Ana Hickmann detalha desafios após acusação de agressão contra o marido: 'Me reencontrando'

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A apresentadora Ana Hickmann voltou a falar, nesta quarta-feira, 29, sobre os desafios que tem enfrentado após a acusação de violência doméstica e lesão corporal contra o marido, o empresário Alexandre Correa, e durante o processo de divórcio. Em uma postagem no Instagram, Ana detalhou estar "se reencontrando".

Ela registrou um boletim de ocorrência contra o marido no último dia 11. Alexandre teria fechado a porta da cozinha no braço da apresentadora e ameaçado dar uma cabeçada nela. Ele confessou as agressões, mas negou a cabeçada.

"Me reconhecendo, me reconectando e me reencontrando", escreveu Ana na legenda de uma sequência de fotos em que apareceu de óculos escuros em um jardim. A apresentadora também falou sobre a força que tem recebido de outras mulheres que já denunciaram casos de violência doméstica.

"É muito bom saber que não estou sozinha", disse. "Só quem já passou por tudo que estou vivendo sabe o quanto precisamos ser fortes e ter coragem de enfrentar monstros e demônios. Nossa luz nunca vai apagar."

Veja aqui

Entenda o caso

O Estadão teve acesso ao boletim de ocorrência registrado por Ana Hickmann. Segundo seu relato, por volta das 15h30, ela estaria na cozinha de sua casa com Alexandre, o filho e duas funcionárias. Ela teria dito algo ao filho que o marido não teria gostado e foi repreendida, com "ambos aumentando o tom de voz". A criança teria pedido que parassem de brigar e saído correndo assustada.

"O autor passou a pressionar a vítima contra a parede, bem como a ameaçá-la de agredi-la com uma cabeçada, ocasião em que ela conseguiu afastá-lo e, ao tentar pegar seu telefone celular, que estava em cima de uma mesa na área externa, o autor, repentinamente, fechou a porta de correr da cozinha, o que pressionou o braço esquerdo da vítima", diz o trecho seguinte do documento policial.

Ana, então, teria conseguido trancá-lo para fora de casa e fez a ligação para a Polícia Militar. Correa teria deixado o local pouco depois. Hickmann buscou atendimento médico no Hospital São Camilo, onde foi constatada uma contusão em seu cotovelo esquerdo. Ainda segundo o BO, ela teve o braço imobilizado com uma tipoia.

"A vítima tomou ciência das medidas protetivas conferidas pela Lei Maria da Penha, porém, neste momento, optou por não requerê-las", encerra o documento.

O que diz Alexandre Correa

Alexandre confessou as agressões, mas negou que tenha dado uma cabeçada na apresentadora, segundo o UOL. Ana voltou a falar sobre o caso, dizendo que os dois tinham um relacionamento tóxico durante uma entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, no último domingo, 26.

Após a repercussão da entrevista, o empresário afirmou que ela está cometendo "uma verdadeira injustiça" ao falar sobre o caso, segundo a Quem. Veja o pronunciamento compartilhado por ele à época em que a apresentadora registrou o boletim de ocorrência:

"De fato, na data de ontem, tive um desentendimento com a minha esposa, situação absolutamente isolada, que não gerou maiores consequências. Gostaria de esclarecer também que jamais dei uma cabeçada nela, como inveridicamente está sendo veiculado na imprensa, e que tudo será devidamente esclarecido no momento oportuno.

Aproveito a oportunidade para pedir minhas mais sinceras desculpas a toda a minha família pelo ocorrido. São 25 anos de matrimônio, sem que tivesse qualquer ocorrência dessa natureza.

Sempre servi a Ana como seu agente, com todo zelo, carinho e respeito, como assim trato as 7 mulheres com quem trabalho no meu escritório".

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O Ministério Público de Santa Catarina abriu na manhã desta segunda-feira, 21, a Operação Overlord contra um grupo investigado por suposta promoção de discursos de ódio, antissemitismo, apologia ao nazismo e planejamento de atos violentos em diferentes regiões do país. Os integrantes do grupo se identificam como skinheads neonazistas, usando como símbolo um emblema associado ao ocultismo nazista e à supremacia ariana, com um fuzil AK-47 ao centro.

Segundo a Promotoria, os investigados tinham uma banda que se apresentava em eventos neonazistas, com a exibição de bandeiras com suásticas e discursos de ódio que "atraíam um número crescente de seguidores". Alguns dos eventos chegaram a reunir mais de 30 pessoas, indicou o órgão.

Entre os alvos principais da operação está um homem suspeito de envolvimento no assassinato de um jovem do movimento punk em 2011. O crime teria sido praticado em razão da ideologia do investigado. Segundo a Promotoria, isso 'evidencia o alto grau de violência fomentado pelos investigados' Ele foi preso.

Também foi alvo de mandado de prisão um praça do Exército investigado por supostamente 'participar ativamente de encontros neonazistas'.

O Ministério Público destaca que o conhecimento avançado do militar em táticas de combate e armas de fogo 'aumenta significativamente o nível de risco associado à sua participação no grupo'.

