Filha de Lampião processa Tiago Pavinatto e pede indenização por publicação de livro

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Expedita Ferreira Nunes, filha de Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, e Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita, processou o apresentador Tiago Pavinatto por danos morais e direito de imagem. A informação foi confirmada pelo Estadão, que teve acesso ao processo, nesta quarta-feira, 22.

Expedita pede uma indenização de R$ 245 mil de Pavinatto e da editora Almedina, responsável pela publicação de Da Silva: a Grande Fake News da Esquerda: o Perfil de um Criminoso Conhecido e Famoso Pela Alcunha Lampião. O apresentador fez uma série de publicações nas redes sociais e defendeu o conteúdo.

Em nota enviada ao Estadão, Pavinatto informou que ele e a editora ainda aguardam a citação. Conforme o apresentador, ele soube do processo ao fazer uma busca judicial por seu nome.

A ação corre no Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE). A reportagem contatou a editora responsável pelo livro para um pronunciamento, que disse que aguarda a citação do processo.

O apresentador fez uma série de publicações citando o caso nas redes sociais. Em seu canal no YouTube, Pavinatto se pronunciou sobre o caso. Segundo ele, o teor do processo lhe foi informado por um jornalista de Sergipe, já que não teve acesso aos autos e nem à petição inicial. Expedita teria acusado o apresentador de macular o nome e a honra de Lampião.

No vídeo, Pavinatto reforça o conteúdo do livro e usa termos como "ladrão", "psicopata" e "estuprador". Ainda conforme o apresentador, Expedita pede para que seja publicado um prólogo e uma retratação nas redes sociais, o que ele se nega a realizar.

"Você está pedindo retratação para a pessoa errada. Eu não sou pessoa de se retratar", disse no vídeo. A filha de Lampião também teria aberto o processo para que o livro fosse reescrito sem adjetivações, sob pena de multa diária no valor mínimo de R$ 500. O apresentador defendeu que realizou uma pesquisa para escrever a publicação e disse que se negará a reescrevê-la.

Em comunicado à reportagem, o apresentador argumentou que o motivo do processo seria um "excesso de linguagem", e não os fatos expostos no livro. "Nada do que escrevi foi tirado do meu sentir; tudo está embasado na vasta bibliografia informada no livro", escreveu.

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Na véspera da data em que Isabella Nardoni completaria 23 anos de idade, Ana Carolina Oliveira compartilhou nas redes sociais as lembranças que guarda da filha em uma caixa, como fotos, brinquedos e sapatos de bebê. Isabella foi morta aos 5 anos pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, em 2008.

Hoje vereadora de São Paulo pelo Podemos, Oliveira também publicou um vídeo em homenagem à filha: "Eu guardo tudo de você com tanto carinho, suas fotos, seus desenhos, suas cartinhas. Às vezes fecho os olhos e consigo sentir você aqui comigo", disse.

Ela diz imaginar como a filha estaria hoje, se estaria na faculdade, se teria um amor e como seria a relação com os irmãos mais novos. "Daria tudo pra viver mais um aniversário com você", disse no vídeo.

Relembre o crime e desdobramentos

Isabella teria sido jogada da janela do 6º andar do prédio na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo, onde moravam o pai e a madrasta. Ambos foram condenados em 2010 - ele, a 31 anos e 1 mês, ela, a 26 anos e 8 meses de prisão - mas já se encontravam presos desde 2008, quando ocorreu o crime. O caso teve grande repercussão nacional.

Alexandre Nardoni está em regime aberto desde maio do ano passado, cumprindo o restante da pena em liberdade. Ele teve concedida a progressão para o regime aberto depois de ficar preso por 16 anos. Já Anna Carolina Jatobá cumpriu 15 anos de pena e foi solta em 2023, também em progressão para o regime aberto.

Ana Carolina Oliveira foi a segunda vereadora mais votada da cidade nas eleições municipais de 2024. Seus projetos em tramitação na Câmara de São Paulo são voltados à proteção de mulheres, crianças e adolescentes e pessoas com deficiência contra a violência, mas nenhuma proposta ainda foi aprovada.

Uma adolescente de 17 anos foi esfaqueada dentro de sua casa, em Sorocaba, interior paulista, pelo namorado, também de 17 anos. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, 17.

O próprio jovem chamou a Polícia Militar após o ato, confessando o crime. Ele foi encaminhado à Fundação Casa e permanece à disposição da Justiça.

A Polícia Civil investiga o caso. A perícia foi solicitada ao local e o caso foi registrado como feminicídio na Delegacia de Plantão de Sorocaba.

Em 2024, o Brasil registrou 1.450 feminicídios, uma redução de 5% em relação a 2023, segundo dados do Ministério da Justiça. No Estado de São Paulo, porém, houve recorde de casos de homicídios de mulheres por razões de gênero no último ano - foram mais de 250.

O advogado Juliano Bento Rodrigues Girau foi morto a tiros durante um assalto na madrugada deste sábado, 19, na orla da Praia Grande, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Um amigo da vítima também foi baleado.

Ao menos um dos quatro suspeitos de participação no crime foi detido pela manhã. A Polícia Civil faz buscas pelos demais envolvidos.

Morador de São Gonçalo do Sapucaí (MG), o advogado estava no litoral paulista a passeio, junto com dois amigos. O crime teria ocorrido quando o grupo saiu de uma festa realizada na beira da praia, momento em que foi abordado por quatro homens encapuzados.

O caso foi registrado como latrocínio na Delegacia de Ubatuba. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), um terceiro amigo da vítima não se feriu e prestou depoimento à polícia.

"Os criminosos levaram celulares, carteiras e joias das vítimas", apontou em nota. "As investigações seguem em andamento para identificar e localizar os responsáveis pelo crime", finalizou.

Câmeras de segurança captaram o momento do crime, ocorrido pouco antes das 4 horas da madrugada. Nas imagens, o advogado e seus amigos são abordados por quatro homens encapuzados enquanto ainda estavam na faixa de areia.

Nas redes sociais, um dos amigos do advogado havia postado imagens das cerca de 12 horas de viagem de carro até Ubatuba. Guirau era formado em Direito pela Faculdade de Direito de Varginha (Fadiva), mas residia em São Gonçalo do Sapucaí, município do sul mineiro localizado a menos de 300 quilômetros de Ubatuba.

Prefeitura e OAB lamentam crime: 'Profissional íntegro'

A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Gonçalo do Sapucaí se manifestou nas redes sociais: "Sua dedicação e compromisso com a Justiça sempre será lembrada com respeito e gratidão". "Manifestamos nosso repúdio pelo crime brutal que levou a morte do advogado da nossa subseção e que as medidas sejam tomadas para uma célere investigação", acrescentou.

A Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí também lamentou o caso em nota veiculada nas redes sociais. "Profissional íntegro, Dr. Juliano dedicou sua vida ao exercício da Justiça com ética, competência e respeito ao próximo. Sua partida representa uma grande perda não apenas para a advocacia, mas para toda a nossa comunidade", declarou.