Daniel Dantas reitera que cães dele e de Leticia Sabatella foram doados sem consentimento; veja

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Daniel Dantas, namorado de Leticia Sabatella, se pronunciou sobre os cães Bertoldo e Bebê, doados sem o consentimento do casal por uma veterinária. Ele era dono de um dos animais. O caso se tornou público na noite dessa quarta, 19, quando a atriz, tutora do outro, compartilhou em suas redes sociais um vídeo em que pedia para que devolvessem os animais.

O caso ocorreu depois que Daniel desenvolveu um problema de saúde e Leticia precisou ir até Curitiba, no Paraná, para cuidar da mãe. Ambos alegam que deixaram os animais sob a tutela de uma amiga veterinária, que hospedou-os na Cãorrijo.

"Desde o dia que soube da atitude descabida tomada há um mês pela veterinária de colocar os cães para uma adoção sem autoridade para isso, Leticia percorre os meios de contatos de forma pacífica e atenciosa com as partes, para desfazer o que ela ainda trata informalmente como 'equívoco'", diz, no pronunciamento realizado por sua equipe.

O comunicado diz ainda que "Os tutores têm provas incontestáveis, imagens de convívio, notas de despesas de tratamento, alimentação e cuidados com Bertoldo e Bebê desde filhotinhos, enquanto a Cãorrijo apresenta versões diferentes, conflitantes entre si, mostrando que suas alegações não se sustentam".

A Cãorrijo explica, em postagem realizada nas redes sociais nessa quinta, 20, que não é a primeira vez que os cães passam pela instituição, responsável por abrigar animais de rua.

"Esses cães já foram e voltaram da casa de sítio da tutora várias vezes [...] Não temos nenhum tipo de contato com essas pessoas, quem fazia essa ponte é a veterinária", esclareceu uma das responsáveis pelo abrigo. Ela explicou que um dos cães chegou até o local com miíase, doença parasitária que ocorre quando moscas depositam ovos em feridas abertas na pele do animal.

"O caso já está sendo tratado na Justiça e tudo será devidamente esclarecido. Seguimos firmes, com a verdade ao nosso lado", completa a Cãorrijo.

Leia o pronunciamento de Daniel Dantas sobre o caso dos cães

"Leticia Sabatella declara que as informações pertinentes ao caso da apropriação indébita (art. 168 do Código Penal) e adoção ilegais de Bertoldo e Bebê estão nos vídeos publicados por ela nas redes sociais. Os vídeos contêm imagens que comprovam que Letícia tem a propriedade dos animais desde filhotes.

Bertoldo e Bebê têm quase 5 anos e foram escolhidos de uma ninhada de 8 resgatada pelos tutores. Os outros 6 foram adotados por outras famílias ainda filhotinhos. Ambos foram criados soltos e felizes no sítio de Leticia, que é um lugar de preservação e mata nativa. As fotos de pré-atendimento divulgadas pela Cãorrijo, apesar de serem uma violação de privacidade, uma vez que a instituição nunca teve autorização dos donos para divulgar tais imagens, são consequências de acidentes comuns que podem acontecer com animais criados soltos. O animal estava recebendo atendimento veterinário adequado e a posse dessas imagens e o consequente tratamento comprovam isso.

Não há qualquer ligação entre os tutores e a Cãorrijo. Em função de um tratamento sério de saúde feito por Daniel Dantas e a doença súbita da mãe de Leticia Sabatella em Curitiba, Bertoldo e Bebê foram deixados sob os cuidados de uma veterinária em uma relação que sempre foi amigável, respeitosa e carinhosa, mas de prestação de serviços. Nunca houve menção a maus tratos ou qualquer denúncia que seria obrigatória nesse caso. Em caso de indício de maus-tratos, cabe às autoridades policiais receberem denúncia e investigarem a situação. Nunca houve qualquer denúncia dirigida aos tutores.

Desde o dia que soube da atitude descabida tomada há um mês pela veterinária de colocar os cães para uma adoção sem autoridade para isso, Leticia percorre os meios de contatos de forma pacífica e atenciosa com as partes, para desfazer o que ela ainda trata informalmente como 'equívoco'.

Os tutores têm provas incontestáveis, imagens de convívio, notas de despesas de tratamento, alimentação e cuidados com Bertoldo e Bebê desde filhotinhos, enquanto a Cãorrijo apresenta versões diferentes, conflitantes entre si, mostrando que suas alegações não se sustentam.

É importante esclarecer que ela e Daniel Dantas já estão em posse de todas as provas para buscarem as soluções cabíveis, cíveis e criminais. Infelizmente, a tentativa de solução amigável não foi frutífera e não resta outra solução senão procurar as vias judiciais e responsabilizar os envolvidos.

Ainda assim, Letícia tem esperança de que os adotantes, que também foram vítimas, possam se apresentar e resolver a situação diretamente com os tutores."

