Vai à exposição 'Terror no Cinema''do MIS? Veja serviço completo e dicas de passeio pela região

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Que tal passear pela história do cinema de horror aproveitando o clima de Halloween? A partir desta terça-feira, 31, o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS), apresenta a exposição Terror no Cinema trazendo uma experiência sensorial com inspiração em clássicos do gênero.

A mostra completamente imersiva traz um passeio pelos diversos universos do cinema de horror, amado por muitos e odiado por outros tantos. Sem querer dar spoiler, mas é bom se preparar para se surpreender, ter aquele pouquinho de nojo que só fãs de slasher (filmes com muito sangue e vísceras na tela) entendem, e, claro, se assustar. Afinal, quem já viu rolê de terror sem susto?

Antes de mais nada, é importante lembrar que esse passeio não é indicado para crianças, a classificação indicativa é de 16 anos para cima. Um dos ambientes, inclusive, é indicado apenas para maiores de 18 anos. Cenas que remetem à violência são bastante comuns lá dentro. Também vale dizer que quem tem o coração mais fraquinho ou não gosta nada de tomar susto, mesmo que seja pequeno, não vai aproveitar bem essa jornada. Mas pode entrar, por sua conta e risco...

O que você vai encontrar?

"Reunimos um acervo bastante interessante com centenas de peças de alguns museus, cinematecas, produtoras, e a partir disso, construímos a exposição em volta, tentando pegar as pessoas não pelo cérebro, mas pelos outros órgãos e outros sentimentos", diz o curador e diretor do MIS, André Sturm. "Não é um pesadelo, mas tem seus momentos", brinca. (Insira aqui um som de risada maléfica para tornar o clima mais assustador!)

O caminho começa com o primeiro longa de terror produzido na história, O Gabinete do Dr. Caligari (Robert Wiene, 1920), um marco do expressionismo alemão. Daí em diante, a mostra é dividida em setores temáticos, dedicados aos diversos subgêneros do terror e seus elementos como vampiros, zumbis, pedaços de corpos, assassinos mascarados, pessoas e brinquedos em possessão demoníaca... Tudo isso mergulhado em uma atmosfera cheia de estímulos sonoros, visuais e olfativos, explorados de forma lúdica e informativa.

Um dos aspectos mais divertidos da exposição é tentar descobrir as surpresas que cada espaço esconde, como uma floresta, um labirinto ou ainda a sala onde um vilão mantém os pedaços de corpos resfriados. "A gente está tentando criar uma tensão, com alguns sustos mais explícitos, outros menos, mas a ideia é que as pessoas estejam na expectativa do que vai acontecer", continua André.

A exposição ocupa dois andares do MIS e tem referências a clássicos do terror como Nosferatu (1922), Drácula (1931), A Noiva de Frankenstein (1935), Psicose (1960), O Exorcista (1973), Tubarão (1975), Alien, o oitavo passageiro (1979), O Iluminado (1980), Sexta Feira 13 (1980), O Silêncio dos Inocentes (1991), A Bruxa de Blair (1999) e inúmeros outros.

Os espaços também contam com elementos de alguns filmes como o figurino de O Chamado 3 e de Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007), além de documentos de produção com anotações de William Friedkin, diretor de O Exorcista (1973) e amostras de uma das máscaras mais famosas do cinema de terror: o ghostface da franquia Pânico.

A abertura nesta terça é especial, com ingressos custando R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia). Quem doar um livro de ficção, escrito em língua portuguesa e em bom estado também pode pagar meia. A visitação acontecerá das 15h até 22h (com permanência até 23h).

Entre os dias 1º de novembro e 4/11, o valor da inteira custa R$ 40 e a meia, R$ 20. A visitação poderá ser feita entre 10h e 20h, exceto no feriado, dia 2, em que o visitante só poderá entrar até 18h no MIS. A partir de terça-feira, 7, os valores caem para R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Museu da Imagem e do Som - MIS

- Avenida Europa, 158, Jardim Europa. Tel 2117 4777 / www.mis-sp.org.br;

- De terça a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h; domingos e feriados: 10h às 18h (permanência até 1h após o último horário);

- Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia. Entrada gratuita às terças-feiras.

Como chegar

O MIS fica em uma avenida de fácil acesso no Jardim Europa. Carros são opções boas, sem estresse, mas tente, em vez de esperar por uma vaga no concorrido estacionamento que fica em frente ao museu, parar em uma das ruas arborizadas que terminam na Avenida Europa. Ali é permitido parar e tem sempre algum lugar dando sopa. A região também é bem servida de paradas de ônibus e a estação de metrô mais próxima fica a meia hora de caminhada, a Oscar Freire (Linha Amarela).

Onde comer

Pipo Restaurante

Se não quiser ir para muito longe para almoçar ou beliscar algo, uma boa opção é o Pipo Restaurante, que fica logo atrás do museu, com acesso pela mesma entrada dele. O restaurante é uma casa boa em culinária brasileira, gastando entre R$100 e R$ 300 por pessoa.

