Luciana Gimenez afirma que é demissexual: 'tenho dificuldade com sexo casual'

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A apresentadora Luciana Gimenez afirmou ao videocast Desculpa Alguma Coisa, comandado por Tati Bernardi, que é demissexual, um espectro da sexualidade que condiciona a atração sexual ao envolvimento ou conexão emocional ou afetiva com o parceiro ou parceira.

"Eu tenho dificuldade com sexo casual. Tenho nada contra, mas tenho dificuldade. Uma vez alguém foi no programa (SuperPop) e falou que era demissexual. Falei: 'Sou eu'", afirmou Gimenez, ao revelar como se descobriu nessa condição.

A apresentadora disse ainda que precisa ter alguma conexão com a pessoa com quem vai se relacionar. "Para mim não funciona beijar na boca de quem eu não conheço", revelou.

"Tem que ser uma pessoa que eu conheço, que já conversei. Eu amo as pessoas que gosto, abraço, beijo, mas quando não conheço, esse espaço aqui, não dá", completou.

Gimenez não é a única famosa que se identifica com a demissexualidade. A cantoras Iza e as atrizes Giovanna Ewbank e Bruna Marquezine também já se declararam demissexuais.

Em outra categoria

O corpo do menino de 4 anos que morreu durante uma ação da Polícia Militar no Morro do São Bento, em Santos, foi enterrado nesta quinta-feira, 7, no Cemitério da Areia Branca, no litoral paulista. Ryan da Silva brincava na rua quando foi atingido por um tiro na barriga. Ele foi levado ao hospital, mas não resistiu. Segundo a PM, pela dinâmica da ocorrência, o tiro foi disparado provavelmente por um policial.

Amigos e parentes se reuniram para prestar homenagens a Ryan. Eles usavam blusas brancas, e soltaram balões brancos. Foi realizado um cortejo até o Morro São Bento antes do sepultamento. Na cerimônia, a mãe do menino estava à frente, ao lado do caixão, na cadeira de rodas. Ela estava em estado de choque.

O pai do menino, Leonel Andrade Santos, morreu em fevereiro, aos 36 anos, após ser baleado por policiais durante a Operação Verão.

Outros dois adolescentes foram atingidos durante uma troca de tiros entre os policiais e suspeitos. Um deles morreu. A ação ainda deixou uma jovem de 24 anos, vítima de bala perdida, ferida de raspão.

Na quarta, entidades como a Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto Sou da Paz, além de parlamentares como os deputados estaduais Eduardo Suplicy (PT) e Ediane Maria (PSOL), divulgaram nota de repúdio e indignação com as mortes.

Presente no velório, o Ouvidor da Polícia, Cláudio Aparecido, classificou a situação como estarrecedora e elevou o tom contra o comando da PM por conta da presença de viaturas e policiais no velório do menino. Parentes da vítima também relataram ao Estadão a falta de respeito com a cerimônia e o clima de intimidação por parte da PM. O ouvidor chegou a discutir com um dos policiais da força tática que estava no local. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública ainda não se manifestou.

"Tenho certeza absoluta que o esse policial que praticou essa atrocidade contra essa criança, ele deve estar desesperado. Imagino que ele deve estar desesperado. Essa certeza eu não tenho em relação ao comandante dele porque mandar viaturas para porta do velório, impedir cortejo, atrapalhar cortejo, é uma falta de respeito, de vergonha na cara. É isso que a gente está vivenciando com a política de segurança pública no Estado de SP."

"É estarrecedor, desesperador. Não sei como encontrar palavras para classificar o que está acontecendo aqui na Baixada Santista, o que está acontecendo com a política de segurança pública no Estado de SP. A gente não tem condições de admitir que a principal política de segurança pública que o estado tenha a oferecer para as pessoas seja a política de morte."

Em nota enviada na quarta, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que os policiais reagiram ao serem atacados por um grupo com cerca de 10 suspeitos. Os agentes faziam patrulhamento em uma área de tráfico de drogas quando foram recebidos a tiros. A Polícia Civil abriu inquérito e determinou perícia nas armas apreendidas no local para esclarecer a origem do tiro que matou a criança.