Agentes foram às ruas para prender quatro investigados e vasculhar oito endereços em cinco Estados - Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Sul. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara da Comarca de Urussanga.

A Operação conta com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Agência de Investigação Interna (Homeland Security Investigations - HSI) da Embaixada dos EUA.

Os promotores informaram que os investigados se autodenominam skinheads neonazistas e adotam como símbolo o Sol Negro - um emblema associado ao ocultismo nazista e à supremacia ariana - com a imagem de um fuzil AK-47 ao centro.

"Esse símbolo representa, na visão dos investigados, tanto a supremacia branca quanto a glorificação da violência, indicando a disposição do grupo para o uso da força em sua imposição ideológica", diz a Promotoria.

O grupo fazia uma cerimônia de 'batismo' para novos membros, dizem os investigadores. O ritual teria como objetivo 'fortalecer os laços internos e reafirmar a adesão à ideologia extremista, sendo considerado crucial para a coesão e expansão do grupo'.

O nome da operação, Overlord, faz referência ao codinome da ofensiva aliada na Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, considerado um marco decisivo na batalha contra o nazismo, em 1944. Aquela ação entrou para a História como o Dia D.

"Assim como essa histórica operação foi um esforço coordenado para libertar nações oprimidas, a Operação Overlord simboliza a determinação do MP e das forças policiais em combater e desmantelar grupos neonazistas e antissemitas, reafirmando o compromisso com a justiça e a proteção dos valores democráticos em nossa sociedade", indicou a Promotoria.

O motorista do caminhão que, segundo a polícia, provocou o acidente de trânsito que matou nove pessoas em uma rodovia em Guaratuba, no Paraná, na noite de domingo, 20, deve ser indiciado por homicídio culposo (não intencional), informou a Polícia Civil nesta segunda-feira, 21. O motorista, de 30 anos, chegou a ser internado no Hospital São José, em Joinville, mas recebeu alta na manhã desta segunda-feira e era aguardado para prestar depoimento à Polícia Civil durante a tarde. Mas, até as 18h, não havia ido à delegacia e, se não comparecer nas próximas horas, a polícia pode pedir à Justiça que decrete sua prisão. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do motorista.

O delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba, falou sobre a dinâmica do acidente. "As informações preliminares apontam que três veículos estavam envolvidos: um caminhão teria colidido no fundo de uma van e a van teria colidido no fundo de um veículo de passeio. Na sequência, houve o capotamento da van, o caminhão teria passado por cima da van e as vítimas terminaram indo a óbito no local", afirmou.

"A princípio, nove vítimas teriam morrido ainda no local. Uma (outra) foi conduzida até um hospital, já recebeu inclusive alta. A Polícia Civil nos próximos dias vai realizar a oitiva dessa vítima sobrevivente", continuou o delegado.

O remador João Pedro Milgarejo, de 17 anos, foi o único sobrevivente. Ele foi resgatado com ferimentos leves. A equipe de remo do "Projeto Remar para o Futuro" voltava de São Paulo para Pelotas (RS) após participar do Campeonato Brasileiro Unificado na raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP). O time ficou em 6º lugar geral e ganhou sete medalhas.

"O inquérito policial já foi devidamente instaurado pela Polícia Civil, inicialmente pela prática do crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor. No entanto, estamos somente na fase inicial das investigações, uma série de diligências serão realizadas nos próximos dias para que a gente possa compreender a dinâmica do acidente", concluiu.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Paraná, o acidente ocorreu por volta das 21h40 de domingo, no km 665 da rodovia BR 376, no sentido sul. Na van havia dez pessoas - oito adolescentes do Projeto Remar para o Futuro, de Pelotas (RS), o treinador da equipe e o motorista.

De acordo com a PRF, a princípio a carreta teria perdido os freios e atingido a traseira da van, que foi projetada para a frente, colidindo com a traseira de um automóvel. O ocupante do carro não se feriu. Em seguida arrastou a van para fora da pista e tombou sobre ela.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou há pouco que foi encaminhado à Enel SP um termo de intimação em função da "reincidência quanto ao atendimento insatisfatório aos consumidores em situações de emergência". A intimação inicia o processo para posterior avaliação de recomendação de caducidade da concessão.

A tempestade de 11 de outubro deixou mais de 2 milhões de unidades consumidoras sem energia. A Aneel cita descumprimento do plano de contingência ajustado pela distribuidora com o regulador nacional e a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).

"A intimação da empresa integra relatório de falhas e transgressões, que inicia processo para avaliação de recomendação de caducidade a ser apreciada pela Diretoria da Aneel e, depois, encaminhada ao Ministério de Minas e Energia (MME)", cita em nota a agência.

Na próxima segunda-feira, o processo será distribuído para relatoria na sessão pública semanal. A distribuidora tem 15 dias contados do recebimento do termo para apresentar sua manifestação.

"A Diretoria da Aneel avaliará os elementos trazidos pela distribuidora em sua manifestação, oportunidade em que decidirá se é cabível a recomendação de caducidade da concessão ao MME", diz a nota.