Marvel divulga trailer da série 'Coração de Ferro'; assista

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

"Substituta do Homem de Ferro" na Marvel, a série Coração de Ferro teve o primeiro trailer no Disney+ divulgado. Na prévia, lançada nesta quarta-feira, 14, Riri Williams (Dominique Thorne) se envolve em um esquema suspeito para financiar suas criações após retornar de Wakanda e deixar a prestigiada universidade MIT.

A heroína foi introduzida no MCU em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, escrito e dirigido por Ryan Coogler. O cineasta, cujo trabalho mais recente, Pecadores, foi um sucesso de crítica e bilheteria, assina a produção-executiva da série.

Além de Dominique Thorne no papel titular, Coração de Ferro conta ainda com Anthony Ramos (Twisters), Alden Ehrenreich (Oppenheimer), Zoe Terakes (Nove Desconhecidos), Manny Montana (Westworld) e Lyric Ross (This Is Us) em seu elenco.

Coração de Ferro estreia em 24 de junho no Disney+.

Confira o trailer aqui

Em outra categoria

Mariangela Hungria da Cunha começou sua carreira pensando que, por estudar insumos biológicos, dificilmente seria valorizada e reconhecida. Hoje, a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) acumula três dezenas de prêmios e foi anunciada como a laureada do World Food Prize 2025 - a condecoração mais importante da agricultura mundial, conhecida como o "Nobel" da Alimentação e Agricultura.

"Eu aqui, no interior do Paraná, sempre lutando, num país onde o financiamento para pesquisa é muito irregular, e tendo dedicado uma carreira aos insumos biológicos, numa época que era só de químicos. Além de ser mulher, mãe, eram tantas improbabilidades na minha vida toda, numa carreira que era essencialmente masculina, que tudo isso era muito difícil de acreditar. Mas, deu certo desse jeito", conta.

O World Food Prize foi criado por Norman Borlaug, agrônomo vencedor do Nobel da Paz em 1970 que teve a ideia de fazer uma premiação à altura do Nobel para a área da agricultura, reconhecendo quem contribui de forma significativa para aumentar a qualidade, a quantidade ou o acesso a alimentos no mundo.

Morando há mais de 30 anos em Londrina, no interior do Paraná, Mariangela dedicou sua carreira à pesquisa de insumos biológicos como alternativa para substituir os fertilizantes químicos - e, por esse trabalho, recebeu o prêmio mundial, cuja celebração será em outubro.

Desde os oito anos de idade ela já sabia que queria ser uma microbiologista. Graduou-se em Engenharia Agronômica na USP, na época "uma profissão bem masculina e machista", conta. Depois, fez mestrado e doutorado, ambos com teses em fixação biológica do nitrogênio. Entrou na Embrapa em 1982.

Hoje, ela lidera, na Embrapa Soja, pesquisas em fixação biológica do nitrogênio, tecnologia que economiza ao Brasil até US$ 25 bilhões por ano em fertilizantes, reduzindo impactos ambientais e fortalecendo a produção sustentável.

"Eu tinha uma avó que era professora de Ciências e ela descobriu minha vocação, sempre me estimulava. Com oito anos, ela me deu um livro sobre vida dos microbiologistas, eu fiquei apaixonada, falei que queria ser microbiologista, só que eu não queria ser da área da saúde. Eu queria trabalhar com agricultura ou com meio ambiente, produzir alimentos, porque eu lembro que eu ficava muito triste quando eu via uma pessoa na rua passando fome", lembra.

Na época em que começou suas pesquisas na área de biológicos havia um senso comum de que eram úteis apenas para hortas e agricultura comunitária, mas nunca para produção de larga escala, conta a pesquisadora. Atualmente, o Brasil tem a maior taxa de inoculação do mundo na produção de soja (que também é o alimento mais exportado pelo País), com 85% dela sendo cultivada com insumo biológico.

Funcionando como "fertilizantes naturais", esses microrganismos benéficos, como bactérias e fungos, são aplicados nas sementes ou no solo para melhorar o crescimento e desenvolvimento das plantas no lugar de fertilizantes químicos.

"Alguns insumos biológicos conseguem substituir totalmente ou parcialmente esses fertilizantes químicos. O meu trabalho é selecionar esses microrganismos e fazê-los mais eficientes para que consigam substituir o máximo possível os fertilizantes químicos que as plantas precisam receber para conseguir produzir", explica.

Enquanto os fertilizantes são mais fáceis de aplicar, são também mais custosos e geram maior poluição. Por isso, os insumos biológicos são mais sustentáveis - tanto financeiramente, quanto para o meio ambiente.

"No caso da soja, por exemplo, o fertilizante nitrogenado é o mais caro que tem, paga em dólar porque é importado. Se a gente tivesse de usar fertilizante nitrogenado na soja, só na última safra isso teria custado ao País US$ 25 bilhões", compara. "O insumo biológico é muito barato".

"E a gente não pode ser negacionista, nós temos um problema climático global terrível, temos de diminuir a emissão de gás de efeito estufa. No Brasil, a agricultura é o principal setor emissor de gases de efeito estufa, e não usar fertilizantes químicos tem um impacto enorme em não emitir gás de efeito estufa. Só com a soja, na última safra, foram 230 milhões de toneladas de CO2 equivalente que a gente deixou de emitir porque usou os biológicos e não os químicos", acrescenta.

