Nick Carter é acusado de estuprar mulher e transmitir ISTs que levaram a câncer

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O cantor Nick Carter, integrante do grupo Backstreet Boys, foi acusado de estupro por uma mulher chamada Laura Penly, que afirma ter contraído infecções sexualmente transmissíveis durante os abusos e desenvolvido câncer no colo do útero como consequência.

Segundo o processo, os crimes teriam ocorrido entre 2004 e 2005, quando Penly tinha cerca de 19 anos. As informações são da People.

Acusação detalha episódios de agressão sexual e ISTs

De acordo com a denúncia, Penly e Carter mantiveram uma relação íntima durante alguns meses, com encontros em Los Angeles. A jovem relata que, após três relações consensuais, o cantor teria recusado o uso de preservativo, alegando estar "limpo" de doenças.

O processo afirma que os episódios de violência sexual aconteceram no apartamento de Carter, em Hollywood, mesmo após a vítima ter recusado relações sexuais. Ela diz que foi forçada, e depois ouviu que ninguém acreditaria em sua palavra.

Penly alega que contraiu diversas ISTs, entre elas o HPV, vírus que pode causar câncer. Em julho de 2005, ela testou positivo para clamídia, gonorreia e células cancerígenas. No mês seguinte, recebeu o diagnóstico de câncer de colo do útero em estágio 2, precisando passar por uma série de tratamentos.

Carter nega acusações e diz que nunca teve relação com a vítima

Por meio de seus advogados, Carter negou todas as acusações e afirmou que sequer conhece Laura Penly. "Nick não se lembra sequer de ter conhecido Laura Penly. Ele certamente nunca teve qualquer relação romântica ou sexual com ela. Nunca", disseram os representantes do artista em nota enviada à People.

A defesa também acusou a equipe jurídica da denunciante de tentar arruinar a carreira do cantor com "alegações falsas", sempre feitas em momentos de destaque da carreira. Carter pretende contestar judicialmente as acusações.

Laura Penly é a quarta mulher a acusar o artista de abuso sexual. Antes dela, Melissa Schuman, Ashley Repp e Shannon Ruth também denunciaram Carter. Ele nega todas as acusações e moveu ações por difamação contra duas das denunciantes. A Justiça dos EUA já decidiu que ele não poderá processar Repp por difamação. Os casos de Schuman e Ruth ainda aguardam julgamento, marcado para 2026.

Pedido de indenização

A defesa de Penly afirma que ela sofreu traumas físicos, emocionais e psicológicos, além de ter sido alvo de assédio por parte de fãs de Carter após ter deposto contra ele.

A ação pede uma indenização superior a US$ 15 mil, quase R$ 90 mil, e exige que o caso seja julgado por um júri popular. "Carter usou sua fama, poder e status para abusar sexualmente de várias mulheres e escapar das consequências. Esta ação busca romper esse padrão. Esperamos que Laura receba a justiça que merece e que este processo encoraje outras sobreviventes a denunciarem seus agressores", disse a advogada Gianna N. Elliot.

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O Ministério Público Federal em São Paulo pede que seja aumentado para cinco anos o prazo para que o usuário seja multado por evasão do pedágio free flow. Segundo o promotor federal Guilherme Rocha Göpfert, o prazo atual, de seis meses de carência após o início da cobrança da tarifa, é insuficiente para que a cultura da cobrança automática seja absorvida pela população.

A sugestão foi feita em audiência pública realizada nesta segunda-feira, 14, na presença de representantes da concessionária CCR Rio-SP, que administra a Rodovia Presidente Dutra, e da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), órgão federal responsável pelo sistema de trânsito nacional.

O pedágio free flow começará a funcionar até o final de junho deste ano na Rodovia Presidente Dutra. A rodovia é federal. Serão instalados 21 pórticos entre a capital, Guarulhos e a cidade de Arujá. O sistema viário, incluindo as marginais, recebe cerca de 300 mil veículos por dia. Nas marginais não haverá cobrança de tarifa.

