Bruce Willis perdeu a 'alegria de viver' após diagnóstico de demência, diz amigo do ator

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Bruce Willis está perdendo suas habilidades de comunicação e sua "alegria de viver". A informação foi revelada por Glenn Gordon Caron, amigo do ator.

Em entrevista ao jornal New York Post, o produtor descreveu como está sua relação com o artista, que foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT) em fevereiro deste ano.

"Eu tentei muito permanecer na vida dele. O que torna [sua doença] tão alucinante é que se você já passou algum tempo com o Bruce Willis, não há ninguém que tenha mais alegria de viver do que ele. Ele amava a vida", disse.

"Minha sensação é que nos primeiros três minutos iniciais [das nossas conversas] ele sabe quem eu sou. Ele não é totalmente verbal; ele era um leitor voraz - não queria que ninguém soubesse disso - e não lê mais. Todas essas habilidades linguísticas não estão mais disponíveis para ele, mas ele ainda é Bruce. Quando você está com ele, você sabe que ele é Bruce e fica grato por ele estar lá, mas a alegria de viver se foi", afirmou.

Bruce Willis foi diagnosticado com afasia em 2022 e precisou parar de atuar. No início deste ano, a família compartilhou um comunicado atualizando o estado de saúde do ator: "A condição de Bruce progrediu e agora temos o diagnóstico de demência. Infelizmente, os desafios da comunicação são apenas um sintoma da doença que ele enfrenta".

Carreira

Bruce Willis despontou na televisão ao lado de Cybill Shepherd na série A Gata e o Rato, pela qual ganhou um Emmy e um Globo de Ouro em 1987.

Tornou-se instantaneamente uma figura cultuada ao viver o papel do destemido policial John McClane em Duro de Matar (1988), filme que se transformou em uma franquia sucesso de bilheteria.

Após dar voz ao bebê Mikey na comédia de sucesso Olha Quem Está Falando (1989), protagonizada por John Travolta, voltou a dividir as telas com ator e piloto de avião em 1994 no renomado longa-metragem Pulp Fiction: Tempo de Violência, dirigido por Quentin Tarantino.

Bruce Willis teve uma carreira profícua como herói em filmes de ação na década de 1990 com títulos como Os 12 Macacos, Armageddon e O Quinto Elemento.

Contudo, em 1999, deu uma guinada importante em sua carreira ao interpretar um psicólogo infantil no aclamado suspense O Sexto Sentido. No ano seguinte, o ator recebeu outro Emmy por sua participação na série Friends.

O nome de Willis aparece em mais de 100 produções, um catálogo diverso que conta com sucessos que marcaram a história do cinema, mas também dezenas de produções de baixo orçamento com as quais se envolveu nos últimos dois anos de sua carreira.

Nascido em 19 de março de 1955, formou com a também atriz Demi Moore um dos casais mais conhecidos da indústria do entretenimento na década de 1990. Os dois permaneceram juntos por 13 anos e tiveram três filhas (Rumer, Tallulah e Scout).

O ator é casado com Emma Heming desde 2009, com quem tem outras duas filhas, Evelyn e Mabel.

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A Justiça de São Paulo julgou improcedente, na terça-feira, 13, a ação civil pública movida pela Prefeitura que suspendeu o serviço de transporte de passageiros por motos na capital. A empresa 99Moto informou que o serviço foi retomado de imediato, tão logo a sentença foi publicada, nesta quarta, 14, inclusive no centro expandido. A decisão beneficia também a Uber Moto.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo e aguarda retorno.

A decisão, do juiz Josué Vilela Pimentel, da 8ª Vara de Fazenda Pública da capital, derrubou o decreto que impedia a 99 de operar o transporte de passageiros em motos na capital. Ele entendeu que o decreto municipal que proíbe esse tipo de transporte é inconstitucional.

O decreto foi assinado pelo prefeito Ricardo Nunes (PMDB), para quem o serviço de transporte nesta modalidade coloca em risco a segurança dos passageiros.

O juiz pontuou que a ausência de regulamentação do Município sobre serviço autorizado de competência exclusiva federal, reconhecido pela jurisprudência de diversos tribunais do País e do Supremo Tribunal Federal, aliado à ineficácia da fiscalização a seu cargo, é o que coloca realmente em risco a população.

Para o magistrado, as previsões de aumento no número de acidentes decorrentes do serviço de motos não foram demonstradas por estudos acadêmicos e evidências científicas. "A edição de leis e decretos inconstitucionais, com o intuito de sumariamente proibir a atividade, em nada colabora com a solução do problema vislumbrado pela autora na inicial. Tampouco a utilização do Poder Judiciário como fonte de penalização monetária que inviabilize a atividade", afirma.

Ele pondera que o decreto municipal suspende um serviço permitido e regulamentado por lei em âmbito federal, conforme competência legislativa privativa da União. "Assim, a declaração incidental da inconstitucionalidade do Decreto Municipal nº 62.144/2023 é medida que se impõe, o que efetivamente ora faço. Em consequência, resta a improcedência do pedido para que se determine a abstenção das rés na prestação do serviço, por conta da absoluta ausência de amparo legal que sustente seu acolhimento."