A substituição dos químicos por biológicos também melhora a saúde do solo e, por consequência, os nutrientes dos alimentos ali produzidos.

Na Academia Brasileira de Ciências, onde é membro, Mariangela coordena um grupo de trabalho sobre segurança alimentar e nutricional. Um de seus objetivos sempre foi contribuir para o combate à fome, mas ela reconhece que a agricultura, ainda que muito importante, não faz isso sozinha, e que é preciso um esforço interdisciplinar para um problema tão complexo.

"Produzir alimentos é muito importante e o Brasil tem um papel fundamental e é muito eficiente na produção de alimentos, mas tem vários outros fatores, desde educação, comunicação, economia para você estudar, mercado, estimular cadeias emergentes de alimentos, como na Amazônia... É uma série de fatores. Só produzir não resolve o problema de segurança alimentar", afirma.

Se ela pudesse deixar um legado, seria uma homenagem às mulheres. "Se não fossem as mulheres, a gente teria um número ainda maior de pessoas passando fome."

"As mulheres que, em grande parte, fazem agricultura, passam as ervas medicinais de avó pra mãe pra filha. Elas cuidam das hortas comunitárias, preparam a refeição procurando fazer uma refeição nutritiva para os seus filhos com aquilo que elas têm, elas preservam as melhores sementes", diz. "A nossa visão é muito diferente da dos homens. Eles querem produzir mais, já a visão da mulher é que a gente quer aumentar a produtividade, mas cuidando do meio ambiente."

Os medicamentos comprados por hospitais tiveram inflação de 4,18% em abril, segundo índice calculado pela Fipe com base em dados transacionais da empresa de tecnologia Bionexo. A variação reflete os reajustes anuais autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que entraram em vigor no mês passado.

A inflação de abril supera a de março, quando os medicamentos que chegam aos hospitais tiveram alta de 0,36%. No acumulado em 12 meses, a inflação subiu de 4,24% para 5,03%. Em abril, a inflação foi puxada pelo grupo de imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, cuja alta ante março foi de 18,89%.

"O índice revela uma pressão significativa sobre os custos hospitalares, que tende a se acentuar diante de reajustes autorizados e oscilações cambiais. Esse movimento preocupa não só hospitais, mas todo o ecossistema de saúde, que já opera com margens apertadas e demanda crescente por serviços", afirma Rafael Barbosa, CEO da Bionexo.

Segundo Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe, a inflação hospitalar avança mais rápido do que a inflação geral da economia, o que exige atenção do setor de saúde para o impacto nos custos e no planejamento orçamentário.

A Justiça de São Paulo julgou improcedente, na terça-feira, 13, a ação civil pública movida pela Prefeitura que suspendeu o serviço de transporte de passageiros por motos na capital. A empresa 99Moto informou que o serviço foi retomado de imediato, tão logo a sentença foi publicada, nesta quarta, 14, inclusive no centro expandido. A decisão beneficia também a Uber Moto.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo e aguarda retorno.

A decisão, do juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara de Fazenda Pública da capital, derrubou o decreto que impedia a 99 de operar o transporte de passageiros em motos na capital. Ele entendeu que o decreto municipal que proíbe esse tipo de transporte é inconstitucional.

O decreto foi assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (PMDB), para quem o serviço de transporte nesta modalidade coloca em risco a segurança dos passageiros.

O juiz pontuou que a ausência de regulamentação do Município sobre serviço autorizado de competência exclusiva federal, reconhecido pela jurisprudência de diversos tribunais do País e do Supremo Tribunal Federal, aliado à ineficácia da fiscalização a seu cargo, é o que coloca realmente em risco a população.

Para o magistrado, as previsões de aumento no número de acidentes decorrentes do serviço de motos não foram demonstradas por estudos acadêmicos e evidências científicas. "A edição de leis e decretos inconstitucionais, com o intuito de sumariamente proibir a atividade, em nada colabora com a solução do problema vislumbrado pela autora na inicial. Tampouco a utilização do Poder Judiciário como fonte de penalização monetária que inviabilize a atividade", afirma.

Ele pondera que o decreto municipal suspende um serviço permitido e regulamentado por lei em âmbito federal, conforme competência legislativa privativa da União. "Assim, a declaração incidental da inconstitucionalidade do Decreto Municipal nº 62.144/2023 é medida que se impõe, o que efetivamente ora faço. Em consequência, resta a improcedência do pedido para que se determine a abstenção das rés na prestação do serviço, por conta da absoluta ausência de amparo legal que sustente seu acolhimento."

O juiz lembra que o Município tem o poder discricionário de implementar a regulação e fiscalização própria e adequada à cidade de São Paulo. "Nenhum motorista desta capital desconhece o comportamento, por vezes flagrantemente contrário às normas de circulação, praticado por grande parte dos motociclistas, não raro às barbas dos agentes de trânsito. Logo, novas leis e meras proibições não são a solução. Se o número de acidentes aumenta, é claro sinal de que a fiscalização é insuficiente e/ou ineficiente."

A 99 informou que o serviço de transporte privado de passageiros em motocicletas será oferecido em todas as ruas e avenidas da cidade, "ampliando o raio de ação da plataforma, que operou apenas fora do centro expandido até janeiro".

A reportagem também entrou em contato com a Uber e aguarda manifestação.