A CCR Rio-SP disse em nota que o conceito de pedágio eletrônico free flow na região metropolitana de São Paulo refere-se a um sistema de gestão de tráfego que permite aos motoristas escolherem viajar entre a pista expressa ou a pista marginal, dependendo das condições do tráfego. O motorista que seguir viagem pela pista expressa da Via Dutra nos dois sentidos entre o km 231 (capital paulista) e o km 205 (praça de pedágio existente em Arujá) não pagará a tarifa do free flow, sendo tarifado apenas na praça de Arujá.

Também não será cobrado pelo sistema free flow o motorista que tão somente fizer uso das pistas marginais da Via Dutra, pois elas permanecerão sem cobrança de pedágio. A CCR diz que, com investimentos de R$ 1,4 bilhão, aumentará a capacidade de tráfego nas pistas expressas entre Guarulhos e São Paulo, além da construção de novos acessos e novos trechos de vias marginais.

A preocupação do MPF é com as possíveis cobranças injustas. Desde que o sistema free flow começou a operar no País, há pouco mais de um ano, foram aplicadas mais de 180 mil multas por evasão.

O promotor questionou a aplicação de multas nesse novo modelo. "É diferente do pedágio convencional em que um motorista fura uma cancela. Aqui, ele simplesmente passa por um pórtico. Às vezes, a pessoa nem sabia que estava passando. Vamos questionar a viabilidade de aplicar multa por evasão de pedágio nesses casos", diz.

Representantes do município de Guarulhos na audiência disseram que o trecho da Dutra que corta o município funciona como uma avenida e, com a instalação dos pórticos as marginais ficarão ainda mais congestionadas. O impacto foi reforçado pelos representantes da prefeitura de São Paulo.

Eles apontaram o impacto que o free flow na Dutra vai trazer para o trânsito na Vila Maria e na Vila Guilherme e outros bairros que estarão na rota de fuga do pedágio. Lembraram que é preciso pensar na mobilidade dos bairros do entorno, especialmente os que conectam a capital com Guarulhos. Foi defendida uma isenção para os moradores dos bairros limítrofes à Dutra.

Multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH

O free flow permite a cobrança automática da tarifa sem a presença de cancelas ou praças físicas de pedágio. O motorista que não utiliza tag (etiqueta eletrônica no carro) precisa baixar um aplicativo e fazer o pagamento em 30 dias após passar pelo pórtico. O não pagamento é considerado evasão de pedágio e implica em multa de R$ 195,23 e cinco pontos na CNH.

Durante a audiência, a concessionária informou que a concessão foi amplamente discutida em audiências públicas. Disse ainda que são disponibilizados vários meios de pagamento que já são bastante populares. Não há, no entanto, previsão de pontos físicos para pagamento na Dutra.

O representante da CCR informou que a maioria dos usuários usa tag no veículo ou faz o pagamento em sua casa. Durante a audiência pública, foi informado que o valor da tarifa para o pedágio da Via Dutra ainda não foi definido, mas o preço poderá variar conforme o volume de tráfego, medida que pode distribuir melhor o tráfego.

O representante da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) lembrou que o free flow já foi incluído na legislação nacional de trânsito. Como não há barreira física, uma resolução exigiu que fosse aprimorada a comunicação com o usuário. Também foi dado mais prazo para o pagamento, que era de 15 dias e dobrou. O Senatran informou que deve ser editada uma portaria para ampliar o leque de informações sobre o free flow.

O pedágio free flow está sendo adotado também nas novas concessões rodoviárias do governo de São Paulo. As praças convencionais que funcionam em todas as rodovias concedidas serão desativadas e substituídas gradativamente por pórticos de free flow.

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informou que as concessionárias são orientadas e fiscalizadas para que reforcem a informação para os usuários que trafegam em rodovias com sistema free flow.