Uma creche em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, ficou alagada após a unidade ser invadida pelas águas das chuvas que atingiram diversos municípios do Estado paulista na tarde de quarta-feira, 6. Em alguns pontos, o volume foi superior a 100 mm. Segundo a prefeitura, não houve feridos.

Embora ninguém tenha se machucado, o medo tomou conta do ambiente. Vídeos mostram as crianças chorando enquanto os profissionais da Creche Alzira Silva Medeiros, no Jardim Aliança, tentam desesperadamente organizar todos os alunos em cima de bancos e mesas.

De acordo com a prefeitura de Osasco, todas as crianças foram retiradas e ninguém se feriu.

"Em razão do alagamento, as crianças atendidas na creche foram alocadas em unidades próximas, a partir desta quinta-feira, 7. O número de crianças não foi informado.

Também nesta quinta-feira, a prefeitura iniciou a limpeza da unidade de ensino, que prevê inclusive a troca do mobiliário. Não foi informada uma previsão para o retorno das aulas na creche.

Ainda na Grande São Paulo, um homem havia desaparecido durante as chuvas na região de Carapicuíba. No mesmo dia, a Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que ele foi localizado e não precisou de atendimento médico.

O órgão estadual alerta para chuvas de forte intensidade que atingirão todas as regiões do território paulista entre esta quinta-feira e sexta-feira, 8.

Um bebê fruto de fertilização in vitro nasceu em Belo Horizonte com registro de dupla maternidade. O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) realizou a primeira fertilização in vitro (FIV) com apontamento de dupla maternidade em hospital público no País.

Desde o início do relacionamento, as mães, cujos nomes foram mantidos em sigilo, buscavam concretizar o sonho de formar uma família. O processo teve início em 2021, culminando na fertilização no final de 2023 e na confirmação da gestação em fevereiro de 2024. O procedimento utilizou óvulos de uma das mães e espermatozoides de um doador anônimo. Segundo a mãe que cedeu os óvulos, o tratamento seguiu uma rotina tranquila e não demandou novas intervenções após a fertilização inicial.

Para o registro civil do bebê, além da Declaração de Nascido Vivo (DNV) e dos documentos das mães, foi necessário um relatório detalhado sobre o procedimento de FIV, assinado pelos responsáveis técnicos.

Raquel Lara Furlan, chefe do Laboratório de Reprodução Humana do HC-UFMG, explicou que o relatório garante o registro legal da dupla maternidade, uma exigência para formalizar o vínculo no cartório.

A advogada especialista em direito sucessório, Samira Tanus, considera o caso um marco para a inclusão de famílias homoafetivas nos registros civis do Brasil.

"É possível acreditar que esse caso pode abrir precedentes importantes para outros casais homoafetivos que buscam o reconhecimento da dupla maternidade (ou até mesmo dupla paternidade) no registro civil e que, por alguma questão, escolheram uma forma diversa daquela prevista na lei," afirma Samira Tanus.

Ela acrescenta que a decisão do Superior Tribunal de Justiça de aplicar uma regra de forma análoga para permitir o registro de dupla maternidade "demonstra uma abertura para interpretações mais inclusivas do Código Civil, sinalizando um entendimento de que as normas jurídicas precisam se adaptar à realidade de novas configurações familiares."

Em relação aos direitos e proteções já garantidos pela legislação, Samira destaca que o País oferece uma base sólida para assegurar a parentalidade de casais homoafetivos. "A legislação brasileira já oferece garantias para a parentalidade de casais homoafetivos por meio de união estável e casamento, além de direito à adoção, registro civil, reprodução assistida, proteção constitucional, guarda e visitação", explica.

Ela ressalta que, apesar desses avanços, ainda há desafios para o registro de dupla maternidade ou paternidade em casos de reprodução assistida fora de clínicas autorizadas. "Pode-se afirmar então, que o precedente do STJ veio para superar essa lacuna," conclui.