Vinheta de fim de ano da Globo estreia cheia de referências e ausência de Bonner

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A TV Globo estreou na noite desta sexta-feira, 1º de dezembro, sua tradicional vinheta de fim de ano, aquela que tem a música Um Novo Tempo ("hoje é festa é sua, hoje a festa é nossa, é que quem quiser").

A vinheta, uma das mais vibrantes e coloridas dos últimos anos, traz grande parte do elenco da emissora, divididos em blocos temáticos, a maioria fazendo referência aos programas da emissora.

De acordo com a emissora, durante parte do ano, foram colhidas sugestões dos telespectadores. Por isso, nesse primeiro filme, a imagem que abre o vídeo traz os atores Marcos Palmeira e Juan Paiva acompanhados pela mensagem "Tô mt (ansiosa) para a nova versão de Renascer". O remake do sucesso de 1993 está previsto para estrear em janeiro de 2024, em substituição à novela Terra e Paixão.

Tadeu Schmidt, também por sugestão enviada à emissora, aparece sendo coroado líder do Big Brother Brasil, programa que ele apresenta.

Grande parte do elenco no ar atualmente participou da gravação. São nomes como Fátima Bernardes, Tati Machado, Luciano Huck, Angélica, Maju Coutinho, Lázaro Ramos, Poliana Abritta, Tiago Oliveira, Deborah Secco, Sabrina Sato, Claudia Raia, Taís Araújo, Nicolas Prattes, Lucio Mauro Filho, Regina Casé, Adriana Esteves, Ivete Sangalo, Dira Paes, entre outros. De veteranos, aparecem atores como Rosamaria Murtinho, Susana Vieira, Betty Faria, Neuza Borges, Ary Fontoura, Tony Tornado, Francisco Cuoco e Reginaldo Farias.

O vídeo ainda tem Marcos Mion em animação e Ana Maria Braga virtual - ao que tudo indica, a apresentadora, que apresenta o Mais Você de São Paulo, não viajou ao Rio de Janeiro para gravar junto com os colegas de elenco.

As ausências sentidas pelos telespectadores foram os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos, ambos à frente do Jornal Nacional.

Do jornalismo, quem brilhou, segundo a avaliação nas redes sociais, foi a jornalista Renata Lo Prete, apresentadora do Jornal da Globo. Em um momento só dela, Renata desce uma escadaria do cenário com um vestido de festa, mas calçando um tênis - algo na moda atualmente, e uma referência ao fato dele ter apresentado uma chamada do jornal calçando tênis certa vez.

O casal do momento, os atores Diego Martins e Amaury Lourenço, o Kevin e o Ramiro de Terra E Paixão, também tiveram uma cena especial na vinheta.

Os últimos a deixarem a 'festa' são os atores Tony Ramos, Glória Pires, Lilia Cabral e Cauã Reymond, que dançam no centro do palco.

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O governo de São Paulo divulgou um balanço em que informa que utilizou R$ 708,2 milhões para investimento em equipamentos e tecnologia para as forças de segurança do Estado desde 2023. As aquisições incluem 16,5 mil armas, 12 mil câmeras corporais, 20,8 mil coletes, 1.607 viaturas e um helicóptero modelo H135.

De acordo com o capitão Gustavo Maciel, do Grupo Setorial de Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas da Secretaria de Segurança Pública, a escolha dos materiais segue critérios do Plano Plurianual, que define como o orçamento deve ser aplicado para alcançar objetivos concretos. "Temos uma ação orçamentária que se chama Integração e Combate ao Crime Organizado, com o objetivo de aparelhar as polícias com equipamentos e veículos necessários para que elas possam enfrentar o crime", afirmou.

O helicóptero Águia 33, adquirido em julho de 2023 por R$ 52,9 milhões, é o primeiro da frota com turbina leve e equipamentos aeromédicos. A aeronave foi usada em resgates e operações para controlar incêndios florestais.