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Dezenas de pessoas relataram que sofreram reações alérgicas após o uso da pasta Colgate Total Prevenção Ativa, uma nova versão da Colgate Total 12. O produto, que começou a ser comercializado em julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho, enquanto a versão anterior empregava fluoreto de sódio.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, foram registradas oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca. Os principais sintomas relatados são: inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

Apenas nas últimas 24 horas, foram compartilhadas mais de 20 queixas de alergia associadas ao uso do creme dental na página do Reclame Aqui da Colgate-Palmolive.

Em nota, a empresa afirma que o fluoreto de estanho é seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais ao redor do mundo. A Colgate diz também que "a nova fórmula é o resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento e testes extensivos com consumidores, inclusive no Brasil" e que os produtos e ingredientes "passam por testes rigorosos e são aprovados por agências regulatórias em todo o mundo".

A empresa reconhece, porém, que "uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes - como fluoreto de estanho, corantes ou sabores". Nessas situações, ela recomenda que os consumidores parem de usar o produto. Com a interrupção, "qualquer reação relacionada a ele cessará", diz a Colgate.

Uma das clientes impactadas foi Alina Dourado, de 30 anos. Ela usava a Colgate Total 12 há anos, mas a partir de dezembro de 2024 começou a utilizar o novo modelo. Logo após a troca, começaram a aparecer sintomas. "No início de janeiro, eu observei uma afta no freio da língua e, com o passar dos dias, foram aparecendo outras em volta. A região abaixo da língua ficou muito inchada, a ponto de prejudicar minha fala", conta.

Alina procurou profissionais de saúde. Eles chegaram a desconfiar que pudesse ser candidíase oral, conhecida popularmente como "sapinho", ou que houvesse ligação com intolerância à lactose. "Procurei um clínico geral e fui encaminhada ao infectologista. Fizemos todos os exames laboratoriais e deram todos normais".

Como última medida, ela decidiu trocar a pasta de dente no último sábado, 15. "A sensibilidade sumiu no mesmo dia. As lesões foram sumindo", destaca. "Cheguei a perder peso, imaginei que estava com alguma condição de saúde mais grave".

Efeitos adversos desaparecem

Aline Laignier, dentista especializada em odontopediatria e ortodontia, ressalta que a alergia não acomete a todos e pode se manifestar de diferentes maneiras, incluindo ardência, aftas e inchaços na gengiva.

"Mas é importante destacar que outros componentes das pastas também podem causar alergias. Pode ser um saborizante ou um detergente. Alguns pacientes vão ter as reações até mesmo com outras pastas, não é só o fluoreto de estanho que pode causar isso", diz.

Em nota, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) destaca que as reações adversas a pastas de dentes cessam logo após a interrupção do uso. "Sendo assim, se um consumidor apresentar reações bucais de sensibilidade a qualquer dentifrício que esteja usando pela primeira vez, deve imediatamente interromper o uso e buscar um outro produto", orienta.

Ingredientes são seguros

O CROSP afirma que a única forma de identificar se um componente específico da pasta ou ela como um todo é responsável pela alergia é por meio de testes cutâneos de sensibilidade, e destaca que as reações adversas não podem ser atribuídas ao íon flúor (fluoreto) porque este é comum às duas formulações.

Segundo o CROSP, tanto o fluoreto de estanho (SnF2) quanto o fluoreto de sódio (NaF) são eficazes como anticárie devido ao fluoreto - o flúor fortalece o esmalte dos dentes, tornando-os mais resistentes à cárie e auxiliando na remineralização de áreas enfraquecidas. Porém eles diferem na proteção contra bactérias:

O sódio (Na) do NaF não tem efeito preventivo algum. Assim, se a pessoa tem problemas gengivais, a formulação do dentifrício precisa conter um antibacteriano;

O íon estanho (Sn2+) tem eficácia antibacteriana, logo, além de reduzir a cárie pelo efeito do fluoreto, também melhora a saúde gengival, de acordo com o conselho.

Na mesma nota, Jaime Aparecido Cury, doutor em Ciências Biológicas e Professor Emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que todos os ingredientes usados em dentifrícios - pastas, cremes ou géis dentais - são aprovados pela Anvisa como seguros à saúde geral dos consumidores.

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) diz que não recebeu reclamações a respeito do tema e aguarda informações da Colgate-Palmolive para que possa se pronunciar.

A Colgate-Palmolive afirma que monitora os relatos de forma individual. Os clientes podem entrar em contato pelo número 0800 703 7722.

A Anvisa informa que segue monitorando as notificações recebidas e analisando o caso, e incentiva consumidores e profissionais de saúde a reportar qualquer evento adverso por meio de seu sistema de vigilância de produtos de higiene pessoal, disponível em https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/notificacoes/cosmeticos. "Esses dados são fundamentais para a avaliação contínua da segurança dos produtos cosméticos disponíveis no mercado", salienta.

