Vídeos mostram modelo Ricardo Merini na noite do desaparecimento em SP

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O ator e modelo Ricardo Merini está desaparecido desde o último sábado, 21. Ele foi visto pela última vez no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O caso é investigado pela Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Imagens de câmeras de segurança obtidas pelo Estadão nesta sexta-feira, 27, mostram o modelo na noite do desaparecimento.

Na primeira, o ator é visto com uma mala chegando em casa por volta das 21h48. Logo depois, Ricardo deixa a residência, em torno das 23h36, mexendo no celular. Segundo Fernanda Hoffman, amiga do modelo, não há mais nenhuma informação relevante sobre o caso. A polícia investiga outras imagens de câmeras de segurança na região.

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Em nota enviada ao Estadão, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que a equipe também faz buscas em sistemas informatizados da polícia, além de abrigos, hospitais e prontos socorros. "Demais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial", informou o órgão.

Leia a nota completa:

"O caso é investigado pela Delegacia de Pessoas Desaparecidas do DHPP. A equipe de investigação realiza buscas nos sistemas informatizados da polícia, bem como em serviços de atendimentos a pessoal em situação de vulnerabilidade, como abrigos, hospitais, prontos socorros. Os familiares e amigos estão sendo contatados a fim de fornecer informações que possam auxiliar no encontro do desaparecido. Demais detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial."

Quem é Ricardo Merini?

Ricardo tem 37 anos e é formado em teatro, cinema, TV e audiovisual pela Escola Célia Helena. Ele já esteve na peça Terror e Miséria no Terceiro Reich, em 2012, e fez também a websérie Halls Sensação que Inspira, em 2014.

O artista também já trabalhou em três curtas-metragens e atuou como dublador na animação O Coração do Príncipe, também em 2014. No ano seguinte, fez parte do elenco de Asco e Noite na Taverna.

Amigos e familiares têm feito uma campanha nas redes sociais em busca de informações. Outros perfis também já aderiram e compartilham uma imagem do ator com telefones para contato.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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A Comissão Guarani Yvyrupa divulgou uma nota de pesar pelas cinco vítimas do acidente na BR-373, envolvendo um carro e um caminhão, ocorrido na madrugada de domingo, 30, no Paraná.

Segundo a organização indígena, os jovens eram do povo guarani mbya e vinham da aldeia Palmeirinha do Iguaçu, localizada na Terra Indígena Mangueirinha, no município de Chopinzinho (PR). O motorista do caminhão e uma bebê que estava no carro sobreviveram. A criança teve ferimentos leves.

A nota identificou as vítimas como Diegson Renan Pires, de 19 anos, Eliel Karai Tataendy, de 22, Elison Jeguaka Mirim Ribeiro, também de 22, Jaqueline Jerá, de 19 e Jonas Pires de Lima, de 14.

Segundo Nailsen Ywá, professora em Palmeirinha do Iguaçu, eles tinham ido a um baile em uma aldeia kaingang próxima. "Estamos todos tristes", disse ela ao Estadão.

Nailsen Ywá conhecia os jovens desde criança, e contou que Diegson gostava muito de jogar futebol e era goleiro do time. Ele deixou a esposa grávida.

Eliel era o irmão caçula da família e deixou uma filha de um ano.

Elison cursava o segundo ano do ensino médio no colégio estadual indígena Vera Tupã e gostava muito de tocar violão e cantar mborai'i, a música sagrada guarani. Ele tinha uma filha de dois anos.

Jaqueline "foi uma menina incrível, sempre sorridente e divertida". Ela tinha três filhas - uma delas, a bebê que estava no carro

Jonas cursava o nono ano gostava muito de jogar bola, e completaria 15 anos no dia 1º de abril. "Ele foi meu aluno desde o terceiro ano do ensino fundamental", contou.

A morte "trágica e prematura" dos jovens "abalou todo o povo Guarani, pois quando uma vida jovem se perde perdemos parte do futuro de nosso povo", conforme a nota da Comissão Guarani Yvyrupa.

O governo federal autorizou reajuste máximo de 5,06% no preço de medicamentos a partir desta segunda-feira, 31 de março, conforme resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU). A decisão é da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação do segmento. O índice de aumento corresponde à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses encerrados em fevereiro.

