'Vale Tudo': Na versão original, Raquel se entregou à polícia para salvar Maria de Fátima

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Na versão original de Vale Tudo (1988), o desfecho da trama foi marcado por uma série de reviravoltas que envolveram o assassinato de Odete Roitman (Beatriz Segall) e o destino de Raquel (Regina Duarte) e Maria de Fátima (Gloria Pires). Na reta final, Raquel se entregou à polícia, assumindo o crime para proteger a filha, suspeita de ter matado a vilã. A empresária acreditava que a jovem, desesperada, poderia ter cometido o assassinato e decidiu assumir a culpa para poupá-la da prisão.

O gesto ocorreu após uma sucessão de conflitos e mentiras. Maria de Fátima, que havia se envolvido com César (Carlos Alberto Riccelli), tornou-se uma das suspeitas depois de invadir o apartamento de Odete para recuperar documentos que comprometiam Ivan (Antonio Fagundes) em um esquema de corrupção na TCA. A jovem encontrou as provas, mas foi surpreendida pela vilã. Com a morte de Odete, o clima de tensão dominou a novela, e Raquel tentou salvar a filha, acreditando que ela estivesse por trás do crime.

Antes disso, Fátima vendeu o próprio filho. Grávida de César, ela aceitou a ajuda de Olavo (Paulo Reis) para negociar o bebê com um casal de estrangeiros. O plano, no entanto, foi descoberto por Raquel, que conseguiu resgatar o neto no aeroporto antes que fosse levado para fora do País.

Mesmo após o resgate da criança, a relação entre mãe e filha continuou conturbada. Raquel recusou acolher Fátima, afirmando que ela estava colhendo as consequências de suas atitudes. Sem o filho e sem dinheiro, a jovem retomou o relacionamento com César, que planejou fugir com ela para a Europa. Odete descobriu a traição e rompeu com o amante, mas logo depois foi assassinada.

Durante a investigação, Raquel chegou a confessar o assassinato de Odete à polícia. Ela acreditava que Ivan pudesse ser culpado e, ao mesmo tempo, desconfiava de que Maria de Fátima tivesse envolvimento no crime. A intenção da cozinheira era proteger ambos da prisão. No entanto, ele revelou a verdade às autoridades, impedindo que Raquel fosse condenada injustamente.

No desfecho da novela, Ivan foi preso e cumpriu um ano de pena. Raquel recuperou o neto e passou a criá-lo. Fátima se afastou da mãe e foi para Europa com César, onde aceitou se casar com um príncipe italiano homossexual em troca de dinheiro.

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A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quarta-feira, 15, Danilo Pereira Pena, de 36 anos, conhecido como "Matemático", por suspeita de participar do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes. Ele foi localizado no bairro do Morumbi, na zona sul da capital paulista. A reportagem tenta contato com a defesa. Segundo apurou o Estadão, Danilo teria organizado parte da operação criminosa. Ele atribuiu a Luiz Henrique Santos Batista, vulgo Fofão, a missão de transportar Rafael Marcell Dias Simões, suspeito conhecido como Jaguar, do município de São Vicente para São Paulo.

Linhas de investigação

Passado um mês da morte, a polícia investiga um possível elo entre uma licitação de R$ 24 milhões realizada em setembro pela Prefeitura de Praia Grande com o assassinato. Como mostrou o Estadão, a hipótese já havia sido levantada em um primeiro momento - a licitação teria prejudicado uma entidade ligada aos criminosos, o que colocou no alvo Ferraz Fontes, então secretário de Administração da cidade.

Ferraz Fontes foi fuzilado no último dia 15 após encerrar o expediente na Prefeitura de Praia Grande. Seis suspeitos de envolvimento no crime foram presos até o momento - outros dois estão foragidos. Uma outra pessoa foi morta em suposto confronto no Paraná.

Conforme apurado pela reportagem, a hipótese de uma possível relação entre a execução do ex-delegado-geral com o processo de licitação, que foi aberto no começo de setembro para aquisição de material de elétrica, segue forte, apesar de não ser a única.

Como delegado, Ferraz Fontes ficou conhecido por seu trabalho contra o PCC. Em 2006, foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção, incluindo Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, antes de os bandidos serem isolados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP). Em 2019, quando Marcola, apontado como liderança máxima do PCC, foi transferido para um presídio federal, ele era o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, cargo que ocupou até 2022.

Funcionários públicos alvos de busca

Recentemente, o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro funcionários públicos da cidade no litoral de São Paulo foram alvos de mandados de busca e apreensão após a morte de Ruy Ferraz Fontes. Conforme apurado pelo Estadão, eles não estão na condição de suspeitos, mas os materiais coletados com eles podem ajudar na resolução do assassinato. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em ao menos oito endereços da Baixada Santista. Com Pardini, foram apreendidos celular, computadores, três pistolas, R$ 50 mil em espécie, mil euros e 10 mil dólares em sua residência.

Em um maço de cédulas, havia bilhetes com anotações contendo nomes de um homem e uma mulher. Os dólares estavam no envelope de uma corretora de câmbio. Foram apreendidos também cartões bancários, três registros de armas de fogo e um registro de CAC (Colecionador, Atirador, Caçador).

Em nota, a defesa do subscretário afirma que Pardini "nega veementemente toda e qualquer participação, seja ela direta ou indireta, nos fatos que estão sendo apurados". Acrescenta ainda que ele está à disposição das autoridades para colaborar.