A costela acebolada sai por R$ 86, servida com compota de cebola e batata frita; e o cacio e pipo, de R$ 48, é à base de pupunha, pimenta-do-reino e espuma de queijo parmesão. Nos doces, a torta de limão (R$ 34), com limões siciliano, tahiti, e galego, é um destaque.

Avenida Europa, 158, Jardim Europa (Acesso pelo MIS).

Tel: 3530-1760.

De segunda a sexta, das 17h às 19h.

Barbacoa

Para fomes maiores, e carnívoras, a dica é a tradicional churrascaria Barbacoa. Ela fica a 700 metros do MIS, dá pra ir caminhando, na Doutor Renato Paes de Barros, 65. Calcule desembolsar um pouco mais, algo como R$ 200 por pessoa. Serve-se um bom rodízio, com carnes saborosas preparadas com um know how acumulado desde 1990.

Só por curiosidade: a tradição norte-americana também está presente na cultura da casa. Assim diz o site: "A lembrança dos índios Arawaks (que assavam carnes sobre uma grelha chamada barbacoa), a tradição dos peões gaúchos, o barbecue americano e toda cultura do churrasco é presente e muito respeitada."

Rua Doutor Renato Paes de Barros, 65, Itaim Bibi.

Tel. 3168.5522.

Aberto ao público: Segunda a Sexta:12h às 15h e 18h às 22h30; Sábado: 11h30 às 17h e 19h às 22h30. Domingo e feriados: 11h30 às 17h e 19h às 22h.

Padoca do Mani

Menos luxo, mais funcional, mas não menos charmosa, a Padoca do Mani fica a menos de um quilômetro do MIS, e vale para demandas mais rápidas. Muito bem avaliada em sites de votações abertas, essa padaria pode ser ponto tanto de uma parada antes da exposição quanto após.

Um escondidinho de mandioquinha com cogumelos, com purê de mandioquinha, cogumelos salteados e espinafre gratinado com queijo parmesão, sai por R$ 63. O mesmo preço da cumbuca da Helen, com arroz cateto integral com cogumelos e cubinhos de queijo-coalho com melado, vinagrete de feijão-manteiguinha, ovo perfeito, rúcula e farofa de migalhas e sementes. "Venha com fome", diz o cardápio online.

Rua Joaquim Antunes, 138, Jardim Paulistano.

Segunda a Sexta: 7h30 às 19h. Sábado: 7h30 às 17h. Domingo: 7h30 às 15h.

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A brasileira Bianca Fraccalvieri foi a responsável pela leitura em português da Oração Universal, também conhecida como Oração dos Fiéis ou Preces, durante a missa de funeral do papa Francisco neste sábado, 26.

A cerimônia teve início às 10h no horário local (5h no horário de Brasília) e foi comandada pelo cardeal italiano Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais.

Após a leitura do evangelho, as orações universais são feitas em seis línguas diferentes. A terceira leitura, em português, foi feita por Bianca, que é jornalista e coordena as redes sociais do Vaticano.

Bianca também estava à frente de uma equipe de brasileiros totalmente dedicada aos detalhes finais do funeral do papa.

Ela conviveu por muitos anos com Francisco e foi convidada pelo Santo Padre para fazer leituras religiosas nos encontros semanais do papa com funcionários do Vaticano.

No site Vatican News, que transmite as notícias oficiais da Igreja e do país, é possível encontrar matérias feitas pela jornalista.

O funeral do papa Francisco ocorreu neste sábado, 26, em uma cerimônia repleta de significados. Antes de ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, o corpo do papa foi abençoado durante uma missa na Praça de São Pedro.

Durante a celebração, alguns rituais da fé católica chamaram atenção, como orações em latim e grego, a comunhão para todos os fiéis da praça, entre outros.

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz (Roma), explica alguns símbolos que apareceram na cerimônia deste sábado.

Homilia

A "homilia" é o momento em que o sacerdote passa a mensagem pregada durante a missa. A palavra vem do grego e significa "conversa". É quando o sacerdote fala sobre o Evangelho e aborda outros aspectos da palavra de Deus.

Na homilia, o cardeal Giovanni Battista Re, que rezou a missa, destacou o perfil conciliador do pontífice e destacou que Francisco foi um papa "junto do povo" e "atento aos sinais de seu tempo".

Battista Re é o decano do Colégio dos Cardeais. Perto do altar ficaram 220 cardeais e 750 bispos, além de aproximadamente 4 mil padres.

"São inúmeros os seus gestos e exortações a favor dos refugiados e deslocados. Constante foi também a sua insistência em agir a favor dos pobres", disse o cardeal na homilia, citando ainda a frase do papa: "Construir pontes e não muros".

