Quem é Juarez Petrillo, o DJ Swarup, pai de Alok e criador da rave atacada em Israel

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Pai de Alok, o também DJ e produtor Juarez Petrillo está em Tel Aviv, em Israel, onde produzia uma edição israelense do festival Universo Paralello no último sábado, 7. A festa foi interrompida por bombardeios. Segundo Alok, Juarez está "seguro em um bunker aguardando direcionamento para retornar ao Brasil".

 

Juarez é conhecido como DJ Swarup e é um nome influente na cena da música eletrônica brasileira, sobretudo após fundar a Universo Paralello.

 

Juarez Petrillo começou a trabalhar com a música nos anos 80. Ele teve uma banda chamada Primeira Pedra, "de puro sangue Rock'n'Roll", descreve seu site.

 

Ele também trabalhava com a produção, fotografia e criação de videoclipes. A partir de 1999, voltou seu trabalho para a música eletrônica, especialmente após viagens à Europa.

 

A família de Juarez tornou do ofício uma tradição: não só ele é DJ, como sua ex-esposa e dois de seus filhos. Após visita ao polêmico guru Osho, Juarez recebeu o nome artístico de Swarup, enquanto sua então esposa passou a utilizar o nome Ekanta. O guru religioso também sugeriu o nome de seus filhos, Alok, Bhaskar e Jaya.

 

Como DJ Swarup, Juarez se especializou no subgênero psytrance, estilo de batida rápida e sensação psicodélica.

 

Em 2000, Juarez organizou, pela primeira vez, o Réveillon de Alto Paraíso-Goiás. Na virada de 2001 para 2002, ele reeditou a festa, passando a convidar DJs de diferentes nacionalidades. O evento se tornou o chamado Universo Paralello, reconhecido mundialmente. A festa estava em turnê internacional quando ocorreu em Israel na última semana.

 

Segundo Alok, Juarez apenas licenciou os direitos da marca Universo Paralello a produtores israelenses, e não foi organizador da festa no local.

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A Polícia Federal (PF) adiou para 1º de julho de 2025 o início da fiscalização dos CACs (colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores), atribuição hoje a cargo do Exército. A mudança foi oficializada em portaria conjunta dos Ministérios da Justiça e da Defesa publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 27. Os militares continuarão responsáveis pela atividade até a nova data.

O adiamento ocorreu porque a PF ainda enfrenta limitações estruturais. A instituição demandou contratação de terceirizados e concurso para prestar o novo serviço, mas os pedidos não foram atendidos a tempo pelo governo. O adiamento estava indicado desde o início do mês, como mostrou o Estadão.

A migração da competência de uma instituição para outra foi prevista em um decreto baixado por Lula em julho de 2023. Exército e PF trabalharam na definição de procedimentos para a transferência de sistemas. Desde aquela época havia dúvidas sobre o cumprimento do prazo. Interlocutores das instituições diziam que a transferência é complexa e que a PF teria dificuldades para apresentar resultados diferentes daqueles do Exército que eram criticados por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Além da fiscalização, também passará a ser atribuição da PF a concessão de autorizações para novos CACs. No governo de Jair Bolsonaro, eles viraram o maior segmento armado do País, superior às polícias em números absolutos. Mesmo assim, a estrutura, o orçamento e as ações de fiscalização dos militares ficaram estagnadas e não acompanharam o crescimento do grupo.

Além disso, como revelou o Estadão, relatório do TCU apontou fragilidades na emissão de licenças de CACs para pessoas com antecedentes criminais graves, como tráfico de drogas, homicídio e violência doméstica. O reforço no controle sobre os CACs era uma pauta do governo para a segurança pública desde o início do terceiro mandato de Lula. Agora, o novo prazo é julho de 2025.

Até agora, 200 servidores da PF passaram por treinamento para assumir a função, e mais formações estão planejadas para os próximos meses. Além disso, o governo autorizou a contratação de 579 terceirizados, mas o efetivo ainda não foi integrado.

O Ministério da Justiça e a PF têm 60 dias para apresentar um cronograma detalhado de transição. A direção da PF solicitou concurso para 1.700 vagas, mas só uma parte da demanda foi aprovada até o momento.

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), o delegado Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta sexta-feira, 27, que a corporação apreendeu mais de R$ 4 bilhões em bens do crime organizado em 2024. Segundo ele, os números incluem imóveis, veículos, aeronaves e valores, resultado de cerca de 2,5 mil operações realizadas ao longo do ano. As informações foram dadas em entrevista à GloboNews.

