Gretchen apoia mãe de Ludmilla após críticas a Luana Piovani: 'Simplesmente retrógrado'

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A cantora Gretchen fez uma publicação em apoio a Silvana Oliveira, mãe de Ludmilla, nesta terça-feira, 21. Silvana havia gravado um vídeo em que criticava Luana Piovani por não ter se posicionado contra os ataques racistas que a filha recebeu após a atriz apontar erro na apresentação do Hino Nacional no GP Brasil de Fórmula 1.

O Estadão entrou em contato com a assessoria de Luana Piovani para comentar as declarações de Gretchen e Silvana, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.

"Pode não ter certas brasileiras que defendem a sua filha, mas tem essa brasileira aqui, que conhece você, que conhece a sua filha, que tem o maior carinho por vocês", iniciou Gretchen em uma postagem feita nos stories do Instagram. A cantora ainda se comprometeu a defender não apenas Silvana e Ludmilla, mas qualquer um que seja vítima de racismo.

"Isso não existe, isso é simplesmente retrógrado, isso é muita falta de sentimento", comentou. Na sequência, ela ainda citou os ataques que recebe por ter pelos no corpo. "Aliás, o ser humano está assim. Foram falar dos meus pelos, meu bem, não vão falar da sua cor, Sil?", disse.

Gretchen ainda pediu que Silvana "não ligue" para os comentários de ódio. "Sabe por quê? Porque nós, pessoas que somos nós mesmas, que somos seguras de nós, que temos voz, que podemos fazer o que quisermos da nossa vida, somos atacadas. Então não se importe", finalizou.

Entenda o caso

Silvana havia feito uma publicação em que criticava Luana Piovani por não se posicionar sobre os ataques racistas que Ludmilla recebeu. "Eu vi um monte de gente 'branquinha' vir aqui, apontar o 'dedinho', falar, bater nos peitos. Cadê a brasileira Luana Piovani, por exemplo?", questionou.

Em seguida, a mãe da cantora ainda comentou sobre a visibilidade das falas da atriz. "É uma pessoa que tem voz, né? Poderia vir aqui pedir para os racistas pararem, darem uma trégua. Você pode fazer isso, minha irmã? Se você puder, a gente agradece", pediu.

A fala vem após Luana compartilhar um vídeo da participação de Ludmilla no GP Brasil de Fórmula 1 no início do mês com a legenda "vergonha alheia". "No dia do Hino, a senhora veio com tudo, com todo o seu brasileirismo. Cadê agora? Não tem?", questionou Silvana.

Na data da apresentação, a própria cantora havia dado uma explicação sobre o ocorrido. "Só teve uma falhinha, assim, no som no início. Mas, enfim, a gente 'tirou de letra' e arrasou", disse.

Em outra categoria

Na madrugada desta sexta-feira, 3, e de sábado, 4, ocorrerão as Quadrântidas - a primeira chuva de meteoros do ano. O fenômeno acontece anualmente entre o fim de dezembro e início de janeiro. Aqueles que desejam ver o fenômeno devem observar o céu entre 2h30 e 4h da manhã.

"Tem uma quantidade de meteoros bastante interessante, uma das mais ativas", afirma o cientista do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) Filipe Monteiro.

A hipótese é de que ela seja originada a partir de um asteroide ativo, o que é incomum, explica o cientista, já que a maioria das chuvas de meteoros são originadas a partir de detritos deixados por cometas.

"Justamente quando a Terra cruza a órbita desse asteroide é quando há a chuva do meteoros. Isso porque a Terra está passando por meio de uma região no espaço onde há detritos poeira deixados por esse asteroide", afirma.

As Quadrântidas são visíveis especialmente no Hemisfério Norte, acima da linha do Equador. No Hemisfério Sul, a visibilidade é baixa, mas, no Brasil, a chance de assistir é mais alta nas regiões Norte e Nordeste.

Nas regiões mais ao sul do País, "essa chuva deve ser praticamente inobservável, de visualização muito baixa", diz Marcelo Cicco, astrônomo coordenador do projeto 'Exossde', pesquisas de meteoros parceiro do Observatório Nacional.

Algumas dicas para ter mais sucesso na observação são:

- procurar um local com pouca poluição luminosa, mais distante da cidade, e olhar na direção norte;

- para localizar o norte, aqueles que não tiverem uma bússola podem direcionar o braço direito no sentido onde o sol nasce (leste) e o braço esquerdo para a direção onde o sol se põe (oeste), sugere Monteiro.

O jovem Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, e uma criança de 1 ano e 8 meses, morreram após ingestão de um peixe com arroz, nessa quarta-feira, 1º. A comida teria sido consumida por nove pessoas da mesma família, na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Todos passaram mal. Quatro vítimas seguem hospitalizadas. A suspeita da Polícia Civil é de que eles teriam comido alimentos supostamente envenenados.

Manoel morreu na ambulância, antes mesmo de chegar à unidade de saúde. Já na quinta-feira, 2, o Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda) confirmou a morte da criança, Igno Davi da Silva.