O juiz lembra que o Município tem o poder discricionário de implementar a regulação e fiscalização própria e adequada à cidade de São Paulo. "Nenhum motorista desta capital desconhece o comportamento, por vezes flagrantemente contrário às normas de circulação, praticado por grande parte dos motociclistas, não raro às barbas dos agentes de trânsito. Logo, novas leis e meras proibições não são a solução. Se o número de acidentes aumenta, é claro sinal de que a fiscalização é insuficiente e/ou ineficiente."

A 99 informou que o serviço de transporte privado de passageiros em motocicletas será oferecido em todas as ruas e avenidas da cidade, "ampliando o raio de ação da plataforma, que operou apenas fora do centro expandido até janeiro".

A reportagem também entrou em contato com a Uber e aguarda manifestação.

A Prefeitura de São Paulo enviou nesta quarta-feira, 14, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o prospecto do próximo leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Consorciada Urbana Faria Lima. Segundo consta no site da CVM, a Prefeitura pretende ofertar 218,5 mil títulos pelo valor mínimo de R$ 17,6 mil.

Se tudo isso for vendido, o certame poderá gerar R$ 3,846 bilhões de arrecadação para os cofres públicos. A oferta na bolsa será coordenada pelo Banco do Brasil.

Neste momento, ainda não há uma data para o leilão. Antes disso, o prospecto será examinado e autorizado pela CVM. A expectativa de mercado é que o certame ocorra no início do segundo semestre. Até lá, os termos da oferta podem passar por alterações. Por ora, outros detalhes do prospecto ainda não estavam disponíveis para consulta no site da CVM.

Incorporadoras e investidores têm muito apetite por Cepacs com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região - que é o 'filé mignon' do mercado imobiliário paulistano.

Os Cepacs são títulos que permitem às incorporadoras erguerem prédios acima dos limites originais de cada bairro. Ou seja: eles viabilizam que um terreno receba edifícios mais altos, com mais apartamentos ou áreas comerciais. Já os recursos arrecadados pelos cofres públicos vão para obras de infraestrutura, urbanismo e moradias.

Ao dar entrada no pedido da oferta pública, a Prefeitura afastou uma das maiores preocupações do empresariado, que era uma possível subida no preço dos Cepacs a ponto de inviabilizar novos empreendimentos. No entanto, o valor definido pela Prefeitura ficou igual ao do último leilão, realizado em 2021.

Naquela ocasião, foram vendidos 10,3 mil títulos (83% do total), sem ágio, movimentando R$ 183 milhões. Já no leilão anterior, de 2019, houve um pico de procura que fez o valor disparar. Foram vendidos 93 mil títulos, com ágio de 170%, passando de R$ 6,5 mil para R$ 17,6 mil, e arrecadação de R$ 1,6 bilhão.

O vazamento de um corante tingiu de azul o Córrego das Tulipas e um lago formado por ele, na região do Parque Jardim Botânico, em Jundiaí, interior de São Paulo. As aves - gansos e patos - que estavam no lago tiveram a plumagem tingida também.

Três gansos e um pato foram resgatados e levados para a Associação Mata Ciliar, entidade que mantém parceria com prefeituras da região. As aves passaram por procedimentos de desintoxicação e já se alimentam normalmente.

O acidente aconteceu nesta terça-feira, 13, quando um caminhão desceu desgovernado por um declive e se chocou com um poste de iluminação pública. Segundo a prefeitura, o motorista estava fora do veículo. Com o batida, a carga tombou. Duas embalagens contendo o corante se romperam e o conteúdo escorreu para o córrego. O produto é usado para tingir embalagens de ovos.

O corante é um produto químico orgânico, à base de ácido acético - substância corrosiva e potencialmente contaminante, segundo técnicos da prefeitura. Devido à grande quantidade derramada - cerca de 2 mil litros - o produto escoou até uma boca de lobo localizada a 50 metros do local do impacto. Essa boca de lobo tem ligação direta como córrego do Jardim das Tulipas, que atravessa o bairro e deságua no Rio Jundiaí.

Ainda de acordo com a prefeitura, alguns animais que tiveram contato com o corante apresentaram mudança de coloração. Equipes da Defesa Civil, da Divisão Florestal da Guarda Municipal, do Grupo de Apoio e Defesa dos Animais (Grade) e da Associação Mata Ciliar atuaram de forma conjunta para resgatar e preservar a vida desses animais, que atualmente estão sob os cuidados da Mata Ciliar.

No início da tarde desta quarta-feira, os esforços se concentravam na análise da contaminação do córrego, no Parque das Tulipas, e no Rio Jundiaí. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) fazia coletas ao longo do curso do córrego e no rio a fim de verificar os níveis de contaminação e da qualidade da água. O trabalho é acompanhado pela Defesa Civil de Jundiaí, com suporte da prefeitura.

A Cetesb já constatou pequena mortandade de peixes nos mananciais. As avaliações ambientais vão permitir mensurar os impactos causados pelo derramamento do produto e embasar a responsabilização da empresa envolvida.