De acordo com o ato, o reajuste seguirá três faixas, conforme a classe terapêutica dos medicamentos: o remédio de nível 1, poderá ter o aumento máximo de 5,06%; o de nível 2, seguirá o índice de 3,83%; e o de nível 3, 2,60%.

O ajuste de preços de remédios é anual. Em 2024, o teto do reajuste dos valores foi de 4,5%.

"As empresas detentoras de registro de medicamentos deverão dar ampla publicidade aos preços de seus produtos, por meio de publicações em mídias especializadas de grande circulação, não podendo ser superiores aos preços publicados pela CMED no Portal da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", cita a resolução.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) concluiu em março a retirada de cabras da Ilha Santa Bárbara, no arquipélago de Abrolhos, extremo sul da Bahia. Elas serão estudadas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Embrapa devido à capacidade de adaptação à escassez hídrica.

Segundo o ICMBio, a remoção foi necessária pelo impacto ambiental causado pelos animais exóticos, que habitavam a ilha havia mais de 200 anos. Elas viviam isoladas e conseguiram sobreviver mesmo com a ausência de fontes de água doce no local.

As primeiras cabras teriam sido levadas para Abrolhos por navegadores como garantia de subsistência durante expedições, ainda no período da colonização, conforme uma publicação na página da Uesb. O arquipélago foi visitado pelo naturalista Charles Darwin em 1832.

A operação seguiu o plano de manejo elaborado pelo ICMBio em 2023, retirando 27 caprinos em três expedições realizadas desde janeiro. Além do órgão federal, contou com a participação da Marinha, da Embrapa, da Uesb e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

De acordo com o instituto, as cabras tinham um impacto sobre a vegetação e o solo da ilha e também interferiam na reprodução das aves marinhas, que utilizam o arquipélago como "berçário".

Erradicar as espécies exóticas foi considerado crucial para a regenerar da vegetação da Ilha Santa Bárbara e proteger as sete espécies de aves marinhas que se reproduzem em Abrolhos, incluindo a grazina-do-bico-vermelho, espécie ameaçada que tem sua maior colônia no arquipélago.

"No passado, os caprinos serviam como fonte de proteína animal. Atualmente, com os recursos da vida moderna e o apoio logístico prestado bimestralmente pela Marinha aos militares que guarnecem a Ilha de Santa Bárbara, a presença dos animais tornou-se desnecessária", afirma o Capitão de Fragata Douglas Luiz da Silva Pereira, da Marinha, que geriu a operação.

Segundo a publicação de 2024 do governo federal Monitoramento da biodiversidade para conservação dos ambientes marinhos e costeiros, o órgão já vinha trabalhando pela erradicação de roedores em Abrolhos, também invasores, por arranharem e comerem ovos das aves.

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi o primeiro parque marinho estabelecido no Brasil, em 1983, e abriga a formação de recifes de corais rasos (a menos de 20 metros de profundidade) mais diversa e extensa do País. Além de Santa Bárbara, a única habitável e localizada a cerca de 65 km de Caravelas (BA), Abrolhos é composto pelas ilhas Redonda, Siriba, Sueste e Guarita.

'Tesouro genético'

O campus da Uesb em Itapetinga, no interior da Bahia, recebeu 21 cabras de Abrolhos. Elas foram colocadas em quarentena e estão sendo monitoradas para garantir a adaptação ao continente e o isolamento de outros rebanhos, já que são sensíveis a doenças e parasitas. As cabras são consideradas um "tesouro genético" pelos pesquisadores da universidade.

Para Ronaldo Vasconcelos, professor do curso de zootecnia da universidade, a adaptação pode ter relação com características específicas do DNA da espécie. O objetivo dos cientistas é confirmar a singularidade genética dessas cabras e entender os genes responsáveis pela resistência à falta de água potável.

Confirmada essa singularidade, Uesb e Embrapa devem dar início a um plano de conservação para ampliar o rebanho, armazenar material genético (sêmen e embriões) e distribuí-lo para produtores rurais.

Os estudos podem beneficiar a criação desses animais em um semiárido cada vez mais seco devido à mudança do clima. A criação de cabras é uma das principais atividades econômicas e de subsistência da população que habita a Caatinga, sendo muitas vezes a única fonte de proteína para famílias de baixa renda.

"Esses genes podem melhorar o desempenho de animais do continente, tornando-os mais resistentes em áreas com escassez de água. Além disso, esse material genético pode ser valioso para pequenas propriedades rurais", disse o professor de zootecnia ao portal da Uesb.