Orações em latim

Latim é a língua universal da Igreja. Segundo o padre José Eduardo, quando há fiéis de diversas origens, a missa é celebrada em latim, que é "a língua litúrgica comum de todos os católicos".

Antes do início do rito da comunhão, o sacerdote inicia a reza do Pai Nosso, que é a principal oração da fé católica, conhecida como "a oração que Jesus nos ensinou".

"O Pai Nosso é sempre rezado no início do Rito da Comunhão, como expressão da nossa filiação divina em Cristo", explica o padre José Eduardo.

Comunhão

O sacramento da comunhão é um momento-chave da missa. Para os católicos, a hóstia consagrada é o próprio corpo de Cristo, entregue como "alimento de vida eterna" e um instrumento de remissão dos pecados.

Neste sábado, a comunhão foi distribuída para todos os fiéis que acompanhavam a missa em homenagem ao papa na Praça de São Pedro. O momento foi um dos mais emocionantes da celebração.

"Para a Igreja, depois da Consagração, o pão se converte na carne do Senhor", explica o Padre José Eduardo.

Ladainha

A ladainha é um momento da missa no qual o sacerdote pede a intercessão aos santos pela alma do papa Francisco.

Na oração do "Credo" há uma passagem que explica esse momento. Um dos versos ditos é "creio na comunhão dos Santos", isso significa que a fé católica acredita que há uma comunhão entre a chamada "Igreja militante" -a que está neste mundo-, a "Igreja padecente" - que reúne as almas do purgatório -, e a "Igreja triunfante"- que congrega os santos que estão no céu.

"Portanto, no caso, a Igreja militante intercede junto à Igreja triunfante pelo Papa, presumindo que ele possa estar na Igreja padecente, com as almas em purificação. É claro que não temos certeza de onde ele está e, justamente por isso, rezamos por sua alma", explica o padre José Eduardo de Oliveira e Silva.

Ofício de defuntos

O "Ofício de defuntos" é o conjunto das orações que a Igreja faz pelos fiéis falecidos. Nesse momento, patriarcas da Igreja Católica no Oriente também se apresentaram e ficaram junto ao caixão para rezar pelo pontífice, quando é feita a oração da liturgia bizantina e o coro canta em grego.

Como explica o padre José Eduardo:

"No caso, como o papa é o pastor de toda a Igreja, a qual tem, no dizer de S. João Paulo II, dois pulmões: Oriente e Ocidente, são feitas duas orações, em latim e em grego, para representar a unidade de toda a Igreja, órfã, diante do corpo de seu pai terreno".

Responsório

O "responsório" é um tipo de oração, um cântico, na qual o sacerdote diz um verso e os fiéis respondem com outro.

No ritual das "exéquias", ou seja, do sepultamento, é feita a oração responsória pelo defunto. A própria palavra "exéquias" vem do latim e significa "acompanhar". Nesse momento, o corpo é borrifado com água benta e incensado.

"Com esse rito, a Igreja professa a fé na ressurreição da carne: no final dos tempos, os nossos corpos ressurgirão com Cristo glorioso", diz o padre José Eduardo.

O rito das exéquias é considerado sagrado pela Igreja. Durante esse rito, o corpo do papa foi incensado e benzido por um dos patriarcas.

"A água é em recordação do batismo. E o incenso representa as nossas orações por aquela alma, orações que sobem perfumadas para o céu", explica o padre.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse desejar que o próximo papa seja igual a Francisco, pontífice enterrado neste sábado, 26. "Quisera Deus que o próximo papa fosse igual a ele, com o mesmo coração dele, os mesmos compromissos religiosos dele, com os mesmos compromissos com o combate à desigualdade", disse Lula em Roma, onde acompanha o funeral de Francisco.

Lula disse ainda ter "um apreço muito grande pelo comportamento como homem, como religioso" de Francisco, e afirmou que o acompanhamento do cortejo fúnebre "foi uma dívida que nós pagamos a um homem que prestou serviços à humanidade".

A comitiva do presidente em Roma contou com a presença de quatro ministros de Estado, dos chefes dos Três Poderes e dez parlamentares. Além deles, participaram do ato a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e o embaixador Celso Amorim, assessor-chefe da assessoria especial da Presidência da República.

Em nota de pesar pelo falecimento de Francisco, Lula já havia dito que o papa foi uma "voz de respeito e acolhimento ao próximo". "O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", disse o presidente, que decretou um luto oficial no País de sete dias como homenagem ao pontífice.

Em Roma, Lula também comentou sobre o encontro entre Donald Trump e Volodmir Zelenski. Os presidentes dos Estados Unidos e Ucrânia, respectivamente, se reuniram na manhã deste sábado antes do início do funeral. O petista criticou os chefes de Estado pela falta de consenso a uma solução de paz e defendeu mais negociações para a resolução do conflito provocado pela invasão da Rússia à Ucrânia.

"O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução não só para Ucrânia e para Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza", afirmou Lula.