Mia Khalifa: atriz demitida por apoiar ataque do Hamas em Israel acumula polêmicas

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O nome de Mia Khalifa ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais após a ex-atriz de filmes eróticos comemorar o ataque do grupo palestino Hamas, em Israel. Mia foi demitida depois de suas declarações polêmicas.

No Twitter, ela comparou imagens dos terroristas em Israel a um "quadro renascentista" e pediu que os bombardeios fossem filmados na horizontal. Então, Todd Shapiro, CEO da Red Light Holanda, empresa que comercializa cogumelos alucinógenos e que contratou a atriz como consultora, a demitiu via Twitter.

A Playboy também rompeu vínculos com a atriz ao anunciar a remoção de seus vídeos no site. No entanto, essa não é a primeira vez que falas de Mia geram polêmicas. No Brasil, o nome da atriz já rendeu memes em meio a CPI da covid, em 2021.

Quem é Mia Khalifa?

Mia nasceu em 10 de fevereiro de 1993, no Líbano e se mudou para os Estados Unidos em 2000. Ela trabalhou como atriz entre os anos 2014 e 2015.

Khalifa se tornou conhecida em 2014 após aparecer em um vídeo erótico usando um hijab (véu usado por algumas mulheres muçulmanas para cobrir a cabeça). Isso desencadeou ameaças de morte por parte do Estado Islâmico.

Em 2019, ela explicou como entrou na indústria pornográfica em uma entrevista à BBC: "Me disseram: você é linda, gostaria de fazer uns trabalhos como modelo? Bem, é que você tem um corpo lindo. Mais tarde, quando fui ao estúdio, encontrei um lugar muito respeitável, magnífico, em Miami. Todos os quartos eram decorados com fotos de família. Como se não fosse nada duvidoso ou que me deixasse desconfortável".

Depois do ocorrido, ela passou a trabalhar como influenciadora digital por sentir que a carreira como atriz custou a sua privacidade. No Instagram, ela acumula mais de 27 milhões de seguidores.

"Sinto como se as pessoas pudessem ver através da minha roupa e me sinto profundamente envergonhada. Tenho a sensação de que perdi direito a toda a minha privacidade. E perdi, porque estou a um clique de distância no Google", disse na entrevista.

Em 2017, seu nome passou a circular pelo noticiário brasileiro por um motivo inusitado. O brasileiro Fernando Andrade decidiu tatuar o rosto de Mia e compartilhou nas redes sociais.

A repercussão ficou por conta do comentário da própria atriz na publicação:

"(...) Que tipo de idiota marcaria seu corpo permanentemente com isso? Isso não é legal, ou lisonjeante... Você é um idiota [risos]. Boa sorte explicando isso para outras pessoas significativas. Idiota."

Depois, em 2021 ela foi um dos memes gerados a partir da CPI da covid-19. Isso porque o senador Randolfe Rodrigues acusou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de negociar as vacinas da CoronaVac com uma empresa de produtos eróticos e não o Butantan.

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) também alegou que uma "atriz de filme adulto" era diretora da empresa que fez testes com a cloroquina e não recomendou o remédio para tratar covid-19. No Twitter, Randolfe mencionou a atriz: "Corre aqui Mia Khalifa! Acho que estavam te usando de cortina de fumaça!". E ela respondeu: "Vocês estão em crise… Estou a caminho". O tweet tem mais de 50 mil curtidas.

Outra polêmica com o nome de Khalifa envolve Anitta. Mia questionou a decisão que favoreceu a brasileira durante a premiação do MTV VMA no mês passado. Para ela, Karol G deveria ter sido a vencedora da categoria Melhor Videoclipe Latino.

"Karol G foi roubada", escreveu ela. "Qualquer outra decisão além de recompensá-la é puramente política para aplacar um público mais amplo que a MTV está tentando alcançar", escreveu Mia no Twitter.

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Um homem de 46 anos se fingiu de morto após ser rendido por criminosos e alvejado com cinco tiros, no fim da tarde dessa terça-feira, 1, na Vila Formosa, zona leste de São Paulo. Ao ser atingido, ele caiu e simulou estar sem vida, até que os dois suspeitos fossem embora do local. Socorrida pelo Corpo de Bombeiros, a vítima foi levada ao Hospital Santa Marcelina. Não há informações sobre seu estado de saúde.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado, o homem foi abordado na rua Homero Batista por dois homens armados que o obrigaram a entrar no carro em que estavam, um Corsa preto. Eles tomaram a carteira e o celular do homem rendido e o levaram até a Avenida Flor de Vila Formosa, a cerca de 500 metros do local do sequestro, onde o mandaram sair do carro.

Assim que desceu do veículo, os suspeitos atiraram cinco vezes contra a vítima. O homem foi atingido e caiu, quando se fingiu de morto para evitar que fossem feitos novos disparos. Assim que os criminosos deixaram o local, ele se arrastou e rolou pelo barranco até um campo de futebol do Complexo Esportivo CDC Waldemar Moreno, no mesmo bairro.

De acordo com a Secretaria de Segurança Urbana, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana que fazia o patrulhamento preventivo no complexo esportivo foi acionada por um cidadão para a ocorrência de disparo de arma de fogo. A vítima, com ferimentos à bala, foi socorrida pelos bombeiros e encaminhada ao pronto socorro do Hospital Santa Marcelina, em Itaquera, também na zona leste.

A ocorrência foi registrada como tentativa de homicídio no 58º Distrito Policial (Vila Formosa). O homem não teve a identidade divulgada. Uma perícia foi requisitada e a investigação tenta identificar e prender os autores do crime.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou nesta quarta-feira, 2, um alerta sobre os efeitos de medicamentos à base de semaglutida, como o Ozempic e Wegovy, na saúde da pele.