Além dos equipamentos, o governo informou que, desde 2023, foram entregues ou reformadas 37 unidades da Polícia Civil, ao custo de R$ 104,4 milhões. Outros R$ 26,9 milhões foram aplicados em 20 batalhões e quartéis da Polícia Militar, e R$ 24,6 milhões financiaram quatro unidades da Superintendência da Polícia Técnico-Científica. No Corpo de Bombeiros, houve dez reformas ou manutenções.

O governo afirmou que os investimentos visam preparar as polícias Militar, Civil, Técnico-Científica e o Corpo de Bombeiros para enfrentar o crime organizado, ao mesmo tempo em que garantem maior proteção individual dos agentes durante as operações.

O balanço divulgado nesta semana ocorre em paralelo a outras ações anunciadas, como o reforço no efetivo policial com 7,8 mil novos agentes em 2024, o maior número nos últimos 14 anos, de acordo com o governo do Estado.

Violência policial

A polícia de São Paulo matou 496 pessoas de janeiro a setembro de 2024, conforme divulgou a Secretaria da Segurança Pública. É o maior número para o período desde 2020, quando a polícia matou 575 pessoas de janeiro a setembro. Trata-se de um crescimento de 75% em relação ao mesmo período de 2023, quando houve 283 óbitos.

Em dezembro, após uma sequência de casos de violência policial, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que estava errado ao criticar as câmeras corporais e ao incentivar o confronto como forma de atuação policial.

No mesmo mês, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgou uma decisão que instituiu o uso obrigatório das câmeras corporais pelos policiais militares de São Paulo. Os equipamentos são obrigatórios em três situações: operações de "grande envergadura", incursões em "comunidades vulneráveis para restaurar a ordem pública" e operações para responder ataques a policiais militares. A decisão estabelece que, com o tempo, o governador amplie a instalação dos aparelhos para além das situações prioritárias.

A Secretaria de Segurança Pública alegou que não há aparelhos suficientes para os cerca de 80 mil policiais. Barroso ponderou que, neste momento, o governo pode priorizar as regiões em que há disponibilidade dos equipamentos, mas deve distribuir as câmeras "estrategicamente" em áreas com maior índice de letalidade policial.

O juiz Pedro Pimenta Bossi, da Justiça Federal do Paraná, determinou que o governo federal amplie, de forma imediata, o efetivo da Polícia Federal e da Força Nacional em Guaíra e Terra Roxa, no Paraná, de modo a proteger os indígenas Guarani da região, em especial a comunidade Yvy Okaju, de ataques constantes em suas terras. Os agentes deverão permanecer no local enquanto persistirem ameaças aos povos originários, realizando o patrulhamento preventivo e ostensivo da região com "uma força adequada e suficiente".

"A presença policial na região, em maior escala, é indispensável para a pacificação da área situada em Guaíra, sobretudo considerando que o atual quadro fático tem favorecido a ocorrência de episódios sequenciais extremamente violentos e cruéis para com as comunidades tradicionais que lá habitam", anotou o juiz.

Segundo Bossi, a decisão visa "garantir que o Poder Público cumpra seu dever de segurança pública que decorre do texto constitucional de modo adequado e eficiente". "É entendimento pacífico que o Poder Judiciário pode determinar, ante injustificável inércia estatal, que o Poder Executivo adote medidas necessárias à concretização de direitos constitucionais dos indígenas", assinalou.

A decisão foi assinada neste domingo, 5, e atende a um pedido do Ministério Público Federal, no bojo de uma ação movida pela Procuradoria contra a União e o Estado do Paraná. O despacho ainda determina que a Polícia Militar também reforce a segurança na região, visando a prevenção de novos ataques à comunidade indígena e com ação coordenada com a PF e a Força Nacional.

Bossi destacou que a ampliação da atuação das forças de segurança no sul do País deve se dar de forma integrada com a comunidade indígena, "devendo se valer do conhecimento dos indígenas para que se saiba, de antemão, de ameaças, bem como os pontos vulneráveis da comunidade e aqueles que foram mais utilizados pelos criminosos para se perpetrar as ações ilícitas que já ocorreram". O magistrado ponderou que a integração deve respeitar "a autonomia, saberes e dignidade dos povos indígenas em seus territórios".

