Regina Duarte se reinventa em nova profissão, após passar por gestão Bolsonaro e sair da Globo

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Longe dos palcos e da televisão desde 2018, a atriz Regina Duarte se lançou em uma nova profissão, a de artista plástica. Nesta semana, ela abriu em São Paulo a exposição A Natureza e Eu, na loja Aqua Arte, no bairro de Moema, na zona sul da cidade, comandada pelo arquiteto Roberto Spiritus.

A mostra é resultado de pesquisas que Regina tem realizado em arte botânica. Em um post no Instagram, ela contou que o impulso de colecionar e manusear troncos, casca, folhas e flores secos lhe ocorreu em janeiro deste ano. Regina descreve o novo hábito como uma "paixão avassaladora".

"Tenho muito a aprender ainda, eu sei. Não sei se vou conseguir me conter e passar mais de um dia sem lidar com as mais de mil folhas que recheiam meus livros e prensas. O processo que me levou a esta mostra me revelou que como ser humano vou também me transformar um dia em novas coisas", escreveu Regina, de 76 anos.

A exposição ganhou texto de apresentação assinado pelo crítico de arte Oscar D'Ambrosio. Nele, o profissional explica o processo de trabalho realizado por Regina, que utiliza o material que recolhe da natureza em colagens.

"As imagens que a artista apresenta, sugerindo ou não elementos reconhecíveis no mundo considerado real, são, portanto, resultado de um procedimento criativo que parte da coleta de material, da sua limpeza, preparação para a colagem e forma como é colocado sobre o suporte", diz o texto.

Em fotos postadas nas redes sociais, é possível ver alguns dos trabalhos confeccionados por Regina. Entre os convidados para a abertura da exposição, estavam a filha de Regina, a também atriz Gabriela Duarte, e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por porte ilegal de arma. No Instagram, Regina se refere a Carla como "amiga" que tem "megatons de energia".

Considerada uma grandes atrizes de sua geração, com trabalhos marcantes na TV, entre eles, Selva de Pedra, Malu Mulher, Sétimo Sentido, Roque Santeiro e Por Amor, além de atuação constante no teatro e no cinema, Regina encerrou seu contrato com a TV Globo, emissora onde passou mais de 50 anos, em fevereiro de 2020, um mês após aceitar o convite do ex-presidente Jair Bolsonaro para comandar a Secretaria Especial de Cultura em seu governo, pasta que substituiu o Ministério da Cultura, extinto à época por decisão de Bolsonaro.

Regina ficou no cargo por pouco mais de três meses em uma gestão marcada por polêmicas e desautorizações por parte de Bolsonaro. Em uma entrevista para a CNN, a atriz, ainda no cargo de secretária, questionou o fato das pessoas relembrem a tortura e as mortes ocorridas durante o período da ditadura militar brasileira.

"Sempre houve tortura, não quero arrastar um cemitério. Mas a humanidade não para de morrer, se você falar de vida, de um lado tem morte. Por que olhar para trás? Não vive quem fica arrastando cordéis de caixões, acho que tem uma morbidez neste momento. A Covid está trazendo uma morbidez insuportável, não tá legal!", disse à época.

Após ser exonerada do cargo, o governo de Bolsonaro anunciou que Regina assumiria um cargo na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, algo que nunca ocorreu.

Em sua conta no Instagram, Regina costuma fazer posts de apoio a Bolsonaro e outros contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Para quem sente saudade da Regina Duarte atriz, uma opção é assistir às novelas disponíveis no Globoplay, como Roque Santeiro, História de Amor, Por Amor e Vale Tudo.

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A Polícia Civil do Maranhão prendeu em flagrante uma mulher de 36 anos apontada como a principal suspeita de envenenar um ovo de Páscoa e enviar para uma família, no município de Imperatriz. A investigada, detida na tarde de quinta-feira, 17, é ex-namorada do atual companheiro de uma das vítimas.

"As investigações iniciais apontam que ciúme e vingança podem ter sido a motivação para a mulher envenenar o chocolate e enviar para a família", informou a Polícia Civil. Um menino de sete anos morreu, e a mãe e a irmã dele permanecem internadas em estado grave após consumirem o chocolate.

"O atual companheiro da vítima, mãe das crianças também supostamente envenenadas, é ex-companheiro da suspeita. Ele foi ouvido pelos policiais e seu depoimento foi fundamental para que se chegasse até a mulher e fosse efetuada a prisão dela", disse a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão.

Ainda de acordo com a secretaria, a prisão, realizada menos de 12 horas após o crime, foi resultado de uma operação conjunta da Polícia Civil do Maranhão e do Centro de Inteligência da SSP. O nome da suspeita não foi revelado e, desta forma, a defesa não foi localizada.

Prisão

A polícia chegou até a suspeita depois de analisar imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento comercial da cidade maranhense. No vídeo, a mulher apareceria usando peruca e comprando o chocolate.