Em nota, o Heda informou que duas vítimas internadas em estado gravíssimo, de 3 e 4 anos, serão transferidas para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) com o apoio do SAMU Aéreo. As transferências devem ocorrer na tarde desta sexta-feira, 3. Uma terceira criança, de 11 anos, tem quadro estável, e uma adulta segue recebendo cuidados intensivos.

Testemunhas alertaram à Polícia que um casal teria doado peixes e cesta básica para a família no dia 31 de dezembro. Porém, os alimentos só foram consumidos no dia seguinte. Logo após a ingestão da comida, todos começaram a ter convulsões.

Ao chegar no hospital, as vítimas apresentaram os mesmos sintomas: frequência cardíaca abaixo do normal e rebaixamento de nível de consciência. A unidade de saúde está em contato com o Instituto Médico-Legal para apurar as substâncias encontradas no organismo das vítimas.

Investigação

Equipes da Polícia Científica do Piauí foram à casa da família para coletar amostras de alimentos e investigar a existência de alguma substância tóxica nos peixes e nas comidas encontradas na residência. Amostras de sangue e de urina foram coletadas dos cadáveres e das outras pessoas que ingeriram os alimentos. A polícia também coletou a água da lagoa onde os peixes teriam sido pescados para ser analisada.

O delegado que investiga o caso, Abimael Silva, informou que o casal que fez a doação se apresentou de forma espontânea à polícia para dar esclarecimentos. Eles doaram diversas cestas básicas no bairro e cerca de 30 quilos de peixes, da espécie manjuba, que haviam sido fornecidos pela associação de pescadores. Não há relatos de outras pessoas que receberam os alimentos terem passado mal.

Silva ainda diz que o arroz consumido pela família não foi o mesmo doado. O alimento ingerido teria sido requentado, pois havia sido preparado na casa na noite anterior.

Tragédia

Em agosto do ano passado, duas crianças da mesma família também teriam sofrido envenenamento. O bebê de 1 ano e oito meses que morreu agora é irmão dos meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, que faleceram após a ingestão de cajus envenenados.

A suspeita do crime, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, era vizinha das crianças e foi indiciada por homicídio qualificado. Não se sabe ainda se há relação entre os episódios.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta sexta-feira, 3, ter concedido R$ 97 milhões em três operações destinadas a fornecedores do Sistema único de Saúde (SUS) ao longo de 2024.

A maior empresa contemplada, com empréstimo de R$ 60 milhões, foi a Lifemed, fundada em 1978. A empresa desenvolve e fabrica produtos e equipamentos médico-hospitalares em duas fábricas instaladas em Pelotas (RS). O BNDES é acionista da companhia desde 2007.

As outras duas foram a fabricante de próteses ortopédicas Víncula (R$ 27 milhões) e a fabricante de equipamentos de videocirurgia Confiance (R$ 10 milhões), com sedes em São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.

A Víncula surgiu em 2016 a partir da consolidação de empresas do setor criadas nos anos 1990 e geridas pelo Fundo Pátria. Já a Confiance foi fundada em 2007 e, dez anos depois, o Fundo Criatec II, do qual a BNDESPar é um dos cotistas, adquiriu 21,75% do capital do seu capital

Segundo o banco, o programa BNDES Fornecedores SUS foi criado em maio de 2024 com orçamento de R$ 500 milhões e vigência até 30 de junho de 2028.

Ele visa a apoiar os fabricantes locais de dispositivos para saúde, contribuindo para a meta da Nova Indústria Brasil: aumentar a participação da produção local dos atuais 42% para 70% do consumo nacional de medicamentos, vacinas, equipamentos e materiais para saúde.

Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que, com as operações, o banco cumpre o objetivo da missão 2 da política Nova Indústria Brasil (NIB), de ampliar o acesso da população à saúde gratuita e de qualidade.

"Como maior sistema público de saúde do planeta, com 150 milhões de usuários, a demanda do SUS por máquinas, serviços, remédios e outros insumos têm capacidade para promover o desenvolvimento de fornecedores locais", escreveu Mercadante.

Potencial

Segundo o BNDES, apesar do crescimento da base industrial da saúde no Brasil nos últimos 20 anos, ainda há espaço para crescimento em razão da forte dependência externa. O banco lembra que em 2023 o déficit comercial do setor foi de US$ 21 bilhões, 40% acima do valor verificado em 2010, que era de US$ 15 bilhões. Esse aumento da dependência inclui medicamentos, vacinas, insumos farmacêuticos ativos, equipamentos e materiais de uso em saúde, informou o BNDES.

O banco ainda elenca outro traço do setor, que é a grande diversidade de segmentos de atuação, envolvendo desde bens de capital de alta complexidade, como equipamentos de diagnóstico por imagem e dos robôs cirúrgicos, até materiais de consumo médico-hospitalares, como equipamentos de proteção individual (EPIs), seringas e agulhas.

Momento do setor

No Brasil há 4,5 mil empresas de dispositivos médicos, sendo 224 do segmento de aparelhos e equipamentos, e 4.325 do segmento de instrumentos e materiais, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo). A produção do setor gerou uma receita de R$ 21,1 bilhões em 2022, dos quais R$ 17,2 bilhões (82%) referentes a instrumentos e materiais e R$ 3,8 bilhões (18%) relativos ao segmento de aparelhos e equipamentos para saúde.