O despacho destaca como os conflitos fundiários na região de Guaíra e Terra Roxa perduram há muito tempo, sendo que, a partir da metade de dezembro, houve ataques em sequência aos indígenas. "As agressões à comunidade têm se tornado mais intensas, envolvendo não apenas ataques verbais, mas também violência física, inclusive mediante emprego de arma de fogo em detrimento da integridade física de crianças e adultos", narrou Bossi.

A avaliação é a de que o efetivo das forças de segurança presentes na região, tem se mostrado "insuficiente para garantir, de modo adequado, a prevenção de novos ataques". Segundo o juiz, a quantidade de agentes mobilizados não foi capaz, até agora, de "atender satisfatoriamente a demanda, sobretudo considerando a localidade e tamanho da área que requer fiscalização".

Segundo o juiz, "não há qualquer novidade" na tensão vivida pelos indígenas, que "sofreram injusta e repugnante" escalada de violência nas últimas semanas. Bossi ponderou que "não houve disponibilização de efetivo devido e suficiente para se proteger os cidadãos das violências que foram perpetradas".

O magistrado ainda alertou que, caso se comprove, no bojo do processo, a "omissão deliberada" de agentes públicos em conter ações criminosas contras as populações indígenas pode haver repercussões nas esferas administrativa e criminal.

Bossi destacou ainda que a PM tem o "mesmo dever" de garantir a segurança das comunidades indígenas e que, no caso, há a "quase nulidade de qualquer efetivo da Polícia Militar para se proteger a comunidade indígena". O magistrado entendeu que tal cenário é injustificável e por isso a corporação deve apresentar quais planos foram elaborados para conter qualquer ação criminosa contra os povos originários.

Morreu na madrugada desta segunda-feira, 6, Maria Lauane Fontenele da Silva, de 3 anos, terceira vítima do caso de envenenamento na cidade de Parnaíba, no litoral do Piauí. Além da menina, Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, e uma criança de 1 ano e 8 meses morreram após ingerir uma comida contaminada no dia 1º de janeiro.

A morte de Maria Lauane foi confirmada pela direção do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) Dr.Zenon Rocha. Ela estava internada na UTI pediátrica. A comida foi consumida por nove pessoas da família de Francisca Maria Alves da Silva, de 33 anos. Ela é uma das vítimas, e segue internada no Hospital Nossa Senhora de Fátima em estado grave, com respiração mecânica.

Duas crianças, de 3 e 4 anos, foram transferidas de Parnaíba para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) no final de semana. Maria Gabriela Fontenele da Silva, de 4 anos, continua internada em Teresina.

Veneno de rato

Segundo a Polícia Civil, todos foram contaminados por veneno de rato, popularmente conhecido como chumbinho. O produto foi misturado ao baião de dois, prato consumido pela família no Réveillon e no primeiro dia do ano.

De acordo com Antônio Nunes, médico do IML, o veneno foi encontrado nos alimentos e no material coletado das vítimas durante a perícia. O chumbinho ataca o sistema nervoso, causa convulsões, cólicas, falta de ar, além de provocar tremores, problemas neurológicos e até a morte.

O delegado de Parnaíba, Abimael Silva, afirma que o veneno foi adicionado na comida após as celebrações de ano novo. No dia anterior, todos comeram e foram dormir. Somente quando consumiram no dia seguinte eles passaram mal.

Na avaliação de Silva, o envenenamento foi intencional e provocado dentro da própria casa. O caso não é o primeiro na família. No final de 2023, os meninos Ulisses Gabriel e João Miguel, de 7 e 8 anos, morreram ao consumir cajus envenenados. A suspeita do crime, Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, era vizinha das crianças e foi indiciada por homicídio qualificado. Não se sabe ainda se há relação entre os episódios.