Tomorrowland Brasil 2026 é adiado após incêndio em palco na Bélgica

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O Tomorrowland Brasil, previsto para 2026 em Itu, no interior de São Paulo, foi adiado para o início de 2027. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 11, após a confirmação de que o palco principal do festival, atingido por um incêndio em julho, não poderá ser utilizado.

A mudança não afeta o evento de 2025, que acontece entre os dias 10 e 12 de outubro no Parque Maeda, em Itu. A edição celebrará o quinto ano do festival no Brasil com o tema "Life".

Motivos do adiamento

Segundo a organização, o "mainstage" (palco principal) que viria para o Brasil em 2026 foi danificado pelo incêndio ocorrido na Bélgica. Embora ninguém tenha se ferido, a estrutura precisará ser reconstruída, o que exige mais tempo de planejamento.

Outro fator que pesou na decisão foi o calendário internacional da marca em 2026, considerado pela organização como um dos mais intensos já planejados, com diversos projetos simultâneos ao redor do mundo.

O festival informou que a próxima edição brasileira está prevista para o início de 2027, primavera na Europa e outono no Brasil. O adiamento foi classificado como parte de um planejamento para garantir qualidade de produção e crescimento sustentável do evento no País.

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A Nestlé informou neste domingo, 14, que não houve vítimas tampouco necessidade de evacuar a fábrica localizada em Araras, no interior de São Paulo, atingida por um incêndio no período da tarde. Conforme nota da companhia enviada ao Estadão, não houve impacto na operação da fábrica, já que o equipamento afetado está localizado na área externa da empresa.

De acordo com reportagem do Estadão veiculada mais cedo e com base em confirmação pelo Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 16 horas e já foi contido.

O fogo atingiu uma esteira de transporte de cavaco de madeira, que alimenta uma caldeira da fábrica. Cinco viaturas foram acionadas.

A fábrica foi inaugurada em 1921 para produzir leite condensado. Atualmente, o local produz itens como café solúvel e achocolatado em pó.

Confira abaixo nota enviada pela Nestlé ao Estadão:

"A Nestlé informa que já está controlado o incêndio ocorrido na tarde deste domingo (14), e que atingiu um equipamento localizado na área externa da fábrica em Araras, no interior de São Paulo. A empresa acionou o Corpo de Bombeiros imediatamente, e a ocorrência foi rapidamente controlada. No momento, as equipes seguem atuando para garantir que não haja novos focos.

Não houve feridos, nem necessidade de evacuar a fábrica, uma vez que o equipamento afetado fica na parte externa da unidade e não tem contato com a área produtiva. Não havia pessoas no local no momento do incidente. A operação da fábrica não foi impactada, já que a unidade conta com equipamentos reservas que permitem a continuidade da produção.

A empresa reforça que tem como prioridade a promoção da segurança de seus colaboradores, da comunidade e das operações da unidade."

A Justiça de São Paulo decidiu manter a presa a quadrilha especializada em golpes cibernéticos e fraudes bancárias que teria causado prejuízo de mais de R$ 1,2 bilhão a diferentes instituições financeiras.

As prisões em flagrante de oito suspeitos foram homologadas nas audiências de custódia e, em seguida, convertidas em prisões preventivas, que não têm prazo para terminar.

Os presos são José Elvis dos Anjos Silva, Fernando Vieira da Silva, Rafael Alves Loia, Marcos Vinicius dos Santos, Klayton Leandro Matos de Paula, Guilherme Marques Peixoto, Maicon Douglas de Souza Ribeiro Rocha e Nicollas Gabriel Pytlak.

Ao manter as prisões, o juiz plantonista Caio José Bovino Greggio apontou risco de "reiteração criminosa" se os suspeitos fossem colocados em liberdade.

"As figuras delitivas apuradas reclamam o uso de uma estrutura eletrônica sofisticada para sua consumação, circunstância que evidencia, em uma análise preliminar, que os investigados fazem da prática de crimes patrimoniais o seu 'modus vivendi'", argumentou o magistrado.

A audiência de custódia serve para o juiz analisar se a prisão foi legal e se não houve violência policial ou outras violações aos direitos do preso.

A decisão afirma que os suspeitos fazem parte de "um poderoso grupo criminoso com organização profissional" que teria causado prejuízos milionários a instituições financeiras, inclusive entidades públicas, circunstância que, na avaliação do juiz, "aumenta sobremaneira o nível de desvalor ético-jurídico da conduta dos increpados considerado o elevado prejuízo causado às referidas instituições".

