família discorda do que foi dito.

"Venho a público me retratar por um ato praticado por minha filha através de um vídeo em que ela disse coisas ofensivas e preconceituosas", diz no início da mensagem.

"Já tivemos duas conversas em particular onde afirmei e reafirmo aqui: 'Nós não concordamos com o que foi dito por nossa filha. Nós não demos esse tipo de educação para a nossa filha. Nós estamos arrasados como pais e acho que falhamos em algum momento'", acrescenta.

Ele continua afirmando ser neto de afrodescendentes, diz que todos foram criados à imagem e semelhança de Deus e, por fim, pede perdão à família da menina ofendida.

Moreiras afirma que os pais podem ser responsabilizados civilmente pelos atos praticados pela criança, com base no artigo 932 do Código Civil, que estabelece a responsabilidade por danos causados por filhos menores de idade. Isso pode incluir indenizações por danos morais e obrigações de retratação ou reparação simbólica, cabendo ao Poder Judiciário analisar o mérito dos pedidos.

O advogado considera ainda que é preciso verificar se há evidências de que os pais incentivaram ou foram negligentes em relação ao comportamento racista da criança. A autora dos vídeos não pode ser denunciada criminalmente por não ter capacidade penal - o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estipula a idade mínima de 12 anos para a penalização por atos infracionais.

A jovem de 26 anos atingida na cabeça por um tiro disparado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na terça-feira, 24, começou a despertar e está respondendo a estímulos. A atualização do quadro de saúde de Juliana Leite Rangel consta no boletim médico informado pela Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por meio da Secretaria Municipal de Saúde da cidade e da direção do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes nesta quarta-feira, 1º de janeiro.

Juliana permanece internada no CTI da unidade hospitalar. O estado de saúde segue dela segue grave, porém, a melhora clínica é considerada progressiva.

Conforme as informações, do ponto de vista neurológico, a jovem ainda está sem interação adequada, não sendo possível uma avaliação completa do nível de consciência e de possíveis sequelas permanentes.

A direção do hospital informa ainda que Juliana segue em ventilação mecânica - uma traqueostomia foi realizada em 30 de dezembro. "Segue em protocolo de redução da sedoanalgesia e ventilação mecânica, apresentando boa resposta a essa redução de suporte", disse a nota.

O processo de desmame de sedação e ventilação mecânica seguirá de acordo com a tolerância da paciente, de acordo com o boletim médico.

"A mesma segue acompanhada pelo serviço de neurocirurgia e cirurgia torácica em conjunto com equipe multidisciplinar", acrescentou a secretaria.

Juliana estava no carro com a família, a caminho de Niterói, para a ceia de Natal, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem.

Segundo o pai da jovem, mais de 30 tiros foram disparados

Ao Estadão, o pai da vítima, Alexandre Rangel, disse que mais de 30 tiros foram disparados em série pelos agentes, e que os policiais teriam alegado que abriram fogo porque o carro onde estava Juliana teria atirado primeiro.

Na quarta-feira, 25, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos agentes da PRF.

No procedimento, o MPF pede que as viaturas que estavam na abordagem sejam recolhidas, assim como as armas dos policiais, e que a Polícia Federal, que também abriu uma investigação, informe o que já foi apurado sobre o caso.

Em nota, a PRF informou que os agentes - dois homens e uma mulher - envolvidos no caso foram afastados preventivamente das atividades operacionais.

A Polícia Civil de São Paulo instaurou um inquérito para apurar a acusação de ameaça de um policial civil contra a jornalista Natuza Nery na noite de segunda-feira, 30, em um supermercado da capital paulista. A corregedoria da instituição assumiu a investigação.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a vítima acionou a Polícia Militar por meio do 190 e ambos foram conduzidos até o 14° DP (Pinheiros), para o registro da ocorrência. A reportagem tentou contato com a jornalista por meio de sua assessoria, mas não obteve retorno.

Segundo informações obtidas pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o homem teria dito que a jornalista da GloboNews e a empresa para a qual trabalha são "responsáveis pela situação do País" e que pessoas como a profissional "merecem ser aniquiladas".

"A corregedoria da instituição, assim que cientificada dos fatos, se deslocou até a delegacia e assumiu as investigações, realizando diligências no estabelecimento em busca de imagens do ocorrido e eventuais testemunhas", afirma a SSP.

Uma investigação no âmbito administrativo também foi aberta contra o agente, podendo resultar no seu afastamento, de acordo com a pasta.