Virginia Fonseca é criticada após primeiro ensaio na Grande Rio

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Virginia Fonseca recebeu críticas após aparecer "de surpresa" em um ensaio da bateria da Grande Rio nesta terça-feira, 24. Ela é a nova rainha de bateria da escola de samba carioca - até ano passado, o posto era de Paolla Oliveira.

A escola de samba compartilhou um vídeo da influenciadora digital vestindo uma camisa da Grande Rio. "Está em casa, Rainha!", diz a legenda da publicação.

Outro post mostra a empresária ao lado de Fabricio Machado de Lima, mestre de bateria da escola de samba. "Aquela visita surpresa para deixar o primeiro ensaio de bateria ainda mais especial", publicou a organização.

Um outro vídeo que circula nas redes sociais mostra a ex-mulher de Zé Felipe sambando, em um momento descontraído. O registro viralizou, atraindo os comentários negativos recebidos pela influenciadora.

"O samba está no sangue, só falta circular", disse um internauta. "O samba não morreu, foi assassinado", afirmou outro. "Uma escola que não respeita a comunidade", alfinetou um terceiro.

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Moradores de Moema, Butantã e Vila Mariana têm acesso mais fácil aos serviços de saúde, educação, transporte, habitação, saneamento e também maiores rendas. Na outra ponta, quem vive nos distritos do Capão Redondo, Tremembé e Brasilândia sofre com os menores índices de qualidade de vida da capital. A diferença de longevidade entre os distritos mais nobres e os mais periféricos ainda passa de 20 anos.

Esse cenário de disparidades da cidade de São Paulo é atualizado com o lançamento desta quinta-feira, 26, do Mapa da Desigualdade pela organização Rede Nossa São Paulo. O ranking dos 96 distritos foi elaborado com base na análise de 45 indicadores divididos em 11 áreas distintas: saúde, educação, segurança pública, direitos humanos, meio ambiente, mobilidade, trabalho e renda, habitação, cultura, infraestrutura digital e esporte. E consolida dados do poder municipal.

"A questão territorial é a grande marca da desigualdade na cidade mais rica do Brasil. Existe um centro expandido com uma estrutura com padrão bastante elevado. Mas existem distritos periféricos subdesenvolvidos", afirma Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo e do Instituto Cidades Sustentáveis.

O distrito de Moema lidera o ranking geral com 75,6 pontos de 96 possíveis. O bairro da zona sul obteve o melhor desempenho em oito indicadores, entre eles educação (esforço docente), habitação (domicílios em favelas), saúde (mortalidade materna) e segurança pública (feminicídio, homicídios e homicídios de jovens).

Na outra ponta do ranking está a Brasilândia, que aparece na última posição. O distrito da zona norte obteve desempenho abaixo da média da cidade em 28 indicadores, incluindo oferta de emprego formal, gravidez na adolescência, remuneração média mensal do emprego formal, pontos de entrega voluntária, acesso à internet móvel e domicílios em favelas.

Abrahão afirma que o estudo, realizado anualmente desde 2012, não identifica redução significativa da desigualdade nos últimos dez anos. "Não fomos capazes de fazer investimentos diferenciados e melhores acessos aos serviços para que essas diferenças fossem reduzidas", afirma.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o 14º país mais desigual do mundo. O grupo de 1% mais ricos recebe 30,8 vezes mais que os 50% mais pobres. A pandemia da covid-19 acentuou as desigualdades, piorando as condições de vida dos mais pobres, das mulheres e da população negra.

LONGEVIDADE

Um dado emblemático da desigualdade social na cidade de São Paulo é a diferença de idade média ao morrer entre os 96 distritos. No Alto de Pinheiros, distrito da zona oeste que lidera nesse indicador, a idade média ao morrer é 82 anos. Outros distritos mantêm índices na casa dos 80, como Pinheiros e Jardim Paulista (81), Perdizes (80), além de Itaim Bibi, Consolação, Vila Mariana, Butantã, Saúde, Moema, Lapa, Campo Belo (79).

Por outro lado, regiões mais vulneráveis, como Anhanguera, no extremo da zona oeste, a idade ao morrer cai para 58. Em distritos como Iguatemi, Sé e Cidade Tiradentes, a média é 60 anos. A média geral, considerando-se todos os 96 distritos, é de 70 anos.

A diferença da idade média ao morrer entre os distritos permanece a mesma nos últimos 20 anos aproximadamente. É um dado simbólico importante que não se alterou", afirma Jorge Abrahão. "Embora as idades médias tenham aumentado, separadamente, a diferença permanece a mesma."

SEGURANÇA

Os dados reafirmam as dificuldades enfrentadas por quem vive e mora na cidade. Na área da segurança pública, o distrito da Sé concentra os piores índices. A relação entre o total de óbitos por causas externas (homicídio e intervenção legal) a população residente gera um índice de 26,2 - essa média dos distritos é 5,28.

A região também apresenta os índices mais baixos na violência contra a mulher (881), dado que considera o coeficiente de vítimas de violência para cada dez mil residentes. O líder do ranking é a Vila Andrade (132). Questionada sobre os dados, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) não se manifestou até as 20h de ontem.

GESTÃO MUNICIPAL

Procurada para comentar o estudo, a Prefeitura apresentou obras em diversas áreas e disse que investe em todas as regiões para entregar à população uma cidade cada vez mais democrática e justa. Em especial sobre a questão da idade ao morrer destacou que "foram entregues pela atual administração 22 novas UBSs, ampliadas de 3 para 34 o número de UPAs, além de modernizados os hospitais municipais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta quarta-feira, 25, em 1ª votação, projeto de lei que altera parte das regras para construção na área do Instituto Butantan, no distrito Butantã, zona oeste da capital. Na prática, a proposta aumenta o limite de altura máxima para novos prédios, que mudaria de 28 metros para 48 metros.