Rodrigues destacou que houve um aumento superior a 60% nas apreensões em comparação ao ano passado. "Antes de 2023, os valores anuais não passavam de R$ 700 milhões. Este ano, ultrapassamos R$ 4 bilhões", explicou.

Outro ponto mencionado foi a criação de 33 forças integradas de combate ao crime organizado, abrangendo todos os estados e regiões do Brasil. "Já realizamos mais de 300 operações conjuntas com as polícias estaduais, resultando na prisão de mais de mil pessoas", acrescentou.

Sobre a fiscalização dos Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs), Rodrigues informou que o início da responsabilidade da PF foi adiado para meados de 2025. Segundo ele, a decisão decorre da falta de recursos e de pessoal.

O diretor disse que, no último ano, avanços importantes foram feitos na transição de sistemas, com apoio dos ministérios da Defesa e da Justiça. "Com o adiamento, teremos melhores condições de assumir esse controle de maneira eficiente", afirmou.

Desde o decreto presidencial de julho de 2023, a PF se prepara para assumir essa atribuição, atualmente sob responsabilidade do Exército. Rodrigues assegurou que a transição está sendo conduzida de forma estruturada.

O balanço das ações da PF em 2024, segundo Rodrigues, reflete o fortalecimento da instituição no enfrentamento ao crime organizado. Ele ressaltou que o trabalho integrado tem sido fundamental para alcançar esses resultados expressivos.

Um homem de 44 anos, apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso nesta quinta-feira, 26, durante operação da Polícia Civil, ao desembarcar de um navio de cruzeiro, em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a polícia, Rogério Faria da Silva, conhecido como 'Morcegão', voltava de uma viagem com a família no transatlântico. A reportagem entrou em contato com a defesa de Rogério e aguarda retorno.

De acordo com as investigações, o suspeito gerenciava a facção no interior de SP. "O Rogério é uma liderança importante, é cofundador do PCC na nossa região (Limeira). Ele coordenava a chamada 'rota caipira' da droga. A cocaína sai da Bolívia ou do Paraguai, fica escondida no que eles chamam de 'chão' ou 'torre' aqui e, depois de negociada, segue para embarque no Porto de Santos", explica o delegado Leonardo Bürger, responsável pela operação.

A ação teve como objetivo combater o tráfico de drogas na Baixada Santista, atividade criminosa controlada pelo PCC. Segundo a polícia, o Porto de Santos é usado como rota para o envio de cocaína para o exterior.

Os agentes cumpriram dois mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão em Limeira e na cidade do litoral. Uma casa no Residencial Morada das Acácias, em Limeira (SP), funcionava como 'torre' da organização. No imóvel, os policiais encontraram 400 tijolos de cocaína - o equivalente a meia tonelada da droga. Os dois homens que estavam no local foram presos em flagrante. Um deles atuava como 'gerente' de Rogério.

Além da droga, os policiais apreenderam duas caminhonetes de luxo, celulares, máquina de contar dinheiro, R$ 250 mil em pacotes de cédulas e farto material relacionado à contabilidade do tráfico.

Conforme o delegado, a cocaína estava escondida em fundos falsos de móveis. "Nós fizemos uma operação em maio deste ano e prendemos 12 integrantes do PCC, inclusive dois líderes locais, o que nos permitiu fechar o cerco na organização que controlava o tráfico em Limeira. Desde então, vínhamos monitorando o líder. Sabíamos que ele estava no cruzeiro de navio com a família e obtivemos o mandado judicial para prendê-lo no desembarque."

Segundo o policial, o investigado levava uma vida de luxo, tinha vários automóveis, entre eles a caminhonete onde a droga estava sendo carregada. Para o cruzeiro, ele alugou uma cabine sofisticada e embarcou com dez familiares. "Quando o prendemos, as outras pessoas foram liberadas e alguém alertou o gerente dele em Limeira para sumir com a droga, mas nós já tínhamos nosso pessoal vigiando a casa. Eles foram presos carregando a cocaína na caminhonete. Iam mudar de 'chão', mas não deu tempo", disse.

O delegado ainda afirma que as investigações vão prosseguir para atingir outras ramificações da organização. A operação reuniu policiais da Divisão de Investigações Gerais (DIG), Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) e Grupo de Operações Especiais (GOE) de Limeira, com apoio da 5ª Delegacia de Atendimento ao Turista do Porto de Santos.