"Destacamos que os objetos e bens apreendidos não possuem qualquer relação com os fatos, o que foi comprovado pela documentação juntada e confirmado nos esclarecimentos prestados por Sandro, frisa-se, ouvido na qualidade de testemunha. No mais, reforçamos que Sandro tem uma vida completamente voltada ao trabalho lícito e cuidado com a sua família", diz nota assinada pelo advogado Octavio Rolim.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi vaiado nesta quarta-feira, 15, por professores em um evento no Rio com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para marcar a abertura dos pedidos de emissão da Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB), no bojo do programa Mais Professores, do Ministério da Educação. "Só para garantir mais uma vez: os professores do município do Rio que mais uma vez terão o reajuste anual, que eu dou todo ano, e o acordo entre os trabalhadores", afirmou o prefeito carioca em meio às vaias.

Paes disse ainda que o ministro Camilo Santana (Educação) tem sido "um parceiro" e colaborado com as iniciativas da prefeitura do Rio. O ministro, por sua vez, agradeceu ao presidente da Câmara, Hugo Motta, também presente, porque os projetos relativos à educação têm sido aprovados na Casa.

"Eu queria aqui dizer, presidente Hugo Motta, presidente Lula, semana passada, depois de 16 anos, aprovamos o Sistema Nacional de Educação, que é o SUS da educação brasileira, que vai definir mais claro o papel de cada ente federado na educação brasileira", afirmou Santana, após citar outras iniciativas do governo no setor.

O ministro também afirmou que o Plano Nacional de Educação será aprovado. "Nós vamos aprovar o nosso Plano Nacional de Educação, dentro do eixo da valorização do magistério deste país, para o professor ter que ser bem remunerado."

Santana indagou ao público quem já havia recebido a CNDB, obtendo como resposta uma ampla negativa do público.

De acordo com a comunicação do Planalto, a celebração desta quarta marcou a abertura do sistema de solicitação da carteira. "Nós estamos entregando aqui 1.500 carteiras para os professores no Rio de Janeiro, com o início da entrega de 2,7 milhões de carteiras que poderão ser emitidas no Brasil."

Santana também anunciou a entrega de vouchers de R$ 3.000 para 100 mil professores para a compra de notebooks e tablets. Também informou sobre parcerias com as empresas Ifood e Decolar que darão descontos aos professores. Segundo ele, também haverá parcerias com a Amazon e a Samsung para compra de equipamentos. Citou ainda parceria com a Caixa e com uma rede de farmácias, sem citar o nome.

Ainda no evento, o presidente da Caixa, Carlos Vieira, anunciou que os professores terão acesso a cartões de crédito com anuidade gratuita, empréstimos pessoais com condições especiais, descontos em consignado e antecipações com taxa de 1,4% ao mês com a CNDB.

O evento foi realizado no Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, estádio olímpico transformado em escola pública. A expectativa era de que cerca de 3 mil professores das redes de ensino municipais, estaduais e federal participassem do evento.

Francisco Mairlon Barros Aguiar deixou o presídio da Papuda na madrugada desta quarta-feira, 15, após ficar 15 anos preso. Em 2013, ele foi condenado pelo Tribunal do Júri a 55 anos de prisão por participação no crime que ficou conhecido como 113 da Sul. A pena foi reduzida para 47 anos na segunda instância. A soltura ocorreu por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STF), que na terça-feira, 14, anulou a condenação por conta de irregularidades no processo.

Em 2009, o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Carvalho Villela, e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, foram mortos a facadas no apartamento em que moravam, localizado na Superquadra 113 Sul. As vítimas foram encontradas mortas com 78 facadas, os corpos já estavam em estado de decomposição.

Em agosto de 2016, a delegada responsável pelas primeiras investigações, Martha Geny Vargas Borraz, foi condenada a mais de 16 anos de prisão por falsidade ideológica, fraude processual, violação de sigilo funcional e tortura. Ela foi acusada de, durante o inquérito, plantar provas para responsabilizar inocentes pelos assassinatos - no caso, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar.

Na mesma época, o agente da Polícia Civil José Augusto Alves, que também participou das investigações, foi condenado a três anos, um mês e dez dias de reclusão pela prática do crime de tortura.

Quem cometeu os crimes?

Em setembro deste ano, o STJ anulou a condenação da arquiteta Adriana Villela a 61 anos de prisão. Adriana é filha do casal Villela e foi acusada de ser a mandante do crime. Segundo o processo, os executores foram um ex-porteiro do prédio, seu sobrinho e outro comparsa. A motivação seria dinheiro.

Adriana Villela teve a condenação anulada, assim como Francisco Mairlon. No caso da filha do casal morto, o STJ entendeu que houve cerceamento da defesa e determinou que o processo fosse retomado na fase de recolhimento de provas. A filha continua como ré no caso, diferentemente de Mairlon que teve a ação trancada.

Já os outros dois envolvidos no crime, condenados como os executores do casal, Leonardo Campos e Paulo Cardoso, continuam presos e condenados. Leonardo foi condenado a 60 anos de prisão, em regime inicial fechado e Paulo Cardoso condenado à pena de 62 anos e 1 mês de reclusão, em regime inicial fechado, mais 20 dias-multa.(Com informações da Agência Brasil)