Além do controle do diabetes e da perda de peso, esses remédios têm demonstrado proteção contra os chamados eventos adversos cardiovasculares importantes e impactos positivos no cérebro, com reduções no risco de Alzheimer e de adicções.

Por outro lado, eles podem causar náuseas, vômitos, diarreia, constipação e dor abdominal. Também já foram detectados reflexos negativos no pâncreas e nas articulações e, como ressalta agora a SBD, na pele e no cabelo.

"Embora os efeitos adversos mais comuns sejam gastrointestinais, em relação à pele, estudos recentes identificaram efeitos menos comuns, mas relevantes. Entre eles estão queda de cabelo (alopecia), alterações na sensibilidade da pele (como formigamento, dor ou queimação) e reações no local da aplicação subcutânea", diz João Renato Gontijo, coordenador do Departamento de Medicina Interna da SBD, na nota da entidade.

Em casos raros, foram relatados penfigoide bolhoso, doença autoimune que causa bolhas no corpo; vasculite leucocitoclástica, doença inflamatória que danifica a parede dos vasos sanguíneos, levando ao surgimento de manchas vermelhas ou roxas na pele; e inchaço em áreas como lábios e pálpebras (angioedema).

Outro aspecto é o impacto da própria perda de peso. O documento afirma que a rápida redução de gordura corporal, inclusive na face, pode resultar em flacidez, rugas e aparência envelhecida. Ela também pode comprometer os níveis de nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e ácidos graxos, fundamentais para a manutenção da hidratação, elasticidade e barreira cutânea da pele.

"Muitos pacientes percebem um envelhecimento acelerado, que pode ser de 5 a 10 anos, dependendo da quantidade de peso perdido e de fatores individuais, como genética e exposição a fatores ambientais", afirma Daniel Coimbra, coordenador do Departamento de Cosmiatria da SBD, na nota.

Cuidados

"O maior cuidado deve ser sempre relatar qualquer alteração para o médico que prescreveu o medicamento e garantir uma ingestão alimentar balanceada para suprir as necessidades básicas do nosso corpo", afirma Gontijo.

A SBD informa que não existe contraindicação formal para pacientes com doenças dermatológicas preexistentes, mas é recomendado que aqueles com histórico de doenças autoimunes cutâneas, como lúpus ou penfigoide bolhoso, sejam acompanhados pelo dermatologista porque já foram relatados casos de reativação ou surgimento dessas condições durante o uso da semaglutida.

Em relação aos sinais de envelhecimento, os médicos destacam que cuidados básicos, como hidratação e uso do protetor solar, são essenciais. Eles também afirmam que algumas intervenções com acompanhamento especializado, como o uso de bioestimuladores de colágeno, podem ser eficazes.

"O acompanhamento médico interdisciplinar é o ideal, incluindo o dermatológico, para garantir que a perda de peso não comprometa a aparência e a saúde da pele a longo prazo", conclui Coimbra.

Após pressão dos estudantes, foi apresentado um projeto de lei que prevê o fim de um limite máximo para cobertura do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), hoje de R$ 60 mil por semestre para estudantes de Medicina e de R$ 42,9 mil por semestre para os demais cursos. Ainda não há previsão para que o texto seja colocado em votação no Congresso.

O objetivo é de que o financiamento cubra toda a mensalidade dos estudantes, sem necessidade de pagamento de coparticipações, que no caso da Medicina giram em torno de R$ 1 mil a R$2 mil mensais, mas podem chegar a mais de R$ 4 mil a depender da faculdade. Alguns alunos se endividaram para pagar as coparticipações, outros precisaram a abandonar o curso, como mostrou reportagem do Estadão.

Nas outras graduações, a necessidade de complementar o pagamento é mais rara para beneficiados pela modalidade Fies Social, voltado para estudantes de baixa renda.

O projeto protocolado é de autoria do deputado Dimas Gadelha (PT).

O Fies é um programa do governo federal, gerido pelo Ministério da Educação (MEC), que financia as mensalidades a juros zero para estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos por pessoa.

A modalidade Fies Social reserva 50% das vagas totais do programa para estudantes com renda familiar per capita de até meio salário mínimo inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Para esse grupo, o financiamento cobre até 100% do curso (sujeito ao teto) - diferentemente do resto das vagas, em que o financiamento é parcial.

Após a conclusão do curso, o financiamento deve ser pago conforme a realidade financeira do recém-formado, ou seja, a parcela da amortização varia de acordo com a renda - no caso de o profissional não ter renda, será devido apenas o pagamento mínimo.

Nas redes sociais, há um movimento chamado "Fies sem teto", que pressiona o governo para elevar o teto do financiamento. O MEC já disse não ter previsão de aumento, mas o ministro Camilo Santana afirmou, no mês passado, querer regulamentar as mensalidades de medicina para que não haja "cobranças excessivas" - a declaração causou preocupação em faculdades do ramo.

"O Fies é uma política pública essencial para a promoção do acesso, da permanência e da conclusão de estudantes em cursos superiores. Essa afirmação é ainda mais válida quando aplicada aos cursos de Medicina, cujo acesso ainda é restrito aos segmentos mais desfavorecidos da população, bem como é envolto em grande prestígio e confere diploma de uma carreira que proporciona significativa possibilidade mobilidade social", diz o texto do projeto de lei.

Sobre os recursos para arcar com a maior cobertura das vagas do Fies, Gadelha argumenta que não haverá impacto orçamentário caso a medida seja aprovada, pois há sobra de vagas do Fies, as quais já estão previstas no orçamento da União.

"Observe-se que, todo semestre, sobram dezenas de milhares de vagas não ocupadas previstas para beneficiários Fies. Essas vagas ociosas são previstas, anualmente, nos orçamentos da União", diz o deputado.