Foster The People leva Lollapalooza 'raiz' ao palco e faz show confortável para público morno

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O Lollapalooza Brasil já não é mais o mesmo. Se antes um público alternativo desembolsava uma boa grana para assistir às maiores bandas indie dos anos 2010, agora o festival se tornou mais mainstream com os principais nomes do pop.

Mas, neste domingo, 30, a banda Foster The People levou o Lollapalooza "raiz" ao Palco Budweiser, o principal do festival, ao se apresentar pela quinta vez no Brasil. O grupo é um dos principais nomes da leva indie de 15 anos atrás e tocou no palco antes de Justin Timberlake.

Estava claro que era Timberlake a quem o público esperava. Em grande parte do show, os presentes assistiam à apresentação da banda norte-americana de braços cruzados, tiravam fotos ou aproveitavam para descansar depois de um dia intenso.

O Foster The People resolveu fazer o "arroz com feijão". Recentemente, o grupo lançou o álbum Paradise State of Mind com o mesmo estilo contagiante e as letras sombrias de Mark Foster. Mesmo com apenas Mark sobrando da formação original, a banda optou por concentrar boa parte do setlist em seu primeiro disco de estúdio, Torches.

Mas nem a nostalgia foi suficiente para puxar a plateia. Até pérolas como Sit Next To Me fizeram o público permanecer indiferente.

Mark até tentou arriscar frases em português - com direito a "obrigado" e "cantem comigo". Foi apenas com a controversa Pumped Up Kicks, que já fez a banda até cogitar a deixar de tocá-la nos shows pela letra que descreve um ataque em uma escola, que a plateia se juntou e elevou os celulares para filmar cada segundo.

Com o show, a banda mostrou que ainda é interessante: abusou de intervalos instrumentais e de efeitos de voz. Tocou também a ótima Lost In Space, do novo álbum.

Ficou claro, porém, que o público do festival não é mais o mesmo da última década. "Oito anos é muito tempo", disse Mark pouco antes do fim do show sobre o tempo em que a banda demorou para voltar ao País. Ele está certo.

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O Estado de São Paulo deve voltar a registrar fortes chuvas nesta terça-feira, 1º, após os estragos causados na Grande São Paulo, principalmente na região do ABC, no último dia do mês de março.

Em Santo André, no dia anterior, dezenas de carros ficaram submersos, motociclistas ilhados e um caminhão tombou na Avenida Queiroz dos Santos. Na Avenida dos Estados, uma família de capivaras foi registrada nadando na enchente.

Nesta terça-feira, o dia começou com sol entre nuvens em grande parte do território paulista. Conforme a Defesa Civil do Estado, o dia será marcado por temperaturas mais quentes e sensação de abafado em todo o Estado.

Atenção para áreas de risco

"A partir do período da tarde, há condição para pancadas de chuva, típicas de verão, com momentos de tempestade e presença de raios em toda a faixa leste", alerta o órgão estadual.

Até o momento, os modelos indicam acumulados mais significativos para o Vale do Ribeira e Vale do Paraíba. Portanto, recomenda-se atenção às áreas de risco.

Para a capital paulista, a expectativa é de nuvens carregadas de moderada a forte intensidade. "Essa condição meteorológica vem acompanhada de trovoadas, raios e eventuais rajadas de vento, com risco de formação de alagamentos, queda de árvores e elevação dos níveis de córregos e rios, que ainda estão com suas cotas elevadas, em função das tempestades registradas nessa segunda-feira", disse o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo.

Segundo o órgão municipal, a primeira semana de abril deve ser marcada por pancadas de chuva concentradas no fim das tardes, com expressivos volumes de precipitação, principalmente entre a quinta-feira, 3, e o fim de semana, em função da aproximação e passagem de mais uma frente fria pela costa paulista.

Ainda de acordo com alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há alerta amarelo para chuvas intensas em trechos do Norte, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste do País. O aviso engloba praticamente quase todo o Estado paulista, com exceção de áreas próximas de Presidente Prudente.

Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, da Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), disseram nesta segunda-feira, 31, que se consideram parcialmente responsáveis pelos erros que levaram a viagem à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que fizeram em junho do ano passado, se tornar uma maratona de nove meses. Eles voltaram para a Terra há duas semanas, em uma espaçonave da SpaceX, no dia 18 de março.