Após ter sido criticado por falar que a "polícia prende mal", o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se corrigiu nesta sexta-feira, 21, e elogiou a instituição.

O ministro viajou até João Pessoa para inaugurar a primeira unidade do Sala Lilás, espaço destinado ao atendimento de mulheres e meninas em situação de violência de gênero. Na ocasião, aproveitou para tentar consertar a polêmica feita dois dias antes.

"Quero ressaltar agora, publicamente, que nós temos uma polícia brasileira altamente eficiente e preparada. A minha expressão foi pinçada fora do contexto, que as polícias têm que ser melhor remuneradas, melhor equipadas, precisar ser melhor informadas para que possam prender para que não haja esse fenômeno do judiciário eventualmente ter que corrigir erros de prisões que não foram feitos de acordo com a lei", declarou ele.

Durante abertura da reunião do Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em Brasília, Lewandowski havia declarado que o Judiciário é obrigado a soltar detentos que tiveram suas prisões conduzidas de forma errada pela polícia, e que "a polícia tem que prender melhor".

"É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar", disse na ocasião.

A declaração repercutiu mal entre associações policiais e a oposição ao governo Lula, e a pasta agiu para suavizar a fala. Em nota, o ministério informou que "a manifestação ocorreu em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia".

"Nesse cenário, ele falou que, hoje, há uma dificuldade de troca de informações entre as forças de segurança do país e o Poder Judiciário, o que se pretende solucionar a partir da PEC da Segurança Pública -cujo um dos objetivos é o de padronizar e uniformizar os dados produzidos pelas autoridades policiais em todo o Brasil, qualificando as ações de segurança pública", diz a nota.

"Na resposta do ministro, foi citado que, em muitos casos, o detido é apresentado ao juiz na audiência de custódia, mas, por falta de padronização e de compartilhamento no registro de informações, o magistrado não tem acesso a dados importantes, como, por exemplo, os antecedentes do suspeito".

"Vale destacar que o ministro iniciou sua manifestação sobre o assunto exaltando a necessidade de valorizar as polícias, inclusive com melhores salários, e de equipar melhor as forças policiais para, entre outros pontos, qualificar todo o processo probatório e robustecer os processos judiciais", finaliza.

A repercussão negativa contra Lewandowski foi diversa. O promotor Alexandre Daruge, de São Paulo, respondeu que a polícia prende pouco e que há concessões de liberdade "temerárias" por parte dos juízes. O ex-delegado geral de Polícia de São Paulo, Marcos Carneiro, afirmou que o ministro pecou por "generalizar" a situação.

Os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticaram a fala. E lideranças de seis organizações policiais convidaram Lewandowski a visitar um mausoléu dos mortos em serviço "para refletir".

A venda de áreas de pesquisa no Estado de São Paulo pode colocar em risco o que resta do bioma do Cerrado, considerado o 'berço das águas', em território paulista, estimado hoje em apenas 3% da vegetação original. A afirmação é da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), que monitora 39 áreas de experimentação ligadas à Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), todas com vocação para pesquisa e conservação do bioma.

"O atual governo já confirmou, em resposta a um ofício da Assembleia Legislativa, que realiza um estudo para vender essas áreas. São fazendas fundamentais para a pesquisa científica, a produção de conhecimento, e, mais do que isso, essenciais para conservar o pouco que nos resta do bioma do Cerrado no Estado", afirmou em comunicado a presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens.

O Cerrado é reconhecido pela capacidade de absorver água da chuva e liberar lentamente ao longo de todo ano. No Estado de São Paulo, segundo cientistas, ele cumpre um papel ainda mais relevante, o de proteger o aquífero Guarani, maior manancial de água doce subterrânea do mundo.

"Diante do atual cenário de mudanças climáticas, o Estado mais rico da nação deveria estar preocupado em buscar investimentos para desenvolver pesquisas sobre como enfrentar a escassez hídrica, que já afeta muitos municípios do interior paulista, ou estudos para evitar que os mananciais sejam contaminados pela exploração agrícola, algo que também já ocorre em diferentes regiões do Estado", destacou Lutgens.

Segundo a APqC, os 16 institutos públicos de pesquisa de São Paulo têm realizado estudos para identificar variedades mais resistentes às mudanças climáticas, em diferentes culturas. Mas, segundo a APqC, os esforços dos pesquisadores dependem de maior investimento, além da contratação de mais cientistas.

"A segurança alimentar das próximas gerações depende do investimento em pesquisa que fazemos hoje. O uso sustentável da água e a descoberta de novas variedades de alimentos adaptadas ao novo clima dependem da ciência e não há como produzir conhecimento sem áreas de pesquisa, sem ter onde experimentar essas descobertas. Vender áreas de pesquisa diante do quadro que vivemos é um crime contra as futuras gerações", finalizou Lutgens.