Atualmente, a Ecovias Noroeste Paulista é responsável pela operação de dois pórticos e a Tamoios, um. Ambas as concessionárias, segundo a agência, realizam campanhas permanentes sobre o sistema nas rodovias por meio de outdoors, além de distribuição de folhetos nas praças de pedágio convencionais.

Um protesto contra a desocupação da Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, teve confronto entre manifestantes e a Polícia Militar na noite desta terça-feira, 15, em frente à Câmara Municipal.

Localizada no bairro Campos Elíseos, a região da favela, tratada como um "bunker" do Primeiro Comando da Capital (PCC), é alvo de um projeto do governo do Estado de desapropriação do espaço para transformá-lo em um parque e construção de uma estação de trem. A iniciativa prevê a remoção e realocação de 800 famílias que vivem na comunidade.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Militar acompanha a manifestação e que as equipes da Força Tática foram direcionadas ao local para garantir a ordem e segurança. Não há informações de feridos ou de pessoas detidas.

Agentes com escudos fizeram um bloqueio no Viaduto Jacareí, em frente à Câmara. Foram disparados tiros.

Para realocar as famílias que hoje vivem na Favela do Moinho, de acordo com um edital publicado em setembro de 2024, o governo busca apartamentos prontos, em construção ou com projeto aprovado na Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Brás, Cambuci, Consolação, Liberdade, Mooca, Pari, República, Santa Cecília e Sé.

A Associação de Moradores da Favela do Moinho diz, em nota, que as propostas apresentadas não atendem às demandas das famílias.

Cinco pessoas morreram durante uma operação da Polícia Civil realizada nesta terça-feira, 15, na Ladeira dos Tabajaras, favela situada entre os bairros de Copacabana e Botafogo, na zona sul do Rio. O local é o mesmo onde, em 2004, se passou a história que inspirou o filme Vitória, lançado em março deste ano e estrelado por Fernanda Montenegro.

A operação desta terça-feira foi conduzida pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro e buscava cumprir ordens de prisão contra dois suspeitos de participar da morte do policial civil João Pedro Marquini, também agente da Core e marido da juíza Tula Corrêa de Mello.

Marquini foi morto com cinco tiros de fuzil na noite de 30 de março, um domingo, enquanto trafegava pela serra da Grota Funda, que liga os bairros do Recreio dos Bandeirantes e de Guaratiba. A mulher dele estava em outro carro, logo atrás, e conseguiu escapar dos criminosos.

A operação começou logo no início da manhã e se estendeu até a tarde - às 17h30 ainda eram ouvidos tiros na comunidade. Pela manhã, o intenso tiroteio entre policiais e criminosos assustou moradores e pessoas que passavam pelas ruas próximas, como a Siqueira Campos, em Copacabana, e a Real Grandeza, em Botafogo, onde carros chegaram a trafegar pela contramão para desviar do confronto.

Os dois alvos de ordens de prisão - Antônio Augusto D'Angelo da Fonseca e Walace Andrade de Oliveira - não foram localizados. Segundo a investigação da morte de Marquini, eles participaram da abordagem ao policial, realizada com o objetivo de roubar seu carro.

A polícia diz que os dois estavam atuando em uma ação da facção criminosa Comando Vermelho para tomar de outra facção o controle do tráfico na favela de Antares. Durante a ação, eles precisaram de mais um veículo e, então, teriam abordado aleatoriamente o policial, que acabou morto.

Não há nenhum policial entre os cinco mortos na operação desta terça-feira. Uma das vítimas é um homem conhecido como Cheio de Ódio e apontado como chefe do tráfico na Ladeira dos Tabajaras. "Um marginal extremamente violento e que estimulava ataques contra policiais (que) está entre os neutralizados", disse o secretário estadual de Polícia Civil, Felipe Curi, em entrevista à TV Globo.

O nome dos outros quatro mortos não havia sido divulgado até a publicação desta reportagem. Três suspeitos foram presos e foram apreendidos três fuzis, duas pistolas, granadas, drogas e celulares.