Foram 33 votos favoráveis - exatamente a quantidade necessária para aprovação -, além de outros 6 votos contra e mais 8 abstenções. A segunda e votação final deve ficar para o 2º semestre, como mostrou o Estadão.

Enviado aos vereadores pela Prefeitura, o projeto atende a uma demanda do instituto, que está com um plano de expansão, com cerca de R$ 1,2 bilhão previsto por meio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do BNDES. O Butantan defende que a mudança é necessária para a ampliação da produção de vacinas, como de HPV e dTpa (difteria, tétano e coqueluche).

A ampliação do complexo tem recebido críticas de parte dos moradores do entorno e de algumas associações, organizadas por meio do movimento SOS Instituto Butantan. Um dos pontos principais é que a expansão deve resultar na derrubada de mais de 6,6 mil árvores.

Líder de governo na Câmara, Fabio Riva (MDB) defendeu que a discussão ainda deve se aprofundar. "É a primeira votação. Depois, em agosto, nós vamos realizar no mínimo duas audiências públicas, ouvir a comunidade local", disse. "Votar favoravelmente é um gesto para a cidade, para as vacinas, para o instituto, que precisa ampliar suas capacidade de produção."

A vereadora Luna Zarattini (PT) se manifestou contra a proposta. "Não teve um diálogo para a gente poder aprovar esse projeto", disse.

Como mostrou o Estadão, a proposta havia sido discutida pelos vereadores em sessão na terça-feira, 24, mas não obteve quórum suficiente para votação. Por isso, a votação passou para esta quarta. Era necessária aprovação por 33 dos 55 vereadores.

O Instituto Butantan argumenta que construções mais verticais têm menor impacto em corte de árvores do que as de menor estatura - as quais exigiriam maior área construída horizontalmente. Também afirma que a expansão envolveria só o entorno do atual parque fabril, onde já há edificações.

"O Instituto Butantan mantém seu compromisso de restaurar a Mata Atlântica nativa e plantar novas mudas de árvores na área do instituto e no entorno", disse, em nota.

O projeto altera uma lei que entrou em vigor há seis meses, que cria um "zoneamento" específico para quadras do Jaguaré, da Vila Leopoldina e do Butantã, além de pequenos trechos de outros distritos no entorno do Rio Pinheiros. Trata-se do Plano de Intervenção Urbana (PIU) Arco Pinheiros, sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) no fim de dezembro.

O que muda com o projeto? Qual a justificativa da Prefeitura?

A legislação paulistana prevê uma Zona de Ocupação Especial (ZOE) na área que contempla a Cidade Universitária, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e o Butantan. Esses locais têm permissão de novas construções de até 28 metros de altura.

O projeto de lei desmembra essa ZOE em três. No caso da Universidade de São Paulo (USP) e do IPT, as regras seguiriam as mesmas, enquanto a área do instituto passaria a permitir novos prédios com até 48 metros.

Nos três locais, seguirá o coeficiente de aproveitamento de 0,5. Isto é, será permitido ter uma área construída com até metade das dimensões do terreno - o que é mais restritivo do que o previsto na maioria da cidade.

Como as áreas são ZOE, por lei, deverão passar por um Plano de Intervenção Urbana (PIU) específico futuramente. Isso significa que será necessária a realização de estudos técnicos e atividades de participação popular até a definição de normas específicas para o território.

O projeto de lei foi enviado à Câmara com justificativa da gestão Nunes, na qual é apontado que foi enviado após pedido formal do Butantan. "Essa previsão (limite atual de 28 metros) se mostra incompatível com o atual projeto de expansão do Instituto", destacou.

Aponta, também, que a maior verticalização reduzirá o perímetro de construção e, consequentemente, a quantidade de árvores potencialmente removidas.

"A manutenção do gabarito atual causará a paralisação das obras de ampliação do parque produtivo, que se mostram essenciais à produção de vacinas, soros e medicamentos monoclonais, como as vacinas da dengue, chikungunya e HPV, dentre outras", acrescentou.

Além disso, o Butantan tem ressaltado que se trata de projeto de longo prazo, no decorrer de 20 anos, e que a mudança nos parâmetros construtivos obtiveram aval dos conselhos municipal e estadual de patrimônio cultural. Indica, ainda, que cerca de 60% das árvores que poderão ser suprimidas são de espécies invasoras.

Uma mulher de 45 anos foi baleada durante um assalto no Rio de Janeiro, na terça-feira, 24, porque não tinha o modelo de celular que o ladrão queria.

Após receber e analisar o modelo de telefone que a vítima entregou, ele devolveu, atirou nela e fugiu. Ferida nas mãos e em um braço, ela foi socorrida e, embora ainda internada, não corre risco de morte.

Melissa Cristina Gouveia, de 45 anos, chegou em casa, na rua Evaristo de Morais, na Vila Valqueire (zona oeste), por volta das 20h40. Estava com o carro embicado na garagem quando uma pessoa de moto passou, voltou, a abordou e anunciou o assalto.

O ladrão exigiu o celular, que estava na bolsa da vítima. Ela entregou a bolsa e ele viu o aparelho, devolveu a bolsa, atirou nela e fugiu.

A mulher, que havia estendido as mãos para se proteger, foi ferida nelas e num braço. Ela gritou por socorro e um casal de vizinhos apareceu e a levou para o hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes (zona norte).

Dali, ela foi transferida para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha (também na zona norte), onde está internada. Segundo a unidade de saúde, ela está em estado estável.