"Além disso, a prisão teve como base depoimentos de testemunhas e familiares que indicavam a mulher como sendo a principal suspeita de cometer o crime", disse a Polícia Civil.

Os agentes conseguiram interceptar e prender a mulher em uma rodovia. A suspeita estava em um ônibus intermunicipal viajando de Imperatriz para Santa Inês, município onde residia.

Na ocasião, os policiais civis apreenderam duas perucas (uma loira e outra preta), restos de chocolate, remédios e passagens de ônibus. Um dos bilhetes foi comprado na última segunda-feira, 14, dois dias antes de a família receber a encomenda entregue por um mototaxista.

Durante o curto período em que esteve em Imperatriz, a suspeita ficou hospedada em um hotel.

Investigação continua

O corpo da criança foi submetido a exame de necropsia no Instituto Médico Legal de Imperatriz e a Polícia Civil aguarda o laudo pericial para confirmar a causa da morte.

O Instituto de Criminalística da cidade também foi requisitado para fazer a coleta de material para análise laboratorial das vítimas hospitalizadas.

"A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Imperatriz, que conduz o inquérito criminal, concluiu o flagrante na noite de quinta-feira, e remeteu à Justiça de Santa Inês", disse a SSP.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, por sua vez, informou que a suspeita encontra-se detida em Santa Inês. Ela aguarda a realização da audiência de custódia, momento em que o Poder Judiciário avaliará e decidirá sobre a sua situação processual.

Sem indício de cumplicidade

O chocolate supostamente envenenado foi entregue na residência da família por volta das 19 horas de quarta-feira, 16, por um mototaxista contratado pela suspeita.

"Ele foi ouvido pela polícia e as informações repassadas foram fundamentais para que se chegasse até a mulher. Não há, no momento, indícios de que ele pudesse estar envolvido no crime", afirmou a secretaria.

A Polícia Civil investiga se o corpo de uma mulher encontrado na quinta-feira, 17, em Itaquera, na zona leste de São Paulo, seria da turismóloga e mestranda Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos. A estudante da Universidade de São Paulo (USP) está desaparecida desde a noite do domingo, 13.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) respondeu que os procedimentos de identificação ainda estão em andamento, mas suspeita que o corpo seja da mulher desaparecida.

A vítima foi encontrada nos fundos de um estacionamento na Avenida Miguel Inácio Cury, na Vila Carmosina, distrito de Itaquera.

"Foram requisitados exames ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação", apontou a SSP.

O caso foi registrado como morte suspeita no 24° Distrito Policial (Ponte Rasa). "As investigações estão em andamento visando ao total esclarecimento dos fatos", completou a secretaria.

Bruna desapareceu no domingo por volta das 22 horas, após deixar a residência do namorado, no Butantã, na zona oeste.

Segundo amigos, ela desceu na estação Itaquera e teria se encaminhado a uma banca de jornal para carregar a bateria do celular e, então, pedir um carro por aplicativo para voltar para casa, localizada nas proximidades.

De acordo com relatos de amigos, Bruna enviou uma mensagem ao namorado quando estava nas imediações do terminal. Não há, contudo, informações se chegou a entrar em algum veículo ou se foi embora a pé ou de transporte coletivo.

Vítima começou mestrado neste ano e tem filho de sete anos

Segundo amigos, Bruna tem um filho de sete anos. Formada em Turismo pela USP em 2018, ela retornou à universidade neste semestre para começar o mestrado.

Em rede social, sua descrição é de alguém com "paixão e competência em criar experiências de viagens inesquecíveis".

Na trajetória profissional, trabalhou em diferentes agências e outras empresas do setor de turismo.

Ao menos quatro homens foram presos pelo roubo de 25 toneladas de bacalhau na madrugada da quinta-feira, 17, no litoral paulista. De acordo com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a carga é avaliada em R$ 2 milhões. Os indivíduos têm entre 25 e 51 anos.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP), o motorista aguardava para carregar o veículo em um terminal alfandegário do Guarujá, quando foi abordado por um criminoso armado. Ele foi obrigado a dirigir o veículo até a cidade de Santos.

"Quando chegou no local, a vítima deixou o caminhão e foi levada pelos criminosos em um carro até Itanhaém. De lá, o homem foi solto. Ele foi até um posto dos bombeiros pedir ajuda", disse a SSP.

Durante patrulhamento, a mercadoria roubada foi localizada dentro de um galpão no município de Santos, onde havia a suspeita de que a carga seria armazenada.

"Os quatro homens descarregavam as caixas de bacalhau do caminhão quando foram abordados pelos policiais. Todos foram presos em flagrante", afirmou a SSP.

Com os indivíduos foram apreendidos dois bloqueadores de sinal de radiofrequência, três detectores de GPS, além de porções de cocaína.

Eles foram encaminhados ao 5º Distrito Policial de Santos, sendo o caso registrado como roubo.