"Sendo os responsáveis, em tese, pela subtração de recursos do Arranjo de Pagamento Instantâneo, mediante acesso indevido a conta PI mantidas por instituições financeiras do Banco Central", diz um trecho da decisão.

O juiz também autorizou a Polícia Federal a periciar os computadores e celulares apreendidos com o grupo. O acesso é imediato para evitar perda de conteúdos.

O Estadão busca contato com as defesas. Em depoimento à Polícia Federal, eles negaram os crimes.

Fernando, José Elvis, Marcus Vinícus, Klayton e Maicon Douglas afirmaram que foram envolvidos no caso, sem saber do que se tratava.

Nicollas disse que estava passeando em São Paulo quando foi preso.

Rafael Loia disse não saber mexer com computador.

Guilherme Peixoto foi o único que se manteve em silêncio.

As defesas pediram nas audiências de custódia que eles respondam em liberdade. Os advogados de Rafael e José Elvis disseram que as provas contra eles são "genéricas" e que os dois não têm antecedentes criminais e possuem emprego formal. Rafael disse que trabalha em uma cozinha industrial e José Elvis declarou ser motorista.

Fernando se apresentou como empresário. A defesa dele afirmou que o flagrante da Polícia Federal foi irregular porque aconteceu à noite e sem mandado judicial.

O advogado argumentou ainda que a prisão prejudicaria a "reintegração social".

Klayton disse trabalhar como desenvolvedor de softwares. Ele pediu liberdade alegando ter quatro filhos menores de idade e uma esposa grávida.

A defesa de Maicon Douglas, que diz ser comerciante, alegou que ele "não faz parte de nenhuma organização criminosa". Nicollas afirmou que faz uso de remédios controlados e pediu para ser colocado com prisão domiciliar.

Entenda o caso

O grupo foi preso em flagrante na noite da sexta, 12, depois de obter um notebook de uma agência da Caixa Econômica. O computador permitia o acesso remoto à rede do banco. Com isso, a quadrilha de hackers planejava um novo golpe, segundo a Polícia Federal.

Nas ações anteriores, o grupo invadiu as contas de liquidação interbancária mantidas no Banco Central, as Contas PI. Desta vez, de acordo com as investigações, o plano era desviar também recursos disponíveis para o atendimento do varejo, o que alcançaria verbas de programas do governo federal e despesas e créditos do próprio orçamento público.

A investigação começou na própria sexta. A Caixa acionou a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (Deleciber), da Polícia Federal, após ter desconfiado do envolvimento do gerente de uma agência no Brás, região central de São Paulo.

A Polícia Federal montou campana na agência e acompanhou a "subtração de um notebook por pessoas não identificadas".

De acordo com a PF, essas pessoas saíram em um carro Toyota Corolla Cross vermelho. Ali estavam os acusados Fernando Vieira da Silva e Guilherme Marques Peixoto.

Antes de serem detidos pelos policiais, eles passaram o notebook para os ocupantes de uma Spin preta, que foi seguida por outras equipes da PF, até que parou em frente a uma casa na Rua Braço da Cruz, em Cidade Patriarca, na zona leste de São Paulo.

Os agentes federais abordaram ali três pessoas que saíram da casa e outras três que estavam dentro do imóvel. E recuperaram na casa o computador retirado da agência da Caixa.

O notebook estava ligado e os hackers se preparavam para com ele iniciar o ataque ao banco.

Ali os policiais detiveram José Elvis dos Santos, Klayton Leandro Matos de Paulo, Maicon de Souza Ribeiro Rocha, Marcos Vinícius dos Santos, Nicollas Gabriel Pytlak e Rafael Alves Loia. E apreenderam 12 telefones celulares, além de computadores.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo busca contato com as defesas e deixou o espaço aberto para manifestação.

Um incêndio atingiu a fábrica da companhia Nestlé em Araras, no interior de São Paulo, na tarde deste domingo, 14. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros do Estado. Não há informações sobre feridos.

O Estadão entrou em contato com a Nestlé para mais informações sobre o incidente e um pronunciamento sobre o caso, mas ainda não obteve retorno. Caso haja, a matéria será atualizada.

Segundo os bombeiros, o incêndio começou por volta das 16 horas e já foi contido. O fogo atingiu a esteira da fábrica. Cinco viaturas foram acionadas.

A fábrica foi inaugurada em 1921 para produzir leite condensado. Atualmente, o local produz itens como café solúvel e achocolatado em pó.