Em sua primeira coletiva de imprensa, a dupla disse que ficou surpresa com todo o interesse sobre a situação de ambos, e insistiu que estavam apenas fazendo seu trabalho, colocando a missão à frente de si mesmos e até de suas famílias. Eles tiveram que ficar por mais tempo na ISS em razão de um problema na cápsula Starliner, da Boeing, que os levou até o espaço.

Wilmore não hesitou em aceitar parte da culpa pelo voo de teste malsucedido da Boeing. "Eu começarei e apontarei o dedo e me culparei. Eu poderia ter feito algumas perguntas e as respostas para essas perguntas poderiam ter mudado o curso," disse aos repórteres. "De cima a baixo na cadeia. Todos nós somos responsáveis. Todos nós assumimos isso."

Ambos os astronautas disseram que viveriam a experiência no novamente. "Porque vamos corrigir todos os problemas que encontramos. Vamos consertá-los. Vamos fazer funcionar," disse Wilmore, acrescentando que voltaria "num piscar de olhos". Já Suni Williams observou que o Starliner tem "muita capacidade" e ela quer vê-lo ter sucesso.

Os dois se encontrarão com a liderança da Boeing na quarta-feira, dia 2 de abril, para fornecer um resumo do voo e seus problemas. Os astronautas de longa data acabaram passando 286 dias no espaço - 278 dias a mais do que o planejado quando decolaram no primeiro voo de astronautas da Boeing em 5 de junho de 2024.

Os pilotos de teste tiveram que intervir para que a cápsula Starliner alcançasse a estação espacial, pois os propulsores falharam e houve vazamento de hélio. A estadia deles na estação espacial continuou sendo estendida enquanto os engenheiros debatiam como proceder.

A Nasa finalmente julgou o Starliner muito perigoso para trazer Wilmore e Williams de volta e os transferiu para a SpaceX. Mas o lançamento de seus substitutos ficou paralisado, ampliando a missão para além de nove meses.

O presidente dos EUA, Donald Trump, instou Elon Musk da SpaceX a apressar as coisas, adicionando política ao drama dos astronautas presos. O drama arrastado finalmente terminou em 18 de março com um retorno perfeito da SpaceX na costa da Flórida.

A Nasa disse que os engenheiros ainda não entendem por que os propulsores do Starliner funcionaram mal. Para o verão, existe a previsão para a realização de mais testes. Se os engenheiros puderem descobrir os problemas do propulsor e vazamento, "o Starliner está pronto para ir", disse Wilmore.

A agência espacial pode exigir outro voo de teste - com carga - antes de permitir que astronautas embarquem. Essa repetição poderia acontecer até o final do ano. Apesar dos problemas do Starliner, oficiais da agência espacial americana disseram que apoiam a decisão tomada anos atrás de ter duas empresas concorrentes dos EUA fornecendo serviço de táxi de ida e volta para a estação espacial.

Mas o tempo está se esgotando: a estação espacial está programada para ser abandonada em cinco anos e substituída em órbita por laboratórios operados privadamente. Com informações das Associated Press.

*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

Um avião da Latam que decolou do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, ultrapassou a pista ao aterrissar no aeroporto Serafim Enoss Bertazo, em Chapecó (SC), na noite dessa segunda-feira, 31. A aeronave parou na grama, ainda dentro do aeroporto, e nenhum dos 107 passageiros e cinco tripulantes se feriu, segundo a empresa.

O voo LA3276 era realizado com um Airbus A-319, que partiu de Cumbica às 17h40 e chegou na cidade catarinense pouco depois das 19h30. Nos três primeiros comunicados que emitiu a respeito do caso, a Latam não mencionou possíveis causas do problema. Chovia em Chapecó no momento da aterrissagem, segundo relatos nas redes sociais.

Segundo a empresa, em função do acidente foram cancelados cinco voos, um deles nesta segunda-feira (LA3277, Chapecó-São Paulo/Guarulhos) e quatro na terça-feira, 1: LA3278 (São Paulo/Guarulhos-Chapecó), LA3279 (Chapecó-São Paulo/Guarulhos), LA3822 (São Paulo/Guarulhos-Chapecó) e LA3823 (Chapecó-São Paulo/Guarulhos).

Em nota, a Latam afirmou ter iniciado "deslocamento de equipes e materiais" para remover o avião do aeroporto e que "está comunicando e oferecendo toda a assistência necessária aos clientes impactados". A empresa disse ainda que vai informar "oportunamente" sobre a retomada das